Jesus curava os possessos
A Bíblia não poupa palavras ao dizer que Jesus "curava" os possessos. Era a possessão uma explicação válida para alguns tipos de doença? Epilepsia, esquizofrenia, histerismo, etc? Jesus praticava alguma pseudociência? A resposta é não. Se Jesus realmente curava, ele o fazia utilizando-se dos conhecimentos científicos da época. Se fosse um "pseudocientista", a história seria outra e Lázaro não teria morrido duas vezes. Jesus utilizava-se de uma ciência particular, a ciência dos judeus do ano 30 E.C.Embora a ciência da época de Jesus, assim como outras antes dela, misturasse Religião com Ciência, a Religião era uma coadjuvante necessária e discreta. Digamos que os ritos de exorcismo não interferiam na prescrição de ungüentos e beberragens; e vice-versa.Mas na Europa medieval e até o séc. XVII, a Religião era o chassi onde se encaixavam as peças da sociedade. Diferente da judaísmo de Jesus, a Escolástica ditava as regras do que era válido, ou não. Somente após a Revolução Científica, a Religião perdeu seu status privilegiado, transformando-se, pouco a pouco, num simples porta-luvas de carro. Nada contra a Religião. Porta-luvas são ótimos para guardarem Bíblias, embora completamente incapazes de colocar o carro em movimento. A Física Quântica inaugurou uma nova fase na Ciência e na Filosofia, porque trouxe para a linguagem uma série de novas explicações da realidade. Curiosamente, as próprias explicações da Física Quântica têm um comportamento ... quântico. Se você pegar as explicações da física quântica e jogar no liquidificador da Filosofia, saem respostas para tudo; mas se pegar estas explicações e jogá-las no liquidificador da Ciência, saem novas perguntas.Pseudociências têm o dom de se apropriarem dos jargões da Ciência para fazer filosofia da pior espécie. Além de arrombarem a porta das teorias científica válidas; dão-se ao luxo de um promíscuo casamento com a Religião e o Misticismo. De tudo, retiram definições e conceitos de seu contexto original para aleijá-los em outros contextos, onde teorias procuram provar uma premissa e, não, explicar uma experiência. Portanto, se já nos soava familiar a utilização, em livros pseudocientíficos, de termos como "energia", "emanação", "transmissão", "força", "campo", "magnetismo"; nossos ouvidos terão que se acostumar, agora, com a pós-modernidade de "salto quântico", "colapso de onda", "universo holográfico", "função de onda", "não-localidade" et caterva!
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