quarta-feira, 25 de junho de 2008

Movimento Ecumênico Universalista - A/0004

A Psicosofia e o Movimento Ecumênico Universalista

Há cerca de oito anos nascia no Brasil o Movimento Ecumênico Universalista, realizando, pela primeira vez, um estudo baseado no ecletismo criativo das principais doutrinas espiritualistas. Obviamente que houve, no passado, tentativas de movimentos ecumênicos, porém, sempre esbarrando em preconceitos. Aceitava-se, por exemplo, o ecumenismo apenas entre religiões cristãs não-reencarnacionistas, ou outros pseudo-ecumênicos. Porém, pela primeira vez, o Espiritismo, criado na França no século XIX , e a Umbanda, criada no Brasil no século XX, são incluídas em um movimento ecumênico. É importante salientar que o movimento cristão dominante no Ocidente ainda rejeita o Espiritismo e a Umbanda, apesar do significativo crescimento desses movimentos religiosos no Brasil e em outros países (até no Japão a Umbanda tem adeptos e vem sendo um importante instrumento para a limpeza do astral daquele país, atualmente preso ao materialismo e ao consumismo desenfreado) e, as tradições orientais, apesar de reencarnacionistas, ainda possuem aversão ao intercâmbio mediúnico, considerado uma forma perigosa de comunicação com o mundo espiritual.Após sete anos de estudo profundo das principais doutrinas religiosas do Ocidente e do Oriente, está se sistematizando uma Psicosofia (sabedoria espiritual), ou seja, uma teoria transreligiosa, ecumênica e universalista da alma humana.Essa teoria, que não deve ser confundida com uma nova religião, pois não se prende a doutrina ou aos ritos de cada religião, trata-se de uma ciência espiritual, fundamentada nos ensinamentos espiritualistas dos grandes mestres como Buda, Krishna, Jesus, Maomé, Espírito da Verdade, entre outros, e cujo objetivo é a espiritualização do ser humanizado. Em outras palavras, auxiliar na preparação dos espíritos que gravitam em torno do Orbe terrestre para superar o estágio de provas e expiações, vencendo o egoísmo e, assim, preparando-se para os novos ciclos reencarnatórios nos mundos regenerados, onde não é mais o egoísmo o elemento que os nutrem.Como dissemos, a Psicosofia busca na essência dos ensinamentos dos grandes mestres espirituais da humanidade compor sua teoria, que, em resumo, é a seguinte:Do Espiritismo compartilha o ensinamento de que Deus é a inteligência suprema e a causa primária de todas as coisas; que o livre arbítrio foi exercido antes da encarnação, quando o espírito escolheu o seu gênero de provas; que a caridade é o que “liberta” o ser humano, entendendo que caridade é ser benevolente, indulgente e perdoar e, por fim, que o egoísmo é o maior mal da humanidade.Da Umbanda compartilha o ensinamento sobre a horizontalidade dos espíritos, ou seja, que não existe espíritos “superiores” ou “inferiores”, “civilizados” ou “selvagens”, mas que todos foram criados puros e evoluem conforme vencem o egoísmo (que não está no espírito puro, mas é um agregado criado para as provações do espírito, uma vez que o egoísmo é o que nutre a vida nos Orbes denominados de Provas e Expiações, como é o caso da Terra), e compreende que as entidades esclarecidas que se manifestam nos trabalhos mediúnicos utilizam posturas simbólicas para se manifestar e colocar em prova nossos preconceitos e valores (pretos-velhos, índios, crianças, etc.); e que o “bem” é viver em Deus, para Deus e com Deus e “mal” é viver preso ao egoísmo, ao individualismo. Do Islamismo compartilha o ensinamento que nos ensina a submissão aos desígnios de Deus e o fatalismo (MAKTUB), ou seja, que nada acontece no mundo exterior por acaso e que “tudo está escrito”, uma vez que o mundo exterior ou os fatos materiais são criados por Deus para nossas provações (lembrando que o gênero das provas foi escolhido pelo espírito antes de encarnar). Do Hinduismo e do Taoísmo compartilha o ensinamento sobre o Wu Wei, ou seja, o correto agir ou a não-ação. O que não quer dizer inação, mas o agir desinteressado, não alimentado pelo desejo, a ação sem buscar nada em troca ou se vincular aos frutos do trabalho realizado (se o mundo exterior é criado por Deus para as nossas provas, somos, necessariamente, os instrumentos de Deus, junto com os espíritos desencarnados, para criar os cenários e as situações dessas provas morais. Mesmo quando não temos esta consciência, estamos agindo inconscientemente como instrumento do carma (ação) do outro e vice-versa – o outro é instrumento do nosso carma.Logo, uma força superior nos levará naturalmente a fazer o que deve ser feito, pois cada um recebe exatamente aquilo que merece e necessita a cada novo segundo de sua vida. Portanto, não há a necessidade de se pré-ocupar com o futuro; julgar, criticar ou condenar o outro, alimentar paixões ou desejos materiais, mas viver em felicidade incondicional a vida humanizada, independente de estarmos vivenciando vicissitudes positivas ou negativas).Do Budismo compartilha-se os ensinamentos que nos ajudam a vencer o Ego, a iluminar-se, a tornar-se espíritos esclarecidos (bodhicittas), ou seja, vencer as ilusões criadas pelos apegos materiais, sentimentais e culturais (as verdades racionalizadas pelo Ego), a eliminar as paixões positivas e negativas que criam vínculos ou aversões pelas formas materiais, seja através das percepções ou das sensações, e a destruir os desejos humanizados que nos impede de chegar a essência das coisas (os dois princípios universais: o espírito – princípio inteligente - e a energia cósmica universal – princípio material).Do catolicismo e dos movimentos evangélicos compartilha-se o ensinamento de que o mais importante é a ressurreição na carne e não a reencarnação. Ou seja, que é preciso renascer (espiritualizar-se) enquanto ainda vivemos essa encarnação, não postergando para o futuro o que devemos fazer hoje (ainda mais quando se sabe que essa é a nossa encarnação derradeira na terra. Aqueles que não se libertarem do egoísmo nessa encarnação, serão exilados da terra. Em outras palavras, continuarão suas encarnações em outros mundos de provas e expiações e não mais no orbe terráqueo, que, em breve, mudará de estágio, não mais sendo nutrido pelo egoísmo. Ou seja, se até o momento, os espíritos que venciam o ego passavam a habitar mundos superiores, com a mudança de estágio da terra de orbe de provas e expiações para orbe de regeneração, aqueles que venceram o egoísmo continuarão a encarnar por aqui e serão exilados para outros orbes aqueles que ainda precisam vencer o egoísmo).A Psicosofia, portanto, é um saber sistematizado, porém aberto. Diferentemente das doutrinas que são, necessariamente, entrópicas, fechadas, absolutas, a Psicosofia é neg-entrópica e holonômica, compreendendo que a parte (o individualismo) contem o todo (o universalismo) e, por isso mesmo, não entra em conflito com nenhuma doutrina religiosa. Apesar de não gozar de prestigio acadêmico, possui o mesmo grau de cientificidade que o marxismo, a psicanálise e tantas outras abordagens ditas científicas. E, para ser colocada em prática, pois, sua pretensão não é apenas ser mais um conhecimento acadêmico, mas auxiliar no processo de espiritualização do ser humanizado, utiliza-se da Animagogia (educação espiritual). Da mesma forma que para se formar um pedagogo (um educador de crianças) é necessário estudar o saber sistematizado pela sociologia, pela psicologia, pela antropologia etc., para se formar um animagogo (um educador de almas) é necessário estudar a Psicosofia, portanto, os ensinamentos universalistas dos grandes mestres espirituais da humanidade. O trabalho de um animagogo é sempre individualizado, tratando dos problemas espirituais de cada ser humanizado, pois o foco de seu trabalho é sempre a mudança interior, a “reforma íntima”. Assim, o trabalho do animagogo consiste em destruir as artimanhas do ego que sempre tentará culpar o mundo exterior, ou seja, o pai, a mãe, o marido, a sociedade etc. por um problema ou sofrimento cuja causa é sempre e exclusivamente interior. Eliminando-se, gradativamente, os apegos e as aversões, as paixões e desejos que trazem alegria ou sofrimento, prepara-se o ser humanizado para vencer o egoísmo e viver feliz incondicionalmente sua vida humanizada, sem apegos materiais, sentimentais e culturais, porém, com sua fé inabalável em Deus. Junto com a orientação espiritual, a Animagogia pode utilizar recursos complementares como a arteterapia, o passe (reiki, johrey, cura prânica etc.), a apometria, a conversa com espíritos, a psicografia, a meditação, o yoga, os tratamentos florais, o tai chi chuan etc.A partir da primeira semana de agosto, a ONG Círculo de São Francisco estará oferecendo um novo curso de Psicosofia, às terças-feiras, das 19h30 às 21h30. O curso é gratuito.Atendimentos de Animagogia serão realizados, a partir de agosto, às sextas-feiras, das 9h às 12 h. Passar pelo animagogo será uma atividade necessária para todos que procurarem atendimentos de Reiki ou de Apometria na ONG Círculo de São Francisco, no segundo semestre de 2006. O atendimento também é gratuito.
(ONG Círculo de São FranciscoInstituto de Animagogia)

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