A FÚRIA DA NATUREZA
Além de tantos fenômenos naturais ao longo da história, a Humanidade assistiu estarrecida a mais dois terremotos devastadores em apenas 45 dias, mostrando a violência das forças da natureza sob a fina crosta da superfície da Terra. A Terra voltou a tremer várias vezes. Os sismógrafos haviam registrado mais de cincoenta desses eventos, muitos deles com intensidade superior a 6 pontos na escala Richter.
No Haiti, a 12 de janeiro de 2010, o terremoto equivalente a 30 bombas atômicas. Conforme o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o terremoto ocorreu a cerca de 10 quilômetros de profundidade, a 22 quilômetros de Porto Príncipe. Esse primeiro terremoto antecedeu outros dois de magnitudes 5,9 e 5,5. Esse fato promoveu grande destruição na região da capital haitiana, estima-se que metade das construções foram destruídas, 250 mil pessoas foram feridas, 1,5 milhão de habitantes ficaram desabrigados e o número de mortos ultrapassou a 200 mil.
Em questão, as placas tectônicas. A forma como se movimentam as placas tectônicas, só ficou conhecida nos anos 60, quando o geólogo americano Harry Hess apresentou a teoria da ação do magna, no processo chamado corrente de convecção. A crosta terrestre é dividida em doze grandes placas tectônicas que se movem sobre o magna. Os terremotos ocorrem no encontro entre essas placas. O Chile situa-se sobre o anel de fogo, a falha geológica repleta de vulcões que contorna o Pacífico. Até 1912, quando o climatologista alemão Alfred Wegener propôs a teoria da deriva continental, pensava-se que os continentes eram massas de rocha imóveis.
A exemplo da água que ferve numa panela, o magna aquecido se expande e sobe à superfície. À medida que sobre, esfria e volta às camadas mais profundas da Terra. Quando o magna encontra uma fenda na crosta terrestre, ele emerge e forma um vulcão. A mais profunda perfuração feita pelo homem atingiu 12.3 quilômetros, apenas 12.3% da crosta e 0.19% da distância entre a superfície e o núcleo do planeta.
Os geólogos calculam que ocorrem milhões de terremotos por ano no mundo, passando despercebida a maioria deles. Os sismógrafos registram cerca de cinquenta tremores a cada dia, ou quase 20.000 por ano, de diferentes magnitudes. Por exemplo, o tremor no Chile deslocou o eixo do planeta em 8 centímetros e encurtou os dias em 0,00000126 segundo. Como o epicentro do tremor foi no oceano, ele gerou também um tsunami com ondas de até 40 metros de altura, tendo o mar varrido as cidades litorâneas, com dezenas de mortes. No Chile, como também no Haiti, caos e devastação. Os prejuízos são incalculáveis, ficando em pânico tantos os haitianos como os chilenos, ao sentirem na pele os efeitos da fúria da natureza, que cobra do homem os males que tem feito aos irmãos de toda espécie, razão pela qual terá que aguardar algum tempo para que tudo possa ser reconstruído. O Haiti na extrema miséria e o Chile em tempos de prosperidade. Com os danos dos terremotos, tanto um como o outro terão que recompor a sua economia, buscando um novo estilo de vida, se quiserem superar a agonia a que estão submetidos.
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