quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Arquitetura da Expressão - A/0145

Arquitetura da Expressão
Da mesma forma que uma planta de construção será incompleta a menos que contenha janelas e portas, assim também, nenhuma vida será plenamente vivida sem os meios de expressão objetiva e subjetiva. Olhamos pelas janelas, que deixam entrar luz e ar. Entramos e saímos pelas portas. Em nossa vida a memória é a única janela que contempla o passado, enquanto que a imaginação serve como porta através da qual penetra¬mos no futuro. A realização, no presente, e a antecipação para o futuro, contribuem para completar o ciclo de acontecimentos de nossa vida. Na verdade, os olhos são as janelas da alma.Quando compreendemos pouco do que vemos ou o interpretamos falsamente, interpretamos mal os motivos e intenções das pessoas ou acontecimentos. Somos como a mulher que criticava a lavagem de roupa de sua vizinha ao observá-la através de janelas cobertas de pó e fumaça. Nossas recordações podem estar tão anuviadas como estavam suas janelas quando deixamos de contemplar o verdadeiro significado de viver harmoniosamente com nós mesmos e com outros. O amar a nós mesmos como ao próximo mantém nossas janelas claras como cristal; o conservar as dobradiças de nossas portas bem lubrificadas nos permitirá abri-las e fechá-las sem ruído. Fechamos nossas janelas e portas para evitar criaturas indesejáveis. Há, também, pensamentos indesejáveis que não devemos permitir entrar em nossa mente. Colocamos cortinas nas janelas para garantir a intensidade de luz. Quando abrimos nossa porta devemos ter algum objetivo em mente. Porta aberta é como mente aberta, com entrada e saída à vontade. Depende de nós, fechar a porta de nossa mente contra qualquer tentação para não desperdiçar tempo em atividades triviais e inúteis. Podemos penetrar num meio ambiente para exercitar nossas faculdades sensoriais ao passar por experiências marcantes. Ou podemos fechar a porta de nossa mente e permanecer em nosso próprio interior, para refletir, contemplar e meditar sobre as experiências para adquirir as lições necessárias que proporcionarão sabedoria para a ação futura. Uma porta com vidro é como a compreensão clara. Não necessitamos nos expor a acontecimentos exteriores. Devemos ser semelhantes a uma porta de vai-e-vem tendo capacidade de girar livremente para fora ou para dentro na medida em que surja a necessidade de ajuste, ou semelhantes a uma porta giratória com seu ajuste mais completo a modificações. Ainda mais moderna é a porta acionada por células fotoelétricas que se abre sem esforço quando desejamos entrar para descansar ou refletir ou sair para enfrentar as experiências e servir. Esta beleza é necessária como entrada no Divino portal no interior de nosso Ser. Isto por sua vez nos impelirá a criar maior beleza no interior de nossa alma assim como proporcionar prazer a outros. Podemos, por nosso amor à beleza, instilar e inspirar o mesmo amor em outros. Quando todas as portas se abrem para um mundo de beleza e todas as janelas para paisagens lindas, tornamo-nos seres humanos mais felizes e saudáveis. (AMORC)

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