sábado, 25 de setembro de 2010

Artigo: O Dever de Votar - A/0864

O SAGRADO DEVER DE VOTAR

A cada dia que passa mais pessoas têm dito que votam nulo ou em branco nessas eleições. No Mato Grosso do Sul, em especial na cidade de Dourados, é até aceitável que as pessoas cogitem tal ação, mas creio que isso não deve ser levado adiante, mediante a tamanha farra que a própria corrupção pode herdar caso os eleitores se privem do maior poder de decisão que podem ter na política.

Políticos candidatos e políticos que apoiavam candidatos foram pegos em esquemas absurdos de fraudes em licitações e corrupção para benefício próprio. Outros candidatos que não participaram de esquema nenhum e que tiveram seus nomes ventilados acabaram herdando a negatividade de tais acontecimentos. É claro que não é a maioria, mas grande parte dos eleitores chegam a dizer ‘eu votava em você, mas agora, já não sei’.

Essa dúvida tem que ser extinta. Seja pela comprovação de culpa do candidato, ou pela isenção dele. E ir além, buscar o que esse candidato tem feito, qual seu passado político, sua vida, seus bens. Analisar se realmente ele pode ter participado de algo ilícito, mas, sobretudo, ter ciência do que ele fez e pode fazer pela população. Os corruptos que se envolveram em falcatruas acabaram por prejudicar quem nunca se meteu em esquemas para benefício próprio.

Sem fazer acepção, os eleitores estão incluindo no mesmo ‘balaio’ todos os políticos, como se tal situação fosse sinônimo para corrupto. Votar é, não só um direito constitucionalmente garantido, como um dever cívico de todo o cidadão. Deixar de escolher alguém para representá-lo é deixar de intervir nos assuntos que te dizem respeito e que, indiscutivelmente, terão grande impacto na sua vida.

O que os eleitores estão deixando de pensar é que se não votarem em quem traz educação, saúde, infraestrutura, cultura e segurança, estarão permitindo que seu voto em branco dê fôlego aos compradores de votos, as campanhas milionárias e a quem não tem compromisso nenhum com a ética. Não deixe que outros decidam por você! Vivendo em um estado democrático, sua frustração com a corrupção não pode transformar-se em voto nulo. Exerça seu poder político e seu valor na sociedade.

Quando alguém vota, exerce a consolidação da democracia e deixa de ficar à mercê de seus concidadãos comprados ou com ideias contrárias às suas. Votar se faz necessário, após uma minuciosa escolha do candidato isento da corrupção.

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