terça-feira, 21 de junho de 2011

Artigo: Entrega Silenciosa - Generoso - A/0951

ENTREGA SILENCIOSA

A religião tradicional nos ensina e insiste a bater na tecla para que nossas preces sempre subam aos céus recheadas de petições. No mais das vezes até orientam seus fiéis para que eles dêem orientações ao Criador. Chegam tentar a ensinar a Deus como Ele deve fazer para resolver suas questões pessoais.

A rigor, é sempre bom conversar com Deus. No entanto, a presunção em orientar a Deus sobre as próprias necessidades. a mais não pode servir do que um alívio psicológico. Em nenhuma hipótese se trata de uma forma correta de oração.

Em Sua sabedoria infinita, Deus conhece melhor do que nós, sobre as necessidades de cada um . A tal ponto que a mente humana é incapaz de formar uma idéia, do quanto o Criador a conhece desde sempre. Não há como se apresentar a Deus dessa forma, narrando a Ele o que se passa pela vida da pessoa ou de seus familiares e amigos. As Escrituras Sagradas - no Antigo e Novo Testamento - ressalta isto de forma muito clara; O propósito de honrar a Deus, antes e acima de tudo, consiste em levar em conta a sua Onipotência, Onicisência e Onipresença.

A infância espiritual até comportaria a idéia de um deus que chora quando uma criança faz arte e não se comporta como deve. Mas, como disse São Paulo apóstolo, “quando eu era menino, falava como menino. Agora que sou homem, ajo e falo como homem” (1 Co.13-11)

Orar de forma correta

Assim, a pessoa deve se apresentar em sua oração, no mais profundo silêncio de sua alma para Deus, que a cada um acolhe a qualquer momento da existência. Seja nos bons momentos, em que a Ele sobe louvor e agradecimento, seja nas horas difíceis, em que a Ele se entregam todos os cacos do coração partido para que ele os refaça.

É fácil constatar na, às vezes trágica história da humanidade, sobre o quanto o mundo - a humanidade que nele habita - tem progredido de forma assustadora. São verdadeiros milagres a ocorrer a cada minuto. Todavia, sob o aspecto espiritual, grande parte das pessoas segue em passo de caracol.

Não que seja necessária a descoberta de verdades novas. A verdade não seria autêntica se obedecesse a modas e estações. O que conta de fato é se descobrir o sentido real da própria vida e da missão que cada qual traz para este mundo.

Muitas vezes, diante de pessoas que experimentam as maiores carências, mesmo àquelas às raias da penúria extrema, é curioso notar como essas desditosas almas lutam com o que lhes restar de forças, para lograr a continuidade da própria vida. A força instintiva entra em cena, a despeito da gravíssima situação em que se encontram, em sofrimentos insuportáveis.

Essa é a mais bela mágica da própria vida. A tal ponto que o próprio Cristo a ela se comparou ao proclamar com todas as letras: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.”( João, 14:6)

Hà pessoas que associam Deus com crenças religiosas as mais diversas e, depois de um tempo - porque todas as religiões são falhas - passam a duvidar da existência de Deus.

No instante em que focam a espiritualidade em seres humanos, falíveis como elas próprias, a verdade inevitável será a decepção.Porque todo indivíduo, enquanto regido pela finitude, está sujeito a toda sorte de incorreções. Somente Deus é a realidade que, felizmente, está dentro de cada pessoa, “mais próximo do que o fôlego e que mãos e pés”. (Geraldo Generoso)

Nenhum comentário: