terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Livro 14: A Paz Profunda

A Verdadeira Paz Profunda

Havia um Rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar em uma pintura a Paz Profunda. Muitos artistas apresentaram suas telas. O Rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve de escolher entre ambas.

A primeira era um lago muito tranquilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um Paraíso muito azul com tênues nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a Paz Profunda.

A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um Paraíso tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com relâmpagos e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.

Mas, quando o Rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, em meio ao ruído da violenta turbulência da água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho em profunda paz!

O Rei escolheu a segunda tela e explicou: – Paz não significa estar em um lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo para realizar ou livre das dores e das tentações da encarnação. Paz significa que, apesar de se estar em meio a tudo isso, permanecemos calmos e confiantes no Santuário Sagrado do nosso Coração. Lá encontraremos a verdadeira Paz Profunda, em silenciosa meditação."

_/\_ Paz Profunda! .'.

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