segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Livro 14: Capítulo XVIII - O Homem mais Rico do Vale

CAPÍTULO XVIII

O HOMEM MAIS RICO DO VALE
Existem em todo o Sistema de Coisas criaturas humanas vivendo no engano, porque não tiram um tempo para refletir melhor o significado da Vida. Todos os lugares, todas as cidades e vilas, todas as metrópoles, todos os rincões… enfim, em toda parte os homens podem ter felicidade, mas também podem ser infelizes. É bom que saibamos que a felicidade pode residir numa casinha de sapé, enquanto pessoas supostamente felizes acabam se suicidando pela falta de paz.

A riqueza é uma coisa relativa para todos os seres humanos em todos os continentes. O Ter nem sempre traz a felicidade plena, embora a Verdadeira Prosperidade seja também composta por dinheiro. A riqueza bem adquirida e utilizada com equilíbrio faz bem a todas as criaturas. A confusão permanece na mente de todos os gananciosos e egoístas no momento de traçar um paralelo entre o Ter e o Ser. Há quem diga que a questão é meramente utópica, porque ninguém neste mundo consegue viver sem o vil metal. É verdade, mas quando mal usado, o dinheiro provoca desgraças na vida de qualquer pessoa.
Não é muito fácil o homem natural entender a diferença entre o Ter e o Ser. De pronto, qualquer um pode afirmar que “o dinheiro compra todas as coisas, até mesmo as consciências”. Tudo bem, mas é necessário que a Mente Infinita entre em ação, no sentido de promover a transformação espiritual de todos os homens, fazendo com que eles possam evoluir integralmente, e assim, superar este equívoco do mundo mercantilista.

A máxima para entender este processo complexo é admitir que a Vida Próspera faz bem a todas as pessoas, mas nem sempre a abundância de dinheiro completa a felicidade de alguém. Milhares de criaturas humanas em todo o mundo, detentoras de poder e dinheiro não conseguem viver como gostariam. Milhões de criaturas, de igual maneira, embora sem os privilégios que as finanças proporcionam, realizam algo espantoso, inacreditável.
Diante do quadro desenhado, surge a necessidade de citar em poucas palavras o desfecho de uma antiga crônica, cujo título é: O Homem mais Rico do Vale. Consta que em determinada região do Nordeste Brasileiro, havia um homem muito rico, abastado fazendeiro e respeitado por todos. Morava na fazenda, numa casa luxuosa. Ele tinha um empregado, o Homem exemplar que morava ali mesmo no Vale, numa casinha modesta. De repente, ambos caíram doentes com grave enfermidade, cada um com as suas próprias características.

Com o pensamento voltado para o rico fazendeiro, os outros empregados nem se preocupavam com as precárias condições do pobre homem que vivia às margens de um riozinho, onde meditava sempre com o coração repleto de muita fé. Todos os dias, lá estava ele buscando os favores divinos, mesmo com a fraqueza de um homem enfermo. O suposto homem rico era visitado pelos renomados médicos, enquanto o pobre-rico continuava no abandono.
Foi assim, que certo dia, eis que um Mensageiro percorre a redondeza anunciando a morte do Homem mais Rico do Vale. Sem exceção, toda a Comunidade atônita e preocupada, dirigiu-se à Casa Grande para render as homenagens ao nobre fazendeiro. A notícia estava incompleta: o Homem mais Rico do Vale, que já se encontrava noutra dimensão era o pobre-Homem-rico que morava naquela casinha humilde. Todos começaram a entender que nem sempre o homem considerado Rico, realmente é Rico. Existem muitos ricos-pobres neste mundo!

A ilustração serve para nos levar à mais profunda reflexão sobre o Valor da Vida Espiritual. Para a Divindade, o Homem Rico não é o que possui bens materiais e muito dinheiro, e nem o pobre é aquele desprovido de todas as boas coisas da vida. É preciso separar uma coisa da outra, lembrando que o Bem Maior em nossa Vida é ter a Consciência tranquila, viver em Paz Profunda e sobretudo andar na Presença de Deus.

 

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