O caminho do amor está baseado em uma compreensão que está profundamente enraizada na sabedoria de cada alma, ou seja, que é o medo e o desespero que criam a agressão e é a ameaça percebida da impotência, ou de ser controlado pelo outro que determina e convida o movimento em direção ao uso da força.
Há sempre outro caminho que não o do medo.
Há sempre outro caminho que não o da violência.
Há sempre outro caminho que não o uso da força para alcançar os
próprios objetivos.
Este caminho não pode ser encontrado, contanto que se esteja
seguindo o curso da violência. Este caminho não pode ser encontrado, contanto
que se esteja acreditando que o caminho do poder, o caminho da força, é a única
maneira de convencer um “adversário” a se alinhar com os próprios propósitos ou
objetivos. O caminho a ser encontrado, é o caminho do amor, da compaixão e do
respeito pelos direitos e necessidades de todos, incluindo os direitos e
necessidades do “adversário”. Contanto que o “adversário” seja encarado como
menos do que um ser humano, como menos do que digno de respeito, então o
caminho do amor nunca poderá ser encontrado.
O medo é o adversário interior que dirige as
suas tropas no eu consciente e que pede que se reduza ou erradique este medo
através de medidas defensivas que destruam o que parece ser o agente ou causa
dele. O medo é o que leva a toda a agressão, a toda a violência, a todas as
ações que cometem atrocidades de desumanidade aos outros. Reconhecer a raiz do medo é saber que o oponente ou adversário,
apesar de equivocado em suas ações, é também um ser humano. O medo,
impulsionado pela separação da Fonte da vida e do amor, guia aqueles à ação
errada – ação que é contra a vida ou que desrespeita a vida humana – mesmo que
ele afirme que é justificável esta ação.
Todos os seres humanos que estão separados de
uma forma ou de outra, da Fonte da vida, não importa qual seja a sua religião,
e não importa no que eles acreditem sobre a sua dedicação a esta Fonte, estão
vulneráveis ao medo. O medo pode somente ser erradicado da consciência, quando
o coração do amor, que é o coração de Deus, puder ser sentido como o próprio coração,
e quando nenhum outro motivo ou compreensão, exceto o desejo de se unir a este
coração, prevalecer.
Portanto, na busca de soluções para situações de injustiça, de
ameaça, de violência, de raiva, de conflitos, de agressão, ou para qualquer
situação aparentemente insolúvel que lance um ser humano contra o outro, ou um
grupo contra o outro, ou uma nação contra a outra, é de extrema importância
substituir o medo pelo amor e trazer esta oferta de paz ao “inimigo”, ainda que
tal oferta possa ser unilateral, e ainda que possa ser respondida com a dúvida
e o escárnio.
Pois, o amor não ganha adeptos, se ele simplesmente existir como
um conceito sem raízes na encarnação humana, então ele não pode servir para
oferecer uma alternativa ao medo. Ele pode apenas existir ao nível de um ideal
que não parece possível ser colocado em prática. Em vez disto, é preciso ter a coragem de ser alinhar ao amor, e
neste alinhamento, estar disposto a se agarrar à crença de que há um caminho do
meio entre o que parece ser pontos de vista opostos em relação a qualquer
situação de conflito. Este caminho do meio, formado e moldado pelo caminho do
amor, pode ser encontrado quando se agarra firmemente à humanidade comum de
todos, e à crença de que dentro desta humanidade comum, o coração de Deus pode
ser encontrado.
Que todos os que buscam o caminho do amor para
que se manifeste na Terra, tornem-se este caminho. Que a coragem que é necessária para liberar todas as armas do
passado que foram usadas para defender a própria posição ou perspectiva, esteja
presente, tanto para os indivíduos, quanto para as nações, de modo que o
caminho do amor e da confiança neste caminho, possam se tornar uma alternativa
viável para o uso da força que é atualmente vista como a única forma para
enfrentar o desafio da poder equivocado na Terra.
(Mensagem de Julie Redstone
4 de Setembro de 2013)
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