terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Livro 14: Capítulo XXIV - Santos e Iluminados


CAPÍTULO XXIV
“SANTOS” E “ILUMINADOS”

Apenas os Religiosos Católicos podem ser “Santos”? Esse é um questionamento natural no mundo da Espiritualidade, o que tem causado celeuma entre os religiosos de todas as organizações, quer sejam do Oriente ou do Ocidente. Muitos são os iluminados, que em muitos lugares, levam uma vida de santidade.
Não se pode, jamais, colocar dúvidas sobre a vida espiritual de quem quer que seja, nem tampouco deixar de considerar a santidade de Madre Teresa de Calcutá, de Frei Galvão, de Irmã Dulce e de tantas outras figuras do catolicismo romano. Sem qualquer sombra de dúvida, Irmã Dulce foi uma mulher devotada à causa social, sendo digna da admiração de todos nós.

O poeta Antônio Teodoro dos Santos, num de seus escritos, expressa: “… padre e freira viram santos e os outros, viram cães”. Não é por acaso que ele satiriza o assunto. Estamos acostumados a acompanhar os noticiários televisivos e noutros veículos sobre a matéria, que falam de canonizações e beatificações de personagens católicos. Disso surgem interrogações de outros grupos: os “santos “ estão apenas na religião católica? Abnegados pregadores evangélicos não seriam também “santos”? E o que dizer dos mestres espirituais e consagrados monges budistas do Oriente? E o Médium Chico Xavier não seria um desses milhares de iluminados da Espiritualidade?
Nada contra declinar o estado de santidade e de benevolência de um personagem católico, pois muitos na prática, experimentaram esse estágio místico-espiritual. Não há como negar que Francisco de Assis ou Agostinho tenham sido homens que andaram na presença de Deus.

No entanto, outras figuras proeminentes também desfrutaram da abundante graça de Deus, realizando obras monumentais, sem nunca terem sido participantes da Comunidade Católica. Martinho Lutero, John Wesley, Spencer Lewis, Senhora Ellen White, Gunnar Vingren, Ghandi e outros milhares de servos e avatares tiveram suas vidas dedicadas à Causa do Mestre.
Então, Irmã Dulce, da Bahia, e outros podem ser reverenciados, mas longe de pensarmos que apenas esses vultos católicos romanos seriam dignos desse tratamento. Naturalmente, eles dispensariam essas honrarias, como também os iluminados de outros segmentos jamais aceitariam que decretassem aqui o seu estado de Santidade.

A bem da verdade, no julgamento humano, pode estar havendo inversão de valores, visto que há um grande número de pessoas em todo o mundo, que atingindo um certo grau de iluminação, permanece no obscurantismo, embora o seu nome esteja escrito no Livro da Vida.
O Grande Eu Sou, que sonda todos os corações, saberá, no momento adequado, galardoar estes milhares de “Santos” e “Iluminados”, de todos os segmentos da Espiritualidade, em todos os cantos do mundo, sem questionar a que grupo eles tenham pertencido. O método, pelo qual Deus julga os seus filhos é muito diferente das regras impostas pelas organizações humanas. Um dia todos haveremos de comparecer perante o Grande Trono Branco, e assim, iremos constatar esta Verdade.

 

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