A
PASSAGEM PARA A ETRNIDADE
Enquanto
o Homem vive neste Sistema de Coisas, ele cumpre uma Missão que o Autor da Vida
lhe deu no momento do Nascimento Carnal. Passa, então por diferentes fases como
um Ser Humano que é, até alcançar a Maturidade como Integrante da Grande
Consciência Universal. Enquanto no corpo físico, a Criatura Humana tem alegrias
e tristezas, amores e indiferenças; experimenta de tudo um pouco na tentativa
de chegar à Estatura de um Varão Perfeito. Ele, em si, é um Buscador Natural,
que às vezes, sem o saber toma parte de uma Egrégora Divina que só lhe é
revelada quando menos espera.
Como se
vivessem num “Vale de Lágrimas”, muitos nasceram para levar uma vida de
sofrimento, não entendendo o porquê e nem tampouco se preocupando com o porvir.
Não importa a condição em que escolheram para viver, as etapas de vida
determinadas pelo Criador hão de ser cumpridas, por ser esta a Perfeita
Vontade daquele que tudo pode.
O tempo
passa tão de repente. Pela Bondade Celestial, conquistamos a Velhice, um
Privilégio que grande parte da Humanidade não consegue entender e nem
dimensionar a sua importância, pois é aqui que se manifesta a maestria, na
maioria dos casos. Na Capela Mortuária, eis que inerte está o corpo de um Homem
Simples que viveu pouco mais de oitenta e cinco anos. A descendência ali estava
entristecida pela transição do Patriarca que soube muito bem conduzir uma
Família de nove filhos. A esposa Idalice já vive noutra dimensão há quase cinco
anos. Antes do cortejo que o levaria ao Campo Santo, o devotado Filho Nivaldo,
na Presença de amigos e familiares, com determinação fala sobre o significado
da Existência Humana e sobre o papel desempenhado pelo Pai Antônio Marques
Brandão, que entra na Eternidade de uma maneira triunfante.
E assim,
são todas as Criaturas, que agora respiram e daqui a pouco não mais existirão
na forma física. Deixam alguns milhares o legado, tão necessário para que não
se perca a lembrança de seus feitos entre os humanos. Em todos os lugares, onde
estejamos: nos lugarejos, nas pequenas cidades e nas grandes metrópoles,
ouve-se falar de pessoas que viveram unicamente para fazer o bem. As criaturas
do mal também são lembradas. Sim, mas existe a diferença entre um caso e outro,
um comportamento e outro, uma forma de vida e outra. O que resta dizer é que
todos os homens hão de passar por uma transição, após ter construído a sua
própria história.
No mundo,
a maioria não chega a cem anos de vida útil e depois desta existência há que
prosseguir, porque a Vida é Eterna. Interrompido este atual estágio, o Ser
Humano volta ao pó, com a natureza carnal que possui. A Alma não fica ali,
segue para a Câmara Espiritual para que possa cumprir todas as etapas, de
acordo com os Desígnios Divinos, dentro de um Plano Cósmico que só é revelado
no momento oportuno, pelo Renascimento.
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