Retalhos para o Dia Internacional da Mulher
Andava quase cambaleando pela estrada de terra, sob o sol escaldante de meio dia quando alguém a alcança, tocando-lhe o ombro e diz:
- Oi, Litha! Estava na homenagem do Dia Internacional da Mulher?
- Oi, D. Mari! Sim, estava. Todos os alunos da escola foram obrigados a ficar em fila para ouvir o prefeito falar e falar....
- Humm, estou vendo que não gostou.
- Quem gosta de ficar em pé por horas enchendo os ouvidos de discursos ‘gritados’?- ela não gostava de gritos – Salvou apenas a história que a secretária contou, foi interessante. Aquela, do monte de mulheres queimadas dentro de uma fábrica na cidade de Nova York, porque faziam greve... E isso deu origem ao dia da mulher. O que será mesmo que elas faziam? O que é greve?
- Antes, é bom você saber que as mulheres começaram mesmo fazendo sabotagens.
-É outra coisa que não sei o que é.
- Calma. Vou explicar. A sabotagem foi a primeira forma de resistência das mulheres, como elas eram muito exploradas, trabalhavam de quatorze a dezesseis horas por dia, viviam cansadas, exaustas, às vezes morriam ou esmagavam a mão nas máquinas de tanto cansaço. Então encontraram uma forma de fazer as máquinas parar de trabalhar enfiando o tamanco de madeira que elas usavam entre as engrenagens e elas podiam descansar enquanto os patrões procuravam e consertavam o problema. Como a palavra ‘tamanco’ em francês é “sabot” este ato ficou conhecido como sabotagem.
Dependendo do tempo do concerto, as mulheres começaram a conversar, tramar, organizar a resistência e a luta. Um passo para fazer as greves. Que nada mais é do que paralisar. Todo mundo pára de trabalhar ao mesmo tempo. Sem a mão-de-obra, os poderosos patrões perdem lucro e sem lucro são obrigados a escutar o que as proletárias queriam pedir.
- Que legal! É muito bom se organizar. Mas pelo jeito elas não foram ouvidas, foram é queimadas.
- Sei... Vejo também que precisamos melhorar essa história. Venha dormir esta noite, na minha casa que lhe conto como aconteceu, pelo menos alguns pedaços.
- Aff, quisera eu, minha vó não vai deixar.- Foi diminuindo os passos, aproximava-se da casa onde morava.
- Deixa ela comigo. Depois do almoço volto aqui e a convenço. Até logo, menina.
- Tchau, D. Mari.
Ao voltar do seu cochilo, a senhora baixinha e de semblante sombrio encontra Litha sentada no banquinho ao lado da máquina de costura, onde costumava ficar esperando que algum pedacinho de pano caísse para vestir sua boneca. Antes de usar os retalhos sempre perguntava:
- Esse ainda serve, vó?
- Estais doida? Claro que sim. É a gola. Tá mexendo nas minhas costuras, né?
- Não, vó. Caiu no chão.
O diálogo foi interrompido pelo som das palmas vindo da porta da frente. E a velhota reclama como de praxe:
- Quem será essa hora? Só prá atrapalhar minhas costuras, esse povo não tem o que fazer? Vai, menina. Vai ver quem é, e manda entrar.
Litha sai correndo, sabia mais ou menos quem poderia ser, e não se enganou, deu um sorriso de leve e foi logo expondo:
- A vó mandou a senhora entrar, ela está lá na varanda.
A velhinha sacudida pisca para Litha e vai entrando.
- Boa Tarde, D. Quitéria!
- Oh, mas que bons ventos lhe trazem vizinha? Sente-se. Vou passar um café que torrei e pisei no pilão ontem.
- Não, não precisa se incomodar, vim rapidinho lhe pedir um favor.
- Pois então, diga. Os vizinhos servem para ajudar no que podem, não é mesmo?
- É que estou meio adoentada e queria pedir para sua pequena dormir comigo essa noite, caso precise de um chá, sabe como é?
- Sei, sei. Isso só prova que mulher não pode viver sem um homem, D. Mari, devia se casar.
Mari Lofn Schinelo ouvindo isso, era no mínimo ofensivo. Resolve não dá atenção ao comentário machista em prol do seu objetivo naquele momento. Engole seco e calada. Enquanto isso, D. Quitéria prossegue:
- Mas ‘essa ai...’ ?- diz apontando para a menina - Não sei não. É preguiçosa e muito acanhada não gosta de gente. Ela é igual a um trem, não gosta de ninguém. Acho que ela não vai querer ir. – Sabendo a causa do circunlóquio, a pequena Litha interrompe a conversa (o que era considerado falha grave pelos adultos da época).
- Posso ir, sim.
- Vais mesmo? Não vai de noite pedir pra voltar?– perguntou espantada com a resposta, e percebendo que não tinha jeito, concordou. – Então ela vai depois do café. E nós, vizinha? Quando vamos catar goiabas? A safra vai acabar.
- Assim que sarar dessa gripe vizinha, a gente marca. Vou ficar esperando a menina. Até mais.
- Pode esperar, Volte sempre!
A porta azul daquela pequenina casa era um verdadeiro convite para entrar. O cheirinho diferente, mistura de ervas e flores exalava pelo ambiente. A menina era arredia, mas naquele local aconchegante se sentia tão a vontade que foi entrando quietinha e deu de cara com aquela mulher na cadeira de balanço que não lhe causava nenhum constrangimento, nem medo, pelo contrário, parecia uma fonte cheia de conhecimentos a ser bebido. Ficou parada olhando os detalhes da casa... E, parou os olhos na colcha de retalhos que estava sendo tecida sobre o colo daquela artesã.
- Que bom vê-la, menina! Sente-se aqui, pertinho de mim.
A garota foi se aproximando, sentou-se e não resistiu, pegou na colcha para se certificar do que via.
- Tem muita paciência para juntar tantos pedacinhos de tecido e uni-los um a um.
- Isso é como a vida, minha filha. Nós não fazemos nossa vida conforme queremos, não fazemos, nem somos donos dos nossos destinos, dependemos dos retalhos e dos fios a que temos acesso. Todos constroem a colcha da sua vida, mas uns com um único tecido e ai, basta bordá-lo, ou não. Outros precisam juntar quatro ou seis pedaços e, a maioria só encontra pedacinhos tão pequeninos que se não tiver cuidado vai se perder, vai costurar torto, principalmente se a linha que nos é fornecida não for apropriada para seus retalhos, há fios de ouro, de algodão, outros de palha, de plástico, é difícil costurar seda com náilon, por exemplo. Mas se é isso a que temos acesso, fazer o quê? Enfim, a beleza estará na paciência de tecer ou na coragem de alimentar a indignação e reivindicar justas condições para todos.
- Ah, foi essa palavra usada no discurso: as mulheres estavam em greve, pois rei –vi –di... – não conseguira pronunciar a nova palavra.
- Muito esperta você! Elas reivindicavam por melhores condições de trabalho. Mas vamos dar realidade para essa ficção. Essa historinha de 129 mulheres trancadas e incendiadas pelos patrões, no dia 08 de março de 1857, não existiu, ou pelo menos nada comprova tal fato. Essa história foi consolidada entre as décadas de 60 e 70 deste século.
- Então, é tudo mentira?
- Não. Na verdade é uma montagem de várias lutas, inclusive há registros de duas greves, naquela mesma cidade de Nova York, que podem ter sido a base desta historinha fictícia: a primeira foi uma longa greve de costureiras que durou de 20 de novembro de 1909 a 15 de fevereiro 1910, elas lutavam pelo reconhecimento do seu sindicato, o resultado foi uma violenta repressão policial com cerca de 600 pessoas presas.
A outra foi em 29 de março de 1911, também de costureiras. Os jornais dizem que ocorreu um incêndio por motivo das precárias instalações em uma fábrica têxtil. Neste incêndio morreram 146 pessoas, a maioria eram mulheres judias e italianas.
- Não entendo. Se há uma história tão parecida, então por que não se conta a história verdadeira?
- Essa parte é complicada mesmo. Vamos por partes. É bom lembrar que estamos em 1974, o mito já está consolidado desde 1970 e, não se costuma questionar os mitos até porque suas versões são de fáceis de aceitar.
Mas a luta contra a opressão da mulher vem de muito longe e foram entre conquistas e decepções que em meados de 1890, na Alemanha, por exemplo, a bandeira feminista foi erguida por igualdade política, licença-maternidade, legislação de proteção para a trabalhadora, educação e proteção para as crianças e educação política para as mulheres.
Litha esforçava-se para entender, alguma coisa lhe escapava, mas não achava justo interromper aquele momento. Contudo, a explanadora percebia o esforço da garotinha e tentava facilitar com fatos reais e marcantes. Parou a costura por um momento e fitou a menina para atrair sua atenção.
- Mas foi na Rússia que a celebração delas alcançou maior destaque: Foi no dia 23 de fevereiro de 1917, do calendário russo ou chamado calendário juliano (essa data para nós no ocidente corresponde a 08 de março), num lugar chamado São Petersburgo, ondeas trabalhadoras têxteis saíram em passeata apedrejaram janelas de outras fábricas para chamar os operários a se juntarem a elas. Com o cordão fortificado levantaram a cabeça e sem medo, gritavam "Abaixo a fome! Pão para os trabalhadores!".
Dizem que um oficial gritou a alguns grevistas liderados por uma velha: - Quem vocês seguem? Vocês são liderados por uma velha bruxa?
A mulher respondeu: - Não por uma velha bruxa, mas pela irmã e mãe de vocês.
Outra gritou: -Vocês são nossos irmãos, vocês não podem atirar em nós.
E eles foram embora.
- Poxa, que legal! Fiquei toda arrepiada parece que eu estava lá.
- Quem sabe!? - Sorriu e continuou para não perder o embalo. - Com a rebeldia delas acendeu-se o estopim da Revolução de Fevereiro, a primeira fase da Revolução Russa. E isso está comprovadamente nos escritos de Leon Trotsky e Alexandra Kollontai.
A luta das feministas trabalhadoras segue até os anos 30, quando chega o furacão da 2ª Guerra Mundial, e muita coisa se perde, dentre elas o Dia Internacional da Mulher. Passados quase 30 anos é que se volta a falar do evento. Quem é que queria lembrar mais do dia 08 das russas? A União Soviética stalinista não queria. O capitalismo seja na versão americana ou na versão social-democrata européia, mesmo para muitos comunistas não interessava mais, estavam anestesiados pelo desencanto e pelo terror stalinista, todos tinham interresses em ocultar o fato ocorrido na Rússia.
Além do mais veja quanta coisa vem acontecendo nessa ultima década:
· Os Estados Unidos mandaram o homem americano à Lua e ainda vence o bloco soviético (socialista) impondo o sistema capitalista no ocidente.
· O povo da Argélia vencendo a França:
· China com a Revolução Cultural;
>· Revolução Cubana conduzida por Fidel e Che, que de uma forma ou de outra se tornaram espelho de revolução na América Latina;
· Igreja católica com o pé na teologia da Libertação (oprimidos acima dos seus senhores);
· Os hippies pregam a paz o amor e a liberdade;
· Guerrilhas contra ditadores, na América Latina;
· Centenas de milhares de mulheres americanas contra a guerra do Vietnã.
· Descoberta da pílula para não engravidar nos EUA e Europa;
· Mulheres do 3º Mundo usando metralhadoras;
· Aqui no Brasil se fala de revolução social e sexual.
Um verdadeiro caldeirão mundial onde as coisas estão fervendo, E em todas as lutas a mulher está ativamente presente. Assim, foi chegando o momento em que a ressurreição do Dia Internacional da Mulher torna-se essencial, mas não importava os detalhes. E se consolidou da maneira como ouvimos hoje pela manhã.
- Nossa! Que confusão.
- São os retalhos que precisam ser juntados para poder ser compreendido, Litha. Digo-lhe ainda, nada do que eu disse é para ser levado a ferro e fogo, e sim para fomentar em você a fome do conhecimento, para buscar outras leituras, como O Manifesto Comunista, de Karl Marx; A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado de Engels; Direito à Preguiça de Paul Lafargue; e muitos outros autores que virão, na década de 80, Renée Côté falará sobre as várias razões de esconder os fatos verídicos do Dia 08 de Março. Aos poucos as peças vão se encaixando.
- Como a senhora sabe tanta coisa!? Já leu todos esses livros? Tem um que ainda nem existe?
- Não, não os li, nem os tenho. Além de caros, foram proibidos, censurados. Mas tive acesso a algumas pessoas maravilhosas que cruzaram minha vida, meu avô Edmilson, minha avó Lofn e tantas outras mestres Lena, Terezinha, etc. Essas bruxas e este bruxo atravessaram a minha vida e deixaram retalhos importantes para conhecer outras mulheres fortes como Clara Zetkin, Rosa Luxemburgo e inúmeras guerreiras revolucionárias.
- As mulheres têm um papel importante nas revoluções!
- E muito, minha querida. Mas vai demorar isso ser reconhecido. Preferem fazer um mito de que mulheres morreram nas mãos dos patrões do que admitir que elas são fortes e guerreiras...
-Mas muitas morreram.
- Sim, sim, minha Cara! Muitas morreram. O que eu quero dizer é que romantizam a luta feminista socialista para esconder a força da mulher. Vejamos um exemplo claro, diga-me como foi comemorado este dia tão especial para nós.
- Distribuindo uma rosa para algumas mulheres e com discurso compriiiido que ninguém nem entendeu.
- Está vendo? É utilizando-se da sensibilidade que eles quebram a força feminista. É maravilho ganhar uma flor, mas neste caso isso é uma camuflagem, nem há carinho verdadeiro nelas. É preciso duvidar das manifestações de carinho do sistema capitalista. Você lembra alguma coisa que o prefeito disse?
- Só que as mulheres deveriam ser bem tratadas, pois elas foram as escolhidas para serem mães e ser mãe é divino, maravilhoso.
- Exatamente. A maternidade é usada como ‘o divino’, o imaculado que deve ficar em casa guardada, aparentemente protegida. Isso se fortaleceu com o significado social da Maria mãe de Jesus, atribuindo o seu exemplo de mulher. Trata-se de uma mulher que vive em função do filho e é o significado da pureza. Porém isso virou pretexto para criar gerações de mulheres que são subjugadas e consideradas acéfalas. Além de filhos que ajudam a conservar as mães em casa numa redoma de vidro. Engels afirmava que as mais exploradas são as mães. A bondade maternal a deixa obediente ao marido e obediência é tudo que não precisamos. O que precisamos é aprender a nos indignar, a levantar, a lutar contra qualquer opressão. Alguém fez uma homenagem à Clara Zetkin? Á Rosa Luxemburgo? Alexandra Kollontai? Não. Eles querem mais esquecer que elas existiram, mas nós não podemos deixar. E não são apenas estas, vou lhe dar o nome de algumas mulheres brasileiras que lutaram aqui mesmo no Brasil, e infelizmente elas serão esquecidas. Um dia, se você puder, dependendo dos retalhos que você receber desta vida, sei que fará uma homenagem a elas. Sugiro uma grande comemoração o ano do centenário de Olga Benário Preste (12/02/2008), desta você ainda vai ouvir falar, não tanto quanto merecia, mas no século XXI se falará dela.
E com um semblante triste a velha contadora de histórias tira debaixo da colcha uma folha de papel e entrega para a menina que pega curiosa e começa a ler o que se intitulava:
Algumas Mulheres que se dedicaram à luta da libertação do povo:
1. Marilene Vilas-Boas Pinto – ferida e sem cuidados médicos foi conduzida às câmaras de tortura do DOI/CODI-RJ e assassinada horas depois.
2. Yara Yavelberg – psicóloga e professora 29 anos, suicidou-se em 20/08/71 ao resistir à prisão.
3. Aurora Maria do Nascimento Furtado – estudante de psicologia da USP, levada para a Invernada de Olaria–RJ, barbaramente torturada e morta.
4. Maria Regina Lobo Leite Figueiredo – Formada em Filosofia, ferida, torturada e morta pelo DOI/CODI-RJ
5. Anatalia de Souza Alves de Melo – presa violentamente torturada no DOPS-Recife para fugir das torturas suicidou-se ateando fogo em seu corpo.
6. Soledad Barret Viedma – grávida de sete meses, foi assassinada sob tortura.
7. Margarida Maria Alves – trabalhadora rural e presidente do sindicato dos trabalhadores rurais, na Paraíba. Foi assassinada.
8. Maria Auxiliadora Lara Barcellos – após torturada e obrigada a testemunhar a tortura e morte do seu companheiro, foi exilada e suicido-se.
9. Isis Dias de Oliveira – estudante da USP, presa pelo exercito, no Rio de Janeiro e não se teve mais notícias dela.
10. Suely Yomiko Kanayama, 22 anos – professora e estudante da USP, ferida em combate na Guerrilha do Araguaia e metralhada em 1974.
A Lista era enorme e com a leitura sofrível, Litha desistiu e apenas correu os olhos por toda a página frente e verso, dobrou-a cuidadosamente e guardou no bolso.
- Lembre-se que não importa mais se o dia escolhido foi o certo, mas que ele existe e pode ser usado com objetivo especifico de promover, discutir, debater propostas e claro de homenagear aquelas que deram a própria vida para que a luta tivesse o ponto de partida, e lembrar que o caminho continua e precisa ser trilhado.
No ano que vem 1975, a ONU decretará a Década da Mulher e daí por diante mito das 129 mulheres se espalhará.– impressionante como o fato da D. Mari falar do futuro não intrigava a criaturinha curiosa e nem duvidava de nada.
- Então não devemos lutar contra esse mito?
- Não. O objetivo não é lutar para derrubar o mito da origem, da data ou do fato, não vai adiantar desvalorizar o significado histórico que este adquiriu. Todavia, sempre que possível devemos retomar a verdade dos fatos que são suficientemente ricos de significados e que carregam toda a luta da mulher no caminho da sua libertação.
- D. Mari, eu tenho medo de não conseguir o que me pede. E se eu não for capaz?
- Não tema. Sei que se a vida lhe oferecer os retalhos certos e suficientes você o fará. Olhe para mim. – ordenou a mulher levantando o tórax - Eu não consegui muito, você acha que eu sei muita coisa, mas é muito pouco e a vida me deu você e dará a você um livro a mais dos que eu já li, dará outras oportunidades que podem ser poucas, mas você fará o que pode ser feito. O importante é como dizia minha vó Lofn“Avançar sem medos e sem vergonhas pelas derrotas sofridas pelas revoluções perdidas, rumo à conquista da libertação total das mulheres. Sem medo de levantar as bandeiras vermelhas da luta pela libertação da humanidade”.
- Bandeiras Vermelhas? As que tinham lá no palanque eram lilás!!??
A velha Mari sorriu e exclamou:
- Você é realmente especial! Mas a história das cores da bandeira eu conto amanhã. Agora vamos dormir que já é bem tarde.
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