As vezes precisamos ser submetidos a grandes provas, muitas vezes por demais dolorosas, para sabermos que existe algo maior que nos une como irmãos. Nestes momentos, esquecemos nossos dogmas religiosos, nossa comodidade, a distancia física e qualquer outro empecilho para demonstramos o nosso cuidado com o outro. Algumas vezes colocamos em risco até mesmo a nossa integridade física, até mesmo a nossa própria vida. Isso prova que o ser humano não perdeu totalmente a sua essência, que é ser bom.
A imprensa, através dos mais diversos meios, entra na
nossa casa e apresenta exemplos e mais exemplos do que estamos falando. O que
talvez esteja nos faltando seja um olhar mais aprofundado para uma ação tão
nobre. Focamos no acontecimento em si e esquecemos de dar o devido destaque às
ações dos anônimos que agiram em prol de pessoas, que muitas vezes, nunca
chegaram a sequer cumprimenta-los.
No final do parágrafo anterior citei as ações e é sobre
elas que preciso voltar a falar. Em situações extremas, a nossa ação pode
ser apenas de se indignar, de se chocar ficando emocionalmente abalado, de
reclamar para um membro da família ou para um amigo sobre omissão das
autoridades e alguns dias depois praticar a ação do esquecimento, discutir
sobre a ganância, sobre a falta de escrúpulos de alguns empresários, sobre a
irresponsabilidade e sobre a inconsequência... Ou simplesmente não fazer nada.
Por outro lado, podemos agir de verdade, levar um pouco
de consolo, de afeto, de qualquer coisa que possa ser utilizado para minimizar
o sofrimento do outro. E foi isso que várias pessoas fizeram. Elas agiram, na
maioria das vezes de forma voluntária, para dar o mínimo de conforto às pessoas
que foram afetadas numa recente tragédia que afetou não o Brasil, mas o todo o
mundo devido às suas dimensões e consequências.
Foram fortes o suficiente para enfrentarem as condições
que encontram, buscaram as forças que talvez desconhecessem que tivessem,
superaram limites. Tentaram vencer obstáculos. Nem sempre conseguiram, mas não
se deixaram abater.
Foram várias as formas de demonstração de solidariedade:
ouvindo, falando, cuidando... dos outros e esquecendo de si mesmo. Sem
distinção de raça, sexo, credo. Tudo em uma clara representação física do amor,
da personificação do amor, como diz um dos meus mestres.
Se a dor dos envolvidos nesta triste história, com a
participação destas pessoas foi grande, sem sombras de dúvidas, sem elas teria
sido muito mais intensa.
Pessoas especiais: Obrigado por vocês existirem! O mundo
fica melhor porque vocês fazem parte dele. As pessoas das quais falamos até
gora, deram exemplos de altruísmo, de comportamento humano, de cidadania e de
amor ao próximo. E por essa razão que eu afirmo: Viver vale a pena. Vocês deram
provas disso! Esse artigo é dedicado a todas as pessoas que de uma forma ou de
outra estiveram envolvidas com a tragédia de Santa Maria.
(Odilon Medeiros – Consultor em gestão de pessoas,
palestrante, professor universitário, mestre em Administração, especialista em
Psicologia Organizacional, pós-graduado em Gestão de Equipes, MBA em vendas
Contato: om@odilonmedeiros.com.br
/ www.odilonmedeiros.com.br)
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