Azul e Vermelho
Na pequena cidade, onde a vida é pacata,
uma dor imprevista e forte, a disputa...
a defesa de ideais, que parece bravura!
Pode ferir princípios de gente que é pura,
vermelho e azul: frases na rua se escuta.
Pode haver deslumbramento, ilusão,
que se espalha em toda parte, loucura!
Paz e guerra, depende muito da hora,
quando o eleitor toma partido e implora:
"Não vote nele", prá não sofrer amargura.
Como um imenso deserto após o pleito,
fica toda a comuna, plenamente dividida.
Vermelho, deserto imenso, depois de tudo;
azul é quem manda, altaneiro e sobre tudo.
Resplandecente agora, tudo é nova vida.
Êxtase total nas ruas, as lutas sem fim...
ondas de denúncias se espalham aqui.
O vermelho quer continuar mandando,
o azul revida, vai à luta, sai vibrando...
desfila festivamente, em toda parte sorri.
Na linha do horizonte, a dor humana
se faz sentir com a derrota do vermelho:
a insigne vitória azul, a festa do povo!
Exaustos e curvados, um a um de novo:
nova promessa, quem sabe até de joelho.
01.03.2009 - Jairo de Lima Alves
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