À memória do amigo Waldir, que muito cedo
despediu-se do mundo para viver noutra dimensão
A morte continua um grande mistério. Embora a morte não seja o fim, como muitos imaginam, ela continua um mistério. Tudo vai bem com a gente: a saúde do corpo, a prosperidade em alta, as amizades crescendo, a alegria pela vida que temos. Mas, quando menos esperamos, vem o infortúnio, algo que jamais pensávamos, e tudo chega ao fim. Assim como aconteceu com milhões de pessoas em todo o mundo e em todas as épocas, a nossa vez também chega, de mansinho, e de maneira surpreendente. Morrem os líderes e também os liderados; os sábios se vão, mas de igual modo os ignorantes. Há os que morrem com a idade avançada, mas milhares deixam este mundo em plena juventude, ou com pouca idade. A morte causa impacto e muito pavor aos pobres de espírito, a todos os que não têm esperança e que são desprovidos de conhecimento. Na profundidade da sabedoria divina, regozijam-se aqueles que podem presenciar o momento da transição de um amigo ou familiar. O regozijo, embora com muita tristeza na alma, é pela convicção de uma Vida Eterna, e sobretudo porque a separação é por pouco tempo, de acordo com a grande presciência de Deus.
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