domingo, 15 de junho de 2008

Adeus, Saudade! - P/248


Adeus, Saudade!

Um sentimento que machuca, que tortura a alma...
a saudade arde no peito, a eterna noite sem fim;
vai rolando sem piedade, nos tirando toda a calma,
magoando o nosso ser... é a saudade que faz assim.

Uma dor incontrolável, que mora dentro da gente:
devia ser passageira, mas permanece e faz morada;
quisera ser como o vento, deixá-la sempre ausente,
mas insiste esta saudade, lembrando a vida passada.

Seguindo na existência, saudade do amor distante...
a alegria foge, quando começa em nós a tempestade;
ela não quer nos deixar, é como um vento cortante,
algum lamento solene: é a voz rouca da saudade!

Adeus, saudade malvada! Não faça isso comigo!...
Preciso viver em paz... longe de tamanha dor ...
vai embora agora mesmo, muito distante o castigo;
liberto desse sentimento, no coração só o amor...


15.06.2008 – Jairo de Lima Alves

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