A Confissão
Talvez eu tenha algo dos poetas. Permitam-me explicar: nas minhas andanças, tenho a mania de procurar nas folhas e flores maravilhas detalhadas. Olho para o lindo azul do céu, mas fico sugerindo outras cores como na exibição do arco-iris. Ainda no céu, atento-me na passarela das moventes nuvens, temerosas ou mansas na variação de tantas formas. Exalto o sol, quando chega e quando sai na troca de brilhos com os astros da noite. Sobre a lua, sinto sua claridade, não cogitando se própria ou emprestada. Dia claro, abaixo das nuvens, fico atraído pela revoada dos pássaros nos seus vôos, suas cores, seus cantos, seus amores. Entre as pessoas, fito demoradamente os olhos, pois neles está a melhor amostra de cada alma. Quanto à espécie humana, minha sensibilidade se abala com o descompasso entre os grandes lances do cérebro e as pequenas manifestações do coração. Ainda, ao meu exame, um dos melhores retornos à minha inspeção é o que me mostra o sorriso das crianças. (Edson Freire)
Talvez eu tenha algo dos poetas. Permitam-me explicar: nas minhas andanças, tenho a mania de procurar nas folhas e flores maravilhas detalhadas. Olho para o lindo azul do céu, mas fico sugerindo outras cores como na exibição do arco-iris. Ainda no céu, atento-me na passarela das moventes nuvens, temerosas ou mansas na variação de tantas formas. Exalto o sol, quando chega e quando sai na troca de brilhos com os astros da noite. Sobre a lua, sinto sua claridade, não cogitando se própria ou emprestada. Dia claro, abaixo das nuvens, fico atraído pela revoada dos pássaros nos seus vôos, suas cores, seus cantos, seus amores. Entre as pessoas, fito demoradamente os olhos, pois neles está a melhor amostra de cada alma. Quanto à espécie humana, minha sensibilidade se abala com o descompasso entre os grandes lances do cérebro e as pequenas manifestações do coração. Ainda, ao meu exame, um dos melhores retornos à minha inspeção é o que me mostra o sorriso das crianças. (Edson Freire)
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