domingo, 14 de agosto de 2011

Artigo: Dia dos Pais 2011 - A/01000

Um Pai que pode ser chamado de Amigo

                                 Uma sincera Homenagem a todos os pais neste 14 de agosto,
                                      considerado o Dia dos Pais. Para produzir esta crônica,
                                         o autor se inspirou em seu próprio Pai, que já habita
                                                    nas Mansões Eternas, livre de todo mal
                                                         a que todos nós estamos sujeitos.
                                                           (A foto reproduzida aqui é uma
                                                     homenagem póstuma que a ele é dirigida).

É muito antigo o saudável hábito de homenagear o Pai. O Dia dos Pais tem origem na antiga Babilônia, há mais de 4 mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai.

A figura do Pai é importante na vida do ser humano. Um Amigo que podemos chamar de Pai ou um Pai que podemos considerar como um Amigo Verdadeiro? Tanto uma coisa como outra deve ser levada em conta por todas as pessoas que tiveram a felicidade de conviver com um Pai, pelo menos durante uma parte da vida.

Neste Dia, que é dedicado ao Pai, muitos corações devem estar entristecidos, porque não mais desfrutam da doce companhia de seu genitor. O desejo de um contato, de uma conversa íntima, de um diálogo informal. O desejo na alma de sentir a Presença do Pai, que já se encontra noutra dimensão, ou simplesmente deixou o convívio dos filhos, para embrenhar-se noutro tipo de aventura.

Não são poucos os filhos que lamentam a falta do Pai, sem saber a razão do distanciamento. Cada um tem uma história para contar; algumas alegres, outras muitos tristes.

Sem a Presença do Pai Amigo, a solidão devora. Talvez, seja o caso do autor desta crônica. Embora, com a idade já avançada, o Pai deixou este Sistema de Coisas para habitar numa Câmara Espiritual, o Refúgio Seguro de todos os Filhos do Deus Altíssimo. Há quase quinze anos, ele fechou os olhos para este mundo, ficando aqui uma lacura de saudade.

Quem teve a felicidade de ter um Pai Amigo, jamais esquecerá dos momentos em que juntos trilharam o caminho pedregoso desta vida. As palavras não descrevem o que representa o convívio de um Pai e um Filho, quando a amizade sincera é a sua fiel companheira.

De quando em vez, ouve-se o lamento de quem perdeu o Pai, ao desocupar o tabernáculo terreno para entrar na Eternidade, que é o Mundo Desconhecido para aqueles que não têm esperança. Alguns dizem simplesmente: meu pai morreu, quando nem deveriam usar essa expressão infeliz. Sim, porque o nosso Pai, que é Imagem e Semelhança de Deus, não morreu.

O meu querido Pai, que de quando em vez vem me visitar, não morreu! Ele se encontra num Paraíso, chamado Câmara Espiritual, de onde me manda as boas vibrações, que me fazem muito bem, enquanto prossigo a caminhada rumo à Morada Eterna.

E assim, todos podem experimentar a paz que vem das regiões espirituais, mediante a fé que alimenta a alma, e cultivando a esperança, sem a qual ninguém alcançará a plenitude da graça divina, para habitar no Reino que para nós está preparado desde a Fundação do Mundo.

Neste segundo domingo de agosto, quando o Dia dos Pais é lembrado, sejamos fiéis aos nossos princípios, homenageando a memória daquele Pai Amigo que tivemos. Se ele ainda estiver físicamente em nosso convívio, um grande abraço pode ser exercido com amor, e com palavras de carinho, fazendo-o feliz como Pai. E com esse gesto de Filho Generoso, Deus será glorificado!...

Um comentário:

Geraldo Generoso disse...

Um voo rasante, da pena de meu irmão Jairo de Lima Alves, nesta crônica de tanta elevação e profundidade ao mesmo tempo. A figura do pai, como ele diz, é a imagem primeira que temos do Pai que está nos céus, porque ele, por nossa incapacidade inicial, nos garante o pão de cada dia, o agasalho e, logo as letras. E sempre o amparo seguro, como um porto feito em rochedo. Fez lembrar-me de meu pai, José Generoso, já na Mansão dos Justos. Espelho-me no seu exemplo, já que meu pai não era dado a nos aconselhar, a não ser muito raramente. O exemplo de meu pai foi o trabalho, trabalho e trabalho.