... POUCOS OS ESCOLHIDOS
De um valoroso intérprete das Escrituras, anotei boas lições, que tento
passar para os leitores atentos. O questionamento foi assim, num fórum:
“Gostaria de uma análise da antiga máxima MUITOS SÂO OS CHAMADOS E POUCOS OS
ESCOLHIDOS. Em muitas escrituras ficou registrada a relutância do Mestre em
proclamar a verdade, após sua iluminação: “Quem irá ouvir?”, “O que vou dizer?”,
“Quem poderá entender?”
As coisas que me aconteceram, se alguém me contasse, sem que elas
tivessem acontecido comigo, eu também não teria entendido. A mensagem de todos
os mestres, em todos os tempos, tem sido um chamado – por vezes, uma sacudida,
ou mesmo um impacto – com o propósito de nos acordar, de fazer com que nos
despertemos para a realidade existencial, para uma consciência de dimensão
cósmica, que é de eterno êxtase. Porém, poucos são os que escutam o chamado.
Por que os que escutam o chamado são tão poucos? Isso diz respeito à média
evolutiva da Humanidade e as necessidades das experiências que nesse estágio
deverão ser vivenciadas.
Entendemos que todas as pessoas bem intencionadas, e também nós
desejamos assim, que fossem mais numerosos os que escutam o chamado divino. Há
uma escritura que diz o seguinte: “Ouvir é possível a qualquer um, escutar só é
possível aos que são silenciosos.” Esses são os poucos que serão ESCOLHIDOS.
Talvez não seja exagero dizer que quando mil são chamados, só cem ouvirão.
O chamado só é ouvido por aqueles que estão muito próximos de acordar,
que já dormiram quase tudo o que precisavam e estão próximos do despertar. Dos
cem que ouvirão, apenas dez começarão realmente a se mover. Ouvem, mas não
entendem, ou simplesmente entendem outra coisa. Dos dez que começaram a se
mover, apenas um chegará. Um já é o suficiente, não deve querer mais. Isso já é
o bastante.
Como podemos ver, o Caminho é mesmo estreito, e são poucos os que
conseguem caminhar por ele. A proporção que o articulista apresenta aqui chega
ser assustadora, no entanto, para se chegar à plena Luz, os degraus têm de ser
percorridos. Uns, pela Senda do Misticismo e outros, nos caminhos da religião.
Tanto numa situação como na outra, prevalece a palavra do Mestre, enfatizando
que “Muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.”
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