Indio Brasileiro
Desde os primórdios, habitando o chão bendito,
as tribos se espalhavam pelas selvas imensas;
chegava o homem branco, de longínquas terras:
veio desbravando, e matava em meio às guerras,
até mesmo em nome de Deus nas matas densas.
Indios de muitas raças, pele branca e vermelha,
de arco e flecha na mão tentavam se defender.
Para conquistar o solo, com tirania e ganância,
o europeu avançava com trepidez e arrogância:
o massacre acontecia, fazendo o indígena gemer.
Os índios andavam, pelos brasis, aos milhões:
caçando, pescando e plantando a boa semente.
Sem luxo e nem vaidade, donos do bom costume
herdado por deus Tupã. Na inocência, sem ciúme
viviam os primitivos, um povo herói e temente.
Deuses desconhecidos lhes mostraram, então...
a cultura sagrada da floresta foi vilipendiada,
a religião do branco sendo imposta com rigor:
indefesas, as tribos gritavam com imensa dor.
O extermínio covarde, ação jamais perdoada.
Pobre índio brasileiro, que sem as terras ficou;
perdeu tudo, lamentando a falta de identidade...
milhões de vidas ceifadas, nenhuma compaixão:
as reduções jesuíticas são barbáries neste chão,
a prova do desamor em meio a tanta maldade.
19.04.2009 – Jairo de Lima Alves
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