Apesar da pouca importância
que lhes damos, ou que no dia-dia sequer percebamos sua existência, os órgãos
sensoriais visão, audição, paladar, olfato e tato, são os responsáveis pela
integração social de cada indivíduo do planeta Terra.
Com a visão podemos nos
aproximar de lugares muitas vezes distantes, como a lua e as estrelas, evitamos
tropeçar nos obstáculos por onde caminhamos, admiramos as belezas da natureza,
da pessoa amada e, sem ela, tudo seria mais difícil.
Pela audição, recebida pelo
canal corporal por vibrações, somos educados, tomamos conhecimento das notícias
e satisfazemos nossas curiosidades culturais ao ouvir, durante toda a vida,
respostas aos questionamentos sobre os mais diversos assuntos e coisas que nos
fazem rir, chorar ou ficarmos maravilhados, como o choro do recém-nascido, o
canto de um pássaro, o vento na folhagem e a água escorrendo da fonte no alto
do morro em direção do mar.
Através dos modernos meios
de comunicação atualmente existentes, quando utilizada juntamente com a visão é
possível nos comunicarmos com pessoas que estão do outro lado do planeta ou
mesmo em outro, como a Lua, vendo-as e ouvindo-as ao mesmo tempo, eliminando
assim qualquer distância que no passado dificultava a comunicação e a
integração entre pessoas, povos e nações.
Com o paladar saboreamos
todas as variações entre o doce, o amargo e o ácido, os prazeres que a
alimentação nos proporciona e milhões de outros como aqueles sentidos durante
um beijo. Pelo olfato é possível perceber todas as variações existentes de
cheiros, como o da terra após a chuva, dos perfumes, de coisas frescas ou
estragadas e o da pessoa amada.
Mas é o tato nosso maior
sensor, tanto que ele é capaz de suprir a maior parte das necessidades das
pessoas com deficiências visuais. Com ele sentimos a rigidez ou flacidez dos
objetos, sua temperatura, textura, ou experimentar prazeres, como os sentidos
quando suavemente tocamos a pele de nosso parceiro.
Milhares de outros prazeres,
como cócegas ou arrepios, são todos provenientes de toque físicos, mas com a
idade aprendemos a importância de tocar as pessoas - principalmente aquelas que
nos são queridas -, de outra maneira, a emocional.
Quando já maduros nos
apaixonamos e amamos de modo diferente daquele de nossa juventude, pois agora
estamos em busca de tranquilidade, companheirismo, cumplicidade e,
principalmente, de amizade. É uma fase quando já aprendemos a importância de
constantemente elevar a autoestima de seu parceiro, aceitando-o como é, e não
tentando moldá-lo à sua imagem imaginária de pessoa perfeita.
Passamos a perceber a
importância de tocá-la emocionalmente. Pequenas lembranças como a de, sem que
ela espere, comprar no supermercado sua fruta preferida, levar-lhe flores ou
trazer qualquer outro tipo de lembrança quando viaja, são demonstrações de
carinho que fazem a pessoa sentir-se amada.
Esse tipo de atitude
certamente tocará profundamente sua parceira, atingindo-a em seu sentimento
mais íntimo, comumente chamado de alma e naquilo que é mais importante na
manutenção e crescimento de um relacionamento maduro: o sentir-se querida.
Ela pode esquecer o
que você disse ou fez, mas nunca o que a fez sentir. E provocar a elevação da
autoestima da companheira gera retribuições exponenciais.
(João
Bosco Leal www.joaoboscoleal.com.br)
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