Gandhi, a Grande Alma
Cognominado o Mahatma (Grande Alma),
apóstolo nacional e religioso da Índia, o advogado Mohandas Karamchand Gandhi
estudou Direito em Londres de 1888 a 1891, tendo depois residido na África do
Sul, de 1893 a 1914, onde tomou a defesa da comunidade indiana, sujeita a um
racismo que as instituições tendiam a legalizar. Seus pais eram descendentes de
mercadores e a palavra gandhi identificava os vendedores de alimentos e
a casta à qual a família pertencia.
Sua doutrina ─ baseada no hinduísmo, no
cristianismo e em pensadores como Tolstoi – está exposta em “A autonomia da
Índia” (1909), obra que contém um verdadeiro requisitório contra o materialismo
da civilização ocidental e contra a violência. Após o massacre de Amritsar
(1919), quando os ingleses mataram diversos hindus, já vivendo em terras
indianas desde 1915, ele se engajou em lutar contra o domínio da Inglaterra,
motivo que o levou diversas vezes à prisão, tornando-se líder inconteste do
ideal nacional de independência e liberdade.
Transformando-se num fenômeno de massa que
conseguia mobilizar também os muçulmanos, seu movimento se alicerçava na
religiosidade e na política e, a partir de 1922, consagrou-se à educação
popular. Os períodos de intensa militância e jornadas pacifistas eram seguidos
de retiros, onde aprimorava seus meios de ação, inspirados no princípio do Satyagraha,
“reivindicação cívica da verdade” por meios não violentos (ahimsa).
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