domingo, 17 de fevereiro de 2013

Artigo: Política Partidária e Consciência Cósmica - A/01288

Política Partidária e Consciência Cósmica.
Quando o alvo será atingido?


“O tempo não perdoa” é uma expressão legítima do estadista brasileiro Fernando Henrique Cardoso. Sem revanchismo e com denodado espírito público, ele governou o Brasil durante oito anos. O sucessor dele não teve coragem de mudar as regras e manteve o essencial em todas as plataformas de governo, logrando êxito na empreitada, com as exceções conhecidas de todos os brasileiros. FHC soube conduzir a democracia com muito equilíbrio e justiça social. Lula, por sua vez, não deixou a peteca cair enquanto governava. Agora, a mulher presidente, Dilma Rousseff, colhe os frutos e alguns infortúnios que só o tempo implacável poderá revelar tudo o que se esconde debaixo do tapete.
O Estado Brasileiro necessita com urgência implementar uma nova Política. A articulação das pessoas entre si, a formação de seus elos sociais, não está mais determinada por meios do passado, que se concentravam em torno de uma ideia-chave, a de interesse, geralmente econômico. Este continua tendo seu peso, mas que diminui cada vez mais. O bom seria que fosse empregado o pensamento de Platão em todas as esferas de governo, para que a justiça pudesse ser aplicada em sua plenitude. Podemos observar as instituições pesadas, permanentes, sólidas, como partidos, sindicatos, associações de defesa de interesses precisos e lobbies, que vão crescendo, e aumentando seu peso relativo na cena política.

 Maquiavel, em sua Obra “O Príncipe” dá instruções significativas aos governantes de seu tempo, cujos respingos podem recair sobre as novas cabeças, se quiserem atentar para essa realidade. O que alguns agentes públicos de hoje deixam transparecer é que “a política moderna não é das virtudes, mas dos interesses.” Deixando de exercer a democracia, eles se perdem e assim, não conseguem construir um reino duradouro. Talvez alguns destes gestores modernos se esqueçam de que “virtude na política é a capacidade do líder para agir de maneira criativa e bem sucedida, vencendo as circunstâncias”.

Fazer Política com P maiúsculo seria o ideal em toda a sociedade organizada. As picuinhas jamais poderiam ter destaque, em detrimento de uma nova ordem das coisas. As pessoas deveriam ser respeitadas muito acima das convicções partidárias. Os formadores de opinião, os mestres e tantos outros profissionais precisam ocupar o seu espaço no contexto cultural e social, sem que a hostilidade os atinja por força de uma agremiação partidária, ou simplesmente por mero sentimento de proselitismo político.

 Apesar de tantas mudanças que se verifica em todos os sistemas de coisas, ainda acontecem cenas estarrecedoras, quando detentores do poder, os pseudo-líderes se armam para exercer a democracia pelo avesso, utilizando a força do mal, com o estigma de perseguição cujo objetivo é, sobretudo, adotar a tática infame do narcisismo para se manter no poder. Iludem-se todos os que pensam que vencerão agindo desta maneira. É bom lembrar sempre que os maiores líderes mundiais, e poderia citar Mahatma Gandhi, venceram com a atitude da não-violência.

Motivados por questões de somenos importância, os tais promovem um rebuliço, imaginando-se heróis por uma atitude mesquinha e nefasta, indigna de um representante popular. Os homens que agem assim não ficarão impunes, basta reviverr a História da Humanidade em suas muitas etapas. Onde está o Império Romano e seus Grandes Imperadores? E Hitler, o que aconteceu com ele? Pela adoção de medidas impróprias e arrogantes, muitos tombaram...

 Diante de um quadro não muito diferente de situações vividas no passado, o que pode abrir-lhes os olhos? Só a Luz Divina, por meio de seus Obreiros, pode contribuir para uma perfeita paz aqui, ali e acolá. Os sanguinários e todos os que são propensos a guerrilhas, não subsistirão à Potente Mão do Criador.

Seria um erro proclamar, e pior ainda celebrar, o fim dessa política revanchista e atrasada. Ela continua forte ainda em nossos dias, mas ai dos insensatos que perseguem e que querem fazer valer os espúrios desejos do homem. A esses, está decretado um fim trágico, onde todas as lembranças se apagarão porque para eles mesmos cavaram uma sepultura. É lastimável a expressão profética, mas isso serve de alerta para que despertem das trevas da negligência e possam viver na Luz.

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