O HOMEM
MAIS RICO DO VALE
Existem
em todo o Sistema de Coisas criaturas humanas vivendo no engano, porque não
tiram um tempo para refletir melhor o significado da Vida. Todos os lugares,
todas as cidades e vilas, todas as metrópoles, todos os rincões… enfim, em toda
parte os homens podem ter felicidade, mas também podem ser infelizes. É bom que
saibamos que a felicidade pode residir numa casinha de sapé, enquanto pessoas
supostamente felizes acabam se suicidando pela falta de paz.
A riqueza
é uma coisa relativa para todos os seres humanos em todos os continentes. O Ter
nem sempre traz a felicidade plena, embora a Verdadeira Prosperidade seja
também composta por dinheiro. A riqueza bem adquirida e utilizada com
equilíbrio faz bem a todas as criaturas. A confusão permanece na mente de todos
os gananciosos e egoístas no momento de traçar um paralelo entre o Ter e o Ser.
Há quem diga que a questão é meramente utópica, porque ninguém neste mundo
consegue viver sem o vil metal. É verdade, mas quando mal usado, o dinheiro
provoca desgraças na vida de qualquer pessoa.
Não é muito fácil o homem natural entender a diferença entre o Ter e o Ser. De
pronto, qualquer um pode afirmar que “o dinheiro compra todas as coisas, até
mesmo as consciências”. Tudo bem, mas é necessário que a Mente Infinita entre
em ação, no sentido de promover a transformação espiritual de todos os homens,
fazendo com que eles possam evoluir integralmente, e assim, superar este
equívoco do mundo mercantilista.
A máxima
para entender este processo complexo é admitir que a Vida Próspera faz bem a
todas as pessoas, mas nem sempre a abundância de dinheiro completa a felicidade
de alguém. Milhares de criaturas humanas em todo o mundo, detentoras de poder e
dinheiro não conseguem viver como gostariam. Milhões de criaturas, de igual
maneira, embora sem os privilégios que as finanças proporcionam, realizam algo
espantoso, inacreditável.
Diante do
quadro desenhado, surge a necessidade de citar em poucas palavras o desfecho de
uma antiga crônica, cujo título é: O Homem mais Rico do Vale. Consta que em
determinada região do Nordeste Brasileiro, havia um homem muito rico, abastado
fazendeiro e respeitado por todos. Morava na fazenda, numa casa luxuosa. Ele
tinha um empregado, o Homem exemplar que morava ali mesmo no Vale, numa casinha
modesta. De repente, ambos caíram doentes com grave enfermidade, cada um com as
suas próprias características.
Com o
pensamento voltado para o rico fazendeiro, os outros empregados nem se
preocupavam com as precárias condições do pobre homem que vivia às margens de um
riozinho, onde meditava sempre com o coração repleto de muita fé. Todos os
dias, lá estava ele buscando os favores divinos, mesmo com a fraqueza de um
homem enfermo. O suposto homem rico era visitado pelos renomados médicos,
enquanto o pobre-rico continuava no abandono.
Foi
assim, que certo dia, eis que um Mensageiro percorre a redondeza anunciando a
morte do Homem mais Rico do Vale. Sem exceção, toda a Comunidade atônita e
preocupada, dirigiu-se à Casa Grande para render as homenagens ao nobre
fazendeiro. A notícia estava incompleta: o Homem mais Rico do Vale, que já se
encontrava noutra dimensão era o pobre-Homem-rico que morava naquela casinha
humilde. Todos começaram a entender que nem sempre o homem considerado Rico,
realmente é Rico. Existem muitos ricos-pobres neste mundo!
A
ilustração serve para nos levar à mais profunda reflexão sobre o Valor da Vida
Espiritual. Para a Divindade, o Homem Rico não é o que possui bens materiais e
muito dinheiro, e nem o pobre é aquele desprovido de todas as boas coisas da
vida. É preciso separar uma coisa da outra, lembrando que o Bem Maior em nossa
Vida é ter a Consciência tranquila, viver em Paz Profunda e sobretudo andar na
Presença de Deus.
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