domingo, 8 de março de 2009

Dia da Mulher - 6

As Mulheres e o Islã
Como este tema é muito interessante e também porque há muitas coisas a ser dita sobre ele, nós abrimos o assunto aqui, mas também escreveremos mais artigos sobre este tema.
Ao começar este artigo, gostaria de dizer que a Turquia é um país laico (religião e estado são separados) e o país está em uma posição muito diferente se comparado com alguns outros países islâmicos. Na Arábia Saudita por exemplo, o Alcorão (Bíblia islâmica) é a lei, o que não acontece na Turquia. Um exemplo: na Arábia Saudita, as mulheres tem que se cobrir totalmente com roupas e lenços negros caso contrário vão para uma prisão religiosa. Na Turquia essas mulheres podem escolher se cobrir ou não e elas não serão castigadas por causa disto. A religião e a lei não caminham juntas na Turquia. Assim há uma diferença quando se fala sobre religião entre a Turquia e alguns outros países islâmicos.
Na vida social do Islã, o contraste entre mulheres e homens é bem claro. Como alguns peritos religiosos dizem, também há algumas leis que protegem as mulheres, como quando uma mulher se casa, o homem deve dar uma quantia de dinheiro a ela. Este dinheiro fica com ela e só pode ser usado com o consentimento da mesma. A mulher pode se casar só com um homem mas um homem pode se casar com mais que de uma mulher. Hoje a poligamia é proibida na Turquia e Tunísia. Na Turquia um homem só pode se casar no cartório com uma mulher e o código civil é uma cópia do código Suíço que foi implementado por Ataturk- o Fundador da República Turca. Ainda na Turquia, em uma cerimônia religiosa em uma mesquita um homem pode se casar com mais de uma mulher.
A Poligamia existe devido a dois pontos. O primeiro é explicado pela quantidade de homens que morriam nas guerras antigamente. Permitindo que um homem se casasse com mais de uma mulher significaria dizer que esta mulher poderia dar à luz a crianças que se transformariam em homens e que aumentariam exército do país. Assim, deste modo o Alcorão está protegendo o estado. O segundo ponto é explicado pelo fato de que muitos homens morreriam na guerra e deixariam a viúva sem qualquer apoio financeiro. Mulheres naquele tempo não era tão independentes quanto hoje em dia, elas não pudiam se sustentar financeiramente e não tinham nenhuma profissão. Assim essas mulheres se envolveriam em prostituição para sobreviver. Dando o direito ao homem de se casar com mais de uma mulher, de certo modo também estava dando proteção a essas mulheres. Isso tudo faz sentido?
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O divórcio é possível no Islã, mas só se o processo for aberto pelo homem que é o responsável pelas finanças do matrimônio. Há algumas regras que tornam o divórcio mais difícil. Este fato é devido a Maomé que disse: "O divórcio é a atividade legal menos querida por Deus." Na Turquia um homem ou uma mulher podem abrir um processo de divórcio legal, a regra anterior é válida somente para cerimônias religiosas islâmicas.
No Alcorão, sutra número 4 é dito que "se a mulher não for obediente, o homem deve instrui-la, leva-la a uma cama separada e bater nela". Na Turquia qualquer ser humano que é violentado fisicamente sofrerá penalidades da lei e dependendo do dano causado pode ser encarcerado.
A circuncisão da mulher não é mencionada no Alcorão e não é obrigatória. A circuncisão ainda é usada até hoje no norte da África. Hoje há uma grande oposição contra esse mutilamento.
Uma mulher pode ser identificada claramente como muçulmana se ela usa o "chador" (um lenço). Um homem não pode ser identificado facilmente, pois não há nenhum objeto especial que pode ser reconhecido tão fácil quanto o chador. O lenço pode ser de cores diferentes, geralmente preto para o mais religioso, alguns com flores ou ornamentos e também simplesmente brancos. Em países que não são laicos, as mulheres têm que usar veus negros e roupas pretas, cobrindo-se. Na Turquia há uma grande variedade de cores de lenços e formas usadas pelas mulheres muçulmanas.

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