domingo, 10 de julho de 2011

Artigo: Busca da Felicidade - A/0968

EM BUSCA DA FELICIDADE

Cem por cento da humanidade, sem exceção, acalenta o objetivo de alcançar e manter a felicidade. Humanamente impossível se deparar com alguém - em condiçóes normais de sanidade- que não se predisponha a essa tarefa cósmica. Para uma esmagadora maioria, lamentavelmente, se demonstra interminável e/ou semplre adiada.

As evidências demonstram, á farta, que a semente da felicidade se engasta, como joia congênita, em cada coração humano. É válido observar, contudo, que a linguagem, por melhor manejada que se faça, sobre esse assunto capital da vida humana, às vezes mais confunde do que explica.

Nessa busca interminável, cada qual de nós constata e comprova sua universalidade, mas dificilmente entende o seu porquê essencial. Num sentido de comunicação superior, as coisas são e não são ao mesmo tempo. Fazem-se indefiníveis à luz de um conceito humano, corriqueiro e inexplicável. Ou pelo menos impossível de ser convertido em palavras.

Mas pode-se afirmar que a busca da felicidade se traduz num anseio humano natural, a sintetizar dia e noite, a cada minuto, todas as experiências da vida. Na verdade, essa busca infrene nem sempre se reveste de um sentido lógico. A felicidade mora dentro de cada um de nós.

Qualquer que se dirija a uma casa, que não a sua, será sempre hóspede, nunca anfitrião. Felicidade só existe se nos mantivermos dentro de nossa própria casa, isto é, nosso ser.

Receitas de Felicidade nem sempre funcionam

Na vida, nem todos temos a oportunidade de boas companhias. Que nos sejam inspiradoras e capazes de nos iluminar na longa senda dessa caminhada. Até preocupados com a nossa boa sorte, ao nosso modo, procuramos nos agregar a outras mentes que nos ajudem a chegar aonde queremos e, paripassu, partilhem conosco desse caminho rumo a um destino feliz.

Não obstante, nem sempre esses companheiros - tanto quanto nós - se demonstram aptos a lograr êxito nessa jornada que conosco partilha. Não raro, nos direcionamos a vias opostas, mormente na juventude, por via de conselhos e, principalmente exemplos, nem sempre os melhores.

Somos levados a discordar dos sábios para convalidar as teses dos tolos. Confundimos, por vezes, alegria com algazarra, prazer com felicidade, descontração com licença. Bem ilustra esta nem sempre feliz disposição humana a parábola do Filho Pródigo, de que nos relata o evangelho cristão.

Por outro lado, o puritanismo, inimigo declarado do bom senso e do meio termo, também não corresponde ao caminho correto para ser feliz. Nossa própria estrutura física, mental e emocional não pode se despir de certos atributos naturais que, enquanto humanos, somos levados a experienciar.

Nada há de mais danoso do que uma vida sem emoção. Ensina a psicologia que é preferível mesmo - a bem da saúde mental do indivíduo - o descer natural das marés da existência do que a mesmice que caleja numa rotina sem som nem cor.

Essas "descidas" da alma abrem um estuário de novas forças, conduzindo a avanços inevitáveis para outras terras e paisagens.

(Geraldo Generoso)

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