terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Livro 14: Capítulo XXVIII - O Domínio da Vida

CAPÍTULO XXVIII

O DOMÍNIO DA VIDA
O Domínio da Vida constitui-se em viver não sob controle, mas no controle, com destino definido e propósito estabelecido, e não mais como uma nau ao sabor dos ventos e das borrascas. Aquele que assim vive é não só o agente da Alquimia Rosacruz em vários planos mas também o seu paciente, igualmente em vários planos de compreensão e tendo o controle desse processo. Aquele que obteve o Domínio da Vida pode, entre várias coisas, decidir se reencarna como a continuação de uma linha de pensamento específica, inclusive definindo como será a sua nova personalidade, para a consecução de uma meta. Como também pode decidir ir para a Vida Eterna. Quando se pensa que a quase absoluta maioria da Humanidade ao fim da vida terrestre será simplesmente reciclada no cadinho do Nada Absoluto, sem que cada unidade de manifestação do Ser possa decidir seu destino com autonomia, tem-se a medida da importância dos Estudos Rosacruzes desenvolvidos e organizados pelo Mestre Alden. Através desses estudos o homem, sem perder a condição de abelha da colméia, torna-se simultaneamente a consciência coletiva dela. Akhenaton, através da Escola Os Iluminados, uma escola secreta de 39 membros, se reunia no dia egípcio da semana equivalente à quinta-feira. É esta a razão principal de ser esse dia denominado de “Dia Rosacruz”.

Assim como a Maçonaria se intitula uma sociedade secreta, assim também são os Rosacruzes (Atualmente, são consideradas Sociedades Discretas). No século 18, deu-se o título de Rosa-Cruz a todas as entidades que afirmam ter relações secretas com o mundo invisível. Da mesma forma como a Maçonaria nega sua condição de entidade religiosa, assim o fazem os Rosacruzes. Pode-se afirmar, entretanto, que o Rosacrucianismo é um tipo de sociedade religiosa eclética ou sincrética, pois admite em seu quadro associativo pessoas de todas as religiões. Tem seu Templo, e a sua loja do lar, chamado Sanctum. Tem seus sinais de reconhecimento, tem palavras de passe e apertos de mão, tem também diversos graus, com cerimônias especiais, as iniciações, para a entrada nesses graus. O trabalho Rosacruz se torna uma religião para alguns de seus membros. Exemplo disso é o atual Imperator, Christian Bernard, que adota a Rosa-Cruz como sua Religião. Isto é verdade desde que com isto não se queira dizer que a Ordem se transforme em igreja. Aos rosacruzes pede-se que frequentem as suas respectivas igrejas, e que cooperem no bom trabalho que estão realizando; ao mesmo tempo, porém, os ensinamentos podem se tornar a religião de uma pessoa, seja ela metodista, presbiteriana, protestante episcopal, católica romana ou de qualquer outra crença. O místico é sempre um sincero estudante de teologia básica. Todavia, além de associar-se a igrejas sectárias a fim de auxiliá-las na importante obra que estão realizando, o Rosacruz é liberal, é tolerante em sua religião e vê Deus em tudo e em cada uma de suas criaturas. Se para o estudante, os ensinamentos rosacruzes tiverem se tornado sua religião, deixe que eles permaneçam assim, como coisa pessoal, apenas sua, e não permita que um gesto ou uma palavra de sua parte possa sugerir a alguém que prefere permanecer afastado das igrejas devido aos seus estudos rosacruzes. É importante afirmar que o Adepto da Fraternidade Rosacruz é muito mais dedicado a ela do que à denominação religiosa ou similar, quando este possui mais de uma filiação, visto que a instrução que normalmente recebe é completa e insubstituível em todos os sentidos.
Segundo as declarações de Harvey Spencer Lewis, a Ordem Rosacruz funciona por ciclos de atividade de 108 anos, seguidos de um período inativo de igual duração. Segundo este cálculo tradicional, a Ordem Rosacruz AMORC deverá fechar suas atividades no ano 2017, tendo em conta 1909 como ano em que teve início o ciclo atual. No entanto, à medida que a data acerca-se, as autoridades de AMORC têm tentado subestimar o ciclo, afirmando que na atualidade não há mais necessidade de trabalhar com os ditos períodos de silêncio.

 

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