CAPÍTULO XXIV
“SANTOS” E “ILUMINADOS”
Apenas os Religiosos Católicos podem
ser “Santos”? Esse é um
questionamento natural no mundo da Espiritualidade, o que tem causado celeuma
entre os religiosos de todas as organizações, quer sejam do Oriente ou do
Ocidente. Muitos são os iluminados, que em muitos lugares, levam uma vida de
santidade.
Não se
pode, jamais, colocar dúvidas sobre a vida espiritual de quem quer que seja,
nem tampouco deixar de considerar a santidade de Madre Teresa de Calcutá, de
Frei Galvão, de Irmã Dulce e de tantas outras figuras do catolicismo romano.
Sem qualquer sombra de dúvida, Irmã Dulce foi uma mulher devotada à causa
social, sendo digna da admiração de todos nós.
O poeta
Antônio Teodoro dos Santos, num de seus escritos, expressa: “… padre e freira
viram santos e os outros, viram cães”. Não é por acaso que ele satiriza o
assunto. Estamos acostumados a acompanhar os noticiários televisivos e noutros veículos sobre a matéria, que falam de
canonizações e beatificações de personagens católicos. Disso surgem
interrogações de outros grupos: os “santos “ estão apenas na religião católica?
Abnegados pregadores evangélicos não seriam também “santos”? E o que dizer dos
mestres espirituais e consagrados monges budistas do Oriente? E o Médium Chico
Xavier não seria um desses milhares de iluminados da Espiritualidade?
Nada
contra declinar o estado de santidade e de benevolência de um personagem
católico, pois muitos na prática, experimentaram esse estágio místico-espiritual. Não há
como negar que Francisco de Assis ou Agostinho tenham sido homens que andaram na presença de Deus.
No
entanto, outras figuras proeminentes também desfrutaram da abundante graça de
Deus, realizando obras monumentais, sem nunca terem sido participantes da
Comunidade Católica. Martinho Lutero, John Wesley, Spencer Lewis, Senhora Ellen
White, Gunnar Vingren, Ghandi e outros milhares de servos e avatares tiveram
suas vidas dedicadas à Causa do Mestre.
Então, Irmã
Dulce, da Bahia, e outros podem ser reverenciados, mas longe de pensarmos que
apenas esses vultos católicos romanos seriam dignos desse tratamento.
Naturalmente, eles dispensariam essas honrarias, como também os iluminados de
outros segmentos jamais aceitariam que decretassem aqui o seu estado de
Santidade.
A bem da
verdade, no julgamento humano, pode estar havendo inversão de valores, visto
que há um grande número de pessoas em todo o mundo, que atingindo um certo grau
de iluminação, permanece no obscurantismo, embora o seu nome esteja escrito no
Livro da Vida.
O Grande
Eu Sou, que sonda todos os corações, saberá, no momento adequado, galardoar
estes milhares de “Santos” e “Iluminados”, de todos os segmentos da
Espiritualidade, em todos os cantos do mundo, sem questionar a que grupo eles
tenham pertencido. O método, pelo qual Deus julga os seus filhos é muito diferente das regras impostas pelas organizações
humanas. Um dia todos haveremos de comparecer perante o Grande Trono Branco, e
assim, iremos constatar esta Verdade.
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