“Estudo sobre a carga
tributária/PIB x IDH”, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Planejamento
Tributário, nos mostra uma desconfortável realidade: entre os 30 países com
maior carga tributária, o Brasil é o que proporciona o pior retorno da qualidade
de serviços à população.”
Essa realidade nos leva a crer
que o maior desafio dos Prefeitos, não se encontra na realização das promessas
de campanha, mas na capacidade gerencial de baixar o elevado custeio da máquina
pública, pois embora reconheçamos que existam ilhas de excelência, ainda
“surfamos” num oceano de serviços públicos que deixam muito a desejar.
Não devemos esquecer que o
mundo está em crise, que há cerca de 200 milhões de desempregados no planeta,
países superendividados, pessoas passando fome e prefeituras brasileiras com
seus orçamentos comprometidos com despesas gerais, inibindo investimentos em
infraestrutura.
Que no planejamento
estratégico da Prefeitura, os planos de ação, para melhorar a qualidade –
adequação ao uso com satisfação do contribuinte -, aumentar a produtividade –
produzir cada vez mais e melhor, com cada vez menos (menos tudo) e reduzir,
sistematicamente, os custos fixos, tenham prioridade Zero.
O sinal de alerta para a
classe política tem eco milenar, pois nos leva ao Império Romano, o mais
badalado da história da humanidade, e ao célebre Cícero (106-43 A.C.) –
filósofo, advogado, escritor, político e o maior orador romano. “Temos
que equilibrar o orçamento, proteger o tesouro, combater a usura e reduzir a burocracia.
Caso contrário, afundaremos todos.”
O primeiro passo, para
aumentar a produtividade, deve ser a eliminação do excesso de burocracia que,
além de oneroso e gerar morosidade, tem se mostrado ineficaz no combate à
corrupção e às fraudes.
Para que os servidores
públicos colaborem com o projeto sobre redução de custos e as metas sejam
plenamente atingidas, é de fundamental importância que Prefeito, Vice-Prefeito,
Secretários Municipais e Vereadores demonstrem que estão comprometidos,
sendo exemplos.
Encerramos com a frase de
Peter Drucker (1909-2005), um dos maiores pensadores em gestão organizacional:
“Não existem países subdesenvolvidos. Existem países subadministrados”.
Faustino Vicente – Professor,
Advogado e Consultor de Empresas e de Órgãos Públicos e Advogado – e-mail: faustino.vicente@uol.com.br
– Jundiaí (Terra da Uva) – São Paulo – Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário