A QUEDA DE ATLÂNTIDA MUDOU
A REALIDADE DA VIDA HUMANA
NA
TERRA
As primeiras narrativas nos contam que, de todas as lendas
sobre povos e civilizações perdidas, a história de Atlântida parece ser aquela
que mais interesse tem despertado. A primeira referência escrita deste mito
encontra-¬se nos relatos de PLATÃO . Nos diálogos Timeu e Crítias é narrada a
fascinante história da civilização localizada “para além das colunas de
Hércules”(ver post anterior da série). É descrita a existência desta ilha, bem
como os detalhes históricos de seu povo, com sua organização social, política e
religiosa, além de sua geografia e também da sua fatídica destruição “no espaço
de uma noite e um dia “. Eis parte do diálogo : “…Ouvi, disse Crítias, essa
história pelo meu avô, que a ouvira de Sólon, o filósofo. No delta do Nilo
eleva-¬se a cidade de Sais, outrora capital do faraó Amásis e que foi fundada
pela deusa Neit, que os gregos chamam Atena. Os habitantes de Sais eram amigos
dos atenienses, com os quais julgavam ter uma origem comum. Eis por que Sólon
foi acolhido com grandes homenagens pela população de Sais. Os sacerdotes mais
sábios da deusa Neit apressaram-se a inicia-lo nas antigas tradições da
história da humanidade. Na tradição oral de muitos povos antigos, nos relatos
de textos bíblicos, em documentos toltecas e nos anais da doutrina secreta,
existem coincidências que nos fazem crer que outrora existiu um continente no
meio do Oceano Atlântico, que um dia foi tragado pelas águas revoltas.
O RELATO DE PLATÃO
Geograficamente, Platão descreve a Atlântida desta forma: “toda
a região era muito alta e caía a pique sobre o mar, mas que o terreno à volta
da cidade era plano e cercado de montanhas que desciam até a praia, de
superfície regular, era mais comprida do que larga, com três mil estádios na
sua maior extensão, e dois mil no centro, para quem subisse do lado do mar.
Toda essa faixa da ilha olhava para o sul, ao abrigo do vento norte. As
montanhas das imediações eram famosas pelo número, altura e beleza, muito acima
das do nosso tempo…”. Segundo todos os relatos, os atlantes desenvolveram-¬se
de tal forma, que o grau de riqueza alcançado por sua civilização não encontra
paralelo conhecido, sendo pouco provável que outros povos viessem a obter
tamanha prosperidade e bonança. A Atlântida possuía dez reis. Estes soberanos
por sua vez possuíam dentro de seus domínios, segundo palavras de Platão, “um
poder discricionário sobre os homens e a maior parte das leis, sendo-¬lhes
facultado castigar quem quisessem, ou mesmo condená-los à morte”. O país dos
atlantes era dividido em 60.000 lotes e cada um deles tinha um chefe militar. O
aspecto que mais fascina no relato platônico é sem dúvida o que se refere às
riquezas da ilha/¬continente, tanto no que tange às construções, como aos
imensos recursos naturais da legendária ilha.
Segundo Platão, a Atlântida possuía a capacidade de prover
seus habitantes com todas as condições de sustento, apesar de receber de fora
muito do necessário, provavelmente, através do comércio. Havia na ilha grande
abundância de madeira que com certeza foi utilizada nas imensas obras lá
construídas, bem como imensas pastagens, tanto para animais domésticos, como
para selvagens, incluindo aí a raça dos elefantes, que teriam se multiplicado
pela ilha. Havia também todos os tipos de frutos, legumes, flores e raízes,
sendo que o fabrico de essências e perfumes era corriqueiro. A extração de
minérios, em particular o ouro, ocorria fartamente em Atlântida. Diz Platão que
de início os atlantes “construíram pontes nos cinturões de mar que envolvia a
antiga metrópole, a fim de conseguir passagem para fora e para o palácio real”,
bem como abriram um canal de três plectros de largura e cem pés de
profundidade, ligando o mar ao primeiro cinturão de água, canal este que servia
de entrada para embarcações vindas de outras partes.
No segundo cinturão, os barcos podiam ancorar com maior
segurança, e fazia deste uma espécie de porto. As águas jorravam no centro da
ilha, desde que Poseidon assim quis, também tiveram tratamento dos mais
apurados: em suas imediações foram plantadas “árvores benéficas para as águas”,
bem como foram construídas “cisternas para banhos quentes no inverno”. Havia,
contudo, locais próprios para os banhos dos reis, bem como modalidades
específicas para as mulheres. Segundo o relato, “parte da água corrente eles
canalizaram para o bosque de Poseidon, a outra parte era canalizada para os
cinturões externos por meio de aquedutos que passavam sobre as pontes”. Nos
cinturões externos de terra, foram construídos ginásios para práticas
esportivas e hipódromos, bem como moradia para soldados, hangares para barcos e
armazéns para todas as modalidades conhecidas de artigos náuticos. O canal
principal que servia de entrada para embarcações era muito movimentado, tanto
de dia como de noite, o que demonstra ter sido Atlântida um grande centro
comercial de seu tempo. O palácio real era segundo os relatos “uma verdadeira
obra prima de encantar a vista, por suas dimensões e beleza”
O QUE DIZ A GEOLOGIA
Há 100 milhões de anos, a geografia do planeta era bem
diferente da atual. As massas continentais encontravam-se unidas, formando um
grande continente, cercado pelo mar. Este grande continente conhecido como
Pangéia, desfez¬-se gradualmente ao longo das eras geológicas, até atingir a
conformação atual. Este fato é reconhecido pela ciência. Este processo de
separação, se deu por violentos
movimentos tectônicos, às vezes acompanhados de cataclismos violentos, que se
prolongaram por milhões de anos. Neste período de deslocamento constante das
placas tectônicas, se deram formações de cordilheiras, bem como o
desaparecimento de vastas áreas, que submergiram nos oceanos. O local onde os
dois grandes blocos continentais se desmembraram (Américas a Oeste ¬ Europa,
Ásia e Austrália a Leste) encontra-¬se demarcada por uma espécie de cordilheira
submarina chamada Dorsal Meso-Atlântica .
A Dorsal Meso¬-Atlântica apresenta inúmeras ramificações,
que praticamente chegam a ligar os dois blocos continentais. Ao longo destas
colinas submarinas, encontra-¬se uma enormidade de ilhas vulcânicas que vão de
polo a polo. Ao norte, em plena região ártica temos as ilhas Pássaros, Jan
Mayen e Islândia. Mais ao sul, pouco acima do trópico de câncer, encontramos o
arquipélago de Açores, Ilha da Madeira e Cabo verde. Mais ao sul temos Santa
Helena e outras menores. Próximo da Antártida destacamos as ilhas de Érebo,
Martinica. Desta forma, Atlântida pode ter se constituído numa destas formações
marcadas por intenso vulcanismo. A tese da separação dos continentes encontra
um forte respaldo na perfeita combinação da costa brasileira com a costa
ocidental da África, que se encaixam como num quebra¬cabeças, no entanto, no
extremo norte, as peças deste quebra¬-cabeças não se encaixam com clareza. Isto
pode ser percebido nos litorais da Escandinávia, Islândia, Groenlândia e norte
do Canadá. Entre a costa Norte¬ Americana e a Europa e norte da África, existe
um grande vazio, como se faltasse uma peça do quebra ¬ cabeças. Teria então
este vazio relação com o Continente da Atlântida, desaparecido no meio do
Oceano?
QUEM PODE TER SIDO OS POVOS QUE HABITARAM ATLÂNTIDA
Alguns estudiosos dos escritos de Platão, acreditam que o
continente de Atlântida seria na realidade a própria América, e seu povo
culturalmente avançado e cobertos de riquezas, seria ou o povo Chavín, da
Cordilheira dos Andes, ou os Olmecas da América Central, cujo uso de ouro e
pedras preciosas é confirmado pelos registros arqueológicos. Terremotos, comuns
nestas regiões, poderiam ter dado fim a estas culturas, ou pelo menos poderiam
tê-¬las abalado de forma violenta por um período de tempo. Através de diversos
estudos, alguns estudiosos chegaram a conclusão que Tiwanaku, localizada no
altiplano boliviano, seria a antiga Atlântida. Essa civilização teria existido
de 17.000 a.C. a 12.000 a.C., em uma época que a região era navegável. Foram
encontrados portos de embarcações em Tiwanaku, faltando escavar 97,5% do local.
Para alguns arqueólogos e historiadores, Atlântida poderia ser uma mitificação
da cultura minóica, que floresceu na ilha de Creta até o final do século XVI
a.C.. Os ancestrais dos gregos, os micênicos, tiveram, no início de seu
desenvolvimento na Península Balcânica, contato com essa civilização,
culturalmente e tecnologicamente muito avançada. Com os minóicos, os micênicos
aprenderam arquitetura, navegação e o cultivo de oliveiras, elementos vitais da
cultura helênica posterior. No entanto, dois fortes terremotos e maremotos no
Mar Egeu solaparam as cidades e os portos minóicos, e a civilização de Creta
rapidamente desapareceu. É possível que as histórias sobre este povo tenham
ganhado proporções míticas ao longo dos séculos, culminando com o conto de
Platão.
DERROCADA DA CIVILIZAÇÃO ATLANTE E O SEU LEGADO
Os primeiros Atlantes julgavam a si próprios pelo caráter e
não pelo que tinham, e viviam em harmonia com a natureza. Pode-¬se dizer que 50%
de suas vidas era voltada ao espiritual e os outros 50% para o lado prático,a
vida material. Possuíam grandes poderes mentais, o que lhes conferia domínio da
mente sobre o corpo. Eles faziam coisas impressionantes com os seus corpos.
Assim, viveram por muito tempo até que, em decorrência da proximidade do sul da
Atlântida com o Continente Africano, várias tribos agressivas africanas
dirigiram-¬se para a Atlântida, forçando os Lemurianos estabelecidos na
Atlântida a se deslocarem cada vez mais para o norte do continente atlante. Com
o transcorrer do tempo, os genes dos dois grupos foram se misturando. Em 52.000
a.C. os Atlantes começaram a sofrer com ataques de animais ferozes, o que os
fizeram aumentar seus conhecimentos em armas, motivando um avanço tecnológico
na Atlântida. Novos métodos de agricultura foram implementados, a educação
expandiu, e consequentemente bens materiais começaram a assumir um grande valor
na vida das pessoas, que começaram a ficar cada vez mais materialistas e
consequentemente os valores psíquicos e espirituais foram decaindo. Uma das
consequências foi que a maioria dos atlantes foi perdendo a capacidade de
clarividência e suas habilidades intuitivas por falta de treinamento e uso, a
ponto de começarem a desacreditar na mencionadas habilidades.
O famoso vidente Edgar Cayce
afirmava que dois grupos diversos tiveram grande poder nessa época, um
deles chamados de “Os Filhos de Belial”. Estes trabalhavam pelo prazer, tinham
grandes posses, mas eram espiritualmente imorais. Um outro grupo chamado de “As
Crianças da Lei Um”, era constituído por pessoas que invocavam o amor e
praticavam a reza e a meditação juntas, esperando promover o conhecimento
divino. Eles se chamavam “As Crianças da Lei Um” porque acreditavam em Uma
Religião, Um Estado, Uma Casa e Um Deus, ou melhor, que Tudo é Um. Logo após
essa divisão da civilização atlante, foi que ocorreu a primeira destruição da
Atlântida, ocasião em que grande número de imensos vulcões entraram em erupção.
Então, uma parte do povo foi para a África onde o clima era muito favorável e
possuíam muitos animais que podiam servir como fonte de alimentação. Ali os
descendentes dos atlantes viveram bem e se tornaram caçadores. A outra parte
direcionou-¬se para a América do Sul onde se estabeleceu na região onde hoje é
a Bacia Amazônica. Biologicamente os atlantes do grupo que foi para a América
do Sul começaram a se degenerar por só se alimentavam de carne, pensando que
com isso iriam obter a força do animal, quando na verdade o que aconteceu foi
uma progressiva perda das habilidades psíquicas.
Assim viveram os descendentes atlantes, até que encontraram
um povo chamado Ohlm, remanescentes dos descendentes da Lemúria, que os
acolheram e ensinaram-¬lhes novas técnicas de mineração e agricultura. As duas
partes que fugiram da Atlântida floresceram muito mais do que aquela que
permanecera no continente, pois em decorrência da tremenda destruição, os
remanescentes praticamente passaram a viver como animais, vivendo nas montanhas
durante 4.000 anos, após o que começaram a estabelecer uma nova civilização.
Em 48.000 a.C. a 28.000 a.C, os atlantes que estabeleceram
uma nova civilização na Atlântida e começaram de forma muito parecida com o
início da colonização que os Lemurianos fizeram na Atlântida. Eles voltaram a trabalhar com a natureza e nisso
passaram-se milhares de anos; mas, com o avanço científico e tecnológico também
começaram a ficar cada vez mais agressivos, materialistas e decadentes. Os
tecnocratas viviam interessados em bens materiais e desrespeitando a religião.
A mulher se tornou objeto do prazer; crimes e assassinatos prevaleciam, os
sacerdotes e sacerdotisas praticavam o sacrifício humano. Os atlantes se
tornaram uma civilização guerreira. Alguns artistas atlantes insatisfeitos
fugiram para costa da Espanha e para o sudoeste da França, onde até hoje se
veem algumas de suas artes esculpidas nas cavernas.
Em 28.000 a.C. com a mudança do eixo da Terra, os vulcões
novamente entraram em grande atividade acabando por acarretar o fim da segunda
civilização atlante. Com isso novamente os atlantes fugiram para as Antilhas,
Yucatã, e para a América do Sul. Em 28.000a.C. a 12.500 a.C. surge a civilização atlante que foi descrita por
Platão. Mais uma vez tudo se repetiu, os que ficaram recomeçaram tudo
novamente, recriando as cidades que haviam sido destruídas, mas inicialmente
não tentando cometer os mesmos erros da florescente civilização passada. Eles
unificaram a ciência com o desenvolvimento espiritual a fim de haver um melhor
controle sobre o desenvolvimento social. Começaram a trabalhar com as Forças da
Natureza, tinham conhecimento das hoje chamadas linhas Hartman e Linhas Ley,
que cruzam toda a Terra, algo que posteriormente veio a ser muito utilizado
pelos celtas que construíram os menires e outras edificações em pedra. Vale
salientar que eles acabaram por possuir um alto conhecimento sobre a ciência
dos cristais, que usavam para múltiplos fins, mas basicamente como grandes
potencializadores energéticos, e fonte de registro de informações, devido a
grande potência que o cristal tem de gravar as coisas.
Os Atlantes tinham grande conhecimento da engenharia
genética, o que os levou a tentar criar “raças puras”, raças que não possuíssem
nenhum defeito. Esse pensamento persistiu até o século XX, como sendo uma das
bases do nazismo. Os Atlantes detinham grandes conhecimentos sobre as
pirâmides, e há quem diga que elas foram edificadas a partir desta civilização
e que eram usadas como grandes condutores e receptores de energia sideral, o
que, entre outros efeitos, fazia com que uma pessoa que se encontrasse dentro
delas, especialmente na Grande Pirâmide, entrava em estado alterado de
consciência quando então o sentido de espaço¬/tempo se alterava totalmente. É
certo que os habitantes da Atlântida possuíam um certo desenvolvimento das
faculdades psíquicas, entre as quais a telepatia, embora que muito aquém do
nível atingido pelos habitantes da primeira civilização. Construíram
aeroplanos, mas nada muito desenvolvido, algo que se assemelharia mais ao que é conhecido como “asa delta”. Isto tem sido
confirmado através de gravuras em certos hieróglifos egípcios e maias. Também
em certa fase do seu desenvolvimento, os atlantes foram grandes conhecedores da
energia lunar, tanto que faziam experiências muito precisas de conformidade com
a fase da Lua. Além disto, foram grandes conhecedores da astronomia em geral.
Se não fôssemos seres multidimensionais, se fôssemos apenas
corpos materiais ligados á Terra e não tivéssemos nenhum outro lugar para ir,
estaríamos em uma situação muito grave. Mas, por causa de quem somos, o que
está para acontecer na Terra poderá tornar-se um instrumento para um enorme
crescimento. Lembremos que a vida, é uma escola. Mas, ainda assim, se
percebermos a situação incrivelmente perigosa em que nos encontramos, poderemos
despertar para quemsomos.Com todas as informações que estão sendo
disponibilizadas para a humanidade não é o momento de ficar sentado, de fingir
que nada está acontecendo, de continuar com a vida como de costume e continuar
pensando da maneira como sempre pensamos. Temos que desenvolver, cada um
individualmente, uma modalidade de ação interior, espiritual, uma meditação que
recupere nossa ligação com todas as formas de vida em todo o lugar. A maneira
de fazer é SER. Esta é uma ação mental que nos permite perceber a situação e
levá-la á sério, trabalhando no sentido de podermos fazer algumas mudanças
reais na nossa consciência. Essa mudança interior em que precisamos nos
concentrar e compreender pouco á pouco, irá se desenvolver á medida que continuarmos.
Quem entender o outro lado desta moeda da vida, vai perceber que esses
problemas ambientais não são um problema de verdade quando a consciência
superior entra no mundo em terceira dimensão, embora do ponto de vista da
terceira dimensão, pareça o fim da vida.
(Publicado por Lemita dos Santos Andrade com algumas
adaptações de Jairo de Lima Alves para o site www.tribunadopovo.com e para o
blog www.recantodoescritor.com.br)
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