sexta-feira, 12 de abril de 2013

Sobre o Câncer

São notórias as graves consequências advindas de um diagnóstico de câncer, cujo resultado por si só, já provoca um grande impacto. O paciente sabe que percorrerá um longo e demorado calvário, às vezes também dispendioso, para ver um possível restabelecimento do seu quadro clínico, nem sempre obtido e que pode deixar inúmeras sequelas. Às incapacidades físicas e psíquicas provocadas pela dor, somam-se as incertezas quanto ao futuro, os tratamentos traumáticos e o temor de morte iminente. Assim, quando alguém é acometido por tal moléstia, há uma grande repercussão sobre ela. Muitas pessoas modificam completamente seus hábitos, passam a rever conceitos, valores, crenças, comportamentos e atitudes, promovendo uma reviravolta em suas vidas.
 
                O câncer ainda é uma doença cercada de  mistérios científicos quanto à sua cura e cujo temor leva as pessoas a nutrirem uma variedade infindável de preconceitos, tornando o tema muitas vezes, um verdadeiro tabu. Tanto que sua palavra é pronunciada à meia voz ou através de diversas pseudônimos, como “CA”, “tumor maligno” ou “aquela doença”. Outro detalhe preocupante diz respeito ao fator surpresa. A falta de sintomas iniciais pode acarretar um conhecimento tardio que muitas vezes inviabiliza a cura, embora existam casos de milagrosas recuperações. Ele não se revela apenas numa enfermidade traiçoeira, mas também é tida como democrática. Ataca sem preconceito de  raça, sexo, religião, classe social e idade, sendo este também um dos seus aspectos mais perversos, principalmente quando atinge crianças e jovens saudáveis.
 

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