sábado, 2 de fevereiro de 2013

Artigo: Drogas - A/01273

Drogas sob Medida

Há tempos tenho ensaiado tratar deste assunto, numa abordagem original. Na tentativa de ser objetivo ao máximo, ainda que o assunto DROGAS resvale num tabu. É uma palavra que soa como algo incômodo, ilícito, até mesmo associado com a marginalidade e, de um salto, para crimes repulsivos, hediondos, e que recomenda como evitável esse assunto tão incômodo quanto tão presente em nossa sociedade.

Para dizer o óbvio, o consumo indiscriminado de narcóticos desaguou num inconveniente ainda mais grave, porque envolveu outro ingrediente perturbador: o dinheiro que oferece poder aos traficantes e todo aparato humano de que eles se servem na manutenção de um negócio assaz lucrativo, isento de impostos, ainda que tenham que arcar com prejuízos de apreensão em massa e se obriguem a uma vida à margem do processo social e econômico do país.

Pelo espaço aqui disposto, meu intento seria expor uma verdade - certamente do conhecimento das autorides sanitárias em geral. O emprego de fármacos antidepressivos e calmantes - embora eu não disponha de estatísticas - pelo pouco que posso constatar, está generalizado. Claro que são as drogas usadas sob prescrição médica e que, haja vista, são eficazes para a saúde mental e emocional de grande número de pessoas.

Havemos de convir que o ser humano é um ente totalmente desabilitado para este mundo em que vive e convive. A mente humana é de uma complexidade inexplicável. Tanto na parte somática quanto na parte psíquica, essa dualidade topa a cada momento, em cada circunstância, com questões que não deixam de causar mal-estar, apreensão, medos, ódios, revoltas, incompreensões, impulsos de toda ordem.

Percebemos, e tanto a neurociência quanto a psiquiatria, em grande parte dos casos patológicos, logra êxitos consideráveis com seus pacientes. O arsenal farmacêutico hoje em dia é realmente muito satisfatório também no aspecto de desarranjos nervosos.

Quero crer que se houvesse uma avaliãção precoce, por parte de profissionais competentes - e os temos felizmente, ainda que não em tão grande número, a partir da Educação infantil um trabalho de aferição das condições psicológicas de nossas crianças, a elas prescrevendo medicamentos apropriados, evitaria que caíssem no fosso da automedicação ou do recurso sugerido pelos traficantes, ou mesmo pelas ditas más companhias. 

Acho que é um caso a se pensar e levar em conta, porque as famílias da classe média pra cima, pelo que conheço, normalmente, lá em certa fase da vida, mormente na adolescência, confronta-se com problemas que, se assistidos com o que poderíamos chamar a "droga certa", lícita e adequada, em muitos aspectos faria muito bem às nossas novas gerações. É um caso de se pensar e pôr em prática, porque não adianta tentar liberar a droga, para que os dependentes se automediquem. Estamos vivendo uma era em que prevalece a ciência, cujas mostras de eficiência e valor dispensam comentários.

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