DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Hoje, quando
paramos para analisar o que fazemos para garantir a qualidade de vida,
felizmente, podemos notar que a população está cada vez mais engajada em
contribuir com ações para preservar os nossos recursos naturais.
Um dos
pontos mais positivos que devemos ressaltar é que o brasileiro está mais
consciente em relação ao tema. Prova disso é a pesquisa Barômetro de
Biodiversidade 2013, feita pela União para o Biocomércio Ético (UEBT). O
levantamento nos mostra que somos o povo mais bem informado quando o assunto é
biodiversidade. Entre os entrevistados, 96% já ouviram falar e 51% sabem
definir o termo corretamente. Esses números nos colocam na frente de países
como França, China, Suíça, Coréia do Sul, Inglaterra, Japão, EUA, Peru,
Alemanha e Índia.
Ainda sobre
essa pesquisa, outro dado que chama a atenção é que 81% dos brasileiros
disseram estar preocupados em conhecer a origem dos ingredientes naturais
usados para produzir cosméticos, alimentos e bebidas. O estudo global mostrou
também que 84% das pessoas deixariam de consumir produtos de marcas que não
possuem boas práticas na cadeia de abastecimento e 87% desejam que as empresas
divulguem mais informações sobre o tema.
Ao olharmos
para o setor de cosméticos naturais, podemos notar o fortalecimento da
indústria que produz itens a partir de matérias-primas da região amazônica. Ao
lermos um rótulo, já encontramos ingredientes como o murumuru, cupuaçu, açaí,
pracaxi, andiroba e castanha do Brasil. Tratam-se de poderosos ativos com
propriedades hidratantes, nutritivas e antioxidantes. São altamente
recomendados para o tratamento dos cabelos e do corpo, pois, diferentemente dos
produtos sintéticos, não agridem o meio ambiente e ainda contribuem com a
profissionalização e crescimento das comunidades que fazem o manejo dos
insumos.
No país
existem empresas que estão engajadas em realizar um acompanhamento ao longo de
toda a cadeia de origem e processamento das matérias-primas provenientes dos
biomas brasileiros. No entanto, esse é um ponto que pode e deve ser melhorado
ao longo dos próximos anos. O estudo realizado pela UEBT mostrou que apenas 24%
das 100 líderes de mercado comunicam aos seus consumidores o que estão fazendo
em prol do meio ambiente. Certamente, aqueles que já adotaram as ações de
sustentabilidade em sua política estão muito à frente. São elas as companhias
que estão apoiadas no tripé da sustentabilidade e realizam todas as suas ações
baseadas no respeito ao meio ambiente, desenvolvimento social e obtenção de
lucro consciente.
A conscientização
e a preservação devem ser práticas constantes. Ainda precisamos trabalhar muito
para que tenhamos condições de dizer, daqui alguns anos, que 100% das pessoas e
empresas estão engajadas, na teoria e na prática, com o assunto. (Malena Damasceno)
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