No
despertar de um novo ano, é pertinente lembrar a célebre frase “a melhor maneira de prever o futuro é
criá-lo”, do austríaco Peter Drucker (19
de novembro de 1909 – 11 de novembro de 2005), considerado o pai
da administração moderna, que desenvolveu brilhante carreira como professor
universitário nos Estados Unidos, foi autor de uma centena de livros e
consultor que inspirou a gestão de numerosas companhias. Fica muito claro em
seu pensamento que quanto menos se deixar o amanhã a cargo do acaso, maiores
serão as possibilidades de expansão, segurança e perenidade dos negócios.
Sim, estamos falando de gestão e planejamento! Ambos são conceitos sinérgicos e
indissociáveis, que constituem um axioma fundametal para o sucesso das
empresas no competitivo, seletivo e complexo mercado contemporâneo. Assim, as
organizações que começam 2013 respaldadas por um bom planejamento — com foco em
sua missão, orçamentos definidos para custeio, investimentos, expansão,
prospecção do mercado e modernização — terão vantagens sobre as concorrentes
que não fizeram essa importante lição de casa.
A base de tudo, porém, é o capital humano. Para definir o significado desse
conceito,recorro outra vez a Peter Drucker, que basicamente entendia a moderna
administração como “a ciência que trata sobre pessoas nas organizações”. Via de
regra, problemas de RH e ausência de políticas eficazes para a gestão de
pessoal são traços coincidentes de empresas desorganizadas, que realizam ações
superpostas (gastando mais e perdendo produtividade), apresentam respostas
contraditórias e pouco convincentes a seus clientes, têm foco confuso quanto às
suas metas e vivem pedindo desculpas por erros frequentes.
Não são raros os casos em que ótimas ideias, com investimento garantido, boa
estrutura física e excelentes projetos de marketing e expansão, sucumbem à
falta de planejamento, gestão equivocada e, claro, ausência ou ineficiência na
administração do capital humano. Assim, todo empenho deve ser feito nesse
sentido.
Em nosso país, onde a educação ainda apresenta deficiências, como acaba de
demonstrar novíssimo estudo do IBGE (quase a metade dos brasileiros com mais de
25 anos ainda não concluiu o Ensino Fundamental), as empresas acabam
desempenhando papel fundamental na adequada formação de seus colaboradores.
Para isso, muitas os estimulam à educação continuada e, internamente,
esforçam-se em lhes transmitir conhecimento e informação prática sobre suas
funções e as peculiaridades do negócio. Trata-se de um esforço bastante
compensador.
Empresas que sabem construir um bom ano novo e o seu futuro a mais longo prazo
são aquelas com absoluta consciência de que tal tarefa somente se faz com
eficiência a partir do seu quadro de recursos humanos. São as pessoas que
fazem, agem, transformam o mundo e são capazes de conquistar o sucesso para as
organizações nas quais trabalham. Por isso, gestão eficaz, a partir da correta
administração de RH, é fator decisivo para que 2013 e os anos subsequentes
sejam cada vez melhores para as empresas brasileiras. Transformar esse conceito
em realidade está ao alcance das mãos e do discernimento dos gestores. (Roni de Oliveira Franco é administrador de empresas).
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