segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Ação Policial na Fronteira Brasil-Paraguai

MEGAOPERAÇÃO DA PRF DEIXA
CLIMA TENSO NA FRONTEIRA
A presença da Polícia Rodoviária Federal tem sido
constante desde a época em que carros de policiais
foram incendiados na base da PRF de Mundo Novo. 

O repórter César Galeano noticiou o fato no dia 11 de julho: “Dois carros que estavam estacionados no pátio do Posto da Polícia Rodoviária Federal, em Mundo Novo, incendiaram-se. O fogo iniciou-se entre 18:10h e 18:30h. Acionado, o Corpo de Bombeiros conteve as chamas. Um dos carros o Fiat Uno de placas AKM 3041, de Guaira (PR), ficou totalmente destruído pelas chamas, enquanto o outro, um Honda Civic com placas HTG 1040,de Mundo Novo (MS), teve danos parciais na parte dianteira ficando totalmente coberto de fuligem. A Polícia Federal também esteve no local. Resta saber quem dará seguimento às investigações para apurar o caso.”
A partir deste episódio e na tentativa de se descobrir os autores do crime, as corporações policiais não têm dado tréguas, com o aumento de efetivo na região fronteiriça, mas, apesar de todo o esforço despendido, a empreitada não tem sido bem sucedida. Prossegue pelo ar e pela terra as operações policiais na região Cone Sul, principalmente nos arredores de Mundo Novo, que possui grande fluxo turístico pela proximidade com a cidade de Salto del Guairá, no Paraguai.

Mais recentemente, o trabalho das polícias foi intensificado e tem gerado alguns conflitos em setores da sociedade organizada nas cidades fronteiriças. No último sábado, 10, taxistas de Salto del Guairá realizaram manifestações, impedindo a entrada e a saída de turistas em represália a atitude de integrante da polícia brasileira, que teria praticado atos de violência contra paraguaios, conforme declaração de alguns taxistas que se faziam acompanhar do prefeito Eduardo Paniágua, de Salto del Guairá. O comando da operação no último final de semana disse desconhecer acordo entre os dois países que permite os taxis efetuarem o transporte de passageiros, limitando-se a informar que o trabalho realizado naquele dia na entrada do Paraguai era uma rotina para averiguação de documentos de veículos. Após o diálogo entre integrantes da PRF e a autoridade política do país vizinho, a situação ficou amena e o trânsito foi normalizado para a alegria de turistas que ficaram privados do direito de ir e vir durante um bom espaço de tempo.
Sem dúvida, a região toda sofre muita influência turística e também do contrabando e descaminho, o que contribui para uma ação mais enérgica dos policiais. No entanto, como bem expressou o comunicador Waldomiro Sobrinho, na Rádio Pantanal, “nem todos são bandidos, como querem demonstrar em megaoperação, onde milhares de reais são gastos todos os dias, sem resultado prático.” Na verdade, o bem sempre está acima do mal, e é com este espírito que o trabalho das polícias deve ser feito. A investigação deve prosseguir com o fim de colocar os vândalos ou criminosos no lugar que eles merecem, mas a sociedade não pode pagar o preço em detrimento de todo o aparato policial instalado na região há mais de um mês. Se persistir este clima por mais algum tempo, sem que o objetivo seja atingido a região toda terá o impacto negativo com a economia em declínio, em razão da movimentação turística na cidade paraguaia, que tem um comércio muito forte e que emprega centenas de trabalhadores brasileiros, oriundos de Mundo Novo e de Guaíra.

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