sábado, 1 de junho de 2013

Edição de Livro - Chiado Editora - Projeto

A Grande Obra

Orelha do Livro A Grande Obra
A Grande Obra apresenta as Necessárias Revelações os Dias Atuais em linguagem objetiva e muito direta para o público que aprecia o gênero literário que aborda a questão esotérica com sem meias palavras. O autor, que conhece o assunto com profundidade não mede esforços, no sentido de oferecer este tipo de conhecimento aos leitores de língua portuguesa, a tantos quanto possam ter acesso a este livro.

A Grande Obra é formada por mentes iluminadas de todas as épocas, e assim, a dedicatória vai para alguns destes seres humanos especiais que escreveram importantes capítulos na História da Humanidade. Dentre os milhares que já tombaram, a presente Obra homenageia Ellen G. White, Joseph Smith, Charles Taze Russel, Louis Francescon, Gunnar Adolf Vingren, Alziro Zarur, Masaharu Taniguchi, Francisco Cândido Xavier, Louis Claude de Saint-Martin, Harvey Spencer Lewis, Lauro Nina Sodré e Silva, Mahatma Gandhi, Juscelino Kubitschek de Oliveira, Zilda Arms Neumann e João Paulo II. Um perfil destas personalidades está inserido no livro.
O livro que tem o título A Grande Obra traz em suas páginas relatos que vão impressionar o leitor atento e perspicaz, aquele que gosta de decifrar mistérios e sabe apreciar o belo. Os assuntos mais palpitantes são tratados com maestria, onde o escritor Jairo de Lima Alves discorre de maneira sintética para que todos possam entender o objetivo de A Grande Obra. Os Registros Acásicos, o Número Sete e a Cabala, a Compreensão Mística da Vida, Sincretismo e Ecumenismo, Os Mistérios de Capela, Espiritualidade e Qualidade de Vida, as Vibrações Celestes, a Sabedoria Oculta, a Volta ao Primeiro Amor, o Valor da Família, a Honra aos Pais é um Dever Sagrado, o Propósito da Visualização Criativa, a Evolução Espiritual da Alma Humana, as Redes Sociais, quem poderá encontrar o Santo Graal, Poucos os Escolhidos, o Homem mais Rico do Vale, a Passagem para a Eternidade, a Decadência do Sistema Religioso no Mundo, a Confusão Religiosa em nossos Dias, Proselitismo e Conflito Espiritual, Místicos de Destaque nas Religiões, Santos e Iluminados. Estes e outros assuntos, além de poemas e algumas crônicas fazem parte desta Obra que o leitor tem em mãos.

DEDICATÓRIA

A presente Obra é dedicada à memória de Ellen G. White (1827-1915), Profetisa Adventista;  Joseph Smith (1805-1844), Primeiro Presidente dos Mórmons; Charles Taze Russell (1852-1916), Protagonista das Testemunhas de Jeová; Louis Francescon (1856-1964), Co-participante da Missão de Fé Apostólica “Congregação Cristã”; Gunnar Adolf Vingren (1879-1933), Pioneiro do Movimento Pentecostal no Brasil; Alziro Zarur (1914-1979), Fundador da LBV; Masaharu Taniguchi (1893-1985), Fundador da Seicho-No-Iê; Francisco Cândido Xavier (1910-2002), Notável Médium Espírita Brasileiro; Louis-Claude De Saint Martin (1743-1803), Fundador do Martinismo; Harvey Spencer Lewis (1883-1939), Imperator da Ordem Rosacruz; Lauro Nina Sodré e Silva (1858-1944), Fundador do Rito Brasileiro “resposta ao apelo do Cavaleiro Rosa-Cruz/GOB”; Mahatma Gandhi (1869-1948), Idealista Indiano;  Juscelino Kubitschek de Oliveira (1902-1976), Místico e Estadista Brasileiro;  Zilda Arns Neumann (1934-2010), Sanitarista Benfeitora e João Paulo II (1920-2005), Chefe da Igreja Católica Romana.  Cada um destes líderes deixou um legado à presente geração, dirigindo Organizações Respeitáveis no Campo da Espiritualidade, e noutras áreas, dando frutos dignos para toda a Humanidade.

SUMÁRIO
Apresentação  - O LIVRO NÃO MORRERÁ JAMAIS ........................

Prefácio – Por FRATER ORNATOR ....................................................
Capítulo I - OS REGISTROS ACÁSICOS ..............................................

Capítulo II - O NÚMERO SETE E A CABA ..........................................
Capítulo III - A COMPREENSÃO MÍSTICA DA VIDA .........................

Capítulo IV - SINCRETISMO E ECUMENISMO ..................................

Capítulo V - OS MISTÉRIOS DE CAPELA ...........................................
SEGUINDO O MESTRE – Poema ..................................................... 

Capítulo VI - A SABEDORIA OCULTA ...............................................
Capítulo VII - ESPIRITUALIDADE E QUALIDADE DE VIDA ................

O VALOR DA LIBERDADE – Poema ................................................. 
Capítulo VIII - AS VIBRAÇÕES CELESTES .........................................

A DIVINA SIMPLICIDADE – Poema ................................................. 
Capítulo IX - A VOLTA AO PRIMEIRO AMOR .................................. 

Capítulo X - O VALOR DA FAMÍLIA ................................................. 
ROSAS VERMELHAS -  Poema ........................................................ 

Capítulo XI – A HONRA AOS PAIS É UM DEVER SAGRADO .............
Capítulo XII - PARA CADA PROBLEMA, UMA SOLUÇÃO ................. 

A ÁRVORE DA VIDA – Poema ......................................................... 
Capítulo XIII - O PROPÓSITO DA VISUALIZAÇÃO CRIATIVA ............ 

Capítulo XIV - A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL DA ALMA HUMANA ........
Capítulo XV - AS REDES SOCIAIS ..................................................... 

DESTERRO – Poema .......................................................................  
Capítulo XVI - QUEM PODERÁ ENCONTRAR O SANTO GRAAL? ...... 

Capítulo XVII - ... POUCOS OS ESCOLHIDOS ....................................
Capítulo XVIII - O HOMEM MAIS RICO DO VALE ............................. 

A PRECE – Poema ............................................................................ 
Capítulo XIX - A PASSAGEM PARA A ETERNIDADE ...........................

Capítulo XX - A DECADÊNCIA DO SISTEMA RELIGIOSO NO MUNDO .
Capítulo XXI - A CONFUSÃO RELIGIOSA EM NOSSOS DIAS ............

A MAJESTOSA CATEDRAL – Poema .................................................. 
Capítulo XXII - A UTOPIA RELIGIOSA .................................................

O ERMITÃO – Poema ........................................................................ 
Capítulo XXIII - PROSELITISMO E CONFLITO ESPIRITUAL ..................

PONTO DE EQUILÍBRIO – Poema ...................................................... 
Capítulo XXIV - “SANTOS” e “ILUMINADOS” .....................................1

Capítulo XXV - MÍSTICOS DE DESTAQUE NAS RELIGIÕES .................. 
DIAS DE TORMENTO – Poema .......................................................... 

Capítulo XXVI - VOZ DO QUE CLAMA NO DESERTO ..........................  
Capítulo XX VII - É POSSÍVEL ALCANÇAR A CONSCIÊNCIA CÓSMICA?

A PEDRA FILOSOFAL – Poema ............................................................ 
Capítulo XXVIII - O DOMÍNIO DA VIDA ............................................... 

PARA FALAR DE AMOR – Poema .......................................................  
Capítulo XXIX – ESTARIA EU PRONTO PARA A VIAGEM? ...........

Capítulo XXX - A HORA DO ADEUS .....................................................  
DESPERTAI - Poema ...........................................................................

Espiritualistas       ............................................................................... 

Personalidades         ........................................................................... 
ELLEN WHITE .....................................................................................  

JOSEPH SMITH .................................................................................... 
CHARLES RUSSELL .................................................... ...........................

LOUIS FRANCESCON ............................................................................ 
GUNNR VINGREN ............................................   ..................................

ALZIRO ZARUR ..................................................................................... 
MASAHARU TANIGUCHI ........................................... ..........................  

CHICO XAVIER ......................................................................................
SAINT-MARTIN ....................................................................................  

SPENCER LEWIS ................................................................................... 
LAURO SODRÉ ...................................................................................... 

GANDHI ................................................................................................ 
JK ...........................................................................................................

ZILDA ARNS 
JOÃO PAULO II .............................................................. ......................   

CANTAR COM A NATUREZA – Poema .................................................    
APÊNDICE ..........................................................................................     

A VERDADEIRA PAZ PROFUNDA ........................................................     
A TERRA. UM PLANETA DOENTE? .................................. ..................      

A FÚRIA DA NATUREZA .....................................................................      
EU NASCI! ..........................................................................................      

AOS QUE ESCREVEM... – Poema .......................................................      

APRESENTAÇÃO

O LIVRO NÃO MORRERÁ, JAMAIS!
Por acreditar que o livro ainda é uma ferramenta de muita importância no mundo moderno, a presente Obra é colocada no mercado para a apreciação de todos os que, ao longo do tempo, passaram a entender o significado de um bom livro em suas vidas. Feito para um público exigente, A GRANDE OBRA traz em seu bojo as NECESSÁRIAS REVELAÇÕES PARA OS NOSSOS DIAS, uma leitura obrigatória e de fácil compreensão para todas as idades, principalmente para a edificação daqueles devotados Buscadores da Verdade..
Dois dos escritores mais significativos do mundo contemporâneo, Umberto Eco e Jean – Claude Carriére, foram intermediados pelo ensaísta e jornalista Jean – Philippe de Tonnac, na obra “Não contem com o fim do livro” – Rio de Janeiro – Record – 2010. O livro fala das obras atuais, raras e aliviando os angustiados com a possibilidade do fim dos livros, fruto dos avanços tecnológicos, nos últimos 30 anos. Na ótica dos escritores, a tecnologia tem um ótimo papel, principalmente na preservação de livros raros. Entretanto, não tem nada mais prazeroso que folhear um livro, sentir o seu cheiro.

Um livro pode manter suas informações por séculos, mas os escritores colocam em dúvida, e isso é a mais pura verdade. Os próprios escritores são bibliófilos – colecionadores de obras muito raras que podem chegar à custar 700 mil euros – não mostram ceticismo com a possibilidade da eliminação de obras, principalmente por questões ideológicas, bem discutida por ambos, tendo como ponto nevrálgico do debate, o Nazismo e a queima de livros.
Uma prática com fortes raízes medievalistas, que adentrou na Idade Moderna, mas existiram pequenos arquipélagos de segurança dessas obras raras, como mosteiros e as universidades de origem árabe, preservando a filosofia laica e peças de teatro, desde Eurípides, passando por Sófocles; Ibn Khaldoun por Omar Khayyan. Mesmo quando ocorreram destruição de bibliotecas, como a bem conhecida de Alexandria, no Egito.

Algumas obras, definidas “heréticas” foram escamoteadas pela cristandade ortodoxa, por terem uma linguagem estóica, algo sui generis, alimentando uma hermenêutica totalmente equivocada. Jean – Claude Carriere, faz um belo elogio ao amigo e também bibliófilo brasileiro José Mindlin, por ter sido não só um leitor e colecionador exemplar, mas pela condição de um verdadeiro arqueólogo do saber e de livros que foi, que não se encontram em nenhuma biblioteca pública ou privada. Os escritores, citam o fato de não terem ainda em mãos livros de qualidade excepcional. Isso nos permite a reflexão sobre os livros “Ulisses” de James Joyce ou “A formação da cristandade”, mas enfim, o importante é que existem belíssimas obras e para os entusiastas do e – book é bom que saibam que os livros não morrerão. Não contem com o fim do livro.
Novas editoras estão surgindo, a cada dia. O número de escritores cresce também em todo o mundo, com estilos novos, que chamam a atenção de leitores de todas as idades. O livro, ao longo da história, tem sido o testemunho vivo dos grandes feitos da Humanidade, honrando sobremaneira o nome do Criador e de sua magnífica Obra. As tecnologias são importantes, mas jamais irão superar o verdadeiro valor do livro, o nosso amigo inseparável.

PREFÁCIO
AS NECESSÁRIAS REVELAÇÕES PARA OS NOSSOS DIAS

Existem mistérios que não foram revelados ainda, nem aos Iniciados e nem aos Religiosos. João, na Ilha de Patmos, escreveu de forma figurada, referindo-se às coisas que acontecerão num futuro próximo. Os termos escatológicos utilizados pelo Apóstolo nos induzem a pesquisas acuradas, comparando com os escritos do Profeta Daniel. Muitos outros profetas, de forma velada, anunciaram coisas assombrosas à Humanidade, em muitos momentos da História. No Misticismo, existe a figura do francês Nostradamus, com as Centúrias, que ninguém consegue dar a elas uma interpretação lógica. No Adventismo, a senhora Ellen White, deixou um legado aos seus seguidores, com interpretações aquém da compreensão da grande massa. Outros tantos, Avatares e Missionários, de igual maneira, deixaram alguma mensagem profética para os seus Adeptos.
Em mãos, as Revelações de Vicente Velado, transmitindo com eloquência, a quem interessar possa, as preocupações com o que chama de “O Dia da Transformação”. É uma mensagem extensa, porém escrita com relativa objetividade, onde o Profeta Jehosu anuncia em 54 tópicos, a Nova Era Mental. Ele expressa a necessidade da Construção da Paz entre os Homens, para a realização da Grande Obra. A linguagem usada por ele é simbólica, invocando princípios místicos tradicionais e aponta a evidência de muitas catástrofes em todo o Mundo.

A alusão ao Governo Oculto do Mundo é feita constantemente, com a participação da Mente Cósmica, que é a busca do equilíbrio para que a Humanidade possa viver em Paz. Frater Velado enfatiza que “Quando um buscador está na trilha certa, as tentações se avolumam a cada passo, e elas constituem os testes a que ele é submetido por seu próprio Mestre Interior.”
Continua o Profeta: “Aqueles que, sinceramente desejam se preparar para um outro tipo de vida, como a que é oferecida aos ascensionados no Dia da Transformação, devem desde já procurar se libertar dessas amarras, e podem começar destinando a quem precisa tudo o que lhe seja supérfluo.”

Em nada resulta se gastar energias em debates vãos sobre questões, tais como se Deus existe ou não. É pelos discípulos que se conhece o valor do Mestre e não pelo que se possa dizer diretamente sobre o Mestre. Se alguém aspira à sabedoria, fará melhor em se trancar no silêncio e se dedicar a observação, do que devotando-se ao debate de questões a título de estudar temas, muitas vezes confusos. Os que tiverem isto sempre em mente, terão mais condições de ser devidamente preparados para o Dia da Transformação.

É a imutável Lei do Triângulo. Aqueles que trabalham na Grande Obra, ou para a Grande Obra, devem estar empenhados em uma política básica de Princípios, dentre os quais, a conscientização dos dirigentes de massas para a preservação do meio-ambiente, a instrução pública das massas, a promoção da paz, a difusão do amor através de atos e de exemplos, e a interação dos seres para uma vida harmoniosa.

As recomendações são inúmeras, mas podemos concluir com as palavras do próprio Frater Velado: “Aqueles que buscam a Verdadeira Instrução para se aproximarem da Luz, são protegidos pelos Mestres Cósmicos e resguardados dos efeitos naturais da Lei da Entropia. As Hierarquias das Religiões e das Ordens Iniciáticas devem se afinar com as Hierarquias Cósmicas, para que se cumpra plenamente a Lei do Triângulo, na emanação sagrada da Luz, da Vida e do Amor.

                                                                                                                     

Frater Ornator

 

(Obs. As possíveis ilustrações de capítulos ficam a critério da Editora)

 

CAPÍTULO I

OS REGISTROS ACÁSICOS

"Sou composta por urgências. Minhas alegrias são intensas; Minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos." (Clarice Lispector)

Os Registros Acásicos contêm todo o Conhecimento do passado, presente e futuro do Homem. Esta é uma doutrina mística que se refere à Inteligência Indelével do Cósmico, às Forças Potenciais que atuam como as Causas de que todas as coisas se originam. Nesta Inteligência todas as coisas têm existência potencial. Assim, tudo está contido em essência.

No Cósmico não há tempo nem espaço. Aquilo que há de surgir objetivamente daqui a um milhão de anos, existe cosmicamente agora, em sua germinação, na concatenação de suas Causas. Os Registros Acásicos não devem ser entendidos como fatalismo. A doutrina não pretende sugerir que haja um destino fixo para cada Ser Humano.

As ideias humanas são uma parte integrante da Inteligência do Cósmico, elas não têm uma linguagem exata, nem forma ou estilo particular; é apenas na mente humana que elas assumem essas qualidades. Ao imaginar ou inventar alguma coisa, o Homem apenas se utiliza de potenciais cósmicos existentes em seu próprio interior. Em seu fluxo, o Cósmico é destituído de forma, porém através dele, qualquer coisa pode assumir uma forma adequada.

É possível aqui uma analogia: o barro do oleiro é uma substância sem forma, mas contém em si o potencial de qualquer coisa que as mãos e a inteligência do oleiro possam formar. Platão falou em seu Diálogos sobre um bloco de mármore. Os processos mentais do Homem, como o raciocínio, a vontade, a memória e a imaginação, são extremamente fecundos.

Se fosse predeterminado que o indivíduo deveria se conformar com um certo destino em sua vida, como se explicaria o fato de ser o mortal dotado de uma enganadora sugestão no sentido de estar ele escolhendo os seus próprios atos? Em outras palavras, ao Homem Espiritual são concedidas as funções do Raciocínio e da Vontade, e sobretudo pela Intuição, que o leva a patamares superiores.

No que se refere aos Registros Acásicos, jamais pode o Iniciado às Ciências Herméticas aceitar o fatalismo, sob qualquer denominação ou disfarce, principalmente, porque não é lógico, porque é inconsistente com a própria Natureza do Homem.

O assunto Registros Acásicos pode ser compreendido como o registro de tudo o que ocorre aqui na Terra e no Cósmico, ficando esse registro “arquivado” no Mundo Espiritual. É tudo o que o Adepto imagina ser sagrado e que, pelo relato bíblico, o Deus de nosso coração guarda como um documentário conhecido como o Livro da Vida.

A Divina Simplicidade

Deus é simples, simples como respirar
Como beijar, como falar, mas é santo...
Deus não é apenas um mistério,
mas um amigo, que nos ama tanto,
que mesmo imaginando distante,
pensa em nós a todo instante...
Ele enxuga todo o nosso pranto.

Ele não é apenas um Deus de bênçãos,
Ele é abençoador, rico e soberano...
com Ele a Criatura sempre pode contar,
é simples em todos os dias do ano.
Que nossa vida seja também assim...
simples como as boas coisas, até o fim!
Que Ele tenha para nós um bom plano...

Um riso solto, um abraço saudoso,
um reencontro, uma grande amizade...
um olhar diferente , um sonho atingido,
um amor de longa data, a fraternidade;
um filho que acabou de chegar,
uma viagem esperada, a conquistar,
uma esperança sem deixar saudade.

Que Deus seja simples em nossa vida,
para que possamos com alguém contar...
quando todos para nós viram as costas,
Deus estará presente, para nos ajudar!
Que possamos sentir a boa vibração,
da Divindade dentro do nosso coração.
Ao trono, suplicando sem cessar...

A simplicidade como de um pássaro,
que insiste em cantar alegremente...
é assim também o Deus de nossa vida:
nas ondas do mar, mui suavemente,
Ele trabalha por nós a cada dia,
dando equilíbrio, paz e alegria...
é simples e fala silenciosamente...

Deus é simples, como tudo deveria ser,
mesmo na bonança, em meio à riqueza...
a vida acaba sempre numa singela campa,
mesmo em mármore, com certeza!
Esta mensagem deve ser uma prece,
embora no mundo tudo se desvanece,
a simplicidade é um dom da natureza.

(14.01.2008 - Jairo de Lima Alves)

 

CAPÍTULO II

O NÚMERO SETE E A CABALA

 "Uma pessoa cuja força está em suas palavras e não em suas ações, sempre ficará presa no mundo dos extremos.” (Zohar)

 

O número sete é particularmente venerado por todos os místicos. Até mesmo o leigo sabe que lhe é atribuído uma significação especial, embora desconheça, geralmente, porque, Obras Místicas de todas as épocas, inclusive a própria Bíblia, têm enfatizado o fato de que o número sete é dotado de virtude e poder.

Numa nota sobre este trecho, assinala o Dr. Kalisch que Philo, observando a presença do número sete em muitas leis bíblicas, nas vogais do alfabeto grego, na escola musical e no corpo humano, exclama (quase em suas exatas palavras): “Toda a Natureza se rejubila nesta heptada!”

O sete é o número místico por excelência. Ele goza de uma série de privilégios, não apenas entre os ocultistas como também em todas as religiões e seitas, das mais primitivas as mais modernas.

Não bastasse ser o número da Criação 3 (o Céu) + 4 (a Terra) = 7 — , é também o número que indica a relação viva entre o divino e o humano. Isso está mais ou menos implícito na estrela de Salomão, onde dois triângulos se cruzam: um ascendente e outro descendente. As seis pontas, mais o ponto central, somam o sete místico, simbolizando a união do Céu e da Terra, do Bem e do Mal, do Divino e do Humano.

Todos os livros sagrados estão cheios de exemplos da excelência do número sete. Mas a Bíblia, pela proximidade com a nossa cultura, é o livro que mais tem atraído a nossa atenção. Contam-se ás centenas os exemplos da força e do poder do número sete na nossa Bíblia Cristã.

Os cabalistas, especialmente, têm reverenciado este número, de modo que não é surpreendente encontrarmos, no Sepher Yezirah, um capítulo tratando exclusivamente de sua importância. A Natureza é composta por sete mundos, sete céus, sete terras, sete mares, sete rios, sete desertos, sete dias para a semana, sete semanas da Páscoa a Pentecostes; e há um ciclo de sete anos, sendo o sétimo o ano de redenção, e após sete anos de redenção, vem o jubileu. Portanto, Deus ama este número sete, em tudo que existe sob os céus.

 

CAPÍTULO III

A COMPREENSÃO MÍSTICA DA VIDA

“Os Mestres Cósmicos são seres que, depois de terem atravessado nosso vale de lágrimas, depois de terem conhecido o abismo das provações, depois de terem passado pela dor do manifesto, chegaram a dominar 'consciente' e ' cientemente' os numerosos obstáculos da existência humana.” (Raymond Bernard)

O notável H. Spencer Lewis escreveu: “Quanto mais nos aproximamos de Deus e do Cósmico, mais feliz e afortunada se torna nossa posição na Vida.” Hélio de Moraes e Marques, com toda a Experiência Mística que possui, enfatiza: “O estudo e a prática do Misticismo nos conferem uma Visão mais ampla da Vida, com seus Milagres e Mistérios, expandindo o horizonte de nossa Compreensão e aumentando a nossa Capacidade de Solidariedade e Harmonização.”

Nos últimos tempos os movimentos sociais passaram a usar a palavra mística como sinônimo de animação. Muitos até vêem a mística como uma sessão dentro da atividade política, como se ela fosse um momento apenas de encenação e pronto, daí em diante o encontro estaria liberado para falar sério. A mística é muito mais que isso. Ela é a motivação que nos faz viver a causa até o fim. É aquela energia que temos e que não nos deixa dizer não, quando nos solicitam ajuda. É a vontade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, de querer ajudar e realizar coisas que façam a luta ser vitoriosa. Esta e outras afirmações norteiam o trabalho do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Brasil.

A mística é fundamental para a Vida e para a luta. Sem mística na vida cotidiana, perdemos a alegria, a vibração, o interesse e a motivação de viver. Sem mística na luta, perdemos a vontade, a combatividade, a criatividade e o amor pela causa. Neste sentido, a mística se expressa de muitas maneiras. Cada militante, homem e mulher dão de si, aquilo que possuem como carisma, talentos ou habilidades, cooperando e oferecendo-se como elementos centrais do programa, sendo a parte física e mental da tática e da estratégia do programa.

A palavra mística é a representação de mistério. Usa-se geralmente a palavra “mistério” para designar coisas inexplicáveis ou coisas indecifráveis, mas neste caso não é. Mistério para a mística é saber a razão porque na luta as coisas extraordinárias acontecem. Embora a palavra Mysterión seja oriunda da língua grega , que descende de outra palavra múien, “quer dizer a busca de entender o que está escondido nas coisas”, a mística é a procura de explicações e ao mesmo tempo o incentivo para viver o inexplicável.

Por que o ser humano tem a capacidade de ir tão longe na resistência? Por que desafiamos todas as forças e todos os limites, para que uma causa coletiva seja vitoriosa? Por que tomamos estranhos como aliados e os protegemos como se fossem parte de nós, simplesmente porque se identificaram como a nossa causa? Se buscarmos explicações, vamos entender a mística como manifestações nas atitudes de energias, persistências, vigor e reações positivas inexplicáveis do ponto de vista analítico. Ou seja, são reações que acontecem sem sabermos de onde se originam e nem porque se manifestam com maior intensidade em uns, e menos em outros.

Nas religiões usa-se muito a mística e nelas se adota costumeiramente, mais o sentido de espiritualidade, devoção ao sagrado, compenetração e adoração às forças divinas que guardam o mistério da superioridade onipotente. Estas forças influem diretamente sobre o comportamento social e leva a praticar valores, como a solidariedade, justiça, companheirismo e amor fraterno. Pela via da religião podemos chegar a duas visões da mística: uma que se manifesta nos místicos, aqueles indivíduos que tem por opção a relação cotidiana com a divindade para explicar e solucionar os problemas sociais. É representante terreno deste espírito. Outra forma é a espiritualidade militante. Estes, pela força da fé apegam-se aos problemas sociais e buscam soluções pelas contradições.

A mística pode também ser aplica na política. Por esta visão, as pessoas agem porque, além da motivação, possuem características, habilidades e convicções. Morrem se preciso for para defenderem aquilo que acreditam. É uma forma diferente de perceber esta força estranha. O carisma também tem manifestações inexplicáveis e também é rodeado de mistérios. Por exemplo, por que alguém se mantém firme na luta e outros não? Por que uns tem habilidades naturais e não as usam como por exemplo, falar em público? Por que alguns militantes ao entrarem na política institucional não se corrompem e outros sim? As habilidades ou o carisma, que se destacam mais em uma pessoa do que em outra, escondem o mistério de saber fazer naturalmente, aquilo que, mesmo querendo, outros não conseguem.

No sentido filosófico, a mística é a própria existência. Nasce da vida, das formas de trabalhar, se organizar, conviver, lutar etc. Cada grupo social tem as suas manifestações culturais; uns são mais alegres, outros são mais contidos, mas todos vivem a memória de seus antepassados; desenvolvem valores e acreditam na continuidade da vida. De qualquer forma, a mística é esta força calorosa que temos dentro de nós. Assim como o corpo precisa de uma certa temperatura para permanecer vivo, os sentimentos precisam de vigor, energia, para continuarem quentes.

Quem tem mística está sempre crescendo. A cada dia sente-se renascendo nas coisas que vai realizando. Seja na base ou no comando, a mesma energia se manifesta, como a alegria em uma festa, instiga quem está participando. Mas a mística não é só bondade, ás vezes se serve da ansiedade e angustia o corpo inteiro. Como uma chama no candeeiro que bebe o líquido que está dentro, provoca todos os talentos e esgota as capacidades. As vezes se confunde com paciência, penetra fundo na consciência e nos convida a esperar.

A mística não deixa desanimar. Mesmo na exaustão de procurar, ela incentiva a tentar mais uma vez. Até na hora que estamos desistindo, aparece e como a flor se abrindo, nos traz um sentimento de honradez. Com sua energia plena, nos diz que tudo vale a pena. Como conclusão podemos dizer que a mística é esperança. Apesar das contradições algo será parecido com aquilo que imaginamos no futuro.

Com o pensamento voltado para a Grandeza do Homem e com os Sentimentos sempre Renovados, as melhores Realizações acontecem em favor de todos os que acreditam no Poder dos Céus, superando todas as expectativas.  É através da Compreensão Mística da Vida e das Leis de Deus, que o Ser Humano supera todos os desafios em sua Caminhada, poque vive em Comunhão  Intima com as Leis Naturais do Universo.

 

Seguindo o Mestre

Peregrinando, segue o Mestre o seu caminho,
quero segui-lO, como discípulo que sou.
Vou respirando a paz que Ele carrega...
pelo calcanhar de sua peregrinação eu vou.

Essa atitude mística quero perseguir,
com amor profundo, na doce alquimia...
embora eu leve uma culpa, Sou Buscador,
um discípulo de areias, com muita alegria.

Nos Umbrais tem se postado com amor,
quero imitá-lO, eEe é o Mestre amoroso!
A boa semente quero semear, cantando,
na Catedral da Alma, posso ser ditoso.

Somente os séculos erguerão a minha fé,
seguindo o Mestre em toda a jornada...
exalto, então, o bondoso Filho de Deus,
com lirismo, desde Belém, pela estrada.

Vou seguindo-O, com amor e ternura,
eis que muito perto está a redenção,
magnífica, que me dará paz duradoura...
muito além da metafísica e da religião.

Ofereço ao Mestre amor, mirra, incenso...
para ser digno da promessa divina.
Os seus passos vou seguir, onde Ele for,
Pastor de Poema que para Ele se inclina.

(05.02.2008 - Jairo de Lima Alves)

 

CAPÍTULO IV

SINCRETISMO E ECUMENISMO

“Os profetas advertiam quanto aos juízos que viriam porque o povo modificava sua fé para acomodar doutrinas e práticas estrangeiras.”(R. C. Sproul)

 

Sincretismo e Ecumenismo: o que seria mais aceitável? Filosoficamente e dentro de um conceito geral, a tentativa de elucidar algumas dúvidas aqui no tocante ao Sincretismo e ao Ecumenismo no contexto da Espiritualidade. Existem muitas maneiras de interpretar a ideia, mas é preciso aplicar algumas formas mais adequadas para a compreensão dos termos utilizados pelos religiosos.

Sincretismo é uma fusão de doutrinas de diversas origens, seja na esfera das crenças religiosas, seja nas filosóficas. A origem se deve provavelmente ao livro “Moralidades”, de Plutarco no capítulo “amor fraternal”, onde comenta que os cretenses esqueciam as diferenças internas a fim de se unir para combater um mal maior. Então, sincretismo é agir como os cretenses agiam, unir coisas dispares, apesar das diferenças, a favor do que é semelhante. Noutras palavras, Sincretismo é a mistura de conceitos, com o fim de agradar a todos indiscriminadamente. A prática não é muito aceita pelos Adeptos mais conservadores de doutrinas espiritualistas. Na história das religiões, o sincretismo é uma fusão de concepções religiosas diferentes, ou, a influência exercida por uma religião nas práticas de uma outra. Seria, mais ou menos, a utilização de elementos de uma religião em conjunto com os elementos de outra crença.

Durante o período de decadência Romana, os germânicos começaram a entrar em seus territórios, de forma pacífica e armada misturando as culturas cristã romana com a mitologia germânica. Roma se tornara cristã em certo tempo e tentou cristianizar os germânicos, mas estes estavam muito ligados com a cultura local. Também entre nós, em lugares de influência africana, os cultos afro se misturam com os costumes cristãos, sejam eles católicos ou evangélicos.

Ecumenismo é outra coisa. É possível o diálogo interreligioso, mantendo o respeito às diferenças religiosas e praticando os pontos comuns, quando isso for conveniente para as partes. A doutrina central é da Bíblia Cristã e os pontos divergentes não são discutidos, evitando-se os conflitos.

Há quem condene o Ecumenismo, mas é saudável o convívio de Adeptos de diferentes doutrinas. Os pontos fundamentais da fé são observados, surgindo daí o sentimento de união entre uma corrente religiosa e outra, mesmo entre os mais radicais da fé cristã. As relações interreligiosas são importantes em todos os sentidos, porque reúnem as pessoas com objetivos semelhantes, na busca do mesmo Deus.

Então, de acordo com os intérpretes da religião e de exegetas renomados, o Sincretismo deveria ser evitado sob todos os aspectos por se tratar de uma mistura sem sentido com a infiltração de cultos pagãos nos lugares consagrados ao Cristianismo. Já no Ecumenismo, acontece o Culto Cristão dentro dos mesmos princípios com poucas divergências de ordem doutrinária. Os pontos comuns são evidenciados, deixando de lado as divergências menos acentuadas aos participantes do Culto em epígrafe.

CAPÍTULO V

OS MISTÉRIOS DE CAPELA

"Quando surge algo novo que fica apenas um ou dois degraus acima de onde estamos, não nos é difícil fazer a pequena transição para cima, mas, se surge algo que está muitos degraus acima do nosso nível atual de compreensão, então a mente humana se rebela contra a transição.” (J. Allen Hynek)

Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada. Magnífico Sol entre os Astros que nos são mais vizinhos, que na sua trajetória pelo Infinito faz-se acompanhar , igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado. Há que se considerar que os missionários do Divino Mestre tem enviado de tempos em tempos ao nosso Orbe as revelações, para auxiliar o Homem em suas etapas evolutivas.

Foi esta a razão que levou o Profeta Isaías a exclamar: “Sobre os que habitavam a Terra de sombra e de morte, resplandeceu uma Luz.” Por outro lado, ciência tem estudado as células, comparando os tipos, escavando a terra e devassando os céus; e assim, tem conseguido estabelecer uma série de conclusões inteligentes e justas, do seu ponto de vista, para explicar, compreender a vida e definir o Homem.

É grande e precioso o acervo de verdades de caráter geral que nos tem sido trazido com o advento da Terceira Revelação e sobretudo nos campos da moral e das relações espirituais entre os mundos. É importante mencionar, porém, que neste aspecto, existe o transcendente, o conhecimento cósmico, que é um imenso horizonte escondido por detrás da cortina do “ainda é cedo”, e somente com o tempo e com a ascensão na escada evolutiva, poderá o Homem desvendar os apaixonantes e elevados arcanos da Criação Divina.

Existem os ciclos naturais da história humana e todas as suas nuances, pela encarnação do Verbo de Deus e pelas sucessivas reencarnações das espécies, dentro da Lei da Vida. Muitos espíritos vieram de Capela para uma missão especial neste Sistema de Coisas. A corrupção moral da Humanidade tem impedido a verdadeira Evolução do Ser Humano, restando para poucos o privilégio de uma perfeita união com o Ser Superior. Para o aperfeiçoamento desse caráter, é preciso que a Criatura conquiste pelas práticas humanitárias, a melhor forma de uma Intimidade com Deus. Para isso, é necessário muito esforço, pois as forças do mal estão operando no mundo sem dó nem piedade.

Pelo Gólgota, veio a Redenção. Mas é preciso buscá-la com desvelo. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada existiria, nem mesmo os seres humanos, com suas qualidades e defeitos. A vida sobre a Terra não é fruto do acaso.

Há mistérios ainda em todos os sistemas, que só serão revelados a quem Deus, nosso Senhor permitir. E ainda é muito cedo para estas revelações que o homem natural aspira. Só aos iluminados, a quem possui a chave da sabedoria divina, os segredos do Altíssimo serão revelados, incluindo aí o Apocalipse de João, em cujo teor residem muitas especulações de homens néscios e despreparados para o Grande Chamado de Jesus.

Os homens têm procurado abrigos em muitos lugares, e têm andado por caminhos diversos à busca de conhecimento. Alguns conseguiram desvendar poucos mistérios pela Vontade Divina; a maioria ilude-se nem chega perto da Iluminação pretendida. Perdem-se no emaranhado das ilusões terrenas e jamais poderão desfrutar da graça perene revelada aos Santos. Também isso é mistério e os ignorantes andarão como vagabundos pelas sendas tortuosas, sem poderem conquistar a Verdadeira Felicidade. É triste falar destas coisas, quando a maior parte não pode compreender os desígnios dos céus.

Os Escolhidos de todas as tribos e nações são habitantes de Capela e alcançarão pela fé e pelo amor os benefícios do Criador, que é fiel em suas Promessas. Por vales da sombra da morte os homens caminham, mas podem encontrar a paz por uma escolha pessoal.

Os arquivos da Tradição Primordial estão repletos de registros que nem podemos dimensionar pelo seu grande significado e mistério. Existem códigos a serem decifrados, e só os Servos dedicados e fiéis terão acesso a tantas informações, no tempo determinado pelo Autor da Vida. Neste particular, que nos interessa agora, nem tudo se perdeu da Realidade, e buscando-se no fundo da trama, muitas vezes inexplicável e quase sempre alegórica das tradições milenares, descobrem-se aqui e agora filões reveladores das mais puras gemas que demonstram com exatidão de detalhes os empolgantes acontecimentos históricos, que são trazidos pelos Mensageiros Divinos, os Anjos Ministradores ou Mestres Cósmicos.

Os Habitantes de Capela continuarão por aqui para dar o testemunho do Amor de Deus. Os povos estão em todos os lugares, guiados por estes Seres Espirituais, de maneira gloriosa e misteriosa. É assim, um pouco do que se pode dizer sobre os Mistérios de Capela, para uma Humanidade em Evolução, e que aguarda ainda a manifestação da Glória de Deus.

 

CAPÍTULO VI

A SABEDORIA OCULTA

“Quando alguns grandes mestres do passado refletiram sobre a preciosidade da existência humana, eles nem mesmo tinham vontade de dormir; não suportavam desperdiçar um único instante. Eles colocavam toda sua energia na prática espiritual.” (Dilgo Khyentse Rinpoche)

 

Li, há poucos dias, um artigo, que trazia em seu bojo, um interessante conteúdo sobre a Sabedoria Oculta. Dentre tantas conjecturadas formuladas, o autor dizia: “A vida pode ser traduzida como uma caixinha de surpresas.” Apesar dos constantes avanços tecnológicos que nos trazem inovação e conforto, ninguém foi capaz de prever, ainda, os acontecimentos do dia seguinte, a não ser os profetas dos tempos bíblicos. Isto certamente ocorre por razões misteriosas e alheias a vontade humana, com questionamentos em vários grupos sociais. Cada individuo tem o direito de acreditar em sua religião e deve ser respeitado por isto. Mas, algumas lições podem ser compreendidas e devem ser transmitidas para ajudar a garantir confiança e segurança para aqueles que buscam evoluir.

Não pretendo ensinar verdades absolutas, mesmo porque cada um deve buscar as suas com experiências práticas da vida e não simplesmente seguindo as muitas teorias existentes. Gostaria apenas de transmitir, por meio deste texto, um aprendizado que me trouxe benefícios. Aprendi que os obstáculos da vida nos trazem oportunidade e, por mais estranho que pareça, devemos agradecer, pois somos capazes de superá-los e crescer com eles. Nossa mente tem poderes absolutos e impressionantes, e quando treinada, pode nos surpreender. Nossos pensamentos negativos podem ser transformados com a sabedoria de que nossos desejos prevalecem e, ao transformar rapidamente um pensamento negativo em algo positivo, aumentamos nossa confiança e motivação, trazendo mais luz à nossa vida.

Em nosso quotidiano, podemos observar que existe a Sabedoria Oculta, aquela que não é alardeada. Os verdadeiros sábios nunca são reconhecidos pelas massas humanas, embora ocultamente demonstrem tanta sabedoria e conhecimento. Só depois da transição, muitos desses sábios tiveram o reconhecimento popular, pelos grandes feitos em favor da Humanidade.

 

CAPÍTULO VII

ESPIRITUALIDADE E QUALIDADE DE VIDA


“Todas as religiões, todas as artes e todas as ciências são o ramo de uma mesma árvore. Todas essas aspirações visam ao enobrecimento da vida humana, elevando-a acima da esfera da existência puramente material e conduzindo o indivíduo para a liberdade.” (Albert Einstein)

A dimensão espiritual na vida humana vem encontrando espaços crescentes nas melhores comunidades acadêmicas. Um grupo interdisciplinar e interinstitucional teve a louvável iniciativa de organizar um Encontro de Espiritualidade e Qualidade de Vida.

Teólogos, médicos, psicólogos, educadores, filósofos e outros cientistas, independentemente de vinculações eclesiais ou grupos espiritualistas, reuniram-se e dialogaram com muita liberdade acadêmica e espírito fraterno sobre o tema. Rorberto Francisco Rauch deu ênfase ao assunto, com a expressão: “fazendo votos de que futuros Encontros dessa natureza se repitam tornando cada vez mais real o sentido da vida, demonstrando que a próxima idade do Homem será mística ou não será nada.”

Como se pode definir espiritualidade? Espiritualidade é viver com espírito e, portanto, é uma dimensão constitutiva do ser humano. Espiritualidade é uma expressão para designar a totalidade do ser humano enquanto sentido e vitalidade, por isso espiritualidade significa viver segundo a dinâmica profunda da vida. Isso significa que tudo na existência é visto a partir de um novo olhar onde o ser humano vai construindo a sua integralidade e a sua integração com tudo que o cerca.

A ideia de que ciência e espiritualidade são áreas antagônicas já faz parte do passado. Pesquisas feitas em países como Brasil, Canadá e Estados Unidos buscam provar como experiências de caráter espiritual ajudam a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Essa tendência vem se firmando há alguns anos e ganha maior destaque com o aumento dos estudos sobre o assunto. Inúmeras pesquisas hoje indicam que pessoas que professam uma fé apresentam alguns resultados benéficos distintos na psicoterapia. Existe uma associação entre a dimensão de fé e o trabalho psicoterápico. Um potencializa o outro, gerando uma melhor qualidade de vida, bem-estar e alívio dos sintomas. Em termos emocionais, a espiritualidade propicia uma maneira diferenciada de tratar as dificuldades, que podem ser vistas como experiências de vida.

Em meados do século XX, muitos temiam que o processo de secularização não só minaria as bases da fé, mas também eliminaria o espaço da religião. Apostava-se na ciência e na técnica como caminho para a solução de todos os problemas humanos. E tudo indica que o subconsciente espiritual se vingou. Nunca houve tamanha proliferação religiosa como na segunda metade do século XX. Tomou-se consciência não só dos limites da ciência e da técnica, mas que a religião brota de fontes profundas do Homem.

Nos últimos anos, em alguns ambientes acadêmicos, percebe-se não só certa valorização positiva da religião, mas surge uma revitalização da vida religiosa, uma recuperação do sentido de Deus. Entre os cristãos podemos exemplificar com o movimento de oração carismática. Ensaiam-se muitas formas, estilos e métodos para avançar na experiência de Deus. Há, sem dúvida, uma forte busca do espiritual.

Todas as religiões têm sua espiritualidade e mística. O pensador francês H. Bergson dizia que uma religião sem mística não passa de ideologia. Se o Espírito de Deus é um, num primeiro momento, podemos dizer que só há uma espiritualidade. Todos na Igreja são chamados à santidade, embora esta se exprima de vários modos. Mas, sendo uma, a espiritualidade também é múltipla, segundo a condição do sujeito, segundo seu carisma, os dons da natureza e da graça, a vocação de cada um. O certo é que a espiritualidade, reduzida a uma sedimentação em conceitos e em doutrina, pode permanecer alheia à verdadeira vida. A verdadeira vida não se descreve, experimenta-se, vive-se.

O vocábulo místico aparece no século V a.C. (Ésquilo, Sófocles, Heródoto) significando algo concernente aos mistérios. No platonismo e no gnosticismo deixou de se referir à relação cultual com a Divindade para significar o fundamento divino do ser do mundo, escondido e velado nos ritos, nos mitos e nos símbolos, acessível somente a quem é capaz de um tal tipo de conhecimento. Há diferença entre espiritualidade e mística, mas muitas vezes os dois termos são usados como sinônimos. Usa-se o termo mística para designar a experiência íntima de uma realidade transcendente, a vivência de ideologias fortemente arraigadas e absorventes ou, no que nos interessa, a comunhão com Deus.

Segundo os próprios místicos, a experiência mística tem caráter repentino e breve do instante necessário para esta experiência. Tal pode ser um êxtase, uma saída ou perda de si mesmo, uma irrupção repentina do Absoluto. Não se trata de um privilégio de poucos eleitos, mas de um aspecto e de um fruto da fé e do amor-divino, dado por Deus. O místico parece ver e perceber o que os demais não vêem nem percebem.

Se durante séculos religião e ciência estiveram ocupando domínios completamente separados, para não dizer em conflito e até irreconciliáveis, esta virada de milênio reservou-nos viver uma reviravolta no assunto. Einstein referiu que um cientista podia, efetivamente, ser um homem religioso. Ele, por exemplo, acreditava em uma perspectiva “cósmica”.

Com isto em mente, é possível a inferência de que a Espiritualidade poderá, de forma análoga, incidir sobre os processos de bem-estar, assim como os relativos à aquisição de conhecimentos, no sentido de facilitá-los ou dificultá-los, segundo o modo como o indivíduo pratica, percebe, compreende o fato Espiritual ou a Divindade.

 

O Valor da Liberdade

 

Ao sentir o sabor da liberdade,
meu peito se enche de felicidade;
quando a brisa do mar me alcançar,
terei a sensação de te abraçar...

Tempos tenho navegado sem destino,
e minh’alma suspira no desatino;
quando de longe vejo uma criança,
nela apenas vejo a esperança...

Serão dias melhores para o mundo...
ao acordar, vejo a paz em um segundo;
em mim, pensamento de grandeza...
o dia será de imensa beleza.

Os problemas são pequenos desafios,
que serão logo vencidos... os calafrios.
Começo contar o número de amigos...
já noto que existem alguns inimigos.

Mesmo estando em terra distante,
preciso ser sempre perseverante;
embora esteja caminhando no deserto,
sei que a bonança está bem perto.

A presença da solidão me aborrece,
a saudade dos amores me entristece!
Preciso esquecer de todo sofrimento,
agradecendo a cada momento...

Nas cicatrizes, as boas recordações,
para a vida surgem novas lições:
a certeza de ter boa amizade,
amarei sempre, com liberdade...

(05.01.2008 – Jairo de Lima Alves)

 

 

CAPÍTULO VIII

AS VIBRAÇÕES CELESTES

“Se a quantidade de fenômenos desiguais tem aumentado é porque o nível de acomodação exigido é maior, mas não vai ser a catástrofe que vai redimir a Humanidade” (Marco Antônio)

 

A Vibraturgia é um fenômeno que trata da capacidade da matéria em reter as vibrações dos seres humanos que com elas entram em contato. Todos os objetos possuem, em si, memória vibratória, podendo a mesma ser acessada em detalhes por quem tenha faculdades psíquicas desenvolvidas.  A memória vibratória pode ser sentida por qualquer pessoa. Os objetos inertes com as vibrações eletromagnéticas de nossas auras, quando “imantados” as tais vibrações perduram  por longo tempo, se não forem alteradas.

Um relógio usado, por exemplo, nas mãos de uma pessoa com os centros psíquicos desenvolvidos, pode contar uma história de seu antigo dono. É bom lembrar aqui a música “Relógio Quebrado”, interpretada por Nestor e Nestorzinho, relatando em suas estrofes a história dos irmãos José e Dorvalino. Não é necessário transcrever a letra, mas ao final ocorre o fenômeno da vibração, anunciando a morte de José, exatamente quando o relógio na parede informava pelos toques que era meia-noite. Dorvalino não acreditava, mas recebeu a mensagem que mais tarde foi confirmada.

As nossas auras podem perfeitamente contribuir para que estas vibrações sejam boas através do processo de transmutação. Todos já ouvimos falar sobre os imóveis “malditos”, com as energias negativas, que deixam muitos aterrorizados por vezes. É possível transformar estas energias negativas em positivas pelas vibrações positivas que pudermos emitir.  No caso em epígrafe, seria recomendado um estudo sobre as condições em que se encontre o imóvel, e reviver a sua história. Talvez tenha sido construído em uma posição desfavorável do ponto de vista das forças telúricas, ou talvez possa ter uma história triste, com um palco de muito sofrimento e discórdia. Um exame cuidadoso precisa ser feito para se conhecer as causas da energia negativa do local.

De acordo com as regras do Verdadeiro Misticismo, os objetos carregados de energia negativa podem perfeitamente ser transmutados, conforme a frequência vibratória em que esteja. É importante lembrar que a simples limpeza  física do objeto não poderá alterar sua memória vibratória. É preciso, então, agir energicamente sobre ele. Portanto, seja um livro, um adereço, uma roupa ou mesmo um imóvel usado, caso a aura seja desagradável, algumas técnicas podem ser aplicadas para mudar a sua memória vibratória. Se tivermos mentes positivas, se formos vibrantes e místicos dedicados, nossa própria aura ou presença física  provocará a alteração desejada, de maneira gradativa. Qualquer energia negativa pode ser transformada, mas algumas vezes o fato lamentável é que existem pessoas que, ao invés de fazerem isso, apenas reforçam as energias negativas com a sua própria negatividade.

Quando as Vibrações Positivas do Ser Humano se unem às Vibrações Celestes tudo se transforma e não poderá o mal prosperar em hipótese alguma. Os cristãos primitivos e também outras civilizações, quando exerciam o Poder da Energia Positiva em Harmonia com as Vibrações Angelicais, verdadeiros milagres eram vivenciados. Quem sabe, motivado por estas Vibrações Celestes, o apóstolo Paulo, erguendo os olhos para os céus, exclamou: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece.”

Quando o discípulo está pronto e pode sentir as Vibrações Positivas que emanam das Fontes Celestes, ele começa a realizar proezas no campo da Espiritualidade, cujos reflexos positivos nas pessoas não podem ser entendidos pelos homens naturais. Ele fala e acontece; ele toca nas pobres criaturas e elas podem sentir uma coisa diferente. Isso é vibração positiva, que precisa ser exercitada todos os dias por todos os que acreditam no Poder da Fé.

 

A Árvore da Vida

Minha vida, meu destino, aquela árvore revela,
sou semelhante a ela, desde o dia em que nasci.
Na glória dos poetas, a árvore está presente,
tem alma e também sente, pensando assim, cresci...

Vejo aquela árvore, que me traz eterna saudade,
No peito, muita saudade: ela, brota da terra e cresce.
Ontem fui também pequeno arbusto, tão pequenino,
com altivez, quando ainda menino, e ela reverdece.

Esta árvore é a minha própria vida, quando enflora.
Parece que também chora, ao pó vamos voltar!
Brotamos do solo, e no esforço da luta, prosseguimos;
alguns ramos caindo, outros retorcidos, é o penar.

Eternas cicatrizes, feridas mortais, a alma rasgada:
homem e árvore seguem pela vida juntos, talvez...
um sofre de sentimentos; outro, o tronco marca
pela seiva que foge das raízes, os talhos que fez.

Lutando para viver, sofreu muito para subir...
a árvore parece humana, pelo destino que encerra.
Indiferente, ela se cobre de folhas e surgem botões
em flor e fruto como eu, vem do húmus da terra.

Como pingos de aurora, esta árvore vive como eu:
seus galhos retorcidos pelo tempo, ânsia e dor.
A natureza é quem consola o coração de um poeta,
pois o homem e a árvore carecem de muito amor.

08.02.2008 - Jairo de Lima Alves

 

 

CAPÍTULO IX

A VOLTA AO PRIMEIRO AMOR

O primeiro amor é belo, inocente e inesquecível, passa dias, semanas, meses, anos e anos, mas a gente nunca esquece. O primeiro amor vem cheio de novidades, é inocente, curioso, vem com sentimentos que vamos descobrindo aos poucos; ele tem toda uma magia que se eterniza para sempre em nossa memória.” (Percy Bysshe Shelley)

 

Voltar ao Primeiro Amor é reconhecer que a Felicidade era nossa companheira. O pensamento que dá título à mensagem que tem início aqui, pode nos induzir a profundas reflexões sobre a vida. Quantas vezes somos tocados por uma intuição divina e começamos a fazer passeios ao passado. Dá-nos vontade de tomar decisões que pudessem nos levar de volta ao estágio inicial de nossa vida. Um turbilhão de pensamentos parece nos assaltar de repente, quando as recordações se apossam de nosso ser e nos transporta a um passado muito distante.

Surge daí o sentimento de saudosismo e de melancolia, visto que para alguns “recordar é sofrer duas vezes”. Sim, sempre ouvimos dizer que o passado que foi deixado bem longe nada mais constrói. Esta expressão é corriqueira, mas é preciso também admitir que a história é construída de fatos vivenciados no passado. Se não houvesse lembrança, e se elas não fossem registradas, o mundo e as pessoas não teriam a sua história.

No tocante à vida espiritual é assim também. Viver numa comunidade é um privilégio que eleva o caráter do ser humano, fazendo-o mais feliz em grupo. Quando isso ocorre de maneira natural e com desprendimento, a Criatura se renova diante da Congregação. Esta forma de renovação no Espírito é fundamental em nossos dias, quando a impressão que se tem é que as pessoas teriam perdido o Primeiro Amor.

O que é Renovação Espiritual? Existem pessoas em toda parte, que após um determinado tempo de comunhão numa Comunidade, ficam cansadas e param no meio do caminho. Confirmam por ações e palavras que não têm força mais para viver, e por isso mesmo, carecem de um renovo em sua Vida Espiritual. Multidões em todo o Planeta vivem sem esperança e com saudade de algum tempo que se foi.

A partir do momento em que o Homem decide viver para Deus e passa a ter intimidade com o Criador, começa a receber o impacto da Fé Triunfante, e como numa novidade de Vida, ele ganha uma Renovação no Espírito, e nesse novo renascer começa ele a participar do Reino de Deus de maneira gloriosa. Não é a religião que transforma, mas o Autor da Vida que o acolhe em seus braços dando-lhe alegria de viver.

É de momentos assim que o Adepto começa a sentir saudade, porque ele possui a essência do amor divino e não pode ficar distante do aconchego espiritual. O suave despertar que cada um precisa ter um dia acontece, e quando chegar a nossa vez, nos sentiremos como se estivéssemos voando sobre as nuvens e contemplando o Grande Cósmico. É nesse momento que a Alma se alegra, e pelas vibrações, podemos sentir saudade do passado.

O Pai Eterno nos proporciona muitas alegrias e ninguém O conhece plenamente, nem mesmo os grandes teólogos. Aquilo que eles conhecem sobre Deus é muito pouco, porque é impossível a qualquer ser humano conhecer Deus em sua totalidade. É desejo do Pai que o conheçamos intensamente. Ele quer revelar-se a seus filhos todos os dias e quando isso acontece, somos renovados no Espírito e passamos a ter uma Nova Vida.

 

Desterro

 

De repente, sem que tal coisa imaginasse,
sem perceber que a solidão se aproximasse,
me achava tão só, num lugar distante...
longe de minha terra querida, suspirava;
a saudade batia forte, dos amigos lembrava
e com lágrimas nos olhos, sofria bastante.

Em terra estranha, sou apenas um peregrino,
sei que um dia voltarei, cumpro meu destino,
tudo vale a pena na vida, vou prosseguir...
às vezes, preciso remar contra a maré,
vencer a batalha, demonstrando minha fé...
em paz, vou esperar um glorioso porvir.

Mas hoje estou neste desterro, e lamento,
tento me enganar, sem sentir o sofrimento.
A saudade machuca demais, eu confesso,
tenho pressa de voltar à Terra amada...
rever tudo que eu amo, a velha morada,
serei bem mais feliz após o meu regresso.

Vivendo desterrado, a vida não tem graça;
longe dos pais e amigos, a tristeza grassa...
(não tem mesmo sentido a vida desse jeito!)
“Não posso viver nesse exílio, não posso...”
Meu Deus! Vou ver a família que eu gosto:
longe do desterro, acaba a angústia do peito.

(22.04.2009 - Jairo de Lima Alves)

 

 

CAPÍTULO X

O VALOR DA FAMÍLIA

 

“E a família, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício. É uma harmonia instintiva de vontades, uma desestudada permuta de abnegações, um tecido vivente de almas entrelaçadas. Multiplicai a célula, e tendes o organismo.” (Rui Barbosa)

 

Nos tempos modernos estamos vivendo uma distorção no que se diz a respeito à Família. Não se dá mais o devido valor a essa instituição, que surgiu ainda no Éden. Aqui, uma reflexão sobre o assunto. Sabe-se, antes de tudo, que de acordo com os preceitos divinos e padrões morais que a família representa a base de tudo numa sociedade organizada. Hoje em dia as pessoas não têm valorizado a instituição família. Muitos filhos desonrando os pais, marido deixando de amar e cuidar melhor da mulher; e muitas esposas deixando de ser submissas a seus maridos.

Infidelidade conjugal e traição têm aumentado sobremaneira em nossos dias, causando separação de casais em todos os lugares. Atitudes assim, acabam gerando distúrbios, quando as crianças ficam sem amparo e completamente desorientadas.

Casos desta natureza ocorrem todos os dias, sem que haja uma solução plausível. É normal nos defrontarmos com casais que se separam, sem um motivo justificável. Mesmo entre os casais com muito tempo de convivência, ocorrem desavenças gerando dissabores.

Certa vez conheci um rapaz jovem que era casado e de repente conheceu uma outra jovem muito atraente para ele. Logo, começaram a namorar, ele se separou de sua esposa para ficar com esta jovem e se casou com ela. Um mês depois do casamento já haviam se separado também, cujo casamento foi anulado no cartório. Tudo isso acontece com muita frequência hoje em dia. Talvez não com a rapidez desse casal, mas acontecem. São lares e famílias sendo desfeitas e destruídas, sem uma explicação lógica.

É necessário que os casais se entendam mais, que busquem a harmonia, tão importante para uma longa convivência. É necessário, sim, pensar sempre nos filhos, nas sequelas que a separação pode causar àqueles que não têm culpa de nada. É preciso também que Deus seja colocado no centro da vida, independentemente de conceitos religiosos. Estabelecer prioridade é o caminho da paz e da concórdia para as famílias nos dias conturbados em que vive a sociedade como um todo. Em qualquer relacionamento, é preciso que haja compreensão, onde cada membro da família, possa tolerar a fraqueza dos demais integrantes. Atitude coerente no momento de qualquer tomada de decisão, sem exageros, e sem pretender tripudiar o companheiro ou a companheira.

O Mestre Rui Barbosa, em sua trajetória, como Homem de Letras, definiu muito bem o conceito de família. Disse ele: “E a família, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício...”

Rosas Vermelhas

Esperando o amado, ajeitava as rosas...

num vaso especial, ao lado do retrato,

parecia sorrir com aquelas flores cheirosas.

Dele eram as favoritas, em seu quarto.

Olhando uma fotografia, triste lembrava,

fazia um ano vivendo sem seu companheiro.

A solidão batia forte, então ela chorava...

o destino de quem sofre o ano inteiro.

Dia dos Namorados, toca a campainha,

perplexa, sai ela correndo rumo à sua porta...

um ramalhete de rosas vermelhas, ali vinha

um momento de dor, o seu amado não volta.

Uma mensagem sutil veio aos seus ouvidos:

há quase um ano no exílio, seu amado morreu...

as rosas vermelhas seus desejos atendidos

meu amor, é pra você, com o carinho meu...

A cada ano, nesse dia você lembrará de mim.

Outra coisa ainda que você precisa agora saber:

nesse pequeno cartão, deixo-lhe escrito assim...

“embora não seja fácil, viva sem me esquecer”.

As lágrimas começaram a cair, rosto molhado

o silêncio tomou conta, depois de ler o cartão.

Quanta saudade, após um ano todo ter passado.

O seu amado se foi, é grande a dor no coração.

Muito mais do que palavras foi nosso amor,

na Terra vivemos juntos, vidas maravilhosas...

mensagem de despedida, num momento de dor:

“nosso amor é eterno, olhando estas belas rosas...”

(25.01.2008. - Jairo de Lima Alves)

 

CAPÍTULO XI

A HONRA AOS PAIS É UM DEVER SAGRADO

 

“Não há vergonha tão grande que faça o mais nobre imperador da Terra abaixar a cabeça ou honra tão grande que faça o mais miserável dos homens andar de cabeça erguida.” (C.S. Lewis)

 

A quem honra, honra. A expressão é divina e ninguém pode fugir deste Princípio. A Bíblia registra uma promessa de longa vida para aquele que honrar seus pais. Não importa se sejam biológicos, adotivos, espirituais ou apenas carismáticos. O que importa é que sejam pais, que se preocupem hoje ou que alguma vez se preocuparam de alguma forma, com a existência de alguém. Paulo faz esse destaque especial, quando diz que esse ato de honraria é o primeiro mandamento com promessa.

No Judaísmo, todos os dias é o dia dos pais e das mães. É um dos Dez Mandamentos, próximo do mandamento que nos manda acreditar em Deus e “não matar”.  Muitas pessoas pensam que honrar os pais é como se fosse um pagamento pelo que fizeram pela gente, como trocar as fraldas e pagar a escola.  Os pais não alimentavam seus filhos, pois tinham o maná para comer. Os pais não precisavam comprar roupa, pois cresciam com elas e também não havia necessidade de lavar roupas. Entretanto, esta foi a geração que esteve no Monte Sinai e ouviu Deus dizer: “Honre seu pai e sua mãe.” E assim, a Bíblia Cristã está repleta de recomendações ao Filho no sentido de sempre honrar os seus pais.

A honra aos pais vai muito além do que simplesmente fazer “favores”. Uma necessidade imperiosa é admirar seus pais e considerá-los pessoas eminentes. Se por acaso ouvirmos pessoas falando de forma negativa sobre nossos pais, não podemos permanecer calados, e sim sairmos em defesa de sua honra perante as pessoas à sua volta. Se possível, é importante morarmos próximo de nossos pais, auxiliando-os em suas necessidades. Em geral, devemos ter consideração para entender o fato de que os pais têm uma preocupação natural pelos filhos. Precisamos marcar presença nos momentos mais decisivos, quando eles mais precisam de nós. Se precisarmos nos ausentar por alguns dias, a prudência recomenda que eles sejam avisados sobre quando vamos voltar, pois também se preocupam com os filhos, e sofrem muito quando ficam sozinhos em casa.

Quando os pais estão idosos e enfermos, vão merecer muito mais cuidado por parte do filho E, é claro, não deve deixar que os pais pensem que são um peso na sua vida, ou que o fato de ajudá-los seja uma mera obrigação.   

Quando o amor e o respeito fazem parte de uma família, o ambiente torna-se alegre e muito mais feliz. Honrar os pais é um dever divino do Filho e quando essa atitude é exercida, até os céus se alegram. Não apenas na bonança, mas em qualquer situação deve ser positiva a ação do Filho diante de seus genitores. Depois de tanta labuta, os pais ficam velhos e impertinentes e o Filho tem a oportunidade de honrá-los de alguma maneira. Gestos nobres do Filho fazem os pais vibrarem de felicidade. Existem filhos que maltratam os pais por motivos fúteis; também há os que honram os pais nas pequenas coisas. Dias destes, enquanto convivia no Lar de uma Família Exemplar, pude presenciar o gesto nobre de um Filho. O Pai, já alquebrado, permanecia em pé no jardim tomando o sol da manhã. O filho caçula busca uma cadeira e de maneira muito carinhosa oferece ao pai. Observando esse gesto nobre, a emoção se apoderou de mim. Já vi noutra oportunidade um filho ingrato maltratar o seu velho pai por uma coisa insignificante. Com certeza, o bom Filho receberá a sua recompensa; e também o mau filho terá o efeito da ação praticada. O amor em família é primordial para que a paz seja perene e a felicidade nunca termine.

 

PARA CADA PROBLEMA, SEMPRE HÁ UMA SOLUÇÃO

 

“Depois de assim orar, não se deve ficar preocupado ou ansioso quanto à solução do problema. É preciso observar bem este ponto, pois ficar preocupado ou ansioso após entregar o problema a Deus implica duvidar que Ele é onipotente.” (Masaharu Taniguchi)

Para identificar melhor as causas dos problemas do homem, é bom sempre recorrer ao Altíssimo, que conhece todas as coisas e necessidades humanas. Tudo fica mais fácil, quando podemos contar com a ajuda da Divindade, o que é perfeitamente possível.

 

Quando estamos dispostos a responder às interrogações de rotina em nossa vida: – Quem? O que? Onde? Por que? Como? Quando? – podemos, a partir daí, identificar as causas do problema e o que pode estar envolvido nele.

 

Cada problema pode ter uma causa específica, sendo necessário descobrir as causas a ele interligadas. Uma família, por exemplo, que esteja endividada, a causa principal pode ser um dos cônjuges gastar muito, extrapolando o orçamento doméstico. No paralelo, outros motivos podem ser a causa dos problemas financeiros da família. As crises pessoais e profissionais, os elevados custos de vida e despesas emergenciais – tudo isso pode ocasionar o desequilíbrio, com o agravamento da situação. Isso faz com que a solução do problema tenha um desfecho mais complicado e mais trabalhoso.

 

É importante avaliar cada situação, para que o problema tenha uma solução adequada. Entendendo que não há uma solução para cada problema, as soluções surgem com mais ou menos eficácia. Então, para resolvermos os nossos problemas, é preciso que consideremos todos os ângulos da situação e todas as opções que poderiam ser adotadas num momento crucial. Para o sucesso na empreitada, é fundamental que sejam adotadas medidas justas conforme instrução contida nos códigos de conduta espiritual. As melhores soluções serão sempre aquelas que, direcionadas pelo Espírito de Deus, possam levar em consideração todos os interesses envolvidos, com legitimidade e dentro do plano divino.

 

Para solucionarmos qualquer problema em nossa vida, necessário é, sobretudo, adotar critérios bem claros e planejar a execução com muito cuidado. O ideal é que possamos ter uma meta bem definida com a visualização do problema a ser resolvido. A estratégia com todos os passos precisam ser montados, e assim, certamente será alcançado o resultado pretendido.

 

Existe um provérbio da Bíblia que pode ser aplicado aqui, para melhor entendermos que os problemas podem ser resolvidos, nem que pareçam insolúveis. Diz assim: “Os pensamentos do diligente tendem à abundância, mas os de todo apressado, tão-somente conduzem à pobreza.” Os problemas são criados por nós mesmos, então eles podem ser solucionados também por nós.

 Os problemas devem ser resolvidos de maneira definitiva, para que eles não voltem e nos causem dissabores. Cada problema que surge deve ter a sua solução imediata, para que a nossa vida não venha se tornar uma completa desordem todos os dias. Se a solução que escolhermos for a melhor, ela será duradoura, e desta forma, teremos paz de espírito, porque sobremodo aprendemos a administrar os tais problemas com inteligência, determinação, e acima de tudo com a orientação dos céus.

 A vida do Homem é repleta de desafios, com problemas para serem resolvidos constantemente. Todos estes problemas têm solução e podemos acreditar na promessa de quem disse um dia: “Sem mim nada podeis fazer…” Com esse Ajudador, nenhuma barreira existe, nenhum problema pode ficar sem solução.

 

CAPÍTULO XIII

O PROPÓSITO DA VISUALIZAÇÃO CRIATIVA

 

“A maior descoberta da minha geração é que os seres humanos, ao alterarem as atitudes interiores da sua mente, podem mudar aspectos exteriores da sua vida.” (William James)

 

Para viver no Sistema de Coisas, o Homem necessita estabelecer algumas metas e adotar, sobretudo, o processo da Visualização Criativa. Todas as coisas são possíveis, basta tão-somente que sejam adotadas regras fundamentais pela Visualização. Trabalhando mentalmente os ideais até que o todo o ser passe a vibrar, tem muita importância para que as metas traçadas sejam plenamente superadas. Superar metas é algo interessante para todos os Seres Humanos, desde que a Vitória tenha sido visualizada.

Todos os que encontram a Felicidade na Vida são aqueles indivíduos que vivem, não por simplesmente viver, e sim para os grandes Objetivos a que se dispõem. Para eles a Vida é um meio para um fim, e este fim é um ideal ou um desejo mental. As coisas de que o Homem tenha experiência, tornam-se meros eventos do passado em sua Consciência. Não constituem incentivo para o progresso futuro e nem despertam entusiasmo pela Vida.

É preciso viver o ideal, ou o propósito, com intensidade, num esforço pessoal para que esse ideal esteja dentro das possibilidades humanas. Esse idealismo poderá mudar o modus vivendi de qualquer pessoa, mediante esforço e dedicação em tudo o que esteja visualizando. E mais: o ideal pode mudar a vida de qualquer um numa existência cheia de esperança, que traga muita alegria de viver, a maior riqueza que a Criatura Humana pode possuir. Tudo o que ainda não ocorreu e que o Homem pensa em realizar é a força que o impele para a Frente na Vida.

A Consciência de todos os ideais humanos proporciona prazer e felicidade ao Adepto do Amor e da Justiça, cuja busca nunca cessa e sempre evolui na Senda à medida  que amplia a Visualização Criativa, sem jamais titubear. Embora o Buscador esteja constantemente trilhando uma existência imaginária, pelas atrações magnéticas o ajudam na conquista de grandes feitos por meio deste trabalho mental.

O Adepto de qualquer Escola Iniciática, estando na Luz e invocando a Luz Maior possui o poder latente pela Egrégora e determina pela Visualização a Bênção para si e para o seu Irmão, independentemente de afiliação religiosa ou sectária. Isso também é mistério, que só o Criador pode revelar a quem Ele achar digno para a realização.

Então, diante desta realidade, é possível, pelo exercício da Fé, visualizar alguma coisa na vida, proporcionando o bem-estar  das pessoas que sofrem, impondo mãos santas e imaculadas sobre os seres que estejam angustiados. Não é necessário tocar em ninguém, mas olhar para o céu e invocar o Altíssimo para que, pela visualização Criativa, o milagre possa acontecer.

Para operar milagres e maravilhas, o Adepto das Hostes Celestiais está plenamente autorizado pelo Mestre Divino, que antes de ascender aos céus, disse: “… vocês farão Obras maiores que as que realizo, porque eu vou ao Pai! Vocês estão aí…” Orar ao Pai com Fé e Determinando a Bênção e a Cura para as Pessoas. Quem se habilita neste Ministério, alcança o Objetivo comm muito sucesso, porque aplica a técnica da Visualização Criativa.

 

CAPÍTULO XIV

A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL DA ALMA HUMANA

 

“O entusiasmo é a maior força da alma. Conserva-o e nunca te faltará poder para conseguires o que desejas.” (Napoleão Bonaparte)

 

A alma além de ser um corpo etéreo, é a parte das pessoas que é capaz de lidar com as dificuldades emocionais. A alma nos ajuda a defender destas dificuldades. Ela é capaz de encará-las, ao mesmo tempo em que também afasta o incômodo causado por essas dificuldades emocionais.

A alma funciona assim: se uma determinada dificuldade não causa muito incômodo, como a angústia e a dor, ou fere nossa autoimagem, então não precisamos nos defender dela.

A alma é a parte do ser humano que consegue lidar bem com a angustia, a dor e a autoimagem. Lidar bem com esse tipo de coisa nos termos da saúde mental significa aceitar a angustia, a dor e a autoimagem. Aceitando-as é que podemos ver quem somos, e isso é o autoconhecimento. Às vezes, as pessoas não suportam uma determinada dificuldade, e para fugir dela criam ilusões que distorcem completamente a sua imagem real.

Existem maneiras de expandirmos essa alma, e isso é chamado de evolução espiritual, ou crescimento pessoal, ou crescimento interior, entre outros. Essa expansão, ocorre á medida que, o indivíduo consegue aceitar sua autoimagem, as coisas que lhe trazem angústia e as que causam dor. À medida que o individuo toma conhecimento da dificuldade, ela não o incomoda mais. Ele pode lidar melhor com isso, sendo mais realista consigo mesmo.

Algumas pessoas não conseguem diversas coisas por falta de autoconhecimento, como conseguir um bom relacionamento, ou apenas um relacionamento, um bom emprego, ou apenas um emprego, uma boa família, ou apenas uma família. Para conseguir essas coisas, precisa agir de forma adequada. Mas é muito difícil aceitar a própria chatice, a própria falta de jeito, a própria falta de graça, a própria inabilidade, a preguiça, a prepotência, entre outros. Estes atrapalham conquistar aquilo que queremos. Porém à medida que se toma consciência de si próprio, pode-se corrigir e melhorar, e com isto obter o desejado. É muito importante para o ser humano ser feliz.

Na evolução espiritual existe algo que pode ser muito interessante para algumas pessoas. Isto é, o fato de se poder ampliar tanto a alma a ponto de aceitar completamente a autoimagem, as coisas que trazem angústia e a dor. Há pessoas que conseguem isso, não sofrendo mais com essas coisas. Alguém que foi aceitando seus defeitos e problemas, e melhorando, pode ter chegado num ponto máximo, que é a perfeição. Isso é chamado de Nirvana.

Praticamente todo mundo tem dificuldades emocionais que atrapalham suas conquistas. É importante tomar consciência delas sempre, para lidar cada vez melhor com a vida, e ser cada vez mais capaz de ser feliz.

O mestre da Grande Fraternidade Branca, Sanat Kumara, nos ensina que as melhores técnicas de evolução espiritual são: a psicoterapia com psicólogo, algumas linhas do Budismo, da Yoga e da Meditação, da Logosofia e das Práticas Rosacruzes. Dependendo da personalidade de cada um, de sua própria evolução, uma dessas técnicas se enquadrará melhor. E assim, cada um pode estabelecer o seu estilo de vida, aprimorando o seu Eu Interior e buscando a harmonização com o Universo, que é primordial para a Felicidade Eterna.

 

O Postulante

 Auxilia-me, agora, Deus de meu coração...
mas seja feita sempre, a tua vontade!
Minha vontade é sublimar, mas venho rogar.
Tenho em ti confiança, e posso esperar...
Sim, chego agora a ti, com humildade.

Auxilia-me, agora, Santo Deus de infinita bondade!
Todas as minhas energias quero agora transmutar...
meus olhos carnais serão cegos nas tentações,
as futilidades da vida meus ouvidos não ouvirão.
Meu castelo de ilusões eu preciso repensar.

Auxilia-me, Deus, a extirpar de mim o egoísmo,
aquietando o meu ser diante do tumulto mundano.
Toda a heresia que existe em mim, quero vencer,
quero renunciar o meu eu mortal, sem temer:
a cada instante, um Iniciado, menos profano...

Auxilia-me, Senhor, a conquistar o meu eu verdadeiro,
que meus momentos de intolerância sejam dissipados.
Desapareçam de meu ser qualquer tipo de vanglória,
abdicando da vida dissoluta, está em minha memória.
Os sentimentos lascivos sejam expurgados.

Auxilia-me, Deus puro, contra as vozes sedutoras,
a tua graça, purificando sempre o meu coração.
Que eu possa vencer todos os encantamentos...
os meus sentidos, minha capacidade, os sentimentos,
enfim, aniquila todos os maus desejos, cobiça e paixão!

Auxilia-me, Absoluto, a abjurar memórias do passado.
As sombras escuras vão ser removidas de mim!
A iníqua sensação de onipotência não há de prevalecer,
a perturbadora inação, também preciso vencer.
A piedade, a solidariedade, a generosidade, enfim.

Auxilia-me, Deus, a privilegiar o meu Eu Superior!
Preciso me despir do manto da escuridão,
o abismo da matéria, eu tenho que rejeitar.
Quero aprender a viver em silêncio, me harmonizar
diante da Humanidade e seu grande coração.

Auxilia-me, Senhor, a buscar a sintonia universal!
Preciso sofrer com os que sofrem, com serenidade.
Quero aprender com as derrotas, e vencer...
as tentações não podem me surpreender.
Governar, eu quero, a minha personalidade.

Auxilia-me, Amantíssimo, a destruir o meu orgulho,
caindo por terra a minha prepotência...
quero triunfar sobre as minhas perplexidades.
De mim se afastem todas as adversidades.
Em meu ser, a tua infinita Inteligência...

Auxilia-me, Jeová, a amar todas as pessoas:
as prostitutas, os homossexuais, os ladrões;
os falsários e estelionatários, com sinceridade;
quero amar a todos os que faltam com a verdade,
os desviados da Luz, cometendo prevaricações.

Auxilia-me, Mestre Divino, a servir ao meu Irmão,
exercendo em mim o perfeito pensamento...
que a perfeita Palavra em mim se manifeste,
a perfeita conduta em mim seja um belo teste;
a perfeita compreensão em meu comportamento.

Auxilia-me, Ajudador, na senda do amor e do perdão!
Quero atingir a sublimidade da perfeita meditação.
Preciso todos os dias, ser Iniciado na Grande Luz:
um novo nome escrito pelas chagas de Jesus...
por Ti.! Não pela minha vontade, nem minha razão...

Auxilia-me, Mestre Santo, a ver sempre a tua Face,
vivendo em Tua Presença, onde reina Glória Fecunda!
Quero ouvir com os santos o silêncio na Eterna Morada.
Serei um Instrumento veraz – minha vida  bem utilizada...
para sempre, com todos da Terra, na Paz Profunda!...

(Jairo de Lima Alves – 01.01.2008)

 

 

CAPÍTULO XV

AS REDES SOCIAIS NO PROCESSO EVOLUTIVO DAS PESSOAS

 

“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.” (Bill Gates)

 

É muito comum na atualidade a comunicação se processar por meio de poderosas redes sociais que se formam a cada dia. O velho Chacrinha se utilizava de um chavão, quando em seu programa de televisão dizia: “quem não comunica se trumbica”. A comunicação está muito mais veloz em todos os países civilizados. A Internet ganhou uma força descomunal, onde cada frase nela inserida ganha uma projeção incrível.

É importante distinguir rede social ou redes sociais dos recentes serviços de networking social, como Facebook, Orkut e tantos outros. Estes populares serviços baseiam-se nos trabalhos de Milgram sobre um Mundo Pequeno e identificam-se com o termo redes sociais. No entanto, as redes sociais, enquanto campo de investigação, têm uma longa história e um conteúdo e campos de aplicação muito mais vastos do que os de networking social.

Uma rede social é uma estrutura social composta por pessoas, organizações, territórios, designadas como nós – que estão conectadas por um ou vários tipos de relações de amizade, familiares, comerciais, sexuais, e outros, ou que partilham crenças, conhecimento ou prestígio. As investigações, em distintos campos do conhecimento, têm mostrado que as redes sociais operam em níveis muito diferentes, desde as estruturas familiares até ao nível dos países, e permitem analisar a forma como as organizações desenvolvem a sua atividade, como os indivíduos alcançam os seus objetivos – o valor que os indivíduos obtêm da rede social. Na sua forma mais simples, uma rede social é um mapa de todos os laços relevantes entre todos os nós analisados. As relações sociais podem ser visualizadas através de um diagrama, onde os nós são representados por pontos e os laços por linhas.

A inter-relação nestas redes sociais têm muito valor, pois através disso as pessoas podem obter muito mais informação, ampliando o seu conhecimento, mesmo que este seja de forma rudimentar. É possível perceber que existe uma linguagem peculiar nestas redes, onde os internautas criam o seu próprio estilo, e mesmo na distância, estabelece-se um nível de compreensão, com nuances interessantes para todos os usuários. Muitos, a bem da verdade, estão se tornando escravos da máquina e do sistema online, mas o aprendizado e a informação ajudam sobremaneira o seu desenvolvimento pessoal.

As crianças ainda em sua inocência, começam a dar os primeiros passos em direção a esse mundo virtual e os jovens navegam com desenvoltura invejável nesses espaços cibernéticos, com uma abrangência tal, que podem deixar perplexos os mais experientes técnicos em informática. Há momentos que a atitude desses jovens chega a assustar, diante da máquina aterrorizante, o computador.

Mas nem tudo está perdido. Em tudo isso, pode-se ter o lado bom, que é a aproximação das pessoas, com o fim de promover grandes descobertas, tanto nas atividades seculares quanto no campo da Espiritualidade. Importantes relatos são colocados nas redes sociais todos os dias, que evidenciam a vida nova de muitas pessoas. Muitos são os canais na Internet que nos possibilitam o crescimento por meio da comunicação, direta e eficiente.

É assim, que as pessoas se encontram, mesmo quando estão distantes. É desta maneira que acontece a interação, num momento quando ninguém espera. É com o uso de redes sociais que centenas de pessoas tomam conhecimento de conteúdos enriquecedores, e com essa prática, chegam mais perto do transcendental. Posso confirmar que, ao longo de minha vivência nesse mundo online, pude conviver com experiências incríveis, que palavras jamais podem descrever.

 

CAPÍTULO XVI

QUEM PODERÁ ENCONTRAR O SANTO GRAAL?

 

“O assunto mais importante do mundo pode ser simplificado até ao ponto em que todos possam apreciá-lo e compreendê-lo. Isso é - ou deveria ser - a mais elevada forma de arte.” (Charles Chaplin)

 

O Santo Graal é ainda considerado um Mistério entre os Buscadores de todas as Escolas Iniciáticas, podendo representar Figuras Simbólicas com um Conteúdo Esotérico e Hermético. O Livro das Figuras Hieroglíficas, de Nicolas Flamel, traz um bom histórico sobre o assunto, que vem revolucionando o mundo em todas as fases da História da Humanidade.

 

O tema tem sido alvo de estudo em muitas fraternidades e milhares de autores consagrados têm tratado o assunto com desvelo, pela importância que requer como um mistério ainda não revelado totalmente. Existem muitas especulações e milhares de livros são escritos em todos os idiomas sobre o Santo Graal, com o fim de esclarecer fatos pitorescos da religião organizada e das fraternidades místico-espirituais de todo o Globo.

 

Mais recentemente, a partir da França, as narrativas sobre a Alquimia Espiritual têm sido intensas, especificamente na busca da Pedra Filosofal, que segundo a Tradição Alquímica ao final da Grande Obra, quando metais inferiores eram transmutados, sendo o chumbo transformado em ouro. Foi assim que Nicolas Flamel e sua esposa Perenele deram início ao processo, fazendo doações e auxiliando na construção de igrejas e outras obras  de beneficência, o que atraiu a desconfiança da sociedade da época, por desconhecer a origem de tanta riqueza. Rumores davam conta de que o casal tinha a posse da propalada Pedra Filosofal.

 

O Santo Graal tem sido motivo de preocupação em todos os segmentos esotéricos e exotéricos, desde o tempo dos Albigenses ou Cátaros, e que após a Cruzada passaram às mãos da Ordem do Templo. Os Cátaros têm origem oriental e eram, segundo relatos, os detentores do Santo Graal, ou seja, da Tradição Primordial. Essa Tradição era transmitida pelo Mestre Jesus a João Evangelista e a seus Discípulos.

 

Todas as coisas que não podemos experimentar de forma objetiva se constitui um mistério para todos nós. A busca do Santo Graal ou simplesmente a busca da Verdade é um fator determinante ainda em nossos dias, mas com outras características. O entendimento hoje é outro, levando milhares de pessoas a pesquisar o fenômeno em escavações arqueológicas, ou por outros meios, na tentativa de descobertas históricas que possam efetivamente contribuir para a misteriosa Pedra Filosofal seja encontrada.

 

Quem, afinal, poderá ter a Graça Infinita de encontrar o Santo Graal, com a revelação que tanto se almeja? A maioria vive no obscurantismo e nem pode pensar nisso, mas alguns Iluminados buscam incessantemente a Glória do Graal, o conforto espiritual que tantas vezes os Mestres Espirituais quiseram transmitir a seus Seguidores. O Mestre Maior quisera que toda a Humanidade, a partir de Jerusalém, chegasse ao pleno conhecimento da Verdade, e assim, no clímax da Espiritualidade, cada um pudesse encontrar o Santo Graal, no qual reside a redenção de todos os que crêem nas Promessas Divinas.

 

CAPÍTULO XVII

... POUCOS OS ESCOLHIDOS

 

“Quando alguém encontra seu caminho precisa ter coragem suficiente para dar passos errados. As decepções, as derrotas, o desânimo são ferramentas que Deus utiliza para mostrar a estrada.” (Paulo Coelho)

 

De um valoroso intérprete das Escrituras, anotei boas lições, que tento passar para os leitores atentos. O questionamento foi assim, num fórum: “Gostaria de uma análise da antiga máxima MUITOS SÂO OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS. Em muitas escrituras ficou registrada a relutância do Mestre em proclamar a verdade, após sua iluminação: “Quem irá ouvir?”, “O que vou dizer?”, “Quem poderá entender?”

As coisas que me aconteceram, se alguém me contasse, sem que elas tivessem acontecido comigo, eu também não teria entendido. A mensagem de todos os mestres, em todos os tempos, tem sido um chamado – por vezes, uma sacudida, ou mesmo um impacto – com o propósito de nos acordar, de fazer com que nos despertemos para a realidade existencial, para uma consciência de dimensão cósmica, que é de eterno êxtase. Porém, poucos são os que escutam o chamado. Por que os que escutam o chamado são tão poucos? Isso diz respeito à média evolutiva da Humanidade e as necessidades das experiências que nesse estágio deverão ser vivenciadas.

Entendemos que todas as pessoas bem intencionadas, e também nós desejamos assim, que fossem mais numerosos os que escutam o chamado divino. Há uma escritura que diz o seguinte: “Ouvir é possível a qualquer um, escutar só é possível aos que são silenciosos.” Esses são os poucos que serão ESCOLHIDOS. Talvez não seja exagero dizer que quando mil são chamados, só cem ouvirão.

O chamado só é ouvido por aqueles que estão muito próximos de acordar, que já dormiram quase tudo o que precisavam e estão próximos do despertar. Dos cem que ouvirão, apenas dez começarão realmente a se mover. Ouvem, mas não entendem, ou simplesmente entendem outra coisa. Dos dez que começaram a se mover, apenas um chegará. Um já é o suficiente, não deve querer mais. Isso já é o bastante.

Como podemos ver, o Caminho é mesmo estreito, e são poucos os que conseguem caminhar por ele. A proporção que o articulista apresenta aqui chega ser assustadora, no entanto, para se chegar à plena Luz, os degraus têm de ser percorridos. Uns, pela Senda do Misticismo e outros, nos caminhos da religião. Tanto numa situação como na outra, prevalece a palavra do Mestre, enfatizando que “Muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.”

 

A Prece

 

Elevo agora o meu coração às alturas,
conversando com meu Deus, eu oro.
Bom dia, Grande Espírito do Bem!...
Neste dia, com humildade eu imploro:

Que possas me enviar raios de luz,
que a tua face esteja em minha direção!
Cubra-me com tua doce proteção.
Esta é a fé no amado filho Jesus.

Quero para mim mais compreensão,
e que sejam reabastecidas as energias;
elevado sempre o meu coração.
Que eu aprenda a perdoar todos os dias!

Quero ter a alma mais alva que a neve,
praticando em todo momento o amor.
Nem que seja por um período breve,
quero estar perto de ti, meu Senhor!...

Sem medo, quero ficar em tua Presença,
quero sentir o agradável aroma do céu.
Vem Espírito Superior, é a minha crença.
Teus braços me acolhem como um troféu.

Quero força para no mundo bem viver.
Preciso, para continuar o que vim cumprir.
E nunca mais eu hei de te esquecer!
Teus ensinamentos me fazem refletir...

(10.01.2008 – Jairo de Lima Alves)

 

 

CAPÍTULO XVIII

O HOMEM MAIS RICO DO VALE

 

“Tenha coragem de seguir o que seu coração e sua intuição dizem. Eles já sabem o que você realmente deseja. Todo resto é secundário.”  (Steve Jobs)

 

Existem em todo o Sistema de Coisas criaturas humanas vivendo no engano, porque não tiram um tempo para refletir melhor o significado da Vida. Todos os lugares, todas as cidades e vilas, todas as metrópoles, todos os rincões… enfim, em toda parte os homens podem ter felicidade, mas também podem ser infelizes. É bom que saibamos que a felicidade pode residir numa casinha de sapé, enquanto pessoas supostamente felizes acabam se suicidando pela falta de paz.

A riqueza é uma coisa relativa para todos os seres humanos em todos os continentes. O Ter nem sempre traz a felicidade plena, embora a Verdadeira Prosperidade seja também composta por dinheiro. A riqueza bem adquirida e utilizada com equilíbrio faz bem a todas as criaturas. A confusão permanece na mente de todos os gananciosos e egoístas no momento de traçar um paralelo entre o Ter e o Ser. Há quem diga que a questão é meramente utópica, porque ninguém neste mundo consegue viver sem o vil metal. É verdade, mas quando mal usado, o dinheiro provoca desgraças na vida de qualquer pessoa.

Não é muito fácil o homem natural entender a diferença entre o Ter e o Ser. De pronto, qualquer um pode afirmar que “o dinheiro compra todas as coisas, até mesmo as consciências”. Tudo bem, mas é necessário que a Mente Infinita entre em ação, no sentido de promover a transformação espiritual de todos os homens, fazendo com que eles possam evoluir integralmente, e assim, superar este equívoco do mundo mercantilista.

A máxima para entender este processo complexo é admitir que a Vida Próspera faz bem a todas as pessoas, mas nem sempre a abundância de dinheiro completa a felicidade de alguém. Milhares de criaturas humanas em todo o mundo, detentoras de poder e dinheiro não conseguem viver como gostariam. Milhões de criaturas, de igual maneira, embora sem os privilégios que as finanças proporcionam, realizam algo espantoso, inacreditável.

Diante do quadro desenhado, surge a necessidade de citar em poucas palavras o desfecho de uma antiga crônica, cujo título é: O Homem mais Rico do Vale. Consta que em determinada região do Nordeste Brasileiro, havia um homem muito rico, abastado fazendeiro e respeitado por todos. Morava na fazenda, numa casa luxuosa. Ele tinha um empregado, o Homem exemplar que morava ali mesmo no Vale, numa casinha modesta. De repente, ambos caíram doentes com grave enfermidade, cada um com as suas próprias características.

Com o pensamento voltado para o rico fazendeiro, os outros empregados nem se preocupavam com as precárias condições do pobre homem que vivia às margens de um riozinho, onde meditava sempre com o coração repleto de muita fé. Todos os dias, lá estava ele buscando os favores divinos, mesmo com a fraqueza de um homem enfermo. O suposto homem rico era visitado pelos renomados médicos, enquanto o pobre-rico continuava no abandono.

Foi assim, que certo dia, eis que um Mensageiro percorre a redondeza anunciando a morte do Homem mais Rico do Vale. Sem exceção, toda a Comunidade atônita e preocupada, dirigiu-se à Casa Grande para render as homenagens ao nobre fazendeiro. A notícia estava incompleta: o Homem mais Rico do Vale, que já se encontrava noutra dimensão era o pobre-Homem-rico que morava naquela casinha humilde. Todos começaram a entender que nem sempre o homem considerado Rico, realmente é Rico. Existem muitos ricos-pobres neste mundo!

A ilustração serve para nos levar à mais profunda reflexão sobre o Valor da Vida Espiritual. Para a Divindade, o Homem Rico não é o que possui bens materiais e muito dinheiro, e nem o pobre é aquele desprovido de todas as boas coisas da vida. É preciso separar uma coisa da outra, lembrando que o Bem Maior em nossa Vida é ter a Consciência tranquila, viver em Paz Profunda e sobretudo andar na Presença de Deus.

 

A Majestosa Catedral

 

De longe, ao romper da aurora,
entre brumas, surge uma Catedral;
muitas imagens relembram o passado,
um sonho de criança, meio celestial.

A majestosa Catedral parece um sonho,
toda branca de sol, no centro da cidade.
O sino repicando em lúgubre responso,
o clamor de um povo que sente saudade.

O astro glorioso segue a eterna estrada,
a áurea seta cintilando em plena luz...
a Catedral me faz refletir ali sozinho,
embora cansado, me descanso em Jesus.

Quando passo, entre lírios e outras flores,
põe-se a lua a meditar fitando a Catedral.
À tarde, na alma, uma amargurada prece,
o céu tristonho, mas com visão angelical.

Os sinos dobram, enquanto vou meditar;
sacerdotes caminhando, o céu é todo meu.
A Catedral de meu sonho, vou saindo...
vendo em seu topo um Astro que morreu.

(15.02.2008 - Jairo de Lima Alves)

 

 

CAPÍTULO XIX

A PASSAGEM PARA A ETRNIDADE

“Há pessoas que nos falam e nem as escutamos; há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre.” (Cecília Meireles)

Enquanto o Homem vive neste Sistema de Coisas, ele cumpre uma Missão que o Autor da Vida lhe deu no momento do Nascimento Carnal. Passa, então por diferentes fases como um Ser Humano que é, até alcançar a Maturidade como Integrante da Grande Consciência Universal. Enquanto no corpo físico, a Criatura Humana tem alegrias e tristezas, amores e indiferenças; experimenta de tudo um pouco na tentativa de chegar à Estatura de um Varão Perfeito. Ele, em si, é um Buscador Natural, que às vezes, sem o saber toma parte de uma Egrégora Divina que só lhe é revelada quando menos espera.

Como se vivessem num “Vale de Lágrimas”, muitos nasceram para levar uma vida de sofrimento, não entendendo o porquê e nem tampouco se preocupando com o porvir. Não importa a condição em que escolheram para viver, as etapas de vida determinadas pelo Criador hão de ser cumpridas, por ser esta a Perfeita Vontade  daquele que tudo pode.

O tempo passa tão de repente. Pela Bondade Celestial, conquistamos a Velhice, um Privilégio que grande parte da Humanidade não consegue entender e nem dimensionar a sua importância, pois é aqui que se manifesta a maestria, na maioria dos casos. Na Capela Mortuária, eis que inerte está o corpo de um Homem Simples que viveu pouco mais de oitenta e cinco anos. A descendência ali estava entristecida pela transição do Patriarca que soube muito bem conduzir uma Família de nove filhos. A esposa Idalice já vive noutra dimensão há quase cinco anos. Antes do cortejo que o levaria ao Campo Santo, o devotado Filho Nivaldo, na Presença de amigos e familiares, com determinação fala sobre o significado da Existência Humana e sobre o papel desempenhado pelo Pai Antônio Marques Brandão, que entra na Eternidade de uma maneira triunfante.

E assim, são todas as Criaturas, que agora respiram e daqui a pouco não mais existirão na forma física. Deixam alguns milhares o legado, tão necessário para que não se perca a lembrança de seus feitos entre os humanos. Em todos os lugares, onde estejamos: nos lugarejos, nas pequenas cidades e nas grandes metrópoles, ouve-se falar de pessoas que viveram unicamente para fazer o bem. As criaturas do mal também são lembradas. Sim, mas existe a diferença entre um caso e outro, um comportamento e outro, uma forma de vida e outra. O que resta dizer é que todos os homens hão de passar por uma transição, após ter construído a sua própria história.

No mundo, a maioria não chega a cem anos de vida útil e depois desta existência há que prosseguir, porque a Vida é Eterna. Interrompido este atual estágio, o Ser Humano volta ao pó, com a natureza carnal que possui. A Alma não fica ali, segue para a Câmara Espiritual para que possa cumprir todas as etapas, de acordo com os Desígnios Divinos, dentro de um Plano Cósmico que só é revelado no momento oportuno, pelo Renascimento.

 

CAPÍTULO XX

A DECADÊNCIA DO SISTEMA RELIGIOSO NO MUNDO

“A empresa burocrática de salvação é incondicionalmente hostil ao carisma ‘pessoal’, isto é, profético, místico ou extático.” (Márcia Junges)

 

Sem dúvida alguma, para o Homem superar os grandes obstáculos que estão à sua frente, é preciso muita renúncia, se possível até renunciar a si mesmo. É árdua a tarefa, para todos nós, preparar a Humanidade para uma tomada de Consciência, um grande Meio-Dia, isentando-se dos sistemas impostos pela religião organizada, que imposta, subjuga a raça humana, deixando-a quase inerte.

Como um freio para muitos a religião tem o seu papel; para os que possuem consciência, ela faz mal. É através da religião que os usurpadores tomam conta da situação, apelando de maneira incisiva sobre aqueles que se acham despreparados para uma mensagem sublimar. Os sacerdotes do mal estão em todos os lugares, enquanto os abnegados e dirigidos pelo Espírito integram a minoria.

“Por quê?” e “Para quê? Estas perguntas precisam ser feitas todos os dias, diante de qualquer situação embaraçosa, quando a Criatura se sentir ameaçada por qualquer prosélito. O filósofo Nietzsche dizia que “a humanidade não está por si mesma no caminho correto, e que ela está longe de ser regida de maneira divina, que, muito antes, justo em suas mais sagradas noções de valor, o instinto da negação, da deterioração, o instinto da decadência reinou com toda a sua sedução.”

Não é justamente isso que estamos presenciando em todos os lugares? Existe um quadro deprimente de cegos guiando cegos e pessoas deprimidas buscando apoio nos templos. Onde estiver um paroleiro vendendo suas ideias, ali também estará a massa humana, pagando caro para ver o milagre acontecer.

O sinal decisivo no qual se revela que o sacerdote – todos os sacerdotes mascarados -, tornou-se o senhor absoluto de tudo e não apenas de uma determinada comunidade religiosa. Ele quer dominar com os seus eloquentes discursos e com ufanismo exacerbado induz a pobre criatura humana à verdadeira servidão, por não conhecer ainda a verdade que liberta, aquela anunciada: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará!”

A maioria não está preparada para as grandes verdades e nesse vácuo os oportunistas se infiltram para mistificar a Grande Obra e levar confusão aos corações atribulados. A Grande Consciência Universal, porém, continua realizando o seu trabalho, e não levará muito tempo para se manifestar entre os homens de boa vontade e arrebanhar todos os que estão predestinados para uma Vida Abundante, na Luz do Amor de Deus.

 

CAPÍTULO XXI

A CONFUSÃO RELIGIOSA EM NOSSOS DIAS

 

“Não sou religioso mas tenho assistido a muita mágica. Sou supersticioso e acredito em milagres. A vida é feita de acontecimentos comuns e de milagres.” (Jorge Amado)

 

A Espiritualidade, como um todo, se expande no mundo inteiro, mas na proporção a terra fértil para o surgimento de igrejas e seitas é o Brasil, que já registra um alarmante número de denominações religiosas para todos os gostos. Além de novos títulos, é interessante como as denominações tradicionais se desdobram em subtítulos e ministérios, dando lugar a discussões intermináveis entre líderes e liderados.

Enquanto os grandes e pequenos grupos se acomodam em doutrinas e costumes, há os que preferem ficar no anonimato nas chamadas comunidades Evangélicas. É muito comum, em todas as cidades, se deparar com placas indicando uma nova igreja, que na verdade é uma dissidência de outra igreja, que por sua vez é também dissidente de outra Denominação. Assim, praticamente todos os credos conhecidos são frutos de alguma divisão ministerial.

A Confusão Religiosa é marcante, quando as pessoas ficam em perplexidade diante da realidade espiritual em que vivem. Diante de uma situação deprimente em que se encontram as multidões, a solução é a busca de um refúgio numa dessas milhares de portas que estão abertas para acomodar os cansados e oprimidos. Aliado ao sofrimento humano, também existe a busca da prosperidade, o que vem motivando a fundação de novos templos em todos os lugares. Todos querem cura e vida próspera e a mensagem atual vem de encontro às necessidades de todos os que sofrem.

A grande maioria, ainda sem a consciência desperta, não encontrando naturalmente o Caminho da Paz e da Felicidade, se sujeitam às inúmeras modalidades religiosas que são colocadas à disposição dos mais fracos na fé. O Apóstolo Paulo chamava isso de “Ventos de Doutrina”, porque já naqueles dias muitos queriam experimentar as “águas rotas”, no lugar da Fonte de Água Viva, como bem disse o Profeta Jeremias: “Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas.” E ainda hoje é assim: as pessoas em desespero, procuram um alento na primeira esquina que encontram, na tentativa de serem felizes. Sem saberem, começam a exercer o proselitismo religioso, e no fanatismo a coisa fica ainda mais complicada.

Existem as exceções, quando o Adepto Contrito, encontra a Paz que procura; mas as massas nem chegam a entender os propósitos do grupo a que passam a pertencer, pois apenas estão buscando uma felicidade passageira, porque a verdadeira e duradoura não pode ser encontrada em templos feitos por mãos humanas. É possível perceber os absurdos que os chamados “apóstolos e bispos” da nova geração de obreiros têm plantado nos corações dos incautos aqui, ali e acolá. As guerras santas estão nos canais televisivos todos os dias, enquanto milhares vivem em grande confusão religiosa.

João Batista pregava no deserto o batismo para o arrependimento e o Mestre Jesus anunciava as Boas Novas por onde andava. Os discípulos e os primeiros pais na fé faziam a mesma coisa, e sem exagero curavam os enfermos e abençoavam as pessoas. Pedro e João, na Porta Formosa, exclamaram: “Não temos ouro e nem prata…”, mas com a palavra ungida declararam a cura ao paralítico.

Agora, vamos refletir sobre a situação atual. Estaria alguém anunciando o Reino de Deus, sem o acúmulo de bens materiais? É possível que isso ocorra em algumas instâncias da Espiritualidade, mas se sobressai a moderna venda de indulgência.

As pobres criaturas que carecem das misericórdias divinas estão num grande emaranhado, dando ouvidos às falácias humanas, quando na prática deveriam, por sí mesmas, adentrar no Trono da Graça, onde as Bênçãos Incontáveis estão à disposição dos Filhos de Deus.

 

O Ermitão

Irmão, diz prá mim agora: o que sentes?

Enclausurado, desde a babilônia, muito só...

Contemplas o céu ao longe, ranges os dentes

Estás lendo o livro do destino, na garganta um nó.

Essa é a tua filosofia de vida? O que mais?

Tanta miséria, que não suportas tamanha dor!

Viajando a pé, conhecendo o mundo de seus pais...

Eras rico e mui formoso, repleto de tanto amor!...

Poliglota tu és, línguas de anjos podes falar!

Às margens desse sagrado rio vives a meditar.

Barba branca como a neve, quero muito te honrar!

Que Deus permita, sempre aqui te encontrar.

Segues caminhando, vejo em ti a bela aparência...

és venerável dentre todas as santas criaturas!

A tua saudação, símbolo da Divina Providência.

Em meio a tantos contrastes, as farturas...

O ermitão, sisudo, e com palavras de maestria,

preso à promessa, sem ostentar qualquer vaidade.

Erguendo o pergaminho, responde com alegria:

- minha missão aqui é expressar a Voz da Verdade.

(31.12.2007 – Jairo de Lima Alves)

 

 

CAPÍTULO XXII

A UTOPIA RELIGIOSA

 

“Todas as religiões são permitidas, apenas o ateísmo não é tolerado. Os sacerdotes são de extrema santidade, e existem em número apenas suficiente.” (Thomas More)

 

Neste grande Planeta de mais de 7 bilhões de pessoas, é muito natural que exista o Sentimento Religioso como um Princípio Espiritual, porque o Homem herdou isso da Grande Consciência, e sem dúvida, essa é uma Herança Bendita. A partir deste Princípio Criador, houve a necessidade da Organização do Gênero Humano em grupos específicos, formando, então, a Religião, que por sua vez, se dividiu em grupos menores chamados igrejas e seitas, com a finalidade de um contato com a Divindade. Esses grupos funcionam nos dias atuais como clubes sociais, integrando Escolas de Líderes, que visam conduzir os Adeptos a um Mundo Melhor, com o aperfeiçoamento do caráter.

Milhares de Seres Humanos preferem ser manipulados por Mestres, Pastores e Sacerdotes, frequentando Templos e recebendo destes a Orientação Básica para que possam usufruir das Bênçãos que Deus oferece aos Filhos.  As instruções que recebem dos líderes espirituais têm formas diferentes, o que pode confundir muitas cabeças nesse emaranhado todo. Não existe um padrão doutrinário nos sistemas religiosos, mas Deus continua sendo o mesmo para todas as gerações, em todos os tempos e lugares.

Desta multiplicidade de conceitos religiosos vigentes, surgem os oportunistas inventando coisas e angariando fortunas em nome de Deus e do Mensageiro Jesus. Se Deus se irasse como os homens, certamente exterminaria a todos de uma só vez. Contudo, o método divino não é esse. A tolerância é por Ele exercida plenamente, até que a Lei Universal do Carma entre em ação, dando a cada usurpador o lugar que merece na história.

É justo, de certo modo, que a Religião Organizada desempenhe o seu papel, para religar a Criatura ao Criador, se esse for o caso. Mas se atentarmos para os Ensinamentos do Mestre Maior, vamos perceber que Ele foi direto nesta questão, nunca apontando Organização Humana para ser seguida. Dizia: “Eu Sou o Caminho, a Verdade, e a Vida.” Toda a raça humana segue em direção ao Pai Criador, ou pelo menos deveria ser assim, como disse Jesus. (E Jesus é o mesmo em todos os Tempos, com Manifestações Específicas para cada povo e nação).

Diante da Experiência vivida pela Humanidade em diferentes períodos da História, é muito fácil entender que é Utopia a Religião criada pelos Homens. Essa Utopia Religiosa está muito presente nas mentes e corações, gerando insatisfação e infelicidade, porque a maioria não tem encontrado o Caminho, lamentavelmente. O Evangelho que eles praticam, não é o mesmo recomendado pelos Mestres Espirituais de todos os Tempos.

A Utopia Religiosa é isso: cada grupo pretende ser melhor que o outro, não respeitando as diversidades culturais e as múltiplas formas de adoração. Os Ocidentais ignoram as práticas Orientais e vice-versa. As Religiões Afro-Brasileiras são criticadas por Cristãos Ortodoxos, que também não reconhecem os Princípios do Islamismo e de outras Grandes Religiões do Mundo. Na verdade, ninguém entende ninguém, razão que a tudo isso pode ser dado o nome de Utopia Religiosa. Deus é Um só e quer que todos O adorem em Espírito e em Verdade.

O Sentimento do Amor deve estar impregnado em cada coração, sendo esse amor a chama primordial para nortear o Homem em sua Trajetória na Terra, respeitando sempre as diferenças, sejam elas culturais ou espirituais, evitando-se então os conflitos, que têm provocado guerras e desavenças em muitos lugares, em nome de Deus e da Religião.

Numa só palavra, a Utopia Religiosa representa um atraso sem precedentes na História da Humanidade, visto que a Religião mata. A Religião Organizada já matou muita gente, sem dó nem piedade. Por acreditarem que a Religião Dominante fosse a verdade, os Religiosos do Primeiro Século, seguindo orientações políticas e nefastas do Império Romano, mataram aquEle que era predestinado pelos Profetas como o Redentor dos Homens. E as atrocidades não pararam por aí, mas vidas são ceifadas em toda parte pelos Religiosos sem Deus.

A Pedra Filosofal

O sonho é uma constante da vida,

tão concreta e muito bem definida

como outra coisa qualquer...

é como a pedra onde descanso,

é como um ribeiro manso

ou mesmo um aconchego de mulher.

Muitos nem sabem que o sonho

é fermento. tão medonho,

bichinho álacre e sedento...

de focinho pontiagudo,

que fuça através de tudo

num perpétuo movimento.

Sonho é tela, cor, pincel,

base, fuste, capitel,

que provoca nostalgia.

Arco em ogiva, vitral;

pináculo de catedral,

contraponto, sinfonia.

Sonho, o ouro distante,

rosa-dos-ventos, infante,

caravela quinhentista;

ouro, canela, marfim,

Colombina e arlequim,

nas mãos de um alquimista.

Ninguém sabe e nem sonha

que a pedra o passado enfronha,

que o sonho comanda a vida;

o mundo pula e avança,

entre as mãos de uma criança

como bola colorida.

(06.01.2008 - Jairo de Lima Alves “adaptado”)

 

CAPÍTULO XXIII

PROSELITISMO E CONFLITO ESPIRITUAL

 

“A condição básica para um caminho interior é o cultivo de um sentimento de devoção à verdade, à sabedoria, à vida.” (Jair Moggi)

 

A Espiritualidade, em seus diversos matizes, está isenta de afrontas por quem quer que seja, pois cada organização possui a sua própria egrégora. Ninguém pode vilipendiar o bom nome de quem atravessou séculos primando por um princípio, que está acima da vontade do homem profano.

A pluralização de denominações religiosas nos últimos tempos é assustadora. Particularmente, no Brasil, o campo religioso encontra-se em transformação. Alguns dados estatísticos lançam luz sobre a questão. O censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vem publicando números que evidenciam a flagrante queda e perda da secular hegemonia católica – de 91,8% trinta anos antes para 73,8% em 2000; baixou consideravelmente em 2010 e com estimativas de menos de 60% para 2020. A emergência de inúmeras instituições religiosas e um panteão de miríades celestiais configura um fenômeno criativo, difuso e contraditório de individualizações religiosas no País.

O pluralismo institucional católico, mais que as crenças e espiritualidades múltiplas praticadas no interior da própria religião, torna-se evidente não com os protestantes históricos do século XIX numericamente insignificante e nem com os grupos afro-brasileiros absorvidos pelo sincretismo católico, mas sobretudo, pela avalanche do movimento neopentecostal dos anos 80 e 90, representados por religiões como a Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja Internacional da Graça de Deus, a Renascer em Cristo, a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, dentre outras.

É possível afirmar que o crescimento quantitativo e a grande fatia de fiéis arregimentados sobremaneira das religiões tradicionais, chamaram a atenção dos pesquisadores da religião para as igrejas evangélicas, sobretudo as pentecostais.

A demografia religiosa oferece alguns dados acerca da composição do campo religioso evidenciando grandes transformações que outrora eram apenas especulações. Além do mais, as pesquisas demonstram que esse movimento está ainda em curso e o cenário religioso apresentará novas configurações. Contudo, é fundamental apontar para outro viés das mudanças que são as significações doutrinárias que compõem o corpo de cada religião. Aqui emerge as relações, por vezes amistosas e por vezes agressivas, entre as agências do sagrado.

Nesse contexto, nós corremos o risco da prática do proselitismo religioso, que é o intento, zelo, diligência ou empenho de alguns grupos em converter uma ou várias pessoas a uma determinada causa, ideia ou religião. Nesse aspecto, muitas discussões têm sido travadas, gerando, quase sempre, um verdadeiro conflito espiritual.

Preocupam-se alguns pseudolíderes em fomentar em suas denominações
o sentimento de sectarismo exacerbado, impondo aos seus ouvintes as suas crenças e criticando outros segmentos da Espiritualidade, sejam eles esotéricos ou exotéricos. Alguns desses preletores despreparados teologicamente chegam a fazer afirmações levianas, atacando grupos da Tradição Primordial, de maneira irresponsável, como se fossem eles os “donos da verdade”.

É lamentável, quando isso ocorre, sem que a parte ofendida não tenha a chance de oferecer qualquer subsídio, visto que os ataques são feitos de forma monóloga. O agressor, desprovido de conhecimento da matéria abordada e de posse de um microfone, emite pareceres precipitados e promove o terror perante uma massa que não tem preparo algum para ouvir argumentos enfadonhos e outras “asneiras”, que deixam muito a desejar.

Na verdade, o orador que procede dessa maneira, comete um abuso sem medida, pois o ouvinte, em condição de desigualdade, tem que ouvir calado e assim, participar de um Festival de Besteiras. De quando em vez, isso ocorre, sem que possamos nos manifestar. Simplesmente, o nosso ponto de vista é ignorado e o “sujeito” com base nas informações distorcidas da Internet e de outros meios espúrios, fala pelos cotovelos, desrespeitando outros dogmas e formas de adoração que porventura possam marcar presença na reunião.

No mundo da proliferação religiosa, essa prática é normal em nossos dias. Sem dúvida, isso é proselitismo religioso. Relato aqui, com tristeza, fatos que presenciei há pouco tempo numa denominação conceituada, quando um jovem pretendia demonstrar a um pequeno grupo, alto grau de sapiência, atacando de forma veemente segmentos do hermetismo. No meu entender, errou o alvo, pois o público presente naquela noite não tinha o discernimento para entender os termos que ele copiou de livros e da Internet, sem conhecer a essência das doutrinas nominadas. Abaixo da crítica, o orador parece ter incorporado em sua fala conceitos de eras medievais. As pessoas apenas entendiam quando ele repetia palavras aterrorizadoras como “Satanismo”, “Lúcifer”, “Inferno” e outras de domínio público, num estilo muito antigo e sem qualquer cuidado em ferir sentimentos alheios, evitando constrangimentos. Foi infeliz em sua prédica, quando poderia ter adotado temas bíblicos de relevância. É lamentável, como em dias modernos, alguém ainda possa cometer tamanho deslize, em detrimento de um proselitismo ou quase fanatismo religioso, uma prática condenável pela sociedade moderna e evoluída.

A priori, ninguém é dono da razão final. A razão não se impõe pela propaganda, pelo monólogo do proselitismo.

Ponto de Equilíbrio

O exemplo está na água, que purifica,

sem discriminação, refresca também.

A água é o nosso ponto de equilíbrio,

como a virtude, que nos faz tanto bem.

Os homens até que podem desprezar

a virtude, que como água, é preciosa.

Ela se adapta, em silêncio, ao inferior,

ocupando o seu lugar, por ser ditosa.

Tranquilamente, ela vem se acomodar,

onde ninguém mais quer permanecer.

A virtude é como água, serve a todos,

sem nada exigir, dela todos vão beber.

Ela fica em casa, aliada e benevolente,

permanece na palavra, tem habilidade.

Boa-fé, ordem, no governo e negócios;

age sabiamente no sertão e na cidade.

Água e virtude, boas companheiras

Inatacáveis por sua ação produtiva.

Elas têm em si o poder purificador,

que regenera, mantendo a alma ativa.

(02.02.2008 - Jairo de Lima Alves)

 

 

CAPÍTULO XXIV

“SANTOS” E “ILUMINADOS”

 

“Aqueles que anseiam por realizar Deus e progredir em suas práticas devocionais, devem se cuidar particularmente contra as armadilhas da luxúria e da riqueza. Do contrário, nunca alcançarão a perfeição.” (Shri Ramakrishna Paramahamsa)

 

Apenas os Religiosos Católicos podem ser “Santos”? Esse é um questionamento natural no mundo da Espiritualidade, o que tem causado celeuma entre os religiosos de todas as organizações, quer sejam do Oriente ou do Ocidente. Muitos são os iluminados, que em muitos lugares, levam uma vida de santidade.

 

Não se pode, jamais, colocar dúvidas sobre a vida espiritual de quem quer que seja, nem tampouco deixar de considerar a santidade de Madre Teresa de Calcutá, de Frei Galvão, de Irmã Dulce e de tantas outras figuras do catolicismo romano. Sem qualquer sombra de dúvida, Irmã Dulce foi uma mulher devotada à causa social, sendo digna da admiração de todos nós.

O poeta Antônio Teodoro dos Santos, num de seus escritos, expressa: “… padre e freira viram santos e os outros, viram cães”. Não é por acaso que ele satiriza o assunto. Estamos acostumados a acompanhar os noticiários televisivos e noutros veículos sobre a matéria, que falam de canonizações e beatificações de personagens católicos. Disso surgem interrogações de outros grupos: os “santos “ estão apenas na religião católica? Abnegados pregadores evangélicos não seriam também “santos”? E o que dizer dos mestres espirituais e consagrados monges budistas do Oriente? E o Médium Chico Xavier não seria um desses milhares de iluminados da Espiritualidade?

Nada contra declinar o estado de santidade e de benevolência de um personagem católico, pois muitos na prática, experimentaram esse estágio místico-espiritual. Não há como negar que Francisco de Assis ou Agostinho tenham sido homens que andaram na presença de Deus.

No entanto, outras figuras proeminentes também desfrutaram da abundante graça de Deus, realizando obras monumentais, sem nunca terem sido participantes da Comunidade Católica. Martinho Lutero, John Wesley, Spencer Lewis, Senhora Ellen White, Gunnar Vingren, Ghandi e outros milhares de servos e avatares tiveram suas vidas dedicadas à Causa do Mestre.

Então, Irmã Dulce, da Bahia, e outros podem ser reverenciados, mas longe de pensarmos que apenas esses vultos católicos romanos seriam dignos desse tratamento. Naturalmente, eles dispensariam essas honrarias, como também os iluminados de outros segmentos jamais aceitariam que decretassem aqui o seu estado de Santidade.

A bem da verdade, no julgamento humano, pode estar havendo inversão de valores, visto que há um grande número de pessoas em todo o mundo, que atingindo um certo grau de iluminação, permanece no obscurantismo, embora o seu nome esteja escrito no Livro da Vida.

O Grande Eu Sou, que sonda todos os corações, saberá, no momento adequado, galardoar estes milhares de “Santos” e “Iluminados”, de todos os segmentos da Espiritualidade, em todos os cantos do mundo, sem questionar a que grupo eles tenham pertencido. O método, pelo qual Deus julga os seus filhos é muito diferente das regras impostas pelas organizações humanas. Um dia todos haveremos de comparecer perante o Grande Trono Branco, e assim, iremos constatar esta Verdade. Apenas os Religiosos Católicos podem ser “Santos”? Esse é um questionamento natural no mundo da Espiritualidade, o que tem causado celeuma entre os religiosos de todas as organizações, quer sejam do Oriente ou do Ocidente. Muitos são os iluminados, que em muitos lugares, levam uma vida de santidade.

Não se pode, jamais, colocar dúvidas sobre a vida espiritual de quem quer que seja, nem tampouco deixar de considerar a santidade de Madre Teresa de Calcutá, de Frei Galvão, de Irmã Dulce e de tantas outras figuras do catolicismo romano. Sem qualquer sombra de dúvida, Irmã Dulce foi uma mulher devotada à causa social, sendo digna da admiração de todos nós.

O poeta Antônio Teodoro dos Santos, num de seus escritos, expressa: “… padre e freira viram santos e os outros, viram cães”. Não é por acaso que ele satiriza o assunto. Estamos acostumados a acompanhar os noticiários televisivos e noutros veículos sobre a matéria, que falam de canonizações e beatificações de personagens católicos. Disso surgem interrogações de outros grupos: os “santos “ estão apenas na religião católica? Abnegados pregadores evangélicos não seriam também “santos”? E o que dizer dos mestres espirituais e consagrados monges budistas do Oriente? E o Médium Chico Xavier não seria um desses milhares de iluminados da Espiritualidade?

Nada contra declinar o estado de santidade e de benevolência de um personagem católico, pois muitos na prática, experimentaram esse estágio místico-espiritual. Não há como negar que Francisco de Assis ou Agostinho tenham sido homens que andaram na presença de Deus.

No entanto, outras figuras proeminentes também desfrutaram da abundante graça de Deus, realizando obras monumentais, sem nunca terem sido participantes da Comunidade Católica. Martinho Lutero, John Wesley, Spencer Lewis, Senhora Ellen White, Gunnar Vingren, Ghandi e outros milhares de servos e avatares tiveram suas vidas dedicadas à Causa do Mestre.

Então, Irmã Dulce, da Bahia, e outros podem ser reverenciados, mas longe de pensarmos que apenas esses vultos católicos romanos seriam dignos desse tratamento. Naturalmente, eles dispensariam essas honrarias, como também os iluminados de outros segmentos jamais aceitariam que decretassem aqui o seu estado de Santidade.

A bem da verdade, no julgamento humano, pode estar havendo inversão de valores, visto que há um grande número de pessoas em todo o mundo, que atingindo um certo grau de iluminação, permanece no obscurantismo, embora o seu nome esteja escrito no Livro da Vida.

O Grande Eu Sou, que sonda todos os corações, saberá, no momento adequado, galardoar estes milhares de “Santos” e “Iluminados”, de todos os segmentos da Espiritualidade, em todos os cantos do mundo, sem questionar a que grupo eles tenham pertencido. O método, pelo qual Deus julga os seus filhos é muito diferente das regras impostas pelas organizações humanas. Um dia todos haveremos de comparecer perante o Grande Trono Branco, e assim, iremos constatar esta Verdade.

 

CAPÍTULO XXV

MÍSTICOS DE DESTAQUE NAS RELIGIÕES


 

Um grande número de místicos  teve decisiva participação em movimentos religiosos de todo o mundo. Desnecessário é enumerá-los, mas alguns nomes podem ser lembrados, embora a literatura convencional sempre tem mantido o silêncio nesse particular, mesmo porque a Organização a que pertenciam ou pertencem não tem qualquer interesse em tornar público o envolvimento do Adepto em suas atividades. Caberia a cada um deles a revelação a quem quer que seja, a condição de membro de um Organismo Iniciático, que tenha o caráter de sociedade discreta.

Homens de negócio, políticos e religiosos de todos os tempos, muitas vezes, descumprindo regras impostas por superiores hierárquicos, foram grandes Iniciados. Sem obedecer uma ordem cronológica, algumas personalidades podem ser citadas, de acordo com os registros internos de conhecidas organizações místico-filosóficas, como é o caso da Ordem Rosacruz.

Na antiguidade, constam da lista: Tomás de Kempis, monge alemão, que escreveu o famoso livro “Imitação de Cristo”. O reformador protestante Martinho Lutero, reconhecidamente foi um Iniciado de primeira grandeza, bem como outras figuras que o sucederam, como John Wesley, fundador do Metodismo na Inglaterra.

No catolicismo romano, o Papa João XXIII foi influente místico , adotando em seu ministério princípios que revolucionaram o mundo católico de então. Recebia o Imperator Ralph Lewis no Vaticano, para meditação e o trato de questões humanistas. Devido à sua devoção e integral dedicação à mais pura Espiritualidade, ficou conhecido na história como o “Papa Bom”.

Não é pequeno o número de religiosos a seguir orientação místico-filosófica em suas trajetórias, seja como leigos ou mesmo com investidura em cargos eclesiásticos. Citar nomes seria “chover no molhado”, mesmo porque essa condição lhes é facultada, sem contudo, terem a obrigação de revelar a opção, evitando a retaliação entre os mais ignorantes.

Padres, bispos e pastores; médiuns espíritas e tantos outros dirigentes. Personalidades de todas as religiões organizadas no mundo inteiro engrossam as fileiras de Iniciados, e com a experiência, tornam-se melhores sacerdotes, porque passam a entender os grandes mistérios da vida, aplicando aos seus rebanhos as técnicas do autoconhecimento. Não é muito difícil perceber a condição de Adepto em alguns desses expoentes da esfera espiritual. Eles possuem características próprias e expressão adequada, que os tornam identificáveis. Zilda Arns, a missionária do bem, foi uma dessas dezenas de pessoas abnegadas, portadora de uma mensagem de paz para um mundo em conflito.

Aos buscadores sinceros, roga-se que observem a mensagem televisa de Silas Malafaia. Sinceramente, não é ele um evangelista diferente de tantos outros? Quem sabe, como Santo Agostinho, João XXIII e John Wesley, seja também um Iniciado às ciências herméticas, levando com coragem aos telespectadores, e também por meio das cruzadas que realiza, revelação do amor de Deus aos que se encontram famintos e sem esperança.

 

Dias de Tormento

Quem poderia imaginar muito tempo sem ver o sol?

Dias de tormento, onde a luz é obscura, sofrimento...

a prisão, onde ninguém pensa em liberdade alguma,

o filho, distante dos pais, não esconde o seu lamento.

Chega o dia de visita, aumenta a angústia na portaria,

a mãe quer ver o filho; e lamentando, a lágrima cai...

vêm os filhos e a mulher, com a esperança de vê-lo,

lá fora, enquanto anda a fila, lamentos e ais de um pai.

Ali, o tempo não passa; na prisão vive-se a eternidade,

a detenção faz refletir, enquanto a tristeza invade

o coração do prisioneiro, que aguarda uma sentença.

A visita vai embora; ele fica na solidão de uma grade.

Adeus, mamãe e papai; adeus, querida e meus filhos...

adeus, queridos amigos; voltem outra vez pra me ver!

Fico aqui nesta prisão, vou cumprir o meu destino.

Nenhum crime eu cometi, então por que vou sofrer?

A voz clama bem no fundo e os portões se fecham...

mais um dia de visita que está chegando ao fim!

Existe uma viva esperança de um alvará de soltura.

Dias de tormento numa cela, se vive assim...

(11.02.2008 – Jairo de Lima Alves)

 

CAPÍTULO XXVI

VOZ DO QUE CLAMA NO DESERTO

“Às vezes quer-se apenas o sossego de um lugar solitário. Mas já não se pode. Todos os covis e tocas, todos os infernos e paraísos, todos os lugares do mundo estão agora abertos a todos os homens.” (Alexandre Dale)

 

O último dos profetas, citado nas Escrituras Cristãs, é João Batista, a voz que clamava no deserto, anunciando as Boas Novas, como o precursor do Mestre Jesus. Recebeu ele a nobre incumbência de Deus para levar a mensagem divina a um povo sofrido, a quem batizava nas águas do Rio Jordão.

A história desse profeta é, em todos os aspectos, emocionante, e serve de exemplo ainda para os nossos dias. Ele levava ao povo uma mensagem singela, mas cheia de virtude e poder. A história desse profeta neotestamentário não tem o mesmo peso biográfico, ou o mesmo volume de informações que a de tantos outros personagens da Bíblia Cristã.

Os maiores relatos sobre esse arauto de Deus na Terra são altamente impactantes, no entanto pouquíssimos teólogos se arriscam a comentar a importância que teve ele na vida de milhares de pessoas de seus tempo, e nos primórdios do Cristianismo.

João era a voz que clamava no deserto. Pregava a mensagem do arrependimento e convidava as pessoas à restauração da vida, e que fossem batizadas em águas, como o símbolo maior de arrependimento. Havia sobre João a unção divina, e a ele coube a missão de preparar o caminho para a vinda do Messias. Ele endireitava as veredas para muita gente naqueles dias, enquanto se aproximava o momento em que o Filho de Deus pudesse nascer, para cumprir o seu Ministério.

O ministério de João Batista impactava tantas pessoas, que muitos saiam de cidades vizinhas, dirigindo-se ao local, onde anunciava as Boas Novas de Salvação. Cada palavra que ele pronunciava, era repleta de poder, ao ponto de multidões descerem às águas batismais.

Após a sua transição, em decorrência do episódio conhecido de todos, Jesus declarou aos seus discípulos que “dentre todos os nascidos de mulher, não há maior profeta do que João Batista.” João fez a sua parte, pregando no deserto e fazendo a vontade de Deus. A Bíblia diz claramente que ele se alimentava de gafanhotos e mel silvestre.

No estilo de vida que João escolheu para viver, deu ele um grande exemplo para todos nós. Ele viveu momentos difíceis, mas também teve momentos de glória, como é a nossa vida ainda hoje. Todos os homens de Deus experimentaram contradições, e com João Batista não foi diferente. Nós, de igual forma, enquanto aqui vivermos, teremos uma ingestão diária de coisas boas e ruins. Nem mesmo o Mestre Jesus escapou dessa dura realidade. Num momento, Ele estava nas águas do Rio Jordão; em outro, no deserto. Em algumas ocasiões, o Mestre era elogiado; em outras, era tentado e criticado.

Para concluir, reflitamos sobre a vida de João no deserto, comendo gafanhotos e mel. Na alimentação, ele equilibrava o alimento amargo com o sabor do mel. Nós também, seguindo o exemplo de João, vamos experimentar coisas amargas, mas teremos agradáveis momentos, e na doçura do mel, seremos alcançados pela graça divina.

 

CAPÍTULO XXVII

É POSSÍVEL ALCANÇARMOS A CONSCIÊNCIA CÓSMICA

 

“Muitos são os impuros no meio de impuros. Poucos vivem puros no meio de puros. Pouquíssimos conseguem viver puros no meio de impuros.” (Mahatma Gandhi)

 

Alcançar a Consciência Cósmica é permanecer com intensidade na Luz. Existem provas evidentes de alguém, que na busca incessante da Verdade, alcançou essa Consciência, passando a viver longe de interesses meramente materiais e invocando um nível de vida mais próximo da Santidade. Após um período mais ou menos longo de meditações na Presença de Deus, numa vida dedicada a ideais espirituais, o Homem cosmicamente Iluminado entraria num período mais ou menos prolongado de Paz Profunda. É como se fosse entrar em “transe”, esquecendo-se do mundo por completo.


É difícil entender esse processo, assim como não é fácil descrever como isso acontece na vida das pessoas que são alcançadas por essa maravilhosa graça. Não é pequena a lista de homens e mulheres que chegaram ao estado pleno da Consciência Cósmica.

Em todos os grupos religiosos, e até mesmo fora deles, muitos já tiveram a experiência, sem que pudessem definir o seu real significado. É sempre uma coisa inexplicável e repleta de mistérios que o mundo jamais pode compreender.

No Cenáculo, com cento e vinte pessoas, houve uma manifestação coletiva, onde o Espírito foi derramado, logo após a ascensão do Mestre. Esse ato sublime na Igreja Primitiva passou a ser conhecido como Pentecostes.

Ao longo da História da Humanidade, embora de forma obscura e muito particular, nos mosteiros, nos eremitérios, nas montanhas e em lugares apropriados, alguns viveram plenamente na Presença da Divindade.

Nos últimos cinco milênios começaram a surgir casos raros e esporádicos, via de regra entre os 35 e 42 anos de idade, de seres humanos que transcenderam a sua condição natural, atingindo o nível ideal de um ser iluminado, santo ou evoluído.

Essa condição, jamais se prende à questão meramente sectária ou religiosa, com vínculo obrigatório em grupos organizados. Estes seres humanos escolhidos por Deus fizeram parte de alguma organização, mas longe da prática do proselitismo. Foram eles benfeitores da Humanidade, dedicados a uma Causa Nobre, sem visar lucros em suas atividades.

Andar na Presença Divina é o Caminho Seguro para se chegar à Iluminação. Isso implica numa série de situações, onde a Criatura Humana, na busca do Desconhecido, faz descobertas que jamais poderia imaginar, não fosse a infinita bondade do Criador.

Dentre tantas personalidades conhecidas, e que desde os primórdios viveram inteiramente em Comunhão com a Inteligência Universal, podem ser citados alguns nomes, como: Abraão, Moisés, Akhenaton, profetas Elias, Isaías e Jeremias, apóstolos Paulo e João; Buda, Zoroastro, Lao-Tsé, Pitágoras, Platão, Confúcio; Jesus de Nazaré, Maomé, Allan Kardec, Leonardo Da Vinci, Isaac Newton, Martinho Lutero, John Wesley, H. Spencer Lewis, Raymond Bernard, Saint Germain, Walt Whitman, Gandhi, Albert Einstein, Osho; Louis Francescon, Gunnar Vingren, Lawrence Olson, Paulo Leivas Macalão, Juscelino Kubitschek de Oliveira, Francisco Cândido Xavier, José Pimentel de Carvalho, Nilson do Amaral Fanini, Santo Agostinho, Tomás de Kempis, Francisco de Assis, Masaharu Taniguchi, Dom Bosco, João XXIII, e provavelmente João Paulo II.

Mulheres de todos os tempos, de igual forma, atingiram a plenitude da graça, destacando-se, dentre tantas: Maria Mãe de Jesus, Joana Darc, Helena Blavatsky, Ellen G. White, Madre Teresa de Calcutá, Maria Aparecida Moura, Therezinha Marcier, Mãe Menininha, Irmã Dulce, e provavelmente, Zilda Arns.

A referência aqui a estes nomes é em virtude da popularidade de cada um que pôde usufruir dessa bênção extraordinária, mas no anonimato, existem os devotados, que no paraíso se encontram, após a ímpar experiência da Consciência Cósmica. Também, muitos outros, que ainda vivem neste sistema de coisas, na plenitude espiritual, como José Rodrigues, Vicente Velado, Christian Bernard, Charles Vega Parucker, Dalai-Lama Tenzin Gyatso, e provavelmente, Silas Malafaia.

O médico canadense Richard M Bucke, num trabalho de mais de setecentas páginas que interessa em muito a todos aqueles que trabalham ou de alguma forma se dedicam a temas como educação, evolução humana, humanismo e congêneres, defende a interessante tese de que estamos em processo evolutivo milenar, e assim, é possível que cheguemos à gloriosa Consciência Cósmica.

Quando, ao longo da vida, o místico começa a se aproximar da Iluminação, ele tem sensações incomuns, e na contemplação, em tudo sente paz na alma. Os pássaros se aproximam dele, a Natureza se revela mais bela, perde-se o interesse pela vida puramente material, o sexo já não é tão interessante. O desejo maior é sempre estar em meditação, em intimidade com Deus e nos contatos com os mestres.

Nunca é demais enfatizar que, embora os Templos religiosos e Iniciáticos estejam repletos de pessoas, poucos são os que alcançam este benefício. Não existe uma explicação lógica para o caso, pois isso confirma o que está escrito “… é para tantos quanto Deus, nosso Senhor, chamar.”

Esses Iluminados têm uma missão especial para cumprir na Terra, e possivelmente pode ser esta a causa principal da escolha recair sobre poucos, dentro de um Universo de milhões de seres humanos que habitam o Planeta.

 

CAPÍTULO XXVIII

O DOMÍNIO DA VIDA

 “Nunca ninguém vai atrair prosperidade focando na falta ou na carência ou se sentindo pobre. Isso vai contra a lei.” (Luciano Ramos)

 O Domínio da Vida constitui-se em viver não sob controle, mas no controle, com destino definido e propósito estabelecido, e não mais como uma nau ao sabor dos ventos e das borrascas. Aquele que assim vive é não só o agente da Alquimia Rosacruz em vários planos mas também o seu paciente, igualmente em vários planos de compreensão e tendo o controle desse processo. Aquele que obteve o Domínio da Vida pode, entre várias coisas, decidir se reencarna como a continuação de uma linha de pensamento específica, inclusive definindo como será a sua nova personalidade, para a consecução de uma meta. Como também pode decidir ir para a Vida Eterna. Quando se pensa que a quase absoluta maioria da Humanidade ao fim da vida terrestre será simplesmente reciclada no cadinho do Nada Absoluto, sem que cada unidade de manifestação do Ser possa decidir seu destino com autonomia, tem-se a medida da importância dos Estudos Rosacruzes desenvolvidos e organizados pelo Mestre Alden. Através desses estudos o homem, sem perder a condição de abelha da colméia, torna-se simultaneamente a consciência coletiva dela. Akhenaton, através da Escola Os Iluminados, uma escola secreta de 39 membros, se reunia no dia egípcio da semana equivalente à quinta-feira. É esta a razão principal de ser esse dia denominado de “Dia Rosacruz”.

Assim como a Maçonaria se intitula uma sociedade secreta, assim também são os Rosacruzes (Atualmente, são consideradas Sociedades Discretas). No século 18, deu-se o título de Rosa-Cruz a todas as entidades que afirmam ter relações secretas com o mundo invisível. Da mesma forma como a Maçonaria nega sua condição de entidade religiosa, assim o fazem os Rosacruzes. Pode-se afirmar, entretanto, que o Rosacrucianismo é um tipo de sociedade religiosa eclética ou sincrética, pois admite em seu quadro associativo pessoas de todas as religiões. Tem seu Templo, e a sua loja do lar, chamado Sanctum. Tem seus sinais de reconhecimento, tem palavras de passe e apertos de mão, tem também diversos graus, com cerimônias especiais, as iniciações, para a entrada nesses graus. O trabalho Rosacruz se torna uma religião para alguns de seus membros. Exemplo disso é o atual Imperator, Christian Bernard, que adota a Rosa-Cruz como sua Religião. Isto é verdade desde que com isto não se queira dizer que a Ordem se transforme em Igreja. Aos rosacruzes pede-se que frequentem as suas respectivas igrejas, e que cooperem no bom trabalho que estão realizando; ao mesmo tempo, porém, os ensinamentos podem se tornar a religião de uma pessoa, seja ela metodista, presbiteriana, protestante episcopal, católica romana ou de qualquer outra crença. O místico é sempre um sincero estudante de teologia básica. Todavia, além de associar-se a igrejas sectárias a fim de auxiliá-las na importante obra que estão realizando, o Rosacruz é liberal, é tolerante em sua religião e vê Deus em tudo e em cada uma de suas Criaturas. Se para o estudante, os ensinamentos rosacruzes tiverem se tornado sua religião, deixe que eles permaneçam assim, como coisa pessoal, apenas sua, e não permita que um gesto ou uma palavra de sua parte possa sugerir a alguém que prefere permanecer afastado das igrejas devido aos seus estudos rosacruzes. É importante afirmar que o Adepto da Fraternidade Rosacruz é muito mais dedicado a ela do que à denominação religiosa ou similar, quando este possui mais de uma filiação, visto que a instrução que normalmente recebe é completa e insubstituível em todos os sentidos.

 Segundo as declarações de Harvey Spencer Lewis, a Ordem Rosacruz funciona por ciclos de atividade de 108 anos, seguidos de um período inativo de igual duração. Segundo este cálculo tradicional, a Ordem Rosacruz AMORC deverá fechar suas atividades no ano 2017, tendo em conta 1909 como ano em que teve início o ciclo atual. No entanto, à medida que a data acerca-se, as autoridades de AMORC têm tentado subestimar o ciclo, afirmando que na atualidade não há mais necessidade de trabalhar com os ditos períodos de silêncio.

Para Falar de Amor

Falar de amor é sublime, é divino;
é fechar os olhos e desejar mais;
é arrancar gritos de emoção
diante de quem se ama, os ais.

Falar de amor é ter sonhos,
crendo na vida e na realização;
sorvendo a luz do sol com alegria,
ouvindo as batidas do coração.

Falar de amor é cantar poesia,
sem nada dizer, apenas sentir;
respirar suavemente o perfume,
vendo as nuvens, para refletir.

Falar de amor é cultivar a vida,
tocar no orvalho, ao amanhecer;
caminhar na chuva, com o frescor
que a natureza nos deixa viver.

Falar de amor é sentir a energia
do Universo, de todo o infinito;
crer na beleza que tanto inspira.
Falar de amor, é soltar o grito!

(03.02.2008- Jairo de Lima Alves)

 

CAPÍTULO XXIX

ESTARIA EU PRONTO PARA A VIAGEM?

“Não chore nas despedidas, pois elas constituem formalidades obrigatórias para que se possa viver uma das mais singulares emoções da vida: o reencontro.” (Richard Bach)

 

Há momento de dúvidas e de complexidade que a gente não consegue entender bem. A busca prossegue em rItmo normal, onde os exageros são evitados. Começo observar as coisas ao meu derredor e sinto que as pessoas estão se distanciando da Presença de Deus, embora estejam frequentando templos religiosos. Os jovens se afundam nas drogas e não estão mais crendo no Criador. As crianças não recebem educação no berço, enquanto os pais se desesperam. As igrejas não conseguem dar um ensino de qualidade aos adeptos, razão de tanto desânimo e falta de fé. Os dirigentes estão muito mais preocupados em ganhar dinheiro do que pastorear o rebanho faminto. Existe um grande vazio na vida das pessoas, mesmo daqueles que estão buscando guarida na religião.

Em decorrência da situação solitária no mundo moderno, surge a pergunta em muitos corações: “Estaria eu pronto para a viagem? Sim, porque todos nós estamos nos preparando para uma viagem ao Infinito. Pensando assim, muitos ficam ansiosos e até angustiados, porque não estão encontrando o caminho para uma vida melhor. Ou melhor: não está havendo, para a maioria das pessoas, um encontro com o seu mestre pessoal, um encontro consigo mesmo. É preciso, nem que isso nos custe um sacrifício, a crença no Deus de nosso coração, o Pai da Eternidade.

A confusão religiosa tomou conta de todo mundo e a perplexidade anda à solta, porque a religião organizada não está dando conta para convencer as pessoas sobre a necessidade de uma busca espiritual, nos moldes como o Mestre Jesus ensinou durante o seu Ministério entre os pecadores. A mensagem dEle era pura, sem rodeios e repleta de sabedoria. Ele compreendia os homens, não condenava ninguém e aplicava a sua Justiça com retidão. A Verdade estava nEle e os seus contemporâneos ouviam atenciosamente a sua Voz. Muitos Avatares que o antecederam também invocavam um Deus Justo e Verdadeiro, sem qualquer sentimento de ódio. Todos apontavam o Caminho da Paz, sem o qual não pode haver a Verdadeira Felicidade.

Para onde iremos nós? As gerações cruzaram muitos caminhos, sempre com a esperança de herdar a Vida Eterna. Também nós pensamos assim e trabalhamos para conquistar um futuro melhor na Eternidade com Deus. Mas a dúvida páira em muitas vidas, porque deixaram de crer em Deus, para acreditar em guias cegos. Desesperançados, estão deixando de exercer a fé e praticar as boas obras. É um perigo o que estamos vendo, pois a falta de fé gera insatisfação no ser humano, que passa a ser infeliz.

Então, diante desta premissa, é hora de se buscar em Deus, e somente nEle, a Paz e a Harmonia, que junto com a Fé e as Boas Obras, nos eleva às Alturas na doce Contemplação das Hostes Celestiais, onde em breve teremos o descanso eterno. Só Deus pode nos dar a compreensão de sua Grande Obra, que é superior ao mercantilismo da religião e de seus idealizadores.

Quando estivermos em plena Consciência, sintonizados com a Consciência Universal e livres de toda a ignorância que grassa no mundo, podemos exclamar: agora, sim, estou pronto para a Viagem que me levará ao Lar Celestial, que Jesus já preparou para todos os que crêem em seu Nome e praticam as Boas Obras.

 

CAPÍTULO XXX

A HORA DO ADEUS
“A despedida é um momento de tristeza , em que corações se preparam para viver uma saudade.” (Vinícius Queiroz)

 

Para escrever um artigo é preciso antes ter um tema em mente. É assim que surgem as peças teatrais, as letras de música, os poemas, os livros e também os artigos que são publicados todos os dias nas revistas, nos jornais e nos canais da Internet.

A Hora do Adeus é um assunto pertinente, eis que todos nós, em determinado tempo, não escapamos da dura realidade de dar um adeus a alguém. Numa manhã de domingo, enquanto ouvia Mato Grosso e Mathias no Programa Viola minha Viola, de Inezita Barroso, veio a inspiração para relembrar alguns fatos que se encaixam muito bem, no contexto da letra de música que continua um sucesso nas vozes da dupla sertaneja. A estrofe inicial é assim: “Na hora do adeus, você olhou pra mim/e não acreditou, ao ver chegar o fim/tentou me seduzir,/chorando me agarrou/teu corpo ofereceu,/ pediu e suplicou/e perguntou,/Por que?/Mas eu não respondi/só pra não te ofender,/disse adeus e sai…”

No entanto, aproveitando apenas o título, vou divagar um pouco, abordando outros aspectos de “A Hora do Adeus”, num sentido mais místico da expressão, com o fim de prestar homenagem póstuma e lembrar tantas outras figuras que já estão noutros planos, e que, para nós, ficaram as boas recordações.

Não poderia esquecer meu ídolo maior – meu genitor -, que no dia 9 de janeiro de 1997, quando completava 78 primaveras, quis o Criador levá-lo. Isso faz 16 anos, mas a sua fisionomia não sai de minha imaginação. Ele gostava de viola e de Tião Carreiro, e para consolá-lo no leito, oferecia-lhe alguns acordes do jeito que sabia fazer em minha viola caipira. Ele agradecia, embora não pudesse falar. Lembro-me com saudade dele na cama, enquanto a minha dedicada esposa o atendia com carinho. Quase inerte, recebia do neto Castro Alves a higienização necessária. Assim também foram os últimos dias de minha mãe, que acometida por um câncer, sofreu muito até que, o Grande Cósmico a recolheu no dia 9 de abril de 1988, quando ela tinha 78 anos de idade. Para os dois chegou a Hora do Adeus, como tem sido para muitas pessoas em todos os tempos e lugares.

O velório de entes queridos para muitos representa o fim. Poderia afirmar sem qualquer medo de errar que a chamada morte não é o fim, mas uma transição para a verdadeira vida. Só os ignorantes ou os desesperançados dão o último adeus aos que fecham os olhos para este mundo. Felizmente é a minoria que vive neste dilema, mas a maioria crê da Vida Eterna, embora sem o devido conhecimento.

Milhares de livros e artigos foram escritos em todo o Planeta tratando do Mistério da Vida e da Morte, no entanto, milhões de pessoas ainda vivem no obscurantismo, e nem mesmo se esforçam para entender melhor o processo metafísico que envolve toda a Humanidade, independentemente de conceitos religiosos ou filosóficos.

O que aqui se coloca tem o objetivo de elucidar algumas dúvidas que pairam nas mentes e corações diante das célebres perguntas: de onde viemos e para onde vamos? Não é necessário que perguntas como estas sejam respondidas. Necessário é que cada Ser Humano possa se transformar num Buscador Perspicaz, para que, vivenciando as grandes experiências do Homem Superior, consiga sair da ignorância e viver uma Nova Vida com muito mais esperança e felicidade.

Os Construtores do Universo estão em estágios avançados que a mente humana é incapaz de vislumbrar. Dentre tantos Seres Iluminados, muitas são as luzes que ainda brilham entre nós, e nos orientam e nos dão coragem e nos dão inteligência. Estes Seres parecem imperceptíveis, mas podem nos ajudar em tarefas que ainda estão inacabadas. É certo que alguns são infrutuosos, seguindo as mesmas regras do homem natural. Mas os evoluídos continuam produzindo os melhores frutos, para que todos os humanos possam ter uma Vida Melhor e mais Feliz.

É assim, sem qualquer exagero, e perseguindo a ótica da Evolução Humana, que as Novas Gerações vão descobrindo as Fontes da Sabedoria, com a percepção das coisas de maneira mais objetiva, e neste patamar, seguem no Caminho da Luz, até que cheguem na Plenitude da Vida estando preparadas para a Hora do Adeus.

Despertai

Existem enigmas entre o céu e a terra

que o homem jamais pode decifrar.

Uma escalada para no alto chegar

Existe íngreme subida... topo da serra.

Para se chegar no alto do penhasco

é preciso que se avance muito à frente,

suportando o cansaço, bem sorridente,

como numa visita feita a Damasco.

Despertai, pois, do profundo sono,

nem que tenhais que voltar atrás.

Redimindo a alma, adquire-se paz;

encontrando-a, saireis do abandono.

É tempo de despertar para a vida...

nuvens passam depressa, despertai!

O vento sopra, o pensamento vai.

Despertai, pois, essa é a saída...

(11.01.2008 – Jairo de Lima Alves)

 

ESPIRITUALISTAS (digna da abertura de um capítulo, em página ímpar)

 

Dentre milhares de mentes iluminadas de todos os tempos e em todo o mundo, o autor optou por homenagear quinze personalidades, que de uma forma ou de outra, contribuíram para a evolução da Humanidade. Naturalmente, ficaram de fora figuras proeminentes da filosofia, da ciência e da religião, todos aqueles que, movidos por uma força espiritual, fizeram parte da Grande Obra. Não tem problema, porque as suas realizações através dos séculos estão registradas na História dos Povos, e muitas delas integram os Registros Acásicos.

 

PERSONALIDADES (a seguir, numa página par)

 

# Ellen G. White (1827-1915)

Profetisa Adventista

#  Joseph Smith (1805-1844)

Primeiro Presidente dos Mórmons

# Charles Taze Russell (1852-1916)

Protagonista das Testemunhas de Jeová

# Louis Francescon (1856-1964)

Co-participante da Missão de Fé Apostólica

e líder da Congregação Cristã no Brasil

# Gunnar Adolf Vingren (1879-1933)

Pioneiro do Movimento Pentecostal no Brasil

# Alziro Zarur (1914-1979)

Fundador da Legião da Boa Vontade, LBV

# Masaharu Taniguchi (1893-1985)

Fundador da Seicho-No-Iê

# Francisco Cândido Xavier (1910-2002)

Médium e líder da Ciência Espírita no Brasil

# Louis-Claude De Saint Martin (1743-1803)

Fundador do Martinismo Crsitão

# Harvey Spencer Lewis (1883-1939)

Imperator da Ordem Rosacruz

# Lauro Nina Sodré e Silva (1858-1944)

Fundador do Rito Brasileiro - resposta ao apelo

do Cavaleiro Rosa-Cruz/GOB

# Mahatma Gandhi (1869-1948)

Idealista Indiano; 

# Juscelino Kubitschek de Oliveira (1902-1976)

Místico e Estadista Brasileiro

# Zilda Arns Neumann (1934-2010)

Sanitarista Benfeitora

# João Paulo II (1920-2005)

Chefe da Igreja Católica Apostólica Romana

 

Obs. As biografias a seguir devem ter fotos.

 

ELLEN WHITE

 

Ellen G. Harmon nasceu em Gorham, Maine, dia 26 de novembro de 1827 na família de Roberto e Eunice Harmon. Ela, junto com sua irmã gêmea Elizabeth, eram as mais jovens de um grupo de oito irmãos. Logo no começo de sua adolescência, Ellen e a sua família aceitaram as interpretações bíblicas de um fazendeiro que se tornou pregador Batista: Guillerme Miller. Em dezembro de 1844, Deus dá a Ellen sua primeira de quase 2.000 visões e sonhos. Em agosto, 1846, casou-se com Tiago White, um ministro adventista de 25 anos com quem compartilhou a convicção de que Deus a tinha chamado para que fizesse a obra de uma profetisa. Ellen White foi uma escritora promissora. Começando em 1851, quando publicou seu primeiro livro, um volume de artigos. Também publicou livros sobre educação, saúde e outros temas de especial importância para a Igreja. Os livros de Ellen White continuam até o presente momento ajudando às pessoas a encontrar seu Salvador, a compartilhar esta bênção com outros, e a viver na esperança da promessa divina. Ellen White se converteu numa oradora pública muito popular, não só nos Estados Unidos, mas também na Europa e Austrália. Demandava-se sua presença não só em reuniões adventistas, senão em audiências não-adventistas, onde apreciavam muito seus temas sobre temperança. Em Battle Creek assistia a leilões, comprava móveis usados e os guardava; então se a casa de alguém se incendiava ou qualquer outra calamidade afetava uma família, estava preparada para ajudar. Antes que a igreja implementasse um plano de aposentadoria, se ela soubesse de algum ministro ancião que estava com problemas financeiros, enviava-lhe um pouco de dinheiro para ajudá-lo a enfrentar suas necessidades mais urgentes. Ellen White morreu no dia 16 de julho de 1915.

 

 

JOSEPH SMITH

Joseph Smith nasceu em Sharon, a 23 de Dezembro de 1805 e morreu em  Carthage no dia 27 de junho de 1844.  Foi um religioso, empreendedor e político norte-americano, fundador do Movimento dos Santos dos Últimos Dias - conhecido como Mormonismo - e uma importante figura pública do leste do país. Era conhecido por seus seguidores como profeta, vidente e revelador da parte de Deus.  Durante a maior parte da década de 1830, Joseph Smith viveu em Kirtland, Ohio, com grande parte de seus seguidores. Ele também enviou missionários mórmons para o Missouri, na tentativa de estabelecer uma "cidade de Sião", uma Nova Jerusalém bíblica. No entanto, os planos de Smith para criar a Cidade de Sião foram repetidamente frustrados. Ainda em Ohio, Smith iniciou a construção do Templo de Kirtland, que se tornaria o primeiro templo mórmon. Em 1839, Joseph Smith e seus seguidores se estabeleceram em Illinois, onde fundaram a cidade de Nauvoo, na parte oeste do estado.  Smith tornou-se o segundo prefeito de Nauvoo e, consequentemente, comandante da Legião de Nauvoo, uma milícia paramilitar da reserva do exército com papéis mistos de polícia e força armada, formada praticamente por membros do Movimento dos Santos dos Últimos Dias. Em 1844, Smith foi candidato a Presidente dos Estados Unidos, tentando, com isso, minimizar a perseguição aos membros de sua igreja, mas foi morto, juntamente com seu irmão, Hyrum, dias antes das eleições, quando uma multidão anti-mórmon invadiu a Cadeia de Carthage, onde ele se encontrava encarcerado.

 

CHARLES TAZE RUSSELL

Charles Taze Russell  nasceu em Allegheny a 16 de fevereiro de 1852  e morreu em Pampa no dia 31 de outubro de 1916). Estudante da Bíblia, juntamente com um grupo de estudiosos organizou uma associação chamada "Estudantes Internacionais da Bíblia" Desde 1931 é  chamadas de Testemunhas de Jeová. Em fevereiro de 1881, foi co-fundador da Sociedade Torre de Vigia de Sião e seu secretário-tesoureiro. Era então o presidente da Sociedade Torre de Vigia, William H. Conley. A 15 de Dezembro de 1884, obtêm personalidade jurídica, e Charles Russell torna-se seu presidente. Charles, era o segundo de cinco filhos, apenas duas sobreviveram até a idade adulta. A mãe de Charles faleceu a 25 de Janeiro de 1861, quando ele tinha apenas nove anos, mas, desde a tenra idade, Charles foi influenciado pelos seus pais que tinham fortes inclinações religiosas. Com onze anos, Charles passou a ser sócio comercial do pai, o próprio rapazinho escrevendo os artigos do acordo sob o qual operava a empresa deles. Com quinze anos, estava associado ao pai numa crescente rede de lojas de roupas masculinas. Em 1869, Charles Taze Russell assiste a uma reunião da Igreja Cristã do Advento, onde estava ensinando o Pastor Jonas Wendell. A fé de Russell na Bíblia é restabelecida e conclui que vivia próximo do "tempo do fim". Porém, ele não se tornou um seguidor do movimento "Segundo Adventismo" nesse tempo e nem em qualquer altura posterior. Quase imediatamente Russell, seu pai e mais outros, formam um pequeno grupo de estudo da Bíblia em Allegheny, Pensilvânia, que haveria de evoluir gradualmente até se tornar nesse novo movimento religioso.

 

LOUIS FRANCESCON

Louis Fracescon nasceu na Itália em 29 de março de 1866 e veio dez vezes ao Brasil, entre 1910 e 1948. Após cumprir a sua missão, faleceu na cidade de Oak Park, Illinois, U.S.A, no dia 7 de setembro de 1964. Segundo ele próprio, a Igreja no Brasil possuía 815 casas de oração em 1951, sendo 217 de sua propriedade. Até esta época, o número de membros era de 74.775 pessoas. A administração da Obra está em São Paulo, de onde surgem anualmente, por meio de convenções, os Ensinamentos para todo o País e outros lugares do mundo que professam a mesma fé. Louis Francescon tinha o hábito de escrever, anotando os principais episódios de sua vida ministerial, a exemplo de suas cartas de março de 1942 e de junho de 1952. Deu início nos Estados Unidos à Assembleia Cristã de Chicago e depois, com a esposa Rosina Balzano participou da Missão de Fé Apostólica, ao lado de William Durham, renomado pregador pentecostal, que atuava na W. North, 943. No ano de 1910, com Giacomo Lombardi, fundou a Assembleia Cristã Argentina. Vindo ao Brasil, Francescon fez o batismo em água das primeiras onze pessoas, em Santo Antônio da Platina, Estado do Paraná. Em São Paulo, no Brás, a nova denominação passou a chamar-se Congregação Cristã no Brasil. Alguns estudiosos da Religião afirmam que Louis Francescon findou seus dias servindo a Deus numa denominação independente dos Estados Unidos por nome Christian Congregation Church.

 

GUNNAR VINGREN

Gunnar Vingren  nasceu em Östra Harg, Östergötland, 8 de agosto de 1879 e morreu também na Suécia no dia  29 de junho de 1933. Foi um missionário evangelista pentecostal sueco, tendo atuado no início do século XX na Amazônia e Nordeste brasileiro. De seu trabalho surgiram as Assembleia de Deus no Brasil. Imigrou aos Estados Unidos onde se formou em estudos pastorais pelo Seminário Teológico Sueco de Chicago. Ministrou algumas igrejas batistas escandinavas e decidiu seguir sua vocação missionária. Veio para o Brasil com Daniel Berg no final de 1910, estabelecendo-se em Belém do Pará. Estudou português e propagou a doutrina pentecostal de maneira intrépida, inicialmente entre batistas em Belém e depois entre ribeirinhos da amazônia e no nordeste brasileiro. Na década de 1920 mudou-se para o sul a fim de ampliar sua atividade missionária. Trabalhou na organização da nascente Assembleias de Deus, que antes era chamada de Missão de Fé Apostólica. Realizou uma grande Obra por meio de publicações, uma novidade na época. Criou a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, além de ter compilado o próprio hinário, a Harpa Cristã, utilizado até os dias atuais por inúmeras denominações cristãs. Em uma viagem à Suécia conheceu Frida Vingren, com quem se casou e teve seis filhos. Gunnar Vingren possuía uma saúde muito  frágil,  e retornando à sua Terra Natal, entrou para a Eternidade, com a consciência do dever cumprido

 

ALZIRO ZARUR

Alziro Abrahão Elias David Zarur nasceu no Rio de Janeiro a 25 de dezembro de 1914 e faleceu na mesma cidade no dia 21 de outubro de 1979), tendo sido  jornalista, radialista, poeta e escritor, além de fundador e primeiro presidente da Legião da Boa Vontade. Filho de imigrantes árabes, foi aluno brilhante do Colégio Dom Pedro II e já nesse tempo demonstrava seu pendor para o jornalismo e para a liderança: depois de escrever em todos os órgãos do colégio, fundou o próprio jornal “O Atalaia” e foi chamado para dirigir o órgão oficial, Boletim do Colégio Pedro II. Tendo sido criado por sua avó no Catolicismo Romano e frequentado diversos círculos religiosos - templos protestantes, centros espíritas, sociedades positivistas, dentre outras - Zarur afastou-se dos círculos sociais durante 1 ano, entre 1948 e 1949, vivenciando um "exílio espiritual" para planejar, em pormenores, a Obra que viria a fundar. Em 1950,  com o objetivo de promover o diálogo interreligioso e contribuir para o desenvolvimento solidário por meio de ações nas áreas social, educacional, cultural e filosófica. Zarur iniciou a Cruzada de Religiões Irmanadas, em prol da união das crenças, na busca pela paz. Teve adesão de diversos padres, pastores, líderes espíritas e lideranças de outros segmentos doutrinários. Na Rádio Mundial, de 1956 à 1966, divulgou toda a Bíblia Sagrada, de meia em meia hora, durante as 24 horas do dia, fato único em todo o mundo. também fundou a Agência Paz Promoções, que passou a ser responsável pelos lançamentos literários da LBV. Em 1976, Alziro Zarur sagrou-se campeão mundial de permanência no ar, com a impressionante marca de 33 mil audições.

 

MASAHARU TANIGUCHI

O Japão em 1º de setembro de 1923 era ainda agrícola e mal entrara na fase de industrialização. Poucos minutos de abalos, 680 mil casas incendiadas, 90 mil mortos, 100 mil feridos e prejuízo de 345,1 bilhões de Ienes, dados do governo japonês. Entre os sobreviventes, um homem recém-chegado na capital escapou com apenas a roupa do corpo. Anos depois, através de publicações de seus ensinamentos, pessoas mudariam suas vidas, alcançariam curas, arranjariam emprego e solução para seus problemas. Era Masaharu Taniguchi, um jovem que teve infância pobre, foi criado pelo tio de maneira severa, tinha comportamento introspectivo e era dado à leitura de filosofia e religião. Naquele momento não conseguia compreender os propósitos de Deus ao sacrificar tantos inocentes. Maldizendo a sociedade, entregou-se ao desprezo, teve amantes, contraiu tuberculose, doenças venéreas e uma insônia perseguidora. De um cenário de tragédia, conflitos existenciais e revolta, pela meditação, Masaharu Taniguchi teria uma revelação e criaria uma das crenças mais otimistas do oriente: a Seicho-no-Iê. Seicho-no-Iê significa "Lar do Progredir Infinito".  Os seguidores se orientam pela principal Obra do Mestre, A verdade da Vida com 44 volumes, que tratam de problemas que ocorrem em função das atitudes mentais. Todos os dias, meditam uma síntese das "verdades", a Sutra sagrada ou Néctar da Verdade e o Shinsokan, oração meditativa para conexão com a Divindade.

 

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Francisco de Paula Cândido Xavier], mais conhecido como Chico Xavier nasceu em Pedro Leopoldo a 2 de abril de 1910 e desencarnou em Uberaba no dia 30 de junho de 2002. Foi médium e um dos mais importantes divulgadores do espiritismo no Brasil. O seu nome de batismo Francisco de Paula Cândido, em homenagem ao santo do dia de seu nascimento, foi substituído pelo nome paterno de Francisco Cândido Xavier logo que psicografou os primeiros livros, mudança oficializada em abril de 1966, quando chegou da sua segunda viagem aos Estados Unidos. Nascido no seio de uma família humilde, era filho de João Cândido Xavier, um vendedor de bilhetes de loteria, e de Maria João de Deus, uma dona de casa católica. Segundo biógrafos, a mediunidade de Chico teria se manifestado pela primeira vez aos quatro anos de idade, quando ele respondeu ao pai sobre ciências, durante conversa com uma senhora sobre gravidez. Ele dizia ver e ouvir os espíritos e conversava com eles. Chico Xavier deixou uma vasta Obra Literária composta de 412 livros, totalmente doada para instituições de caridade.

 

LOUIS CLAUDE De SAINT-MARTIN

Louis Claude de Saint-Martin nasceu em Amboise, França  no dia 18 de janeiro de 1743 e entrou em transição a  13 de Outubro de 1803. Foi um filósofo e místico francês, tendo sido discípulo de Martinez de Pasqually e Jacob Boehme. Advogado, deixou de lado a jurisprudência e ao lado de Jean Baptiste Willermoz, lançou a base do Martinismo. Influenciou diversos ocultistas franceses, especialmente Eliphas Levi, Stanislas de Guaita e Papus. Sua mãe faleceu pouco após seu nascimento, e Saint-Martin foi criado por seu pai e por sua madrasta, de quem sempre guardou profundo carinho. Antes de ingressar na faculdade, já tinha tomado conhecimento com obras ocultistas e filosóficas, sendo muito influenciado por Blaise Pascal. Após cursar Direito, estudou também destacados filósofos modernos, como Voltaire, Rousseau, Montesquieu.  Conhece Jean Baptiste Willermoz, que viria a ser seu amigo por muitos anos. Juntos, após a morte de Martinez de Pasqually em São Domingos, em 1774, iniciam de forma individual uma nova forma de misticismo cristão, sendo que Saint-Martin se influencia também pelos escritos de Jacob Boehme, de quem havia tomado conhecimento através de Rodolphe de Salzmann, em meados de 1788. Escreveu diversos livros, sob o pseudônimo de Filósofo Desconhecido e influenciou diversos nobres franceses e europeus, criando uma sociedade iniciática, conhecida como Sociedade dos Filósofos Desconhecidos.

 

H. SPENCER LEWIS

Harvey Spencer Lewis, S.·.I.·., 33°66°95°, Ph.D. nasceu em 25 de novembro de 1883 e fez a sua transição no dia 2 de agosto de 1939. Foi famoso Rosacruz, autor, ocultista, e místico. Codificou nos Estados Unidos a AMORC  - Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis ), tendo sido o seu primeiro Imperator, de 1915 à 1939. Seus pais dedicavam-se, na época à educação, de modo que ele recebeu boa instrução. Trabalhou como publicitário e ilustrador, e utilizou a experiência nessa área para mais tarde promover a AMORC no seu primórdio, através de impressos e livretos. Seus primeiros aprendizados foram relacionados pelos seu interesse em fenômenos paranormais. Convidado para viajar à Europa a convite de um ramo da ordem na França, logo se relacionou com os rosacruzes europeus e no final de sua viagem foi Iniciado na Ordem em Toulouse, por Emile Dantinne, também conhecido como Sar Hieronymus. Foi lhe dada a missão de levar o ideal Rosacruz à América (um grupo havia primordialmente feito um assentamento na pensilvânia, no início do século XVII), além de promover a modernização dos seus ensinamentos. Lewis estabaleceu a AMORC, tornou-se seu primeiro Imperator e escreveu o que viria a ser o canôn dos ensinamentos místicos da Ordem, em forma de Monografias.  Lewis também fundou o Museu Egípcio Rosacruz, ainda popular atração em San Jose, Califórnia. Foi casado duas vezes. Sua segunda esposa foi Martha, com quem se casou em 1937. Juntamente com ela, Lewis viajou ao Egito durante a Grand Tour da AMORC para o Egito.

LAURO SODRÉ

Lauro Nina Sodré e Silva nasceu em Belém a 17 de outubro de 1858 e morreu no  no dia , 16 de junho de 1944. Foi militar, político e líder republicano brasileiro. Seus primeiros estudos foram no Colégio Estadual Paes de Carvalho  “Liceu Paraense”, seguindo depois a carreira de engenheiro militar, no curso da Escola da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, onde ingressou em janeiro de 1877 e teve como mestre o republicano e maçom Benjamim Constant, o que o levou — como a tantos outros jovens oficiais e cadetes — a abraçar a causa da República e a doutrina positivista de Comte. Foi aluno brilhante — conseguiu distinção máxima em todos os anos — e oficial republicano destemido. Quando da campanha republicana, apesar de vigiado pelos espiões da monarquia, sempre terminava os seus discursos, com invulgar desassombro, dizendo estas palavras: “quem fez este discurso foi o tenente Lauro Sodré”. Iniciado em 1 de agosto de 1888, na Loja Harmonia, de Belém, fundada em 1856, pelo famoso padre Eutíquio Ferreira da Rocha, tornou-se grão-mestre do Grande Oriente do Brasil em 1904, sendo reeleito em 1907, 1910, 1913 e 1916, não completando o último mandato, por ter sido eleito governador do Pará. Foi o fundador do Rito Brasileiro, na Maçonaria.

 

MAHATMA GANDHI


Mohandas Karamchand Gandhi nasceu no dia 2 de Outubro de 1869 em Kathiawar, estado de Porbunder, na Índia.  Líder pacifista da humanidade e principal personalidade da independência de seu país, dizia: "Só podemos vencer o adversário com o amor, nunca com o ódio." A não-violência nunca deve ser usada como um escudo para a covardia.  Mahatma Gandhi, em 1883, com apenas treze anos, contraiu matrimônio com a Sra. Kasturbai Makanji, que também contava com treze anos de idade. Formou-se em direito em Londres e, em 1891, voltou para a Índia a fim de praticar a advocacia. Dois anos depois, vai para a África do Sul, também colônia britânica, onde inicia o movimento pacifista, lutando pelos direitos dos hindus. Volta à Índia em 1914 e difunde seu movimento, cujo método principal é a resistência passiva. Em 1922, organiza uma greve contra o aumento de impostos, na qual uma multidão queima um posto policial. Detido, declara-se culpado e é condenado a seis anos, mas sai da prisão em 1924. Gandhi viaja para Londres em 1930, para pedir que a Inglaterra conceda independência à Índia. Ao retornar à Índia, é recebido por milhares de pessoas, mas pela desobediência civil, os britânicos o mandam para a prisão. Em 1942 o governo inglês manda para Nova Delhi Sir Stafford Cripps, com a missão de negociar com Gandhi. As propostas são inaceitáveis para Gandhi, que deseja independência total. Desta vez é preso e condenado a dois anos de cadeia. Em 1947, é proclamada a independência da Índia. Gandhi morre em 30 de janeiro de 1948, aos 78 anos, assassinado por um hindu.

 JK

Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu em Diamantina a 12 de setembro de 1902 e morreu em Resende no dia 22 de agosto de 1976. Foi médico e político brasileiro. Conhecido como JK, foi prefeito de Belo Horizonte (1940-1945), governador de Minas Gerais (1951-1955), e presidente do Brasil entre 1956 e 1961. Foi o primeiro presidente do Brasil a nascer no século XX e o primeiro presidente do Brasil eleito pelo voto direto nascido após a Proclamação da República. Foi o último político mineiro eleito para a presidência da república pelo voto direto, antes de Dilma Rousseff. Casado com Sarah Kubitschek, com quem teve as filhas Márcia Kubitschek e Maria Estela Kubitschek, foi o responsável pela construção de uma nova capital federal, Brasília, executando, assim, um antigo projeto, já previsto em três constituições brasileiras, da mudança da capital federal do Brasil para promover o desenvolvimento do interior do Brasil e a integração do País. Durante todo o seu mandato como presidente da República, (1956-1961), o Brasil viveu um período de notável desenvolvimento econômico e relativa estabilidade política. Com um estilo de governo inovador na política brasileira, Juscelino construiu em torno de si uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros. Segundo seu adversário José Sarney, Juscelino foi o melhor presidente que o Brasil já teve, por sua habilidade política, por suas realizações e pelo seu respeito às instituições democráticas. No ano de 2001, Juscelino Kubitschek de Oliveira foi eleito o "Brasileiro do Século", numa publicação realizada pela revista Isto É.

 

ZILDA ARMS

Zilda Arns Neumann nasceu em Forquilhinha a 25 de agosto de 1934 e morreu em  Porto Príncipe no 12 de janeiro de 2010. Foi médica pediatra e sanitarista brasileira. Irmã de dom Paulo Evaristo Arns, foi também fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Compreendendo que a educação é a melhor forma de combater a maior parte das doenças de fácil prevenção e a marginalidade das crianças, desenvolveu uma metodologia própria de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres, baseando-se no milagre bíblico da multiplicação dos dois peixes e cinco pães que saciaram cinco mil pessoas. Dividia seu tempo entre os compromissos como coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e a participação como representante titular da CNBB no Conselho Nacional de Saúde, e como membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Zilda Arns encontrava-se em Porto Príncipe, em missão humanitária, para introduzir a Pastoral da Criança no país, quando no dia 12 de janeiro de 2010, pouco depois de proferir uma palestra para cerca de 15 religiosos de Cuba, o país foi atingido por um violento terremoto.  Zilda foi uma das vítimas da catástrofe.

 

JOÃO PAULO II

Karol Wojtyla  nasceu a 18 de maio de 1920 em Wadowice, Sul da Polônia. Os pais de Karol o batizaram poucos dias após seu nascimento na Igreja de Santa Maria de Wadowice. Aos 9 anos de idade recebeu um duro golpe: o falecimento de sua mãe ao dar a luz a uma menina que morreu antes de nascer. Anos mais tarde faleceu seu irmão e em 1941 morreu seu pai. O futuro Pontífice mostrou uma grande inquietude pelo teatro e pelas artes literárias polonesas. A Segunda Guerra Mundial deu-lhe um novo horizonte, quando em companhia de outros jovens organizou uma Universidade clandestina, onde estudou filosofia, idiomas e literatura. Em 1 de novembro de 1946, com a idade de 26 anos, Karol foi ordenado sacerdote no Seminário Maior de Cracóvia e celebrou sua primeira Missa na Cripta de São Leonardo, na Catedral de Wavel. No dia 23 de Setembro de 1958 foi consagrado Bispo Auxiliar do Administrador Apostólico de Cracóvia. Em maio de 1967, aos 47 anos de idade, o Arcebispo Wojtyla foi instalado Cardeal pelo Papa Paulo VI.. Em 15 de outubro de 1978, em Conclave, o Cardeal Karol Wojtyla é eleito papa, rompendo com a tradição de mais de 400 anos de eleger Papas de origem italiana. Em 22 de outubro de 1978 foi investido como Sumo Pontífice, assumindo o nome de João Paulo II. Realizou contatos com todos os grupos religiosos, dentro e fora da fé católica, manteve estreitas ligações com organizações místico-filosóficas, inclusive prestando homenagem ao Dr. Ralph Spencer Lewis, Imperator da Ordem Rosacruz. Outra evidência do misticismo de João Paulo II é quando ele cita Copérnico, no contexto de "Fé e Razão". Após um ministério profícuo de 26 anos, e tendo percorrido o mundo inteiro, levando a mensagem de paz, João Paulo II morre no dia 2 de abril de 2005, aos 84 anos.

 

 

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APÊNDICE

"O Homem evolui, e então o destino, que ele mesmo traça, passa a ser administrado, diante da complexidade do mundo colossal." (Jairo de Lima Alves)

 

A Verdadeira Paz Profunda

“Para ser feliz não se deve cobiçar nada, desejar nada com obstinação; mas é necessário obedecer à lei, querer o bem e esperar a justiça.” (Eliphas Levi)

Havia um Rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar em uma pintura a Paz Profunda. Muitos artistas apresentaram suas telas. O Rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve de escolher entre ambas.

A primeira era um lago muito tranquilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um Paraíso muito azul com tênues nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a Paz Profunda.

A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um Paraíso tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com relâmpagos e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.

Mas, quando o Rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, em meio ao ruído da violenta turbulência da água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho em profunda paz!

O Rei escolheu a segunda tela e explicou: – Paz não significa estar em um lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo para realizar ou livre das dores e das tentações da encarnação. Paz significa que, apesar de se estar em meio a tudo isso, permanecemos calmos e confiantes no Santuário Sagrado do nosso Coração. Lá encontraremos a verdadeira Paz Profunda, em silenciosa meditação."

_/\_ Paz Profunda! .'.

 

 

A TERRA. UM PLANETA DOENTE? (ilustração a critério da Editora)

“O laço essencial que nos une é que todos habitamos este pequeno planeta. Todos respiramos o mesmo ar. Todos nos preocupamos com o futuro dos nossos filhos. E todos somos mortais.” (John Kennedy)

 

Conseguiremos salvar o meio ambiente? O quadro clínico do paciente é grave. Os sintomas incluem mau hálito, febre altíssima (sem precedente e que não cede com nenhum remédio) e substâncias nocivas nos fluidos corporais, entre outros. Quando se tratam os sintomas em um local, logo surgem outros, em outra parte. Se esse fosse um paciente comum, os médicos talvez já tivessem dado o diagnóstico de doença crônica terminal. Sem saber mais o que fazer, apenas procurariam aliviar o sofrimento do paciente, na medida do possível, até o fim inevitável.

Não estamos falando de um paciente humano, e sim de nosso lar, a Terra. A descrição acima ilustra muito bem o que está acontecendo com o nosso planeta. Ar poluído, aquecimento global, águas contaminadas e resíduos tóxicos são apenas alguns dos sintomas da grave enfermidade que aflige o planeta. Como os médicos mencionados acima, os especialistas confrontam-se com um dilema: O que fazer?

 

A mídia frequentemente apresenta manchetes e declarações que chamam atenção ao deplorável estado de saúde da Terra. Veja alguns exemplos: “Pesca com dinamite transforma fundo do mar em campo de extermínio”. “Um bilhão de asiáticos correm risco de ficar sem água potável daqui a 24 anos”. “A cada ano paga-se para que quarenta milhões de toneladas de lixo tóxico sejam despejadas em outros países”. “Quase dois terços dos 1.800 poços do Japão estão contaminados”. “O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida está maior do que nunca”.

As notícias sobre ameaças ao meio ambiente são tão frequentes que algumas pessoas começam a desconsiderá-las, talvez até pensando: “Desde que não afete a minha vida, isso não me preocupa.” Mas quer nos demos conta disso quer não, a destruição indiscriminada do meio ambiente afeta a grande maioria das pessoas. Visto que a poluição está por toda parte, é provável que já afete vários aspectos da nossa vida. Por isso, todos nós deveríamos nos preocupar com a saúde e a preservação do nosso lar. Afinal, onde moraríamos caso a Terra se tornasse inabitável?

Qual é a extensão do problema? A Terra está mesmo tão doente assim? Como isso afeta a vida das pessoas? Vamos dar uma olhada em apenas alguns dos fatores que nos ajudarão a entender por que se pode dizer que a Terra não está apenas com uma leve indisposição, mas gravemente doente.

OCEANOS: Grandes extensões dos oceanos sofrem com a pesca predatória. Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente diz que “70% das regiões de pesca marinha são tão exploradas que a reprodução mal consegue, se é que consegue, repor o que se pesca”. Por exemplo, a população de bacalhau, merluza, hadoque e linguado no Atlântico Norte caiu em até 95% entre 1989 e 1994. Se a tendência persistir, o que será dos milhões de pessoas que dependem do mar como principal fonte de sustento?
Além disso, estima-se que, todo ano, de 20 milhões a 40 milhões de toneladas de animais marinhos sejam capturados e jogados de volta ao oceano — em geral feridos ou mortos. Por quê? São criaturas capturadas acidentalmente com os peixes de valor comercial, mas que são consideradas refugo.

FLORESTAS: O desmatamento tem muitos efeitos colaterais. Com menos árvores, diminui a capacidade da Terra de absorver dióxido de carbono, que segundo se diz é uma das causas do aquecimento global. Com a destruição das matas, desaparecem espécies de plantas que poderiam fornecer medicamentos vitais. Mas a taxa de destruição das florestas continua num ritmo constante — de fato, aumentou nos últimos anos. Alguns especialistas acreditam que, se isso continuar, as florestas tropicais desaparecerão em cerca de 20 anos.

RESÍDUOS TÓXICOS: Materiais perigosos despejados em terra ou no mar representam um perigo em potencial para milhões de pessoas. Resíduos radioativos, metais pesados e subprodutos da fabricação de plástico são alguns dos elementos que podem causar anomalias, doenças ou mortes ao homem e aos animais.

SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS: Nos últimos cem anos, começaram a ser usadas cerca de 100.000 novas substâncias químicas. Elas acabam contaminando o ar, o solo, a água e os alimentos. Relativamente poucas delas foram analisadas quanto ao seu efeito sobre a saúde humana. Mas entre as que foram testadas, um bom número foi considerado carcinogênico ou causador de outras doenças.

Há muitas outras ameaças ao nosso meio ambiente: poluição do ar, esgotos não tratados, chuva ácida, escassez de água limpa. Mas as poucas mencionadas acima são suficientes para comprovar que a Terra está bem doente. É possível salvar esse paciente, ou já se trata de um caso perdido?

Cantar com a Natureza

Um sentimento de incontrolável atração,
um chamado, uma evocação...

sentir na alma as forças da natureza.

A atração pelo bailado das chamas
que são crepitantes das fogueiras.

Perder o olhar na leitura do passado,
sentindo o presente e vislumbrando o futuro...

embora resida em nós a incerteza.

Sentir a maravilha do trovão, que nos assusta e fascina.
A luminosidade que corta o céu qual um frágil cristal.

Ouvir o som da chuva penetrando em nossa alma,

nos acalmando em um doce adormecer:

dos pássaros, o embalo, o cantar sem igual,

que penetra em nossa alma e nos anima,

como uma canção que a natureza quer nos oferecer.

A lua, o sol, o vento, as montanhas, o mar...

todos formam a melodia harmoniosa,
cujo som é o próprio encantar...

trazendo aos nossos ouvidos,
uma sinfonia delicada e sensual.

Um hino de beleza mística, de paz profunda,

que nos enleva, acalma, faz bem e ensina a amar...

(13.01.2008 - Jairo de Lima Alves)

 

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A FÚRIA DA NATUREZA (ilustração a critério da Editora)

"A natureza criou o tapete sem fim que recobre a superfície da terra. Dentro da pelagem desse tapete vivem todos os animais, respeitosamente. Nenhum o estraga, nenhum o rói, exceto o homem." (Monteiro Lobato)

 

Além de tantos fenômenos naturais ao longo da história, a Humanidade assistiu estarrecida a mais dois terremotos devastadores em apenas 45 dias, mostrando a violência das forças da natureza sob a fina crosta da superfície da Terra. A Terra voltou a tremer várias vezes. Os sismógrafos haviam registrado mais de cincoenta desses eventos, muitos deles com intensidade superior a 6 pontos na escala Richter.

No Haiti, a 12 de janeiro de 2010, o terremoto equivalente a 30 bombas atômicas. Conforme o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o terremoto ocorreu a cerca de 10 quilômetros de profundidade, a 22 quilômetros de Porto Príncipe. Esse primeiro terremoto antecedeu outros dois de magnitudes 5,9 e 5,5. Esse fato promoveu grande destruição na região da capital haitiana, estima-se que metade das construções foram destruídas, 250 mil pessoas foram feridas, 1,5 milhão de habitantes ficaram desabrigados e o número de mortos ultrapassou a 200 mil.

Em questão, as placas tectônicas. A forma como se movimentam as placas tectônicas, só ficou conhecida nos anos 60, quando o geólogo americano Harry Hess apresentou a teoria da ação do magna, no processo chamado corrente de convecção. A crosta terrestre é dividida em doze grandes placas tectônicas que se movem sobre o magna. Os terremotos ocorrem no encontro entre essas placas. O Chile situa-se sobre o anel de fogo, a falha geológica repleta de vulcões que contorna o Pacífico. Até 1912, quando o climatologista alemão Alfred Wegener propôs a teoria da deriva continental, pensava-se que os continentes eram massas de rocha imóveis.

A exemplo da água que ferve numa panela, o magna aquecido se expande e sobe à superfície. À medida que sobre, esfria e volta às camadas mais profundas da Terra. Quando o magna encontra uma fenda na crosta terrestre, ele emerge e forma um vulcão. A mais profunda perfuração feita pelo homem atingiu 12.3 quilômetros, apenas 12.3% da crosta e 0.19% da distância entre a superfície e o núcleo do planeta.

Os geólogos calculam que ocorrem milhões de terremotos por ano no mundo, passando despercebida a maioria deles. Os sismógrafos registram cerca de cinquenta tremores a cada dia, ou quase 20.000 por ano, de diferentes magnitudes. Por exemplo, o tremor no Chile deslocou o eixo do planeta em 8 centímetros e encurtou os dias em 0,00000126 segundo. Como o epicentro do tremor foi no oceano, ele gerou também um tsunami com ondas de até 40 metros de altura, tendo o mar varrido as cidades litorâneas, com dezenas de mortes. No Chile, como também no Haiti, caos e devastação. Os prejuízos são incalculáveis, ficando em pânico tantos os haitianos como os chilenos, ao sentirem na pele os efeitos da fúria da natureza, que cobra do homem os males que tem feito aos irmãos de toda espécie, razão pela qual terá que aguardar algum tempo para que tudo possa ser reconstruído. O Haiti na extrema miséria e o Chile em tempos de prosperidade. Com os danos dos terremotos, tanto um como o outro terão que recompor a sua economia, buscando um novo estilo de vida, se quiserem superar a agonia a que estão submetidos.

 

 

EU NASCI! (se possível, foto do casal, em anexo)

1950, 17 de julho. Bahia, Maetinga (naquele tempo, um lugarejo chamado Monte Alegre). Ah, outra coisa: o povoado integrava a Comarca de Condeúba, que era a principal cidade da região. Meu pai era natural de Malhada de Pedras, uma pequena cidade que fica situada perto de Brumado. Minha mãe, prima de meu pai, nasceu na Fazenda Gameleira, onde eu também nasci, que distava a 6 quilômetros da romântica Monte Alegre. Meu avô materno, foi o respeitado Capitão Frutuoso José de Lima, Líder e Conselheiro Religioso no sertão baiano.

Desde cedo, comecei a trabalhar na roça com meus irmãos. Entendo um pouco de cada coisa do que se faz na lida do campo. Cresci apreciando a genuína música brasileira: a de raiz, com Tonico e Tinoco, Tião Carreiro e tantos outros astros. Fiz o curso primário em dois períodos de três meses, tendo cursado o ensino fundamental através do antigo sistema de admissão ao ginásio. Percebi, desde a infância, que possuía um certo grau de premonição. Sempre fui muito autêntico e nunca gostei de falsidade. A literatura me fascina. Gosto de escrever e editei alguns livros. Atuei no magistério por muitos anos na rede pública de ensino, mas no jornalismo me completei profissionalmente. Fui vereador e exerci alguns cargos políticos, mas acho que é muito difícil encontrar político bem intencionado.

Frequentei muitos templos religiosos, respeito todos os credos, mas tive inúmeras decepções nesse segmento. Sou bem casado, tenho três filhos maravilhosos e quatro netos lindos que me enchem de alegria. Minha nora e meu genro são também meus filhos queridos.

Conheci, em 1983, nem sei como, uma Escola Filosófica, com a qual me identifiquei. Finalmente, tive um encontro comigo mesmo por meio de iniciações místicas. Creio nos mistérios da vida, na Eternidade com Deus e com os seres celestiais. Sei que não existe o acaso e que todas as coisas acontecem com a permissão divina, com o objetivo de aprimorar o caráter do Homem, num processo evolutivo natural, na busca do Desconhecido. “Tudo o que o Homem semear, isso também ceifará.” É a regra clara e ninguém poder fugir dela, porque a Lei do Carma é universal, quer o Homem aceite ou não esse princípio da Tradição Primordial.

 

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Aos que escrevem...

 

A todos os que escrevem verso ou prosa,
amigos ou não, estranhos ou conhecidos...
os passos da poesia na manhã cor de rosa
soam em nossa alma, suaves e queridos.

Saudação solene aos que falam de poesia,
às vezes, tristes reagem nos vitupérios.
Na alma silenciosa, rememora o saudoso dia
que mais humanos, relembram os mistérios.

Aos heróis da escrita, o meu reconhecimento;
que, amando, deixaram para nós um legado.
Vendo o mundo, amaram o belo firmamento;
ouvindo o canto, não desprezaram o sagrado.

São os poetas participantes do reino imerso,
em névoa clara, vivendo na ilha da ilusão...
e deslumbrados, eles se inspiram no universo,
com palavras vivas que saem do coração.

(26.02.2008 – Jairo de Lima Alves)

 

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Súplica ao Deus da Vida

Supremo Deus de Infinita bondade! Sou um ser sadio, rico e feliz. A minha mente, pensamento e emoções são perfeitos e sadios. A harmonia e a riqueza fazem parte de todas as células e átomos do meu corpo. Desintegram-se agora todos os medos, conflitos e crenças anteriores, fortalecendo o merecimento para receber saúde, riqueza e felicidade. A riqueza está presente em minha vida todos os dias de forma natural e positiva: riqueza física, riqueza mental, riqueza espiritual, riqueza emocional e riqueza material. A riqueza, como tudo que existe no Universo também é uma energia. Respiro essa energia e sinto-a invadindo todo meu Ser. Sou próspero e bem sucedido nos negócios, tranquilo e sereno. Conscientizo-me da Lei da Riqueza. A Natureza é um Altar de servir e dela participo ativamente. Sou um Ser da Prosperidade. Sou realmente um ser sadio, rico e feliz. Por Jesus, o Mestre Maior!...

 Que Assim Seja!

 

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Contra-capa

A GRANDE OBRA

AS NECESSÁRIAS REVELAÇÕES  

PARA OS NOSSOS DIAS

 

Jairo de Lima Alves, FRC

 

 

Existem mistérios que não foram revelados ainda, nem aos Iniciados e nem aos Religiosos. João, na Ilha de Patmos, escreveu de forma figurada, referindo-se às coisas que acontecerão num futuro próximo. Os termos escatológicos utilizados pelo Apóstolo nos induzem a pesquisas acuradas, comparando com os escritos do Profeta Daniel. A alusão ao Governo Oculto do Mundo é feita constantemente, com a participação da Mente Cósmica, que é a busca do equilíbrio para que a Humanidade possa viver em Paz. Aqueles que trabalham na Grande Obra, ou para a Grande Obra, devem estar empenhados em uma política básica de Princípios, dentre os quais, a conscientização dos dirigentes de massas para a preservação do meio-ambiente, a instrução pública das massas, a promoção da paz, a difusão do amor através de atos e de exemplos, e a interação dos seres para uma vida harmoniosa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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