Mara diz que falta de comando no
Incra prejudica municípios de MS
A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) usou a tribuna
da Assembleia Legislativa na quinta-feira para cobrar o fim
do impasse na indicação do novo superintendente do Incra.
De acordo com ela, o impasse tem prejudicado economicamente alguns municípios de Mato Grosso do Sul.
Japorã, por exemplo, está prestes a receber uma unidade da Averama, que tem sede em Umuarama (PR) e atua na criação, abate e comercialização de frangos de corte. Entretanto, devido à demora na validação do georreferenciamento pelos técnicos do Incra, a prefeitura está impossibilitada de comprar a área e doar à empresa. Representante da região Conesul do Estado, Mara protestou contra a demora que está empatando a criação de pelo menos 150 empregos diretos no município de Japorã. Para ela, é como se os deputados estivessem “falando em vão”, sem que as autoridades competentes possam ouvir as reivindicações dos representantes do povo. “Fiz o pedido ao ministro do Desenvolvimento Agrário e ao Incra, para que tenham um pouco mais de respeito à nossa classe produtora. Parece que nós estamos falando com ninguém, porque desde agosto não se tem posição de quem vai representar o Incra no Estado”, disparou a deputada. Ela também conclamou a bancada federal de Mato Grosso do Sul a auxiliar na resolução deste impasse. “Até agora não vi uma resposta da presidência da República, do ministério ou dos nossos deputados federais e senadores, que também precisam atuar nessa questão”, afirmou. Sem reforma. Ainda sobre a demora nas questões envolvendo a reforma agrária no Estado, Mara Caseiro citou o exemplo do assentamento Tagros, que também fica no município de Japorã. De acordo com a deputada, ele já foi constituído há um ano, e até agora o Incra não liberou recursos para a construção das casas. “Quem tinha uma reserva, conseguiu fazer sua casa por conta própria, mas nem todos têm esse privilégio”, comentou. Há cerca de um mês e meio, José Batista dos Santos, representante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocupou a tribuna da Assembleia para cobrar imediata indicação do novo superintendente do Incra. Segundo ele, a reforma agrária no Estado não evolui desde agosto do ano passado e há cerca de R$ 15 milhões “parados” nos cofres, aguardando o fim do impasse pelo comando do órgão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário