“Bem-aventurados os que são misericordiosos,
porque obterão misericórdia.” (MATEUS, 5.7)
Em sua sabedoria de Espírito Puro, Jesus, Modelo e Guia da humanidade, ensina
que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o que o homem faça do seu próprio
ressentimento; que, antes de se apresentar para ser por ele perdoado, precisa
haver perdoado e reparado o agravo que tenha feito a algum de seus irmãos.Importante lição podemos haurir das palavras de Jesus, em resposta ao apóstolo Pedro, sobre o conhecer e o não praticar os ensinamentos cristãos conforme segue:
Senhor: que dizer, então,
daqueles que conhecem os sagrados princípios da caridade e não os praticam? Esboçou Jesus manifesta satisfação no olhar e
elucidou: Estes, Simão, representam sementes que dormem,
apesar de projetadas no seio dadivoso da terra. Guardarão consigo preciosos
valores do Céu, mas jazem inúteis por muito tempo. Estejamos, porém, convictos
de que os aguaceiros e furacões passarão por elas, renovando-lhes a posição no
solo, e elas germinarão vitoriosas, um dia. Nos campos de Nosso Pai, há milhões
de almas assim, aguardando as tempestades renovadoras da experiência, para que
se dirijam à glória do futuro. Auxiliemo-las com amor e prossigamos, por nossa
vez, mirando a frente!
É, dessa forma, no labor do
bem e no enfrentamento de nossas dificuldades intimas, que progredimos e
desenvolvemos as virtudes latentes em nosso interior, a espera que nos
decidamos por cultivá-las no exercício constante da caridade para com o próximo
e para com a vida.
Em o Evangelho segundo o
Espiritismo, encontramos as claras explicações sobre esse nobre sentimento, que
precisamos urgentemente desenvolver a benefício do nosso crescimento
espiritual, na busca da implantação do Reino de Deus entre os homens o mais
depressa possível, conforme abaixo descrito:
“A misericórdia é
o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não
poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das
ofensas. O ódio e o rancor denotam alma sem elevação, nem grandeza. O
esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que paira acima dos golpes
que lhe possam desferir. Uma é sempre ansiosa, de sombria suscetibilidade e
cheia de fel; a outra é calma, toda mansidão e caridade.
Ai daquele que diz: nunca
perdoarei. Esse, se não for condenado pelos homens, sê-lo-á por Deus. Com que
direito reclamaria ele o perdão de suas próprias faltas, se não perdoa as dos
outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz
que cada um perdoe ao seu irmão, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.
Há, porém, duas maneiras bem
diferentes de perdoar: uma, grande, nobre, verdadeiramente generosa, sem
pensamento oculto, que evita, com delicadeza, ferir o amor próprio e a
suscetibilidade do adversário, ainda quando este último nenhuma justificativa
possa ter; a segunda é a em que o ofendido, ou aquele que tal se julga, impõe
ao outro condições humilhantes e lhe faz sentir o peso de um perdão que irrita,
em vez de acalmar; se estende a mão ao ofensor, não o faz com benevolência, mas
com ostentação, a fim de poder dizer a toda gente: vede como sou generoso!
Nessas circunstâncias, é impossível uma reconciliação sincera de parte a parte.
Não, não há aí generosidade; há apenas uma forma de satisfazer ao orgulho. “Em
toda contenda, aquele que se mostra mais conciliador, que demonstra mais
desinteresse, caridade e verdadeira grandeza d’alma granjeará sempre a simpatia
das pessoas imparciais.
O benfeitor Emmanuel nos
afirma que: “Espiritismo, restaurando o Cristianismo, é universidade da alma”.
Nesse sentido, vale recordar que Jesus, o Mestre por excelência, nos ensinou,
acima de tudo, a viver construindo para o bem e para a verdade, como a
dizer-nos que a chama da cabeça não derrama, a luz da felicidade sem o óleo do
coração.”(1) Xavier, Francisco Cândido – Livro: Jesus no Lar, FEB, 20ª edição - pelo Espírito Neio Lúcio – Cap. 4.
(2) Kardec, Allan – O
Evangelho Segundo o Espiritismo, FEB – 112ª edição – Capítulo X,
item 4.
(3) Xavier, Francisco
Cândido – Livro da Esperança, C.E.C., 15ª edição - Espírito Emmanuel – Cap. 12
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