terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Livro 14: Capítulo XXVI - Voz do que clama no deserto

CAPÍTULO XXVI

VOZ DO QUE CLAMA NO DESERTO

O último dos profetas, citado nas Escrituras Cristãs, é João Batista, a voz que clamava no deserto, anunciando as Boas Novas, como o precursor do Mestre Jesus. Recebeu ele a nobre incumbência de Deus de levar a mensagem divina a um povo sofrido, a quem batizava nas águas do Rio Jordão.

A história desse profeta é, em todos os aspectos, emocionante, e serve de exemplo ainda para os nossos dias. Ele levava ao povo uma mensagem singela, mas cheia de virtude e poder. A história desse profeta neotestamentário não tem o mesmo peso biográfico, ou o mesmo volume de informações que a de tantos outros personagens da Bíblia Cristã.

Os maiores relatos sobre esse arauto de Deus na Terra são altamente impactantes, no entanto pouquíssimos teólogos se arriscam a comentar a importância que teve ele na vida de milhares de pessoas de seus tempo, e nos primórdios do Cristianismo.

João era a voz que clamava no deserto. Pregava a mensagem do arrependimento e convidava as pessoas à restauração da vida, e que fossem batizadas em águas, como o símbolo maior de arrependimento. Havia sobre João a unção divina, e a ele coube a missão de preparar o caminho para a vinda do Messias. Ele endireitava as veredas para muita gente naqueles dias, enquanto se aproximava o momento em que o Filho de Deus pudesse nascer, para cumprir o seu Ministério.

O ministério de João Batista impactava tantas pessoas, que muitos saiam de cidades vizinhas, dirigindo-se ao local, onde anunciava as Boas Novas de Salvação. Cada palavra que ele pronunciava, era repleta de poder, ao ponto de multidões descerem às águas batismais.

Após a sua transição, em decorrência do episódio conhecido de todos, Jesus declarou aos seus discípulos que “dentre todos os nascidos de mulher, não há maior profeta do que João Batista.” João fez a sua parte, pregando no deserto e fazendo a vontade de Deus. A Bíblia diz claramente que ele se alimentava de gafanhotos e mel silvestre.

No estilo de vida que João escolheu para viver, deu ele um grande exemplo para todos nós. Ele viveu momentos difíceis, mas também teve momentos de glória, como é a nossa vida ainda hoje. Todos os homens de Deus experimentaram contradições, e com João Batista não foi diferente. Nós, de igual forma, enquanto aqui vivermos, teremos uma ingestão diária de coisas boas e ruins. Nem mesmo o Mestre Jesus escapou dessa dura realidade. Num momento, Ele estava nas águas do Rio Jordão; em outro, no deserto. Em algumas ocasiões, o Mestre era elogiado; em outras, era tentado e criticado.

Para concluir, reflitamos sobre a vida de João no deserto, comendo gafanhotos e mel. Na alimentação, ele equilibrava o alimento amargo com o sabor do mel. Nós também, seguindo o exemplo de João, vamos experimentar coisas amargas, mas teremos agradáveis momentos, e na doçura do mel, seremos alcançados pela graça divina.

 

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