A Iluminação do Buscador só
acontece mediante o
desapego
O mundo tem mais de 7 bilhões de pessoas, mas poucos
são os que estão interessados na Iluminação, que só pode acontecer ao Buscador
sincero, a partir de um completo desapego aos bens materiais. Isso quer parecer
utopia, mas algumas centenas de Homens e Mulheres de Boa Vontade já atingiram
esse nível de Espiritualidade, quem sabe a chamada Consciência Cósmica, fato
desconhecido pela esmagadora maioria no Planeta.
Mahatma Gandhi, A
Grande Alma da Índia pode ser apontado como um dos Espiritualistas do mundo
a ter conseguido esta Graça. Ele morreu em Nova Delhi, no dia 30 de janeiro de
1948, antes de completar 80 anos de vida. Conseguiu a grande façanha como
fundador do moderno Estado Indiano, adotando o princípio da Não-Violência. Foi preso
inúmeras vezes por defender o seu idealismo, tendo sido assassinado por Nathuram Godse. Defendia a tradição hindu, mas nunca
hostilizou outras religiões como o Budismo, o Islamismo e o Cristianismo.
Na busca incessante do Nirvana ou
Iluminação, fazia jejuns de forma regular e teve o completo desapego das coisas
materiais. Consta que, certa feita, ao ser convidado pela rainha Vitória da
Inglaterra, recusou o presente de uma joia caríssima. Apenas olhava o ouro
reluzindo na joalheria, e com sorriso espontâneo, afirmava que os bens materiais
do mundo já não lhe eram tão significativos. Queria cumprir a sua missão como
pacificador, e assim, buscava incessantemente a Iluminação que tantos almejam
em todo o mundo. Deixou como legado uma imensa coletânea de pensamentos
positivos, que elevam o Espírito dos sinceros Buscadores em toda a face da
Terra.
O desapego é a marca de quem a tudo renuncia por uma causa, e desta forma, jubiloso,
alcança, já agora, a mais alta paz do espírito. Mas quem espera vantagem das
suas obras é escravizado pelos seus desejos. Na verdade, a vida de
iluminação é o caminho do desapego. Muitos dos problemas da vida são causados
pelo apego. Ficamos com raiva, preocupados, tornamo-nos ávidos, fazemos queixas
infundadas e temos todos os tipos de complexos. Desapego
não é desinteresse, indiferença ou fuga. Não devemos nos tornar indiferentes
aos problemas da vida. Não devemos fugir da vida; não se pode fugir dela quando
somos sinceros.
Sem dúvida, nosso apego às coisas, condições,
sentimentos e ideias é muito mais problemático do que imaginamos. Quando
adoecemos, chegamos até mesmo a nos apegar à doença. É melhor não fazermos
isso. Todas as doenças serão curadas, exceto uma, que é a morte. Tudo o
que fazemos, devemos fazer com sinceridade, com honestidade e com todas as
nossas forças; e uma vez feito, feito está. Muitas pessoas se apegam ao
passado ou ao futuro, negligenciando o importante presente. Devemos viver o
melhor “agora”, com plena responsabilidade. Quando o sol brilha, desfrute-o;
quando a chuva cai, desfrute-a.
O apego às coisas matérias afasta-=nos da Divindade
e começamos a ter muito medo da morte. A morte faz parte da vida, mas muitas vezes a
negamos, talvez pelo medo, talvez por estarmos ocupados demais tentando
sobreviver. Quando entendemos a morte como a outra face da vida, esta toma um
novo sentido. A morte nos lembra que tudo passa, que nada é para sempre,
e dá uma noção real de que o tempo anda, e não espera.
É necessário que façamos exercícios constantes
para enfrentar o problema do apego, embora esse tipo de sentimento varia de
pessoa para pessoa. Mas é preciso, sim, treinos espirituais para ficarmos livre
desse mal, e desapegados completamente de todo o sistema de coisas que
atrapalha a nossa jornada na Senda da Luz, como tem sido presenciados em toda
parte. Seres de luz nos acompanham sempre, como os mestres cósmicos,
encorajando-nos para os desafios deste momento vislumbrando um futuro glorioso
na Eternidade.
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