A Hora do Adeus
Para escrever um artigo é
preciso antes ter um tema em mente. É assim que surgem as peças teatrais, as
letras de música, os poemas, os livros e também os artigos que são publicados
todos os dias nas revistas, nos jornais e nos canais da Internet.
A Hora do Adeus é um assunto
pertinente, eis que todos nós, em determinado tempo, não escapamos da dura
realidade de dar um adeus a alguém. Numa manhã de domingo, enquanto ouvia Mato
Grosso e Mathias no Programa Viola minha Viola, de Inezita Barroso, veio a
inspiração para relembrar alguns fatos que se encaixam muito bem, no contexto
da letra de música que continua um sucesso nas vozes da dupla sertaneja. A
estrofe inicial é assim: “Na hora do adeus, você olhou pra mim/e não acreditou, ao ver chegar o fim/tentou me seduzir,/chorando me agarrou/teu corpo ofereceu,/ pediu e suplicou/e perguntou,/Por que?/Mas eu não respondi/só pra não te ofender,/disse adeus e sai...”
No entanto, aproveitando apenas o título, vou divagar um
pouco, abordando outros aspectos de “A Hora do Adeus”, num sentido mais místico
da expressão, com o fim de prestar homenagem póstuma e lembrar tantas outras
figuras que já estão noutros planos, e que, para nós, ficaram as boas
recordações.
Não poderia esquecer meu ídolo maior – meu genitor -, que no
dia 9 de janeiro de 1997, quando completava 78 primaveras, quis o Criador levá-lo.
Isso faz 16 anos, mas a sua fisionomia não sai de minha imaginação. Ele gostava
de viola e de Tião Carreiro, e para consolá-lo no leito, oferecia-lhe alguns
acordes do jeito que sabia fazer em minha viola caipira. Ele agradecia, embora
não pudesse falar. Lembro-me com saudade dele na cama, enquanto a minha dedicada
esposa o atendia com carinho. Quase inerte, recebia do neto Castro Alves a
higienização necessária. Assim também foram os últimos dias de minha mãe, que
acometida por um câncer, sofreu muito até que, o Grande Cósmico a recolheu no
dia 9 de abril de 1988, quando ela tinha 78 anos de idade. Para os dois chegou
a Hora do Adeus, como tem sido para muitas pessoas em todos os tempos e
lugares.
O velório de entes queridos para muitos representa o fim.
Poderia afirmar sem qualquer medo de errar que a chamada morte não é o fim, mas
uma transição para a verdadeira vida. Só os ignorantes ou os desesperançados
dão o último adeus aos que fecham os olhos para este mundo. Felizmente é a minoria
que vive neste dilema, mas a maioria crê da Vida Eterna, embora sem o devido
conhecimento.
Milhares de livros e artigos foram escritos em todo o Planeta
tratando do Mistério da Vida e da Morte, no entanto, milhões de pessoas ainda
vivem no obscurantismo, e nem mesmo se esforçam para entender melhor o processo
metafísico que envolve toda a Humanidade, independentemente de conceitos
religiosos ou filosóficos.
O que aqui se coloca tem o objetivo de elucidar algumas
dúvidas que pairam nas mentes e corações diante das célebres perguntas: de onde
viemos e para onde vamos? Não é necessário que perguntas como estas sejam
respondidas. Necessário é que cada Ser Humano possa se transformar num Buscador
Perspicaz, para que, vivenciando as grandes experiências do Homem Superior,
consiga sair da ignorância e viver uma Nova Vida com muito mais esperança e
felicidade.
Os Construtores do Universo estão em estágios avançados que a
mente humana é incapaz de vislumbrar. Dentre tantos Seres Iluminados, muitas
são as luzes que ainda brilham entre nós, e nos orientam e nos dão coragem e
nos dão inteligência. Estes Seres parecem imperceptíveis, mas podem nos ajudar
em tarefas que ainda estão inacabadas. É certo que alguns são infrutuosos,
seguindo as mesmas regras do homem natural. Mas os evoluídos continuam
produzindo os melhores frutos, para que todos os humanos possam ter uma Vida
Melhor e mais Feliz.
É assim, sem qualquer exagero, e perseguindo a ótica da
Evolução Humana, que as Novas Gerações vão descobrindo as Fontes da Sabedoria,
com a percepção das coisas de maneira mais objetiva, e neste patamar, seguem no
Caminho da Luz, até que cheguem na Plenitude da Vida estando preparadas para a Hora do Adeus.
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