sábado, 30 de maio de 2009

A Perfeição de Deus - A/0359

A Perfeição de Deus
No Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao ensino
de crianças especiais. Algumas crianças ali permanecem por toda a vida
escolar, enquanto outras podem ser encaminhadas a escolas comuns.
Em um jantar beneficente de Chush, o pai de uma criança fez um
discurso que nunca mais seria esquecido pelos que ali estavam presentes.
Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, perguntou ele:
"Onde está a perfeição em meu filho Pedro, se tudo o que DEUS faz é
feito com perfeição? Meu filho não pode entender as coisas como outras
crianças entendem.
Meu filho não pode se lembrar de fatos e números como as outras
crianças.
Então, onde está a perfeição de Deus?
" Todos ficaram chocados com a pergunta e com o sofrimento daquele
pai. Mas ele continuou:
"Acredito que quando Deus traz uma criança especial ao mundo, a
perfeição que Ele busca está no modo como as pessoas reagem diante desta
criança."
Então ele contou a seguinte história sobre o seu filho Pedro:
"Uma Tarde, Pedro e eu caminhávamos pelo parque onde alguns meninos
que o conheciam, estavam jogando beisebol. Pedro perguntou-me:
- Pai, você acha que eles me deixariam jogar?
Eu sabia das limitações do meu filho e que a maioria dos meninos não o
queria no time. Mas entendi que se Pedro pudesse jogar com eles, isto lhe
daria uma confortável sensação de participação. Aproximei-me de um dos
meninos no campo e perguntei-lhe se Pedro poderia jogar. O menino deu uma
olhada ao redor, buscando a aprovação de seus companheiros de time e mesmo
não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade e disse:
- Nós estamos perdendo por seis rodadas e o jogo está na oitava.
- Acho que ele pode entrar em nosso time e tentaremos colocá-lo para
bater até a nona rodada.
Fiquei admirado quando Pedro abriu um grande sorriso ao ouvir a
resposta do menino. Pediram então que ele calçasse a luva e fosse para o
campo jogar.
No final da oitava rodada, o time de Pedro marcou alguns pontos, mas
ainda estava perdendo por três. No final da nona rodada, o time de Pedro
marcou novamente e agora com dois fora e as bases com potencial para a
rodada decisiva, Pedro foi escalado para continuar.
Um questionamento, porém, veio à minha mente: o time deixaria Pedro,
de fato, rebater nesta circunstância e jogar fora a chance de ganhar o jogo?
Surpreendentemente, foi dado o bastão a Pedro.
Todo o mundo sabia que isto seria quase impossível, porque ele nem
mesmo sabia segurar o bastão.. Porém, quando Pedro tomou posição, o lançador
se moveu alguns passos para arremessar a bola de maneira que Pedro pudesse
ao menos rebater. Foi feito o primeiro arremesso e Pedro balançou
desajeitadamente e o perdeu.
Um dos companheiros do time de Pedro foi até ele e juntos seguraram o
bastão e encararam o lançador. O Lançador deu novamente alguns passos para
lançar a bola suavemente para Pedro. Quando veio o lance, Pedro e o seu
companheiro de time balançaram o bastão e juntos rebateram a lenta bola do
lançador. O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente
ao primeiro homem da base, Pedro estaria fora e isso teria terminado o jogo.
Ao invés disso, o lançador pegou a bola e lançou-a em uma
curva, longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro
homem da base. Então todo o mundo começou a gritar:
- Pedro, corra para a primeira base. Corra para a primeira.
Nunca em sua vida ele tinha corrido... Mas saiu em disparada para a
linha de base, com os olhos arregalados e assustado. Até que ele alcançasse
a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter
lançado a bola ao segundo homem da base, o que colocaria Pedro para fora,
pois ele ainda estava correndo. Mas o jogador entendeu quais eram as
intenções do lançador, assim, lançou a bola alta e distante, acima da cabeça
do terceiro homem da base.
Todo o mundo gritou:
- Corra para a segunda, corra para a segunda base.
Pedro correu para a segunda base, enquanto os jogadores à frente dele
circulavam deliberadamente para a base principal. Quando Pedro alcançou a
segunda base, a curta parada adversária colocou-o na direção de terceira
base e todos gritaram:
- Corra para a terceira. Quando Pedro contornou a terceira base, os
meninos de ambos os times correram atrás dele gritando:
- Pedro, corra para a base principal. Pedro correu para a base
principal, pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo
dele o herói, como se ele tivesse vencido o campeonato e ganhado o jogo para
o time dele."
"Naquele dia," disse o pai, com lágrimas caindo sobre a face, "aqueles
18 meninos alcançaram a Perfeição de Deus. Eu nunca tinha visto um sorriso
tão lindo no rosto do meu filho!"
O fato é verdadeiro e ao mesmo tempo nos causa tanta estranheza!
Algumas vezes podemos ficar mais preocupados sobre o que as outras
pessoas pensam de nós, do que com o que Deus espera de nós. Contudo,
tenhamos a certeza que, se quisermos, poderemos transformar nossas vidas e
fazer sempre o melhor para todas as pessoas.


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