sábado, 15 de fevereiro de 2014

Artigo: Virtudes de um Místico - A/01482

As Virtudes de um Místico


Todo verdadeiro místico deve possuir algumas virtudes essenciais, pelas quais fica conhecido na Comunidade onde vive e trabalha. Antes de qualquer coisa, sempre é bom definir o significado da palavra Místico no mundo contemporâneo. Para a maioria refere-se a uma pessoa dotada de extraordinários poderes e caráter virtuoso, com habilidades psíquicas e grande sabedoria.
Os Adeptos de escolas de mistério almejam tornar-se verdadeiros místicos e, para eles, não há objetivo maior. Estes místicos são tentados e testados, quase sempre, como o foram todos os místicos do passado. São tentados a usar seus poderes e sua singular informação para fins pessoais. São tentados a tomar o caminho mais fácil, de menor resistência, trabalho e esforço. São tentados com mais problemas  do que os normais e, à medida que desenvolvem a capacidade de escolher, defrontam-se com mais escolhas, adquirindo com isso uma visão mais ampla do mundo.

Sem qualquer sentimento de superioridade, o místico é mais criador que as outras pessoas. Ele arrisca-se mais, investiga, testa, pesquisa os mistérios de sua existência, sendo ativo e muito mais interessado pelas questões sublimes da vida. Mas também se depara com os obstáculos, mais frustrações, mais oposição aos interesses que anela a sua alma, representando tudo isso o caminho estreito, que é seguido por poucos. O místico, no entanto, leva consigo as salvaguardas contra os testes e as tentações, com as experiências que carrega de muitas encarnações que o fortalecem e o encorajam.
Em sua sabedoria, o místico aprende o valor da virtude e, assim, é protegido contra as tentações do quotidiano. A mente do Espiritualista é serena e sua disciplina é uma constante nos ciclos naturais da vida. O verdadeiro místico pratica as virtudes acima de tudo. Portanto, se não há virtude na vida de uma pessoa, ela jamais pode ser um verdadeiro místico.

O místico, regra geral, pode ser identificado pelas virtudes que persegue, sendo a humildade a primeira delas. O místico não pode deixar de ser humilde, visto que, quanto mais aprende acerca do Cósmico, mais se conscientiza de sua insignificância em todo o Sistema de Coisas. Com humildade, ele sempre está pronto para escutar e aprender.
O místico é um ser que ama, sem espalhar rumores e sem se entregar a atos ou palavras que possam prejudicar o seu semelhante. Ele tem o amor altruístico e desprendido, no contexto da máxima “Servir sempre por amar, sem pensar em recompensas”. Ele necessita ser justo, compreendendo a Lei Cósmica, nela assentando os seus juízos.

O Cósmico é o conjunto de todas as coisas, de modo que o místico pesa os argumentos de todos os lados, sabendo que nem sempre estará decidindo entre o certo e o errado, mas sobretudo, entre duas polaridades de uma origem comum.
O verdadeiro místico jamais faz alarde de sua sabedoria, e se o fizer, poderá ser qualificado como falso profeta. Se o Adepto da Ordem Cósmica por si mesmo, se intitular possuidor dos raros poderes, sendo iguais aos mestres cósmicos, e dizendo-se mensageiros de Deus e sem possuir as virtudes de um Homem Santo, não merece credibilidade e nem tampouco ser ouvido. Se ele assim proceder, seus objetivos são de glória e benefício pessoais e, não dignos de um verdadeiro místico, que na busca da Luz Maior, vive na plenitude da Graça Divina.

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