Denominam-se mouros de forma geral às populações islamizadas
do noroeste de África,
responsáveis pela Invasão islâmica da península Ibérica
a partir do século VIII. Na Antiguidade,
os romanos
denominavam "mauri" (mauros) às populações que habitavam a região
noroeste da África, que por sua vez designavam de Mauritânia.
Estas populações pertenciam a grupo étnico maior, o dos berberes,
que posteriormente, à época da expansão islâmica, vieram a adotar esta
religião, muitos dos quais adotando mesmo a língua árabe,
além do idioma nativo. Estas populações juntaram-se aos árabes
na conquista da península Ibérica durante o século VIII. A chamada
"civilização moura" ou "civilização mourisca", que
floresceu na Idade Média, era predominantemente árabe.
Com o avanço do processo
da Reconquista,
os mouros perderam grande parte de seu território na península no final do século XIII.
Finalmente, em 1492,
os Reis Católicos conquistaram o Reino de
Granada e expulsaram os últimos mouros da península. A maioria dos
refugiados estabeleceu-se no norte de África.
Desse modo, a palavra
"mouro" pode referir-se a todos os habitantes do noroeste da África
que são muçulmanos ou falam o árabe ou, ainda, aos muçulmanos de origem espanhola,
judaica ou turca que vivem no norte da África. Em francês,
"maure" (mouro) designa os nómades da região do Saara
Ocidental. "Mouro" aplica-se ainda aos muçulmanos
cingaleses-árabes do Sri Lanka. Na língua castelhana, "moro"
também se refere aos muçulmanos que vivem no sul das Filipinas.
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