Não se pode pensar, em nenhuma hipótese, que a Lei da
Reencarnação seja uma novidade no mundo
da Espiritualidade. Essa verdade é conhecida desde as mais remotas eras. Três
mil anos antes de Cristo, na Índia, Krishna proclamava a existência de uma
Inteligência Universal, a imortalidade da alma e sua evolução através de muitas
vidas físicas. Dizia esse notável espiritualista: "O corpo é finito, mas a
alma que atua nele é invisível, imponderável e eterna. Você e eu já passamos
por inúmeras reencarnações.”
Hermés, outro grande mestre, afirmava, também milhares de
anos antes de Cristo, no Alto Egito: "O espírito passa por dois estágios:
o cativeiro na matéria e a ascensão à Luz. Durante a encarnação, ele perde a memória
de sua origem." Mais tarde, vieram os gregos Pitágoras, Sócrates e Platão,
que também trataram da imortalidade da alma e suas reencarnações.
Encarnação é o processo pelo qual o espírito se liga a um
corpo humano durante o período de gestação, apossando-se desse corpo no momento
em que o feto vem à luz. Ele encarna para viver as quatro fases da existência
terrena,: infância, mocidade, madureza e velhice. Em obediência à Lei da
Reencarnação, o espírito encarna e reencarna tantas vezes quantas sejam
necessárias para concluir seu ciclo evolutivo neste mundo-escola.
Por que negar essa verdade? Por que as religiões ocidentais
tanto se empenham, tanto se esforçam, tanto se obstinam em negar a
reencarnação? Por que tão intransigentemente a combatem, apesar das gritantes e
insuspeitas provas da sua existência real? Por que persistem no desconhecimento
de tantos fatos que exaustivamente a comprovam e dos quais está cheia a
história da humanidade?
Se essas organizações religiosas revelassem a verdade aos
seus adeptos no tocante à fantasia dos perdões, da 'salvação eterna', da
'mansão celestial', do 'divino Pai', do inferno, do demônio, do purgatório e de
tantas outras invencionices, nenhuma delas se manteria de pé. Desapareceriam as
fontes de renda representadas pela indústria dos santos de madeira e de barro,
das relíquias, dos 'dízimos do Senhor', das esmolas para os santos, das rezas e
de muitas outras práticas artificiosas.
No contexto de Espiritualidade e de Reencarnação, seria bom
que os religiosos se convencessem de que, numa encarnação se prepara para a
encarnação seguinte; que esta será mais ou menos penosa conforme o uso que
tenham feito do seu livre arbítrio, na prática do bem ou do mal; que as ações
boas revertem em seu benefício e as más em seu prejuízo; que não podem contar
com o auxílio de ninguém para libertá-los das consequências das faltas que tenham
cometido, e que terão de resgatar com ações elevadas – qualquer que seja o
número de encarnações para isso necessárias –, por certo pensarão mais
detidamente antes de praticar um ato indigno. E para finalizar, podemos aplicar
aqui o chavão bem conhecido: “aqui se faz, aqui se paga”, ou “tudo o que o
homem semear, isso também ceifará”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário