terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Crônica: A Rotina

Sobre a Rotina


Rotina é como ferrugem que corrói e arrebenta a engrenagem de preciosa máquina. Disfarçada como segurança, emperra o progresso social e automatiza a mente, que cede o campo do raciocínio ao mesmismo.
O homem repete a ação de ontem com igual intensidade hoje; trabalha no mesmo labor, recompõe idênticos passos e mantém as mesmas conversações. Busca os repetidos espairecimentos: bar, clube, televisão, jornal, sexo, com frenético receio da solidão, até a aposentadoria.

Ao chegar a esse período de gozo-repouso, deixa-se arrastar pela inutilidade agradável, vitimado por problemas cardíacos ou por neuroses que a monotonia engendra. O trabalho é o estímulo aos valores que lhe estão latentes, esperando despertamento.
As propostas evangélicas facilitam a ruptura da rotina, dando saudável dinâmica para a vida integral do homem-espírito eterno, em lugar do homem-máquina pensante a caminho do túmulo, dissolução e esquecimento.

                    (Joanna de Ângelis / Médium Divaldo Franco)

 

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