segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Livro 14: Capítulo IV - Sincretismo e Ecumenismo

CAPÍTULO IV

SINCRETISMO E ECUMENISMO

Sincretismo e Ecumenismo: o que seria mais aceitável? Filosoficamente e dentro de um conceito geral, a tentativa de elucidar algumas dúvidas aqui no tocante ao Sincretismo e ao Ecumenismo no contexto da Espiritualidade. Existem muitas maneiras de interpretar a ideia, mas é preciso aplicar algumas formas mais adequadas para a compreensão dos termos utilizados pelos religiosos.

Sincretismo é uma fusão de doutrinas de diversas origens, seja na esfera das crenças religiosas, seja nas filosóficas. A origem se deve provavelmente ao livro “Moralidades”, de Plutarco no capítulo “amor fraternal”, onde comenta que os cretenses esqueciam as diferenças internas a fim de se unir para combater um mal maior. Então, sincretismo é agir como os cretenses agiam, unir coisas dispares, apesar das diferenças, a favor do que é semelhante. Noutras palavras, Sincretismo é a mistura de conceitos, com o fim de agradar a todos indiscriminadamente. A prática não é muito aceita pelos Adeptos mais conservadores de doutrinas espiritualistas. Na história das religiões, o sincretismo é uma fusão de concepções religiosas diferentes, ou, a influência exercida por uma religião nas práticas de uma outra. Seria, mais ou menos, a utilização de elementos de uma religião em conjunto com os elementos de outra crença.

Durante o período de decadência Romana, os germânicos começaram a entrar em seus territórios, de forma pacífica e armada misturando as culturas cristã romana com a mitologia germânica. Roma se tornara cristã em certo tempo e tentou cristianizar os germânicos, mas estes estavam muito ligados com a cultura local. Também entre nós, em lugares de influência africana, os cultos afro se misturam com os costumes cristãos, sejam eles católicos ou evangélicos.

Ecumenismo é outra coisa. É possível o diálogo interreligioso, mantendo o respeito às diferenças religiosas e praticando os pontos comuns, quando isso for conveniente para as partes. A doutrina central é da Bíblia Cristã e os pontos divergentes não são discutidos, evitando-se os conflitos.

Há quem condene o Ecumenismo, mas é saudável o convívio de Adeptos de diferentes doutrinas. Os pontos fundamentais da fé são observados, surgindo daí o sentimento de união entre uma corrente religiosa e outra, mesmo entre os mais radicais da fé cristã. As relações interreligiosas são importantes em todos os sentidos, porque reúnem as pessoas com objetivos semelhantes, na busca do mesmo Deus.

Então, de acordo com os intérpretes da religião e de exegetas renomados, o Sincretismo deveria ser evitado sob todos os aspectos por se tratar de uma mistura sem sentido com a infiltração de cultos pagãos nos lugares consagrados ao Cristianismo. Já no Ecumenismo, acontece o Culto Cristão dentro dos mesmos princípios com poucas divergências de ordem doutrinária. Os pontos comuns são evidenciados, deixando de lado as divergências menos acentuadas aos participantes do Culto em epígrafe.

 

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