Filinto Muller foi militar e político e uma das mais controvertidas
figuras de nossa história nos meados do século passado. Como militar participou
do movimento tenentista de 1922, da revolução paulista de 1924 e da resistência
de Catanduva, no Paraná, sob o comando do general Isidoro. Trabalhou desde a
fase conspiratória da revolução de 30, que levaria Getúlio Vargas ao poder. Em
1932 é nomeado chefe de polícia do Distrito Federal, onde permaneceu por dez
anos. Nesta função, o seu ato mais notável foi a entrega ao regime nazista de
Adolf Hitler na Alemanha, da judia Olga Benário, mulher do líder comunista Luis
Carlos Prestes, episódio celebrizado nos livros “Falta alguém em Nuremberg” e
“Olga”, dos jornalistas David Nasser e Fernando Moraes, respectivamente. Como
político, foi nos últimos tempos de seus quatro mandatos de senador, um dos
mais influentes do país, alcançando a liderança do governo e a presidência do
Senado. Sua primeira eleição para o Congresso foi em 1947, reeleito
sucessivamente, em 1954, 1962 e 1970. Em 1950 foi candidato a governador do
Estado (PSD) e perdeu para Fernando Correa da Costa (UDN). Morreu com 73 no dia
11 de julho de 1973, dia de seu aniversário, em desastre de avião em Paris. Seu
domicílio eleitoral sempre foi em
Campo Grande.
Nenhum comentário:
Postar um comentário