sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Artigo: As Lições da Vida - A/01470

As difíceis Lições de cada Dia


Yogananda, expressa toda a sabedoria que possui, resumida na expressão: “dificuldades nos trazem uma lição. Nossas experiências dolorosas não foram feitas para nos destruir, mas para incinerar nossas impurezas e nos apressar, na nossa volta ao Lar. Ninguém está mais ansioso pela nossa libertação do que Deus.”

Sábias palavras do pensador, que mostra a todos nós a cortina-de-fumaça da ilusão que se interpõe entre Deus e nós, quando passamos a entender que a Divindade lamenta que A tenhamos perdido de vista. Deus não gosta de ver Seus filhos sofrerem tanto – morrendo por causa de bombas que caem, de doenças terríveis e de hábitos de vida errôneos. Ele lamenta isso tudo, pois nos ama e no quer de volta. Se pelo menos fizéssemos um esforço, à noite, de meditar e estar com  Ele. Quando o ser humano toma as experiências da vida por instrutores e aprende com elas a verdadeira natureza do mundo e o papel que desempenha nele, essas experiências se tornam guias valiosos para chegar à satisfação e à felicidade eternas. Em certo sentido, a infelicidade é nossa melhor amiga, porque nos impulsiona à incessante busca de Deus.

Quando o Adepto começa a ver claramente a imperfeição do mundo, começa a procurar a perfeição de Deus. A verdade, é que Deus está usando o mal, não para nos destruir mas para nos desiludir de Seus brinquedos, das distrações deste mundo, de modo que possamos buscá-lO. O desalento não é senão a sombra que projeta a mão Divina, quando se estende para acariciar. Às vezes, quando a Mãe acaricia o seu filho, Sua mão produz uma sombra, antes de tocá-lo. Desse modo, quando as dificuldades chegarem, não imagine que Ela o está punindo. Sua mão, que projeta sombra sobre ele, detém uma bênção especial para o seu rebento.

O sofrimento é um bom professor para os que aprendem com ele, rapidamente e de boa vontade, mas torna-se um tirano para os que resistem e se ressentem. O sofrimento pode nos ensinar quase tudo. Suas lições nos estimulam a desenvolver discernimento, autocontrole, desapego, moralidade e consciência espiritual transcendente. Uma dor de estômago, por exemplo, nos diz para não comermos em excesso e prestarmos atenção ao que comemos. A dor resultante da perda de riquezas ou de pessoas queridas nos lembra a natureza temporária de todas as coisas neste mundo de ilusão. As consequências das ações errôneas nos impelem a exercitar o discernimento.

Por que não aprender por meio da sabedoria? Dessa maneira não nos submeteríamos à dolorosa disciplina, tão desnecessária desse rude e incapaz sofrimento. O sofrimento é normalmente causado pelo mau uso do livre arbítrio. Deus nos deu o poder de aceitá-lO ou rejeitá-lO. Ele não quer que tenhamos de enfrentar infortúnios, mas não vai interferir quando optarmos por ações que podem nos levar à infelicidade.

Então, a cada novo dia, o homem precisa ficar alerta sobre os episódios que ocorrem, sejam bons ou ruins. E assim, aprendemos novas e preciosas lições a cada momento, em todas as experiências vivenciadas em todo e qualquer tempo.

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