quinta-feira, 30 de abril de 2009

Cora Coralina, a Poetisa Goiana

Cora Coralina: histórias
de quem conheceu a poetisa
Nada melhor do que ouvir histórias sobre Cora Coralina contadas por quem conviveu com a poetisaa goiana. Esse é o tempero adicional do Sarau Paraler da próxima segunda-feira, dia 4 de maio, inteiramente dedicado à autora homenageada deste ano da 9ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, em junho. A noite cultural será focada na trajetória de Cora Coralina, que viveu até os 96 anos. Cada período será intercalado com poesias de sua autoria – a maioria inspirada na vida simples do interior do Brasil – e com depoimentos de pessoas que a conheceram, inclusive a poeta, artista plástica e escultora ribeirãopretana Jair Yanni, que visitou sua casa em Goiás. Quem fará o encerramento do evento é o músico Jonatas Barra, com uma seleção de canções inspiradas pela poeta homenageada, de um compositor de Goiás que se encantou com sua obra.“Escolhemos homenagear Cora Coralina no sarau para as pessoas começarem a ouvir sobre ela e ler sua obra, numa preparação para a Feira do Livro”, afirmou a poeta Eliane Ratier, uma das organizadoras do evento.Nascida Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas, a goiana Cora Coralina viveu cerca de 40 anos na região de Ribeirão Preto, na cidade de Jaboticabal, onde nasceram seus seis filhos. Embora tenha descoberto a poesia muito jovem, só ficou nacionalmente conhecida aos 94 anos, em 1983, dois anos antes de sua morte, após Carlos Drummond de Andrade escrever uma carta elogiando sua obra. A vida da poeta foi marcada pela descrença e castração literária, desde os bancos escolares até o casamento com o marido ciumento. “Na escola, Cora era do banco das atrasadas. Quando começou a escrever, as pessoas achavam que os textos não eram dela, que tinham sido escritos por um primo. Só começaram a acreditar que os textos eram dela depois que esse primo se mudou para longe”, contou Eliane Ratier. “Depois, o marido ciumento impediu o crescimento literário dela, que começou a escrever com pseudônimo, de maneira escondida”, afirmou a organizadora do sarau.Cora Coralina publicou os livros "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais" (1965), "Meu Livro de Cordel" (1976)¸ "Vintém de Cobre - Meias Confissões de Aninha" (1983) e "Estórias da Casa Velha da Ponte” (1985). Após sua morte, em 1985, foram lançados os livros infantis "Os Meninos Verdes", em 1986, e "A Moeda de Ouro que um Pato Comeu", em 1997, e "O Tesouro da Casa Velha da Ponte", em 1989.

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