domingo, 31 de julho de 2011

Artigo: Humor - A/0984

        RELATO DA EXECUCÃO SUMÁRIA
       DE UMA INTRUSA NA CASA DE UM
               HOUSE-MAN INTELECTUAL

Suponho que as palavras são vestimentas, cujo emprego se faz sempre de acordo com a ocasião. Dia destes, ouvi um intelectual destas paragens ipauçuenses lendo um pedaço de seu amarrotado diário, onde se conferia a presença de termos rebuscados para narrativa de uma rotina descalça, do dia a dia do bom escriba .Ei-la:

Decretei silêncio no recinto de nossa vivenda, em prolegômeno à mudez da casa, visto que nosso rebento, ainda infante, de apoucados janeiros, ressonava em sua alcova.

A custo contive o pânico de minha consorte, que já divisara engastada à parede a figura inerme de uma aracnídeo provido de pelos tétricos, eriçados, com a prole às costas , em posição de ataque. Incontinenti armei um estratagema para surpreendê-lo.

Constatei esgotada a provisão de veneno no frasco de inseticida, na modalidade spray, adrede destinada a tais nocivos espécimes da fauna dos invertebrados, que fizeram sítio em meu entorno.

Presto tomei de um acessório insólito, do arsenal da limpeza doméstica, a fim de executar o desabusado invasor.

No instante em que o peçonhento visitante seqüestrava uma mosca, vali-me pois do citado cabo de vassoura, emprestando ao utensílio inédita e complementar serventia.

Geraldo Generoso

Artigo: Aviso aos Navegantes - A/0983

O Boteco do Pereira até que é bem surtido. Razoável variedade de caninhas sobre a pequena prateleira com a ação dos cupins à mostra. O balcão, esfolado como sola de sapato de muito uso, religiosamente com dois dedos de poeira a encobrir os estragos do tempo, acomoda baleiros recauchutados com durex e tampas remendadas com cola haraldite.

Na hora de abrir o “estabelecimento”é preciso esperar pela chegada de algum freguês para ajudar segurar um lado da porta, enquanto a mesma é empurrada para dentro para dar o encaixe da chave. Função esta que igualmente cabe ao último freqüentador (normalmente um bêbado ) na hora de fechar a espelunca. As vitrines de vidros partidos, foscos pela sujeira e pela idade, a custo permitem divisar uma Maria-mole ou um pé-de-moleque em seu habitat, mais com função de esconder do que de expor os produtos. Finalmente, a caixa registradora, feita à mão, de tantos maus tratos traz o tampo quebrado e. para não destoar do cenário, também está esfolada, soltando fiapos de madeira e expondo nós sucessivos em sua contextura.

Assim é O Boteco do Pereira, conforme uma pichação estrategicamente colocada em letras vermelhas sobre fundo amarelo-sujo na parte superior do batente da porta, melindrosa para abrir e fechar, mas, quando aberta, sempre de coração amplo para receber a fiel freguesia.

Bem lá no fundo, entre velharias sem uso, em posição visualmente estratégica, estes dizeres vazados em letras garranchais:

A inveja mata...

Geraldo Generoso

Vídeo 389: Silveira e Barrinha - Berrante de Ouro

O link da música Berrante de Ouro, com interpretação
de Silveira e Barrinha. Este foi mais um presente
de Geraldo Generoso, da cidadde de Ipaussu, SP.

http://www.4shared.com/audio/KBbN1ZV7/f.htm

A Bíblia Diz...

      "E ele muda os tempos e as estações;
    ele remove os reis e estabelece os reis;
ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento
              aos entendidos." (Daniel 2:21)

Pensamento - IVCCLXXVIII - 4278

"Nunca se sabe de onde vem o rumor; espalha-se
como pó fino sobre os móveis." (Carlos Drummond de Andrade)

Pensamento - IVCCLXXVII - 4277

"O homem nasceu para viver e não para
se preparar para viver." (Boris Leonidovich Pasternak)

Sabedoria Popular

Por mais duro que alguém seja,
derreterá no fogo do amor.
Se não derreter é porque
o fogo não é bastante forte.

Pensamento - IVCCLXXVI - 4276

"A felicidade é aquilo que acontece enquanto
a gente se distrai." (Alexandre Quaresma)

Artigo: Reengenharia do Casamento - A/0982

No palco mais estreito do seio doméstico é que as pessoas exercitam o casamento, num script de êxito alternando-se em fracassos. Casamento significa união. Ela só se processa, terminantemente, quando existe harmonia. Fora disso só resta o auto-engano de uma convivência frustrada e, porque mentirosa, apresenta-se à sociedade sob o disfarce imperdoável da hipocrisia.

Harmonia no relacionamento

Em parte, mas em muito pequena parte, a harmonia de um casal pode ser construída. Como alicerce de um relacionamento, se a afinidade, atração e simpatia não se mostrar sólida e sem o diferencial de uma identificação entre os pares, em vão trabalhará o terapeuta matrimonial, por mais hábil que possa se considerar. E é importante o prezado ouvinte manter em conta que me refiro a esta condição para as pessoas normais. Que, aliás, não se constitui maioria na face do globo terrestre. Ao ferir este tema, a ninguém iludo sobre os obstáculos inevitáveis que envolvem o convívio entre um homem e uma mulher.

Identificação de um para outro

A identificação requerida entre duas pessoas, até de forma genérica, não se constitui exatamente em se gostar das mesmas coisas ou ter os mesmos hábitos de vida. Para essa identificação mencionada, a rigor, não há como explicar os motivos. Nisso, na verdade, há um mistério que ninguém poderá, em forma explicável, dizer porque gosta de fulano ou fulana. Ocorre que, na forma específica, entre homem X mulher pode nascer uma atração química, nada mais do que resultante do aspecto físico. É quando se diz que há uma “atração de pele”. É uma sensação deliciosa, até válida como ponto de partida para um relacionamento. Mas sem nenhuma garantia de sucesso.

Atração pelo prazer

Quando se quer alguém para o prazer se quer apenas por uns poucos momentos. Ainda que a ilusão de gozo queira se prolongar eternamente. E para os outros momentos - sejam os dias sonsos da rotina , sejam grandes problemas de toda ordem que a vida reserva, paga-se um preço muito caro por tudo o mais. É condenável a atração pelo sexo oposto, sob o aspecto físico? De forma alguma. Essa química é igualmente milagrosa, como os grandes e pequenos milagres que a vida apresenta. Ocorre que essa atração, ainda que maravilhosa, encontra-se no seu nível primário. Aliás, há que considerá-la indispensável, como ponto de partida para uma motivação para um relacionamento mais concreto e amiúde. Contudo, deve-se ter em conta que a atração sexual se traduz apenas no “motor de arranque” para se firmar um pacto de convivência com alguém.

Geraldo Generoso

sábado, 30 de julho de 2011

Artigo: Deus Onipotente, Onipresente e Onisciente - A/0981


Diego Maia da Silva Nogueira
Colunista - Mundo Novo - MS

                            DEUS ONIPOTENTE,
                                 ONIPRESENTE
                                 E ONISCIENTE

Deus, Ser Supremo, sendo Onisciente, possui todo o conhecimento e ciência; Onipresente, está presente em todos os lugares e, Onisciente, aquEle que pode todas as coisas.

Sendo Ele o Criador de todas as coisas, quem criou o mal? Pode o bem gerar o mal? Tendo eu poder total sobre o bem e o mal, por que então não erradicar o mal? Estas perguntas não cessam de surgir em nossas mentes. Dia após dia , nossa vida é um mistério inexplicável, na qual, só temos uma certeza que um dia nosso corpo não será mais templo para o espírito e alma, e iremos para um plano desconhecido. Que lugar é este? Templo do Espírito e da Alma?

Sendo assim, Espírito e Alma não são a mesma coisa? E se tudo acabar na morte? Quem pode nos garantir, com convicção, que a morte não é o final de tudo?

Temos esperança de ser uma Libertação, um recomeço em outro plano que acreditamos ser eterno, com deleites e gozo , e se este plano não for apenas um de milhares deles, em qual teremos que passar? Humanos novos e velhos deixam este mundo, enquanto outros nascem sem saber o porquê de estarem aqui. Será que é para cumprir uma missão? Mas qual seria esta missão? Vivemos em um plano enigmático de conceitos, mitos e lendas, e temos que viver na esperança de uma pós Vida Eterna. Ai de quem pensar de forma diferente do que nos foi ensinado! Será prejulgado e considerado louco ou até mesmo um cético; mas, se pensar é loucura, quero ser louco. Sempre serei louco, porque penso que aceitar sem questionar, isso sim, é uma loucura.

Sabedoria Popular

O mundo que nos espera não está para
ser conquistado mas para ser construído.

A Bíblia Diz...

"Naquele dia pedireis em meu nome, e não vos digo que eu rogarei por vós ao Pai; Pois o mesmo Pai vos ama, visto como vós me amastes, e crestes que saí de Deus." (João 16:26,27)

Pensamento - IVCCLXXV - 4275

"Todos nascemos para o amor. Ele é o princípio
da existência e seu único objetivo." (Benjamin Disraeli)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

A Bíblia Diz...

"Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome." (Efésios 3:14,15)

Artigo: Dia dos Pais - A/0980

O calendário traz em seu bojo, entre os dias de merecida comemoração e reverência, o DIA DOS PAIS. Pais que trazem ao mundo, pais que criam, pais que fazem os filhos responsáveis e lhes quer o melhor que a vida pode oferecer. Tenho cogitado, não raras vezes, da enorme responsabilidade que pesa sobre os ombros de alguém que se candidata à paternidade.

Sei hoje que a mídia – impressa, falada e televisada- está toda voltada em suas matérias e seus anúncios sobre esta data tão auspiciosa. Mas há o reverso da medalha a ser considerado e reconsiderado, no caso de pais ausentes, irresponsáveis, que no mais das vezes só assumem a paternidade mediante esse momentoso recurso do DNA.

Oras, as pessoas, senão por religião e espiritualidade, ao menos por bom senso, deveriam ter presentes que transferir a vida carnal a um outro ser se reveste de uma responsabilidade que vai além desta vida. Não viemos a este mundo para simplesmente vicejar e transferir nossa carne, músculos, cartilagens e nervos, animando um ser que vem do nada. Há a obrigação de conscientemente criar, em matéria e espírito, os filhos que a Natureza confia e pela qual a realidade vem cobrando um alto preço da paternidade irresponsável, que dura minutos ou segundos de efêmero prazer e resulta em filhos que, em hipótese alguma, podem alegrar esses pais e a sociedade.

Sim, esses tais pais ausentes e levianos nada podem esperar de seus filhos e devem até se sentir constrangidos com esta data que os chama à responsabilidade e à vergonha. Sabemos da dor que vai neste mundo, por outro lado, em relação aos pais esquecidos. Lembro-me que até compus um poema – que qualquer dia publicarei aqui neste jornal – sobre a figura do pai solteiro. Há sim, anciãos abandonados porque o tempo lhes transfigurou as faces e a linguagem, já não podem ser interpretados pela lógica deste tempo de velocidade, tecnologia e código de barras.

Há, sim, pais em asilos, que por melhores que sejam – e há bons estabelecimentos para idosos– ainda assim lembram degredo e exílio. A ingratidão humana não tem nem limites nem explicações em certos casos. Ouçamos a canção do couro de boi, em que o filho toca o pai de casa, solta-o pelo mundo, por implicância da nora.

Eis que, raspando os últimos sentimentos de solidariedade de seu coração empedernido, o filho toma de um couro e oferece ao pai “para lhe servir de coberta, aonde o senhor dormir”. Eis que o velho, desolado, mas com a força que só os antigos possuíam, toma o rumo da estrada e se vai embora. O neto, de 11 anos, acompanha-o e suplica ao avô para que lhe dê um pedaço daquele couro acabado de curtir. Ao regressar, o pai lhe pergunta “por que você quer esse couro que seu avô ia levando? “ e ele replica: “ um dia vou me casar e pode ser que a gente não se combine quando o senhor comigo vir morar,” e Tonico e Tinoco – a maior dupla sertaneja do mundo, arremata assim a frase do garoto : ‘ESTA METADE DO COURO, VOU DAR PRO SENHOR LEVAR”.

Neste dia dos pais poderia eu, como poucos, pelo pai que tive, falar de belezas, do amor ao trabalho que meu velho sempre manteve e foi um símbolo. Mas não tenho o direito de ser pessoal e subjetivo, quando a indignação me assoma de forma clara quanto a um assunto tão sério – ser pai – quando há tantos pais desnaturados por estes brasis.

De qualquer modo, há, felizmente, grande número de pais presentes e atuantes, cheios de amor como aquele pai de que Jesus Cristo nos conta em sua imortal parábola do Filho Pródigo. Coração de pai é sempre grande, quando realmente sente a responsabilidade e sabe da grandeza de sua condição, pois o nome de PAI, em última análise, segundo a Bíblia Cristã só é reservado a Deus – o Criador, e realmente, pai de todos os pais do Universo. Que ELE, o PAIZÃO MAIOR, derrame suas profusas bênçãos sobre todos os pais nesta data!

                                    (Geraldo Generoso – Ipaussu, SP)

Comunicado -Generoso

Amigo e Frater, Jairo,

Estou enviando este artigo sobre o Dia dos Pais. Tentei criar algo mais original e mais realista. Mas a última palavra é sua, se publica ou não. Já acertei com o TINOCO para dia 17 de setembro. Estamos organizando uma homenagem para ele, com violeiros da região recebendo a bênção do velho patriarca, que integrou a Maior Dupla Sertaneja do Mundo. Eu já te mandei o CD com mais de 500 música em mp.3 (praticamente todas) do Tonico e Tinoco, que o Manito me repassou por mãos do amigo Ramiro Vióla (é com acento mesmo cf. ele registrou em cartório rrsss). Grande abraço. Se puder, ajeita sua agenda para ver o Tinoco ao vivo e a cores, em carne e osso.

Seu irmão menor,
Geraldo Peres Generoso, FRC

SEPROTUR em Japorã

SEPROTUR INSTRUI CIDADÂOS
  SOBRE PROGRAMAS DO FCO

Equipe do SEPROTUR está empenhada na orientação dos cidadãos de Mato Grosso do Sul, no que diz respeito ao FCO, o Fundo que possui programas de incentivo à livre iniciativa em todo o País. Na quinta-feira foi a vez da equipe fazer uma visita ao Município de Japorã, para um contato direto com a comunidade. O ex-secretário de Finanças de Naviraí, Paulo Engel, que é o atual secretário-adjunto do SEPROTUR do Governo André Puccinelli, estava coordenando a equipe técnica, que por sua vez, deu as instruções básica aos interessados de Japorã, que compareceram na Câmara Municipal, na noite do dia 28 de julho.

Mensagem do Escritor - M/01464

Capacidade para resolver Problemas

As lições a serem aprendidas nesta vida são muitas, mas não precisamos nos preocupar, pois existe um princípio maravilhoso, segundo o qual, jamais nos serão apresentados problemas que não consigamos solucionar. Existem muitos problemas difíceis, mas nunca sem solução. Quando estes problemas nos são apresentados, não podemos ficar prostrados e duvidando de uma solução plausível. Saibamos, então, que dentro de nós existe a capacidade para solucionar qualquer problema. (290711)

Vídeo 388: Alma do Ferreirinha - Zilo e Zalo

Mais um presente que vem da cidade de Ipaussu, do amigo e Irmão Geraldo Generoso. Para os nossos Internautas: Zilo e Zalo!...

Tribuna Livre

A MARCA DO ADMINISTRADOR. Cada gestor político deixa uma marca quando governa. No caso de Mundo Novo, Walter Pina não pôde deixar grandes marcas, porque no início era muito difícil e também foi mal assessorado. Fez o trivial. Daudt Conceição construiu a prefeitura, chamada de “caixote” e combateu a erosão da rua Bahia. Zé Carlos fez muito na primeira gestão, incluindo as palmeiras da avenida Campo Grande. Dema ficou conhecido pela construção da “Prainha do Cascalho”. Humberto incrementou o incentivo ao comércio e à indústria e algumas obras no centro. Dorcelina deixou a morte como a marca maior. Agora é a vez do prefeito Toninho fazer algo que possa marcar a sua gestão, além dos serviços rotineiros e das “casinhas”. Quem sabe, a revitalização da antiga sede do INCRA, transformando aquele local numa ampla área de lazer para o mundonovense. Se isso acontecer, com certeza, ninguém esquecerá jamais o grande feito. Mas é necessário que haja determinação e um verdadeiro espírito público.

GOVERNO ATIVO. Corre informação pelos bastidores da Política que daqui prá frente, o governador André Puccinelli vai mostrar mais serviço, apesar de estar cumprindo o segundo mandato. Os sul-mato-grossenses conhecem bem o estilo centralizador do “Italiano”, o que é reconhecido até mesmo pelos seus assessores mais diretos. Puccinelli deve imprimir um ritmo mais acelerado, porque o tempo passa depressa, e o desejo dele ocupar uma vaga no Senado é público e notório. O “Homem” quer aparar arestas existentes e convocar o seu staf para que a sociedade possa identificá-lo melhor como “o Pedrossian de nossos dias”, um tocador de obras.

PENSANDO GRANDE. O vereador Joil Moreira, presidente do Legislativo Eldorado vem lamentando a situação de sua cidade, que enfrenta problemas diversos. Na expressão do Edil, se ele fosse o prefeito, seria bem diferente. Incentivado por alguns setores do Município, Joil ensaia uma candidatura ao Executivo Municipal, contando com o apoio da deputada Mara Caseiro. Mas para alguns observadores de plantão, para o rapaz se destacar no cenário político local, teria que primeiro acontecer na Casa Legislativa, o que não vem ocorrendo, pois o seu trabalho é praticamente nulo na Câmara, não conseguindo emplacar um estilo que é próprio de todo político de futuro. Dentre outras coisas, Joil precisa aprender a conviver com a Imprensa, que é o quarto poder da Democracia.

GESTÃO DESASTROSA. A gestão de Zelmo de Brida, de Naviraí, pode ser considerada uma das piores do Progressista Município do Cone Sul. Com problemas de toda ordem, o alcaide é apático diante de sua gente, uma situação muito didícil para ser assimilada pelas demais lideranças, que recorda os bons momentos vividos no tempo de Euclides Fabris, que era um democrata e Homem de Decisão. Alguém que entende de política disse há poucos dias, que do jeito que as coisas estão indo, o melhor caminho para Naviraí, será a união de todos em torno do nome do vereador José Odair Gallo, que tem vontade política e pode recuperar a iamgem da cidade. É só esperar os desdobramentos.

NOSSOS COLUNISTAS. O Novo Site do Jornal Tribuna do Povo está bombando. Conta já com pelo menos dez Colunistas, em diversas áreas da Comunicação e de muitos lugares do Brasil, e também de Portugal. Dentre eles, podemos destacar: Abdul Cadre, Emílio Martini, Manoel Afonso, Roberto Costa, Alessandro Loiola, Pedro Cardoso da Costa, Hiram Reis e Silva, Geraldo Generoso, além deste Jornalista. Dentro de mais alguns dias, outros profissionais também vão participar desse elenco de bons Colunistas. O bancário Diego Maia da Silva Nogueira vai estrear com uma Coluna com tema específico, enquanto a agrônoma e advogada Kátia, da Agraer, que vem escrevendo para o Jornal, começa a produzir Coluna Semanal para o Site www.tribunadopovo.com

Pensamento - IVCCLXXIV - 4274

"Senhor, ajudai-nos a construir a nossa casa. Com janelas de aurora e árvores no quintal. Árvores, que na primavera, fiquem cobertas de flores." (Manoel de Barros)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Bispo de Naviraí


Momento em que Dom Ettore Dotti era ordenado
Bispo em Serrinha, na Bahia, dia 22 de julho passado.

                         Núncio Apostólico empossa
   1º bispo de Naviraí neste domingo

Com a presença do Núncio Apostólico Dom Lorenzo Baldisseri, representante do Papa Bento XVI no Brasil, neste domingo com início às 16h00min pontualmente, acontece na praça Euclides Fabris, na área central, a celebração de instalação da Diocese de Naviraí e posse do primeiro bispo. A Diocese foi criada dia 1º de Julho de 2011, quando o Papa também nomeou o agora Dom Ettore Dotti, seu primeiro titular. Sua ordenação aconteceu na sexta-feira passada (22) na cidade de Serrinha, na Bahia.

A comunidade católica da região, que engloba os municípios de Anaurilândia, Angélica, Bataguassu, Batayporã, Eldorado, Iguatemi, Itaquiraí, Ivinhema, Japorã, Jateí, Juti, Mundo Novo, NAVIRAÍ, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Paranhos, Sete Quedas, Tacuru e Taquarussu, totalizando 19 municípios, comporão a sétima Diocese criada em Mato Grosso do Sul. Ela terá uma extensão de 35.138 quilômetros quadrados e nasce com uma população de 267.356 pessoas. Segundo dados estatísticos, em torno de 197 mil são católicos. Ao todo a nova diocese abrange 19 paróquias, 27 padres (10 diocesanos e 17 religiosos), 25 religiosas e 9 seminaristas.

QUEM É O BISPO

Dom Ettore Dotti que irá ser titular da Diocese de Naviraí como seu primeiro Bispo, é natural de Palosco, Bérgamo (Itália), onde nasceu em 1º de janeiro de 1961. Ele entrou no seminário da Sagrada Família em Bérgamo, em 1983. Fez sua profissão religiosa em setembro de 1988. Cursou Filosofia e Teologia no Seminário Diocesano de Bérgamo e recebeu a ordenação presbiteral no dia 28 de maio de 1994.

Ao ser ordenado em Serrinha, na Bahia, Dom Ettore Dotti ao falar sobre sua nova missão na Igreja católica, disse o que espera: “... para mim é um novo recomeço onde me entrego nas mãos de Deus com a minha pequenez diante do tamanho do desafio proposto”, disse ele.

DOM REDOVINO

O Bispo Diocesano de Dourados, Dom Redovino Rizzardo, foi um dos grandes baluartes pela criação e instalação dessa diocese e a comunidade naviraiense através de entrevistas a imprensa e em faixas afixadas na cidade, enaltece o seu trabalho em prol da nova diocese.

GRANDE PÚBLICO

A comunidade católica de Naviraí se organizou em comissões e sob a batuta do Padre Jair Gorlach, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima e do Padre Benjamin, não estão medindo esforços no sentido de bem organizar essa celebração que ficará marcada na história do município e da igreja.

Todos afirmam que se o tempo permitir a celebração deverá contar com pelo menos de 15 a 20 mil pessoas. Tudo está sendo organizado nos mínimos detalhes para que os naviraienses possam atender a contento os visitantes.

Artigo: Adivinhar - A/0979

Disse um dia um filósofo de outros tempos que Deus geometriza. A ser isto verdade, muito beneficiaríamos em desocultar-Lhe o teorema, estudar os princípios de tal geometria, não para adivinharmos o futuro, mas para sermos senhores do presente ou, dito de outra forma, para lograrmos viver de propósito, para arquitectarmos com total conhecimento o edifício da nossa auto-realização sem corrermos o risco de ver ruir a abóbada sobre as nossas cabeças.

Do meu ponto de vista, o futuro não existe e é desta não existência que resulta o grande erro das bruxas e dos adivinhos, que a realidade invariavelmente desmente. O que em boa verdade existe são futuros, que são aplicações relativizadas do contínuo presente. A pretensão de adivinhar resulta de processos ilusórios e de muita falta de humildade. Até a palavra adivinho — a divinu, através de Deus — demonstra alguma jactância pelo presumido privilégio de confidências do alto.

É claro que se fica de pé atrás quando se constata que também o vinho comporta na sua etimologia referência à divindade, como se um grãozinho na asa nos facilitasse a descoberta dos desígnios de Deus. Há quem diga que esta etimologia é forçada, ou mesmo falsa, mas o certo é que, nos rituais dionisíacos, as grandes libações levavam ao grande êxtase final, não fosse Dionísio, entre os gregos, a divindade dedicada à fecundidade e ao vinho.

O que não vale invocar para justificar adivinhações avulsas é Nostradamus, pois as suas centúrias não comportam quaisquer adivinhações, mas apenas — e não é nada pouco — projecções dos ciclos pregressos com conformadoras sequências do devir. Dito de outra forma: se algo Nostradamus pretendia adivinhar era a forma e as regras com que Deus geometriza. Descobrir o grande mistério, como diria o professor Agostinho da Silva, de ser o ponto sem dimensão a desenhar toda a geometria possível.

Abdul Cadre

Programa Ronnie Von - Maluf

Paulo Maluf dá conselhos sentimentais e chupa picolé de jiló em programa de Ronnie Von

Político faz cada coisa para aparecer bem na fita e uma raposa velha (como costuma-se fazer referência aos mais espertos) não ia perder essa oportunidade que aconteceu na noite de quarta-feira (28), no programa Todo Seu, de Ronnie Von, na TV Gazeta. Paulo Maluf participou de um quadro junto com o apresentador Max Fivelinha para responder perguntas dos telespectadores sobre relação amorosa e dar conselhos sentimentais.

O inusitado do quadro não deixou o deputado federal em saia justa (como disse, raposa velha). Ele, por exemplo, defendeu o casamento e insistir nele, mesmo diante crises: "A Silvia [mulher do político] sempre diz pra mim: 'Paulo, mudar de marido é mudar de defeito'".

Ao final, Ronnie Von convidou Paulo Maluf e Max Fivelinha para experimentar um picolé de jiló. "A brincadeira sutil é para mostrar que o amargo ainda pode ser doce", disse o apresentador.

Em 2006, Ronnie Von fez o atual governador de São Paulo Geraldo Alckmin provar um picolé de chuchu, apelido que tinha entre os seus adversários. Outra raposa velha, o político experimentou e ainda adotou o vegetal como tema da campanha "Minha plataforma de governo é dar emprego pra chuchu".

Obra de Arte

Em 26 de julho de 2011 23:49, Jairo Lima Alves escreveu:

Digna Carla,

A imagem e o texto recebi de uma amiga comum, hoje residente na Suiça.
Sinceramente, desconheço a autoria da Obra, que realmente é magnífica.

Sobre a Obra de Arte, expressa a Professora:

Muito obrigada pela atenção! Ontem mesmo pedi ajuda a outras pessoas para descobrir o nome da obra e o autor. E fui informada de que a obra se chama "Objeto rítmico no. 2" e é de Maurício Nogueira Lima (1930 – 1999). A obra foi criada em 1953, com a técnica “pintura” em Eucatex, e suas medidas são 40 X 40 cm.

Carla Cristina de Araújo

Reencontro de Amigos

De repente, a mensagem de um velho amigo na rede social. Antigo morador de Mundo Novo, onde ministrava aula na escola da Estrada Boiadeira, José Lourival Pereira de Moraes. Um autodidata, que esbanjava conhecimento, decidiu mudar-se para Campinas, e na cidade grande trabalhou como técnico em serviços hospitalares na UNICAMP. “Zé Lourival”, como era chamado, andava desaparecido há quase trinta anos. Para nossa alegria, surge no Orkut o convite para adicionamento, deixando-nos surpresos. De posse do endereço, ficamos mais próximos, falando de todas as coisas do passado e renovando os propósitos como velhos amigos. O “Zé”, agora casado com a professora Helena, está aposentado, e como um Pensador Moderno, continua “filosofando”. Dentro de mais alguns dias, estaremos juntos, comemorando o feliz reencontro.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Frase do Dia

Homem e cachorro, na rua;
mulher e gato, em casa.

Artigo: Despedindo-se da Vida com muito Amor - A/0978

Se, por um instante, Deus se esquecesse que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os outros parassem, acordaria enquanto os outros dormem. Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom sorvete de chocolate. Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, vestiria simplesmente, me jogaria de bruços no solo, deixando a descoberto não apenas meu corpo, como minha alma. Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse.Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas um poema de Mario Benedetti e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à Lua. Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo de suas pétalas.

Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida, não deixaria passar um só dia em dizer às gentes: te amo, te amo. Convenceria cada mulher e cada homem que são os meus favoritos e viveria enamorado do amor.

Aos homens, lhes provaria como estão enganados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar.

A uma criança, lhe daria asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha. Aos velhos ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento.

Tantas coisas aprendi com vocês, homens. Aprendi que todo mundo quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa.

Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão pela primeira vez o dedo do pai, o tem prisioneiro para sempre. Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo. São tantas coisas que pude aprender com vocês, mas finalmente, não poderão servir muito, porque quando me olharem, infelizmente estarei morrendo.

Gabriel Garcia Marques

Artigo: Viver a Vida - A/0977

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser perfeito, relaxaria mais. Teria menos pressa e menos medo. Daria valor secundário às coisas secundárias; na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.

Seria muito mais alegre do que fui: só na alegria existe vida. Manteria distâncias enormes de pessoas ciumentas e possessivas. Seria mais espontâneo. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.

Seria mais ousado: a ousadia move o mundo. Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos sopa, teria menos problemas reais e nenhum problema imaginário.

Eu fui uma dessas pessoas que vivem preocupadamente cada minuto de sua vida; claro que tive momentos de alegria. Mas, se pudesse voltar a viver, tentaria somente ter bons momentos. A vida é feita disso: só de momentos. Nunca percas o agora. Mesmo porque nada nos garante que estaremos vivos amanhã de manhã. Eu era desses que não ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-queda; se voltasse a viver, viajaria mais leve. Não haveria comigo nada que fosse apenas um fardo.

Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no início da primavera e continuaria assim até o final do outono. Jamais experimentaria os sentimentos de culpa ou ódio. Teria amado mais a liberdade e teria mais amores do que tive.

Viveria cada dia como se fosse um prêmio. E como se fosse o último. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria muito mais do que brinquei. Teria descoberto mais cedo que só o prazer nos livra da loucura.

Tentaria uma coisa nova todos os dias, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, como sabem, tenho 88 anos e sei que estou morrendo.

Jorge Luís Borges

Artigo: Se houver amanhã - A/976

Se no meu momento definitivo de devolver ao pó esta ferramenta que dele veio, assistido da necessária lucidez para reesquadrinhar um existir futuro, certamente eu haveria de estabelecer profundas mudanças no modo de usufruí-lo.

Jamais reclamaria do tempo. Quando as nuvens vertessem do céu as lágrimas que o chão não sabe chorar em sua bruteza, eu apararia as mãos agradecidas pelo frescor da chuva. Jamais haveria de murmurar contra o rigor dos sóis arregalados de dezembro, a acrescentar mais luzes aos Natais que me fossem dados comemorar.

Nunca perderia uma noite de sono a pensar na realidade que poderia ter sido. Se arrependimento houvesse, fosse tão só pelo que deixei de fazer. Iria me contentar exclusivamente com as porções que a vida me trouxesse no seu milagre diário. Viveria em plenitude. Romperia a passos firmes quaisquer que fossem os trechos mais difíceis da estrada. Da mesma forma, acolheria de braços e coração abertos a saudade que me restasse de alguma paixão que valesse a pena.

Deixaria na garagem os muitos cavalos do carro. Trocaria-os por um único cavalo, de carne, crina e cascos, que me conduzisse por verdes pastos e aos remansos de águas serenas.
Frequentaria mais botecos do que frequentei. Principalmente os mais despojados, onde se afogam as mágoas das maiorias. Defronte a um balcão, preencheria o que me faltou nesta existência: as preciosas conversas que se jogam fora nesses recintos tão democráticos.

Aprenderia com os bêbados as verdades que deixei de aprender por minha condição de abstêmio convicto. O espírito requer esses espaços de lazer descompromissado. Pela porta de um bar entram e saem, sem pedir licença, as notícias feitas de carne e osso. As mentiras que consolam e, acima de tudo, é ali que nascem os versos e as canções que somente os boêmios sabem entoar e compor.

Assistiria menos televisão e por nada perderia os forrós, preferindo os mais animados pela gente do povo. A dança tem sua lição própria a nos ministrar ou, quando não, ensinar-nos a difícil arte de sentir os pés no chão.

A música, só ela, pode aliviar o imenso peso deste tempo rotulado por códigos de barra. Desta era que confiou a memória aos computadores e o coração à internet.

Se assim puder passar pelo mundo, no momento de recostar o novo corpo que for dado para dessa forma viver, por doação divina, por certo devolvê-lo-ei mais gasto do que o presente.

Se me fosse dada uma nova chance, como habitante deste mundo, eu haveria de amar com muito menos escrúpulos. Por conseguinte, minha alma requereria longo período de sono no travesseiro dos céus. Só assim esqueceria de todas as paixões que houvesse espontânea e conscientemente cultivado na Terra.

Em resumo, tudo em minha vida seria diferente em quase tudo. Mas a esta altura, como que moldado em chumbo, em nada posso mudar-me. Se eu vivesse uma outra vez, não escreveria uma só linha. Não tentaria aprisionar nenhum momento. Nem mesmo os mais felizes.

Deixaria cada minuto voar solto como um pássaro livre para que, alegre ou triste, pudesse ouvir a verdadeira canção da vida.

Geraldo Generoso

A Bíblia Diz...

"Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus; Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós." (1 Tessalonicenses 1:4,5)

Auxílio Espiritual: Wagner

Intercessão por Wagner Belmont

Neste momento, quando o estimado Wagner Belmont parece estar apreensivo, elevo-me às Hostes Celestiais, para rogar Auxílio Espiritual em seu favor. Ele faz, nesta manhã, importante contato de negócios, que fará a diferença para a sua felicidade e de sua família. Diante desse quadro, humildemente e com determinação, suplico aos Mestres Cósmicos, que bondosamente, possam entrar em ação em favor desse sobrinho e amigo, que tem um coração generoso e uma alma pronta para a Gratidão. Que todos os Canais Divinos estejam em sua direção, enquanto estiver na relação negocial, perpetuando essa condição em sua vida, de forma plena. Em nome do Mestre Maior, Jesus!
Que Assim Seja!...

terça-feira, 26 de julho de 2011

Artigo: A Educação que o Brasil precisa - A/0975


Ninguém, em sã consciência, pode subestimar o valor da educação. Essa postura faz parte de um consenso firmado há milênios, desde tempos anteriores a Cristo em Israel. A tal ponto o povo israelita priorizava a educação que não fazia restrição em desativar uma sinagoga para transformá-la em uma escola.

No entanto, ao correr do tempo, as circunstâncias passadas e mormente as presentes – justificam um questionamento a tão delicada questão, quase um tabu.

Para melhor situar a questão no tempo e no espaço, tendo em conta as várias nuances que abarcam o tema – temos observado que educação não faz milagres nem serve de passaporte, na quase totalidade das vezes, a uma melhoria real do ser humano.

Detenhamo-nos, por um só instante, sobre estes momentos angustiosos da atualidade brasileira. Quantos e quantos – aliás todos eles – dentre os envolvidos nos escândalos, que aí estão para se escolher: mensalão, correios, mensalinhos e no momento os desvios no Ministério dos Transportes – são todos educados de diplomas reconhecidos. Engravatados, civilizados à exaustão, alguns com pós-graduação no exterior, aí pululam soltos e saltitantes, entre eles até quem renuncie a se candidatar a uma vaga para o Congresso, onde continuarão como personagens de outros dramas, tristes e vergonhosos para a Nação brasileira.

Educação, portanto, na acepção específica do termo, pelo visto, deve ir mais longe em seu significado. Deve ir além de munir o educando com conhecimentos, que até servem para refinar a ambição e permitir a indivíduos desqualificados moralmente a galgar posições onde possam, mais ainda, ir em prejuízo do bem comum.

A educação precisa voltar-se para a Espiritualidade, em seu sentido vertical e não apenas na cidadania ciosa de direitos explícitos sem a contrapartida dos deveres morais e sociais de cada indivíduo.

Todos esses saqueadores dos cofres públicos, vampiros do suor e sangue do povo brasileiro, sem exceção, são indivíduos plenamente educados

Educação requer disciplina, hoje relegada a último plano, do maternal à faculdade. É preciso educar as consciências, como veículos do Espírito, sem confundir acúmulo de conhecimentos com dignidade, títulos, com honra e saber, com vergonha.

O que justifica a posse de conhecimentos é o seu emprego positivo e constante em favor dos demais seres humanos, pois ninguém se educa para viver para si mesmo e para a própria família.

Os grandes filósofos da humanidade, tais como Sócrates, Platão, Aristóteles e outros tantos, sempre mantiveram suas vidas pautadas pela ética como condição para passarem à história na condição de sábios. Sem o caráter que demonstraram em suas vidas, todo o conhecimento de que foram dotados se constituiria em mera petulância ou vã intelectualidade, sem qualquer respeito a inspirar as gerações que os sucederam.

Os lares, infelizmente, estão carentes de bons exemplos por falta de tempo dos pais para orientar seus filhos no rumo da verdadeira educação. As Escolas, por melhor que sejam, jamais substituirão a família na sua arte instintiva de educar.

A maioria das igrejas, infelizmente, algumas ciosas mais dos dízimos que recebem pelos milagres realizados por Deus do que pela verdadeira espiritualidade, capaz de fazer grandes homens, também não preenchem com plenitude esse requisito indispensável de forjar caracteres nobres para uma Nação realmente justa, ordeira e progressista.

(Geraldo Generoso)

Gráfica Power - Curitiba

EMPRESA EDITORIAL MS LTDA:

Chegou aqui apenas um pacote com 25 kg e com 3 pacotes contendo aproximadamente 5.000 folders. O Correio informa que deveria ter dois códigos de rastreamento, caso a Gráfica tivesse enviado dois volumes. O Cliente está insatisfeito. Por entendermos que estamos negociando com Empresa Idônea, solicitamos Providência Urgente. Jairo, FRC

Emanuella Clara diz:
mensagem sendo encaminhada

Nossa Reclamação
 
É o seguinte: ref. Pedido 269582 - o iten Folders com pedido de 10000, foi entregue apenas 3(três)pacotes, com tiragem inferior a 5.ooo. Solicitamos providências, pois o cliente não ficou bem servido. Por favor, uma solução com urgência. Jairo, FRC
 
A Resposta Power
 
Prezado cliente já entreamos com uma solicitação de averiguação junto aos correios, pois realizamos duas postagens de seu material devido ao peso ultrapassar 30 kg, conforme consta no site 1 postagem esta correta SZ863107362BR, estamos no aguardo de retorno sobre a 2ª, pois devido ao horário não havia ninguem no setor responsável dos correios para verificar o ocorrido, pedimos a gentielza que aguarde a data de amanhã nosso contato com o retorno, pedimos desculpas peos transtornos certos de sua compreensão, obrigada. (250711)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Bíblia Diz...

"No dia seguinte quis Jesus ir
à Galiléia, e achou a Filipe,
e disse-lhe: Segue-me." (João 1:43)

Pensamento - IVCCLXXIII - 4273

 "O pobre prefere um copo de vinho a um pão,
 porque o estômago da miséria necessita mais
   de ilusões que de alimento." (Georges Bernanos)

Vídeo 387: Saudade me fez voltar - Tião Carreiro e Pardinho

Vídeo 386: Tião Carreiro e Pardinho - Amor e Saudade


Verdadeira Relíquia. Um presente que veio de Ipaussu, diretamente do grande amigo Geraldo Generoso. Ouvi essa música com muita atenção, derramando lágrimas ao som da viola do Mestre Tião Carreiro.

Colunistas do Site - Fotos

Kátia Maria Goricoix

Emílio Martini
Pedro Cardoso da Costa

Diego Maia da Silva Nogueira

Roberto Costa

Manoel Afonso

Abdul Cadre

Jairo de Lima Alves


Geraldo Generoso


Dr. Alessandro Loiola
alessandroloiola@yahoo.com.br

                                     Hiram Reis e Silva
                                                            hiramrs@terra.com.br

domingo, 24 de julho de 2011

Artigo: O Boêmio - A/0974

O bar ainda está aberto, com suas portas escancaradas para a madrugada. Não há mais ninguém nas ruas, feitas de cidade pequena, que folga seu aconchego na noite deserta, isenta de humanos passos.

Só o boteco ali na esquina insiste em ser uma ilha povoada em meio ao arquipélago de casas dormentes. Ali, um pequeno número de fregueses, entre os mais insistentes a enfrentar o sono ou a fugir da solidão, insiste em molhar as palavras com o amargor gostoso e suave da cerveja preferida.

Nessas horas o boêmio se esquece dos próprios pensamentos. Não pensa nada. Apenas ouve e responde conversas que os seus iguais jogam por sobre as mesas. Ali se posta sob aquele teto amigo, que o recobre para os tantos compromissos e rituais que a vida tem no seu dia a dia. É ali, sob o reinado do bar-man e no convívio com seus iguais, que ele se encontra consigo mesmo.

É nesses momentos que o boêmio encara os seus fantasmas de medo, apreensão e incerteza, afogando-os em doses sobre doses. Descobre-se mais forte ante os espantalhos que o afligiram no dia que já se foi. A procissão das horas de tantas outras vidas termina sobre o leito. Os dramas de um sem-número de pessoas encontram-se em intervalo, na trégua que o repouso proporciona como um anestésico eficaz. Quanto ao boêmio, está quase a dormir. Quase a apagar-se com as luzes de quase todos os retângulos das janelas sonolentas.

Vão-se os últimos fregueses após inúmeras saideiras. O taberneiro também tem sono. É de carne e osso e nada mais que um voyer das bebedices. Acaricia o guardanapo sobre os ombros. Pergunta se o último freguês quer algo mais. Este, entendendo a mensagem, apenas diz: “Boa Noite, Seu Ramiro. Até amanhã”...

À saída, sente fechar a porta daquele mundo atrás de si, que agora há pouco lhe soava como o melhor lugar do mundo.

Numa marcha indiferente, desprezando a linha reta do caminho, a custo chega à porta da casa onde mora. Amanhã será outro dia. Trará outra noite. O pior será apenas voltar para casa e desperdiçar os restos de pedaços de noite já fundidos com a madrugada.

Geraldo Generoso – Ipaussu, SP
geraldo156@itelefonica.com.br

Artigo: A Inspiração - A/0973

A Inspiração existe realmente?

Esse é um tema muito discutido entre as pessoas que escrevem. Os escritores e poetas, regra geral, buscam a inspiração, de Alguma forma, para produzir os melhores textos literários. Mas existe realmente a inspiração, ou isso é simplesmente uma fantasia reinante nos meios poéticos?

Há alguns dias, no Programa Tudo Seu, da TV Gazeta, Ronnie Von discutia o assunto com os seus convidados. As opiniões divergiam bastante, onde cada um dos debatedores tinha um parecer diferente. Como em tantos assuntos do quotidiano, também a Inspiração é muito discutida, mas nunca se chega a um denominador comum.

Encontrar inspiração é natural para algumas pessoas. Para outras, é preciso praticar. Se você não costuma se sentir inspirado, a boa notícia é que você pode mudar a maneira como vê as coisas e, ao fazê-lo, você vai receber mais inspiração em sua vida. Seria esse o pensamento de todos os homens de letras? Eles necessitam receber inspiração para produzir bons textos? No conceito geral, os autores não precisam, necessariamente, de inspiração para escrever as suas peças, sejam poéticas ou não. O profissional da escrita, com prazos determinados para entrega de uma Obra, terão de criar os mecanismos, independentemente de inspiração, para cumprir os compromissos firmados.

Mas, existem os casos especiais, quando a inspiração ajuda muito o autor, e ela precisa ser buscada, noite a dentro, custando algum sacrifício, para que a Obra seja bem elaborada. Neste caso, a inspiração existe e é fundamental. As grandes canções populares, sejam profanas ou de cunho espiritual, durante um estalo, foram criadas, tornando-se em sucesso absoluto. Não existe explicação lógica para um fenômeno desta natureza, mas a inspiração veio na hora certa, de maneira transcendental, e tudo aconteceu.

É comum, entre os artistas e poetas, ouvir-se comentários de como surgiram as mais belas poesias, e mesmo os consagrados textos novelescos. Mas surgiram, sem que isso tivesse sido obra do acaso. Alguém, inspirado, escreveu com a alma e o coração. Há quem só escreve às madrugadas, quando a inspiração costuma chegar. Nas turbulências, dificilmente o autor poderá produzir coisa boa, inspirada.

No balanço que se faz, entre a Obra Inspirada e a não inspirada, consagrados escritores, poetas e compositores, afirmam que jamais necessitaram de inspiração, mas de um trabalho de busca da inspiração, para que pudessem criar o que a mente e o coração desejam.

Para eles, “A inspiração pode ser encontrada em todos os lugares, porém as mesmas experiências geram entusiasmos diferentes nas pessoas.” Outros, no entanto, preferem buscar a inspiração, incentivando: “Se você passa muito tempo em ambientes fechados, procure dar uma volta em um parque; se você mora em um local calmo, procure um mais agitado. Faça experiências para descobrir os locais que mais o inspiram.

É claro que, quando você não procura por alguma coisa fica mais difícil de encontrá-la. Sua atitude pode ser um grande impacto sobre sua inspiração. Abra sua mente para que você possa realmente ver as coisas.

Inspiração pode ser uma atitude mental positiva. Quando você pensa positivo, as coisas parecem muito diferentes do que quando você está triste ou com raiva. Você verá o lado bom das coisas. Se você se sentir triste e sem inspiração, tente mudar seus pensamentos para uma coisa que lhe traga alegria. A inspiração vem de dentro de você. As fontes externas não são o fator principal, e sim, como você as interpreta. Você pode olhar para a natureza e se sentir inspirado, porém, outra pessoa pode achar um tédio ficar olhando para uma árvore parada em sua frente. Tudo vai depender do nosso Eu Interior, de nossa formação psíquico-mental.

Às vezes, precisamos ser mais criativos para buscar a inspiração. Ela se encontra em todos os lugares, mas pode ser fácil se perder no meio da agitação de nossas vidas. Para afastar as nossas perspectivas comuns, um pouco de abalo pode ser necessário.

Então, diante dessa premissa, podemos afirmar que a Inspiração existe, desde que ela seja explorada. Mas, em muitos casos, ela deixa de existir, quando o profissional necessita criar, estando a inspiração distante. Aí, sim, ele terá que utilizar a arte, sem apelar apenas para a inspiração, que pode frustrar em algum momento.

Finalmente, no caso do poeta, quando necessita concluir um soneto; ou um escritor de novela, quando tem prazo para terminar determinado capítulo. Tanto um como o outro, não poderá ficar de braços cruzados, contando com a inspiração. A inspiração já está no autor, e assim sendo, ele terá que desenvolver o seu raciocínio lógico, para acabar a tarefa.

Reminiscência - Tinoco

Momento especial, quando o Cantor Tinoco, em praça pública,
presenteou o jovem Gabriel, com uma viola. O rapaz, de 17 anos,
é filho de Geraldo Generoso, de Ipaussu. O escritor informa que
a viola, como uma relíquia, está muito bem guardada em casa.

Um Equívoco! Prossegue a Informação:

Na verdade, cumpre uma pequena retificação: Gabriel Túlio já tinha essa viola Rozini que ganhou de aniversário. Aí em Cândido Mota, num show do Tinoco em praça pública da Loteria Paulista, o Tinoco chamou ele no palco, autografou o instrumento e disse ao meu filho:"isto que estou vendo é uma coisa de Deus. Um menino de 16 anos tocando viola. Por sinal, é bem melhor do que a primeira viola que meu pai barganhou com um índio em troca de 5 frangos." (Geraldo Generoso)

Sobre A Páscoa - Generoso

Explicação do Autor:

"Este texto, a rigor, foi escrito na Páscoa de 2005. Embora eu não seja maçon, foi lido nas Lojas de Campinas, Piracicaba , em Sessão Aberta, e em mais uma outra cidade de que não tenho lembrança. Se não me engano, Valinhos. Foi uma grata surpresa você publicar no blog e no site e, ainda por cima, ilustrar, enriquecendo bastante o conteúdo."  Você é mesmo um irmão especial.

Grande abraço e Paz Profunda.
Generoso

A Beleza do Artigo:

Este texto, sem dúvida, é muito rico. É um dos mais significativos, em minha singela avaliação. Então, por que não publicá-lo, se temos os nossos canais próprios para divulgar conteúdos que vão cair no agrado de nossos Internautas?

Mãos à obra, pois!
Parabéns, pela criatividade!

A Bíblia Diz...

"O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio." (Salmos 18:2)

Pensamento - IVCCLXXII - 4272

"Caráter é o valor ético que atribuímos aos nossos próprios
desejos e as nossas relações com os outros." (Richard Sennett)

Pensamento - IVCCLXXI - 4271

"Os homens se acostumam a mascarar os próprios sentimentos, de ocultá-los a outros, chegam finalmente a escondê-lo de si mesmo." (C.Beccaria)

Sobre Vieira e Vieirinha: a Impressão de Generoso

Sobre Vieira, da Dupla Vieira e Vieirinha

Caros amigos do BLOG DO ESCRITOR. Há um bom tempo eu procurava essa canção do Vieira e Vieirinha. Isto, por um motivo especial.O VIEIRA realmente foi boiadeiro e quase tudo que ele cantava ele havia feito na lida de gado. Muito do que ele cantou, ele próprio viveu na pele e na alma.Transporte de Boiada, possivelmente, seja um relato da própria aventura que ele sentiu, quando em suas viagens boiadeiras, sobre lombo de cavalos redomões e atravessando estradas improvisadas. A sonoplastia também ajudou.

(Geraldo Genero - de Ipaussu, SP)

Artigo: A Última Páscoa - A/0972

SANTA CEIA DO TERCEIRO MILÊNCIO


Cada qual de nós pode imaginar o que diriam os Apóstolos, em presença do Mestre, e Ele próprio, se hoje, na Páscoa de 2006, num salão cedido pela ONU, nossos apóstolos pioneiros e nosso Líder Maior, em cadeia mundial, levasse esta mensagem. Eu a imagino como se segue, num simples exercício de expor a mim mesmo como vejo todo o desenrolar do cristianismo, com sua enorme influência presente e futura na História da Humanidade.

(Geraldo Peres Generoso – Páscoa de 2006)

                                    

SIMÃO PEDRO
Hoje comemoramos a Páscoa de 2006, em meio a um tempo que rodou espesso, de sangue, suor e lágrimas, por gerações sofridas, como registra a história e a mídia ainda fresca, hoje muito mais aperfeiçoada e presente em cada fresta de vida do planeta. Muitos outros sobrevieram à nossa passagem apostólica, no anúncio da Boa Nova de que fomos pioneiros e partícipes, contigo, ó Divino Mestre, por estradas poeirentas, por pousadas inseguras, em estalagens improvisadas ao longo dos caminhos. Ou então, à margem de mares bravios que, não raro, desafiavam nossa habilidade de veteranos pescadores. E nesses momentos, mais de uma vez, ó Mestre, mesmo depois de ascensionado à casa do Pai, não relutastes em nos estender a Tua mão e o Teu conselho para que a pesca fosse farta, com isso nos alegrando, sempre a nos propiciar o conforto seguro de Tua Divina Presença. Como bem disseste, ó Senhor, nem só de pão vive o homem, nem homem algum, nem mesmo o Filho do Homem, poderia mudar da lei sequer um jota ou um til. Mas podemos nos abeberar em Teu prístino saber, pelo que de Ti ouvimos em pessoa, com os olhos nos olhos, e abarcar nosso entendimento em nuances nem sempre explícitas por algumas correntes que se fizeram ao longo do caudal do cristianismo prático. Hoje assistimos, em grande parte do globo, a fome rondando as favelas e choupanas, nos campos e nas cidades. Sabemos que tal situação não é do agrado de Teu coração, ó Mestre Supremo, emissário encarnado do Deus vivo. Nunca descuraste de atender ao pobre, mesmo em multidão como naquela multiplicação que assisti, quando fizeste de cinco pães e dois peixes um dos Teus maiores milagres. Nossas redes mirradas se enchiam de peixes à Tua simples presença. Por isso, na mensagem que me é dada aqui explicitar, Grande Mestre, quero deixar claro, sim, que a Igreja, a Tua verdadeira Igreja, que seja digna do nome de Cristo, precisa zelar pelo ganha pão dos seus adeptos, desde os mais escolhidos aos mais humildes, porque Deus nos fez seres limitados pela fome, pela necessidade do alimento. Se do contrário, nos alimentaria de luz apenas, ou nos faria imunes a esse instinto, ou nos proveria de tal sorte que os menos favorecidos não precisassem contar com o concurso dos mais favorecidos.


A minha exortação, Divino Mestre, é que a Igreja nunca se acovarde ante à fome, à injustiça dos bem comidos e bem bebidos em prejuízo dos deserdados pela fortuna. Morrer por Ti, ó Mestre, hoje não significa mais imolar-se por respeito ou amor a uma idéia, mas colocar a própria vida em favor dos semelhantes, como nos ensinaste, com todas as letras “amar o próximo como a nós mesmos”.

                                             ANDRÉ

Divino Mestre Jesus Cristo, presente nesta ceia de 2006, faz-se um momento em que nos convida à reflexão e avaliação de nosso trabalho evangelizador pelos quatro cantos do mundo. Partilhamos Contigo de muitas jornadas, e bem nos afiançaste que a nossa vida já não era mais nossa, mas Tua, em favor de todos os homens e mulheres deste orbe.Olhamos para trás, e vemos o rastro de nossas sandálias por sobre gerações que se foram, e bem avaliamos outras que, seguramente, virão a este plano de manifestação. Sofremos na carne a escassez que nos fez concentrar, unicamente, nossa busca na riqueza espiritual que espelhaste ao longo de Tua santa vida. Mas, permita-me Augusto Mestre, falar um pouco de mim mesmo e da minha experiência em tê-Lo ao nosso lado nos momentos bons e nas horas difíceis. A Tua Presença, ó Senhor, era tão forte, tão segura e tão benfazeja, que aquele tempo decorreu, aos meus olhos, com muita pressa. Bem lá no fundo de meu coração, e no coração dos irmãos apóstolos – por Ti escolhidos – jazia uma certeza de que o reino de Deus, cedo ou tarde, prevalecerá sobre a Terra como uma luz que nunca se extinguirá. Era mais do que simplesmente acalentar a fé em resultados. Consistia, antes e acima de tudo, em sentir essa certeza que tomava conta de nosso coração e de nossa vida. Os momentos em que nos ensinaste – em oculto ou em público – foram coroados de resultados que desafiaram o tempo. Hoje o Teu nome é o mais conhecido na face do planeta. A tal ponto que nestes dias, ninguém se envergonha de se dizer cristão. Alguns até assim se rotulam sem mérito, mas é um status pertencer ao Teu reino. Mesmo em meio às aldeolas mais simples, ou na pompa das catedrais de todos os países de todos os mundos da Terra, o Teu nome, ó Cristo, cintila de ponta a ponta como a promessa de uma nova alvorada. Do tempo anunciado que vem aos poucos chegando na forma de pessoas inspiradas, cheias do Espírito Santo que enviaste e que, a cada dia, aproxima o homem de Deus de forma definitiva,. Ó Santíssimo Mestre, nossa messe não foi em vão e nossa recompensa maior é saber – entre o orgulho e o temor – de que somos e seremos sempre um dos Vossos.

                                                TIAGO

Reunidos nesta Páscoa Cristã de 2006, em que celebramos, conjuntamente, a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, aqui presente, poderia a comodidade levar-me a fazer minhas as palavras de meus antecessores, dignos irmãos apóstolos Simão Pedro e André. Mas sendo o Evangelho sinônimo de Boas Novas, também quero aqui juntar, de forma reverente pela presença do nosso Mestre Supremo, algumas palavras nascidas, mais de meu coração do que do intelecto.Lembro-me bem quando o nosso Senhor, de forma enfática, obrigou-se a dizer a nós e às turbas, aos reis e aos plebeus, e a todos os homens e mulheres debaixo dos céus: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, quem me segue não anda em trevas”. Assim, a luz que o Filho de Deus Vivo fez incidir sobre nossos corações foi como um sol sobre a seara, daquela messe em que nos fizemos “pescadores de homens”. Hoje transcorre já mais de 2000 anos em que nosso labor teve início, sem promessa de qualquer êxito e hibernou por decênios a mensagem, como semente a incubar na terra , para depois florescer e frutificar no que hoje está o Reino de Deus consolidado sobre este planeta. Eis que surgiram, e mesmo antes já haviam, caminhos diversos para os caminheiros na senda da luz. Inobstante, o ensinamento de Cristo se firmou, como Ele mesmo dizia, sobre a rocha das consciências e não foi em vão que Ele proclamou: “Eis que estarei convosco até o final dos tempos”. Cristianismo é liberdade. É entender a igualdade como decorrência da legítima e inegável filiação divina, e, inobstante, vemos que a solda dessa fraternidade exigida nem sempre inclui o ingrediente da caridade verdadeira, chave universal que tem o condão de abrir os portais celestes. Lembro-me da vida difícil dos nossos tempos de apóstolos, escarnecidos dos poderosos e dos sábios daquela época. Hoje vemos, à farta, que as palavras de Cristo permanecem como o único caminho para a realização plena dos mais profundos anelos do ser humano. Páscoa de 2005, aqui reunidos na chama do Cristo vivo e ressurreto, somos testemunhas de sempre das bênçãos divinas que estão aí para quem quiser e a quem pedir. Fomos escarnecidos, encarcerados, martirizados – e, curiosamente, perdendo nossas vidas temporais, agora vivemos na realidade eterna sob os auspícios diretos de nosso Amado Mestre. Nossa fé e nossa esperança se justifica, porque as palavras de Cristo são eternas, e assim as promessas que com que Ele nos prodigalizou de forma clara e patente. Vivemos no sabor eterno da vida sem final, e por semelhança podemos avaliar que assim será para todos os que crêem e, principalmente, para aqueles que fazem a vontade de Deus Pai.

                                                  JOÃO

Nesta ceia pascal, sob a égide de Cristo, estamos reunidos – em Espírito e em Verdade – sob a liderança de nosso Único Senhor. Fui chamado de Discípulo Amado pelo Mestre maior, e isto, em lugar de orgulho, me carregou com uma enorme responsabilidade: a de sempre corresponder, em meu coração e em todo o meu entendimento, ao que Ele esperava de mim nessa condição. Muitas e muitas vezes julguei incômoda essa deferência, pois temia engendrar ciúmes em meus amados companheiros, na seara comum onde eu sempre me considerei o menor de todos. Avaliando aqui o lado natural de nossas andanças, em que Jesus Cristo era nosso sol de meio dia na travessia de tantas jornadas, confesso-me um homem feliz, mesmo em meu lado humano, quando via o aparato com que as pessoas buscavam Nosso Grande Senhor por onde passávamos. Que alegria das gentes, mormente as mais humildes, pela chegada do Mestre num vilarejo, levando saúde, esperança, confiança, fé e, acima de tudo, o Amor que era Ele mesmo em pessoa, dessedentando aqueles corações abandonados pela sorte.Mantinha consciência, meus caros irmãos Apóstolos, de que nos fora dado o privilégio limitadíssimo, entre tantos seres humanos, em acompanhar a legítima Encarnação do Verdadeiro e Supremo Amor que visitou o mundo. E a Ressurreição de Cristo? – essa mesma ressurreição que hoje comemoramos juntos, nesta memória de mais de dois mil anos transcorridos, em que a mensagem permanece viva como sempre, porque a mensagem do Cristo é eterna. Agora mesmo, conversando com Simão, o Zelote, ele me perguntava, numa busca de avaliação, se nosso método de ensino garantiu esse sucesso, ou foi simplesmente a Graça de Deus que, derramada sobre nós por via do Espírito Santo, nos fez vingada a messe em tão alta proporção. E eu lhe disse que a Graça em si mesma é que opera a mudança e faz o homem nascer de novo, quando ele se achega a Deus pela prece e contemplação. Acho, caros amigos apóstolos, meus irmãos, que aquelas palavras do Mestre exortando as pessoas a “não colocar remendo novo em roupa velha” é um mandamento fundamental. Nossos sucessores, em grande parte, repetiram o método judaico de tentar buscar e praticar o bem e, dessa forma, encontrar a Deus. Creio que a via inversa é a correta: Buscar Deus, insuflar-se de Deus, despertando a própria divindade interior, é que realmente se dá o encontro com a Divina Presença ancorada em cada coração humano. Não adianta ir-se fazendo cristão ao s pedaços e por etapa, mas de forma radical, encontrando Deus o bem é mera conseqüência. Creio que isto hoje está sendo evidenciado, e foi um grande passo na busca da verdadeira identidade com Deus e Seu reino infinito.

                                               FILIPE

Volvendo os olhos para o passado de nossas lutas e glórias quando no plano terreno, em que o trabalho conjunto fazia do “maior entre nós seria sempre aquele que serve” – como o Senhor, Mestre Jesus, nos ensinou, é bem verdade que também confirmamos Vossa exortação de que “a carne é fraca”. Imbuídos do privilégio de Vossa Presença, ó Deus então encarnado, atravessamos procelas e calmarias, sempre de forma equânime na busca do objetivo que o Senhor inculcou em nós com fogo dos céus. Hoje comemoramos a Ressurreição de Cristo, que é também a nossa, pois aqui estamos juntos, unidos, inseparáveis, mesmo tendo a lamentar os muitos que tombaram ao longo do caminho das tentações e fraquejaram. Mas o Cristianismo é sinônimo de quê? De perdão e misericórdia, em confronto com a antiga lei do “olho por olho, dente por dente”. Se nós avaliarmos bem o nosso projeto, conduzido pelo Mestre, iremos constatar que, na verdade, deixamos para trás um jeito antigo de enxergar e amar a Deus. Talvez nos espante hoje que a escravidão – pelo menos em grande monta – já não existe no planeta. As minorias são mais respeitadas. O preconceito é algo fora de moda, e Deus é por todos, de uma forma em que os cultos são respeitados e, apesar das guerras, o mundo anseia pela paz. Mestre Querido, amigos de longa data, nossa seara prossegue pela mão de muitos. Claro que há a imperfeição humana, da qual Jesus nunca se escandalizou e nos alertou para que mantivéssemos um espírito da mais ampla tolerância para com os queridos pecadores que Ele tanto amou e pelos quais morreu na cruz. Feliz Páscoa a todos, pois estamos juntos de nosso Mestre e estamos unidos como há mais de dois mil anos no propósito de elevar o homem da queda para as alturas e das trevas para a luz.


                                          BARTOLOMEU

Neste recinto reunidos, de forma reservada, mesmo em meio à quietude e à serenidade do ambiente, sinto a alma em exultação incontida, num êxtase de reencontro convosco, amados irmãos, sob o manto do Mestre Jesus Cristo aqui presente. Venerado Mestre, vós nos ensinastes tantas coisas simples, do modo Vosso, e de forma tão segura, que nos fez sentir, a cada um, apesar da sua juventude terrena de então, não meramente o nosso chefe, mas mais até que se fosses nosso próprio pai. Na comensalidade daquela quinta-feira de 2005 anos atrás, ceamos em Tua companhia, celebramos nossos primeiros êxitos na missão abraçada e, após, nos foi dado digerir de forma tão amarga o Teu cruel e imerecido sofrimento, fruto da estupidez humana que, vez por outra, se levanta no proscênio do mundo ávida de sangue. Senhor Jesus Cristo, e amigos presentes, a reunião desta noite nos enseja considerar que o tempo é algo muito relativo. Que aquelas mesmas multidões que acorriam a Vós em busca de cura e consolo, trazem nos mesmos rostos encovados, nas faces tristes, nos corpos alquebrados, nas mentes em desequilíbrio, a mesma dor daquela era em que palmilhamos juntos as estradas da Galiléia. Mas o nosso apostolado, Senhor Jesus e amados irmãos, mudou, sim, o conceito sobre a própria vida. O próprio pecado, graças a Jesus Cristo e seus ensinos deixou de ser visto como algo irremissível, a justiça, a própria justiça do mundo sofreu os efeitos do enorme impacto soprado pelos ventos da Nova Aliança. Hoje podemos ver, ao abrir os mapas do globo terrestre, países que a geografia chama de lugares do Primeiro Mundo. A Europa, por exemplo, impôs à Turquia, quando esta pretendeu integrar-se à União Européia, que só a aceitaria na União Européia, se a pena de morte fosse abolida em seu território. Os presos de nosso tempo humano na Terra, eram injustiçados ao extremo, e a palavra Direitos Humanos nos era totalmente alheia e desconhecida. A velocidade das comunicações, ainda recentemente, no encerrar do ano passado (terreno) mostrou de forma concreta a solidariedade de países para países flagelados pelo maremoto que assolou as costas da Tailândia e de mais quase 10 países. Como bem disseste, Ó Mestre Sagrado, não viestes para revogar a lei, mesmo que com Vossa ira santa tenhais muitas vezes afrontado ao status quo vigente. A fraternidade humana está em marcha, sim, como podemos constatar felizmente. Mas a obra de um Deus não se completa mesmo em poucos anos, ou mesmo poucos séculos. Eu tenho esperança, ó Mestre, de que mais e mais o mundo se dobrará, como profetizado que a Deus se dobrarão todos os joelhos, que o paraíso se firmará na terra inelutavelmente. Cumprindo ressaltar, como bem o disseste, que o Reino dos Céus prevalecerá a partir do interior de cada um para o todo da humanidade. Concluindo, rejubilo-me por este instante em que volvemos os olhos para os séculos transcorridos, ao mesmo tempo que assombro-me pela gigantesca proporção do que ainda resta para os nossos sucessores realizarem em nosso planeta.


                                                                           TOMÉ
Antes e acima de tudo, uso esta oportunidade solene, ao mesmo tempo simples e despojada ao feitio do Mestre de todos nós, para uma justa reparação, ou antes, um esclarecimento aos crentes de hoje. Meu nome sempre foi tomado como álibi para justificar aqueles que duvidam, na gasta expressão de ver para crer. Quando eu Vos segui, ó Mestre Divino, não hesitei em fazê-lo e nenhuma dúvida me alcançou, mesmo em meio ao assombro de minha mente humana por considerar-me de tão apoucados méritos para a missão do apostolado. Ainda nos fins da década de 40 da Era Cristã, quis Deus que viesse a lume o Quinto Evangelho que fui inspirado a escrever, ressaltando, exatamente, a verdade de que quando o ser humano percebe o quanto Deus vive dentro dele ele se torna estupefato. No dizer de hoje, em muitos idiomas, por muitas gentes, é comum a expressão “isso é bom demais para ser verdade”. Nós todos, que vimos o martírio de nosso Mestre no Calvário, escalando aquele monte entre lágrimas e sangue, insultos e escarnecimentos, - imaginem só – quando naquela noite Ele nos revelou a Sua presença como se nada houvesse acontecido. À altura daquela idade, é verdade que eu, Tomé, também conhecido como Dídimo, sempre fui guiado mais pelo raciocínio objetivo, mas em nenhum momento padeci de qualquer receio quanto à grandeza da missão de Cristo, do qual fui o mais humilde dos servos. Hoje, pessoas de todos os quadrantes já mantêm uma visão mais conciliatória entre a ciência e a religião – aqui entendida como caminho para Deus. A física quântica demonstra uma outra concepcão sobre a própria matéria, em que se denota – falando a grosso modo – que tudo é espírito. Há, creio eu, um longo caminho a ser percorrido, até que a ciência do mundo se funda na ciência divina. Mas é inegável que esse abraço, por via do progresso em todos os setores, não está longe de ser assistido pela humanidade. Aliás, já era previsto por Daniel que “a ciência se multiplicará”. Isto, obviamente, faz parte – ao contrário do que se pensa, de todo um processo para que Deus se revele, ou antes, que os homens tenham consciência da onipresença divina em todo o Universo. Sou o mesmo velho Tomé, companheiro menor do Mestre e dos Irmãos. Vi e creio na sublimidade de Cristo e, perdoem-me, orgulho-me pela deferência humilde do Mestre em corrigir-me esse enfoque e me ensinado : Bem aventurados os que não viram e creram.

                                               MATEUS

Nesta Páscoa do Cristo, ainda que uníssonos num mesmo tema da Boa Nova, aqui nos congraçamos após a longa jornada que empreendemos juntos sob as ordens do Mestre.Ele reduziu todo o mandamento e práticas judaicas a um denominador comum suficientemente poderoso. Legítimas chaves para abrir as portas do Reino vazadas na síntese de sua proposta: Amarás a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”. Todavia, quanto de terra cada cristão há que revolver do próprio sepulcro em que se encerram as contradições do mundo e as tentações que visitam cada coração terreno. Ninguém, nenhum dos líderes espirituais do Planeta compreenderam melhor o coração humano e assim configurou a rota de seus seguidores e propagadores melhor do que o Senhor, ó Divino Mestre. Se alguém pode arvorar-se em conhecer na profundidade a alma humana, esse alguém foi Tu, Senhor, que desde o princípio nos alertava – e ao mundo todo - : Não julgueis para não serdes julgados e com a mesma medida que medirdes os outros, estes medirão a vós. Durante meu modesto ministério, um dia me surpreendi a pensar de quanta misericórdia e perdão precisam os homens e mulheres em todos os tempos! Quantos motivos a mundana vivência induz o ser humano a fraquejar na fé. A quantas e quantas tentações não estão sujeitos todos os filhos de mulher na face da Terra. Nós mesmos, meus caros irmãos apóstolos, meus iguais e igualmente testemunhas da vida e obra de Cristo, quantas vezes nos fraquejamos em meio aos cansaços das jornadas poeirentas palmilhadas na Judéia de um extremo ao outro? Mesmo tendo no barco pesqueiro a Divina Presença do Cristo, por que foi que aqueles pescadores – Seus amigos e discípulos, tremeram ante o temporal que se abateu em pleno mar ? Que me perdoe a citação, mas não o faço em ausência, o próprio irmão, o amado Simão Pedro, num momento de fraqueza negou peremptoriamente ser um dos Dele na missão salvítica a que abraçara. Não faço esta citação em forma de qualquer matiz de julgamento, mas apenas para advogar pelos descrentes e pelos ateus. Poderia citar também o companheiro Judas de Carió que foi ao extremo de entregar o Mestre ao Sinédrio, mesmo tendo vivido com Ele e comido de seu pão e bebido de seu vinho, numa noite como esta? Assim, meus caros apóstolos, que aqueles que nos seguem, com outros rastros sobre as estradas que hoje palmilham na difusão da boa nova, mantenham sempre um coração compassivo como nos ensinaste e nos convenceste, ó Mestre Supremo, em estabelecer como primeira condição do verdadeiro amor a compreensão misericordiosa. Finalizo minhas palavras, reiterando aquelas do Mestre Jesus aqui presente, que volvamos sempre os olhos para a vida e graça superabundante de Deus que está e estará sempre ao alcance de uma simples prece. Ó Mestre da Vida e da Ressurreição, fosse pelos nossos méritos, nenhum de nós teria merecido seguir os Teus passos. A Tua misericórdia nos fez conhecer o reino, e o Teu amor nos plenifica em qualquer dimensão que sejamos colocados.

                                     TIAGO – Filho de Alfeu

Amado Mestre e caros Irmãos. Não éramos versados nas ciências ocultas nem postulávamos lugares entre os doutores, pretensos professores arvorados no conhecimento esotérico, restrito a uns poucos “eleitos” desde os tempos egípcios onde se infundia, em círculos restritos, um conhecimento com condões de magia. Não! Ora à margem do antigo poço de Jacó, dialogando com pessoas do povo, com gente da plebe, o Senhor ensinava a arte da vida, que é simples, sem rodeios, como o nascer e o morrer, que a maioria das pessoas complicam tanto. Nós, ao Teu lado, Senhor Jesus, bebemos dessa simplicidade e, este menor dos Teus servos, sempre entendeu – como bem o ensinaste que: “bem aventurados são os pobres de espírito”. Livres que estão – esses pobres de espírito – das complicações teóricas e de práticas complicadas, como se fosse possível a Deus se esconder dos homens. Nosso Mestre, caros irmãos presentes, foi universal em Sua mensagem, sem excluir em hipótese alguma, os humildes pelos quais tanto zelou e, também pelos quais, e principalmente, morreu na cruz. Decorridos vinte e um séculos de cristianismo, quantos e quantos mestres também lançaram suas propostas. Alguns encerrados em suas torres de marfim, outros sugerindo práticas exóticas, outros criando polêmicas as mais diversas, ainda outros, criando seitas complicadas, alguns até cumpliciados com o mal em seus pactos de sangue e sacrifícios abolidos por Jesus Cristo. Como apóstolos do Senhor, Dele aprendemos o valor supremo do Amor como único caminho. Receita aparentemente simples, caminho relativamente fácil, mas como Ele próprio disse : estreito é o caminho que leva à vida eterna e largo o caminho que conduz à perdição. A mensagem viva de Cristo, que nós pregamos em nossa jornada terrena, que humanamente vai longe no tempo, continua, sim, infalível, pelos séculos dos séculos. O Mestre Jesus, por justa razão – por ter sido aquele que mais serviu, inevitavelmente é o maior entre todos os mestres. Fomos agraciados pela companhia da luz que nos alumiou na Terra, e hoje contemplamos um mundo que, à primeira vista, parece imergir no caos. Mas a mente humana é muito limitada para imaginar e antever coisas celestes. Nenhum ouvido ouviu, nem olhos viram, nem chegou ao coração do homem o que Deus preparou aos que O amam. É áspera a jornada terrena, como o foi ao próprio Cristo em sua passagem por este mundo, mas que fique sempre presente no coração de toda criatura, que assim como Jesus venceu o mundo, declarando mesmo que “Meu Reino não é deste mundo”, assim também é válida a certeza de que no coração de Deus nenhum ente está esquecido, pois nem a vida nem a própria morte nos separa do amor divino que está em Cristo.

                                                TADEU

Mais uma vez estamos juntos, sob a chefia do Cristo, Senhor Nosso, e aqui também trago as minhas considerações, referentes a estes dois milênios transcorridos. Entre recifes e escolhos fizemos nossa travessia cristã, em meio a um mundo carente, contraditório, cheio de tentações e de armadilhas a cada passo. Mas hoje, num balanço isento de todo nosso ministério, graças a Deus aí estão os frutos, ainda que muito aquém do idealmente desejado. O Cristo – aqui presente – que se fez no pão da vida, é suficientemente capaz, mercê de sua divindade interior, alimentar multidões muito maiores do que aquela às margens do Lago de Genezaré.O grande problema, é isto não soa estranho aos prezados irmãos apóstolos, é a fome de Deus que já nasce com o homem. E o homem se faz infeliz quando sacia sua fome e sede do Criador com alimentos impróprios à sua digestão espiritual. É bem verdade que hoje temos uma juventude mais complexa que a do nosso tempo. Contam-se aos milhões o número de filhos pródigos, como aquele retratado pelo Mestre Jesus, e que na verdade ilustra uma verdade profunda, não assimilável à primeira vista. As drogas infelicitando as nações como um flagelo constante, não só nas grandes cidades, mas até mesmo nos pequenos vilarejos, onde as pessoas famintas pelo pão da vida se atiram em direção a esses alimentos falsos e perniciosos, na direção da morte dos próprios sonhos mais caros. Mas ao mesmo tempo que é um problema, está incrustada na própria questão uma promessa de redenção. Sim, porque cedo ou tarde, mais dia, menos dia, as pessoas compreenderão a verdadeira natureza de sua necessidade de Deus. Não são poucos os que encontram a fonte prístina da Divina Providência, ressuscitam para a verdadeira vida. Nós, moços ainda, fomos guiados pelo Mestre e, talvez nossa pouca idade – aliás inadequada até aos padrões daquele tempo como mentores – tínhamos a nos sustentar a Presença de Jesus Cristo. Obrigávamo-nos a grandes caminhadas, sujeitos a perigos de toda espécie e, daí a necessidade de energia que a juventude concede. Não semeamos somente a Palavra de Deus. Vivenciávamos uma consciência plenificada da influência do próprio Cristo, e isto nos fez manter acesa a chama cristã. Legamos a outros, nossos sucessores, a missão de disseminar a Boa Nova. O Evangelho que nunca envelhece ! Hoje, aqui reunidos, estamos com a consciência tranqüila, mesmo sabendo que há dificuldades no mundo por que passamos na condição humana. Mas o homem, todo homem ou mulher, está fadado a ser ou tornar-se na condição de filho de Deus, porque não há outro Criador além d’Ele. Eu acredito não só no milagre do Pão da Vida Eterna, mas o que me tranqüiliza é a fome por Deus que ainda está presente no coração de cada criatura debaixo do céu.

                                         SIMÃO, o Zelote

Convocado pelo Mestre, a esta Ceia que torna aquela de milênios anos atrás a penúltima, também trago minha mensagem de cristão e apóstolo nesta oportunidade tão especial para mim e demais irmãos. A civilização caminhou a passos largos. Ao longo da história se desenrolou o drama de nações e impérios que se ergueram e caíram. Muitos e muitos foram martirizados pela causa de Cristo. Não necessariamente no sentido estrito da confissão cristã. Igualmente pessoas sem culpa forma e são imoladas por conta da estupidez humana que, infelizmente, ainda grassa sobre a Terra como erva de difícil erradicação. O povo judeu, em grande parte lançado ao holocausto; as revoluções e guerras que se travaram entre os povos, ressaltando o que he de pior na natureza humana, são fatos horríveis que nos leva a desejar que, depressa, Cristo tome as rédeas do planeta e instile em cada coração o amor fraternal. Vemos nações oprimindo nações em nome do falso deus Mamon, como nos nossos tempos, sob o tacão dos imperadores romanos, o mundo sentia o peso da opressão e do poder temporal. Ainda assim, a mensagem vingou e se multiplicou. O ensinamento de nosso Mestre Jesus Cristo é tão radical que, mesmo em meio a tantos desencontros humanos, até mesmo os falsos profetas acabaram por ser útil, de algum modo, à causa cristã. É que a Verdade tem o condão de eternidade, e como bem o disse Jesus “os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras irão permanecer“ .Igrejas se levantam a cada dia, em algum pontinho desse planeta minúsculo. Por mais que o interesse pessoal fale alto, principalmente no coração de alguns líderes que amoedam seus sermões, é sempre válida a presença de um templo onde as pessoas, invariavelmente, buscam o consolo, a esperança e, na simples busca, podem encontrar a fé. Não há quem não se modifique ao conhecer a mensagem – tão simples, tão profunda e tão eterna – que mais dia menos dia acabe por transformar-se no íntimo, cansado das próprias misérias. A população do mundo, hoje contada em bilhões, certamente é um desafio maior aos escudeiros de Deus no resgate de suas almas.E eis que Deus proveu o mundo de meios de informação muito mais velozes e abrangentes, a ponto de o mundo se tornar uma “aldeia global”. Oras, meu Mestre e Senhor Jesus Cristo, se o mundo se desse ao pequeno trabalho de instrumentalizar todas as possibilidades para conhecer a Deus, amando-o em espírito e em verdade. Recursos é o que hoje não faltam, mesmo nos rincões mais afastados do planeta. Todavia, devagar, paulatinamente, a verdade vai prevalecer, e as pessoas irão melhor avaliar o quanto desperdiçam em suas vidas relegando Deus a um segundo ou terceiro, ou mesmo último plano. Cada cristão deve ser zeloso para com o fato de que Deus está mais próximo do que pés e mãos, mais perto de nós do que o nosso próprio fôlego. Amando-nos e sempre franqueando-nos Sua presença, a cada segundo de vida. No entanto, nem sempre isto acontece, e eis que a pérola de grande valor, a que o Senhor, Mestre, se referiu, fica relegada ao esquecimento ou enterrada no mais profundo do solo. Estas horas alegres em que nos juntamos, sirva-nos para rejubilarmo-nos com aqueles que encontraram Cristo, o único e verdadeiro caminho, verdade e vida para todo e qualquer coração.

                                    JUDAS ISCARIOTES

Durante meu tempo de transcurso pela terra, sabe-o o Mestre Jesus e meus companheiros daquele tempo, que sempre me revelei um patriota. Sei bem que a estatura do Cristo foi infinitamente maior do que a dimensão dos meus erros. O maior entre eles, talvez, foi a de acreditar que a política resolveria os problemas de nosso então povo judeu, massacrado sob as botas dos generais romanos.Aquilo me feria o orgulho e me aguilhoava dia e noite. E quando o Mestre propunha um Reino, eu O via como o soberano bondoso, justo, capaz de realizar a prosperidade da gente de então e estabelecer um poderio que duraria pelos séculos afora. Não quero com isto, justificar o meu pecado do que chamaram traição. O que ocorreu foi que fiquei entre a cruz e a espada, pois alimentara tanto a minha ideologia de libertação que fui incapaz de traí-la, e com isso cometi aquele absurdo de entregar nosso Mestre. Mas, de pronto corri com o dinheiro para devolver e a altos brados eu lamentei, do mais fundo de meu coração a injustiça que perpetrei tomado pelo ego que me induziu, num ciclone incontrolável, a acreditar-me traído, já que o Mestre deixou bem claro, em ternos nada ambíguos “Meu Reino não é deste mundo”. O erro seguinte que pratiquei foi o de ter sufocado a esperança, que juntamente com a fé e a caridade são as condições de salvação como de fato sabíamos. Não! Eu me desesperei ao ponto de – moído pelo remorso – como sabem, enforquei-me colocando fim à vida terrena (apenas). Tivesse eu um minuto de lucidez cristã, - justo eu, que como vós, os demais, tão bem conhecíamos a grandeza do coração divino de nosso Mestre, não poderia ter cometido esse ato extremo, fugindo pela porta falsa do suicídio a um problema que era espiritual. Obviamente, o Cristo de Deus ter-me-ia perdoado, como Ele próprio nos exortou a perdoar setenta vezes sete, quando um entre vós levantou essa questão. Portanto, o fato de aqui também estar, me oferece azo para expor, do meu ponto de vista, os meus motivos, ainda que tresloucados e sem razão. Há até alguns que me comparam a Lúcifer, pelo fato de ter-me desertado da causa cristã. Mas há uma grande diferença entre mim e ele. Pois, como arcanjo que servia na corte celeste, seu desejo era ser maior que o Criador. Em meu caso foi diferente. Eu querida Cristo sempre maior que a mim. Eu o queria rei dos judeus, sem me dar conta de que Jesus, o Cristo é o Rei de todos os reinos, onde não existe a corrupção nem a efemeridade que leva à morte todos os governos e governantes. A comparação que aqui deixo não é para minorar a dimensão de minha falta, mas que fique assinalado, de uma vez por todas, que não menos do que os demais, eu adorava e adoro Nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo. O erro foi tê-Lo amado ao meu modo, com a alma cheia de terra e de mundanidade, crendo que “remendo novo em roupa velha”possa a alguém vestir dignamente. Ademais, o Cristo ressuscitou dos mortos e demonstrou a todos, ser o senhor da vida e da própria morte, façanha que nenhum mortal pode sequer imaginar possível.

                             
                              A MENSAGEM DO MESTRE

Paz seja convosco! Nesta Páscoa do ano 2006 de nosso calendário, aqui nos encontramos, em espírito e em verdade. Hoje, como naqueles idos tempos, marcados pela eclosão da mensagem de que fui portador, vós todos, cada qual a seu modo, fizeram-se partícipes de um novo reino. Criamos estreitos elos de fraternidade e juntos rimos e choramos, neste vale de lágrimas, tendo sempre em mira o alvo celeste da redenção plena. Por cada mensagem, de cada um de vós, neste encontro amistoso e fraterno, foi possível constatar que as nossas sementes vingaram, apesar das aparências assustadoras de um tempo em que tudo mudou. Apesar das mudanças, muitos aspectos da vida melhoraram. Outros se tornaram em desafio ainda maior para os apóstolos da atualidade temporal que ora transcorre. Tudo o que registra os evangelhos, meu caros irmãos em Deus Pai, aí está sem prazo de validade vencida, porque se constituem em verdades eternas. A raiz do ensinamento – “Ama a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo” permanece como uma chave eterna para abertura do Reino, em todas e quaisquer circunstâncias. Deus Pai fez conhecida esta mensagem, para extrair das profundezas do espírito de cada um, a verdade que ali jaz antes que Abraão existisse. As aparências que, como fantasmas, assustam pessoas em todos os quadrantes, e leva inquietações aos corações de hoje, são frágeis demais para desafiar e abalar os propósitos do Altíssimo. Todo nascimento é inevitavelmente doloroso no parto que dá à luz os legítimos propósitos da vida, conferida pelo Creador. Aquele que está em vós, e em cada vivente na face da terra, na forma invisível, sempre sustenta a Sua própria creação, como pai zeloso e vigilante. Tudo conspira para render-se ao Onipotente, mesmo quando, em meio às turbulências do planeta, tudo parece sinalizar rumo ao caos irremediável. A queda do homem, afinal de contas, não se constitui em algo fatal e irremediável. Depois de creado mediante o sopro divino, o próprio homem, onde quer que fosse, tanto para baixo como para cima, leva e levará sempre Deus consigo por onde quer que se enveredem os seus passos. Na Terra, há muitas histórias de amor das mais diferentes formas. Alguns de juras presumivelmente eternas, mas nenhuma forma de amor se assemelha, nem de longe, ao Amor inefável e eterno do Todo Poderoso. Assim, ninguém pode visualizar o homem, qualquer homem ou mulher, como um ente caído das excelsas graças de Deus. As graças d’Ele não são ao feitio das benesses humanas, que os tempos modificam e as circunstâncias transformam. Não, meus caros irmãos, o Amor Divino está em toda parte, como ora aqui sentimos, e reinará sempre pelos séculos dos séculos, até que se atinja, na prática, a plenitude do entendimento humano para as coisas celestes. O grande desafio humano é que Deus é sempre zeloso – e não abre mão em hipótese alguma – de conferir liberdade a toda criatura. No momento que conferiu o dom de pensamento e raciocínio, o Creador deixou a cada qual a decisão de escolha, e isto nos deve fazer ainda mais admirados e reverentes para com o Autor da vida. Assim, aqueles que se achegam à Divina Presença, se assim o fazem, assim procedem na mais ampla liberdade, sem qualquer coação de qualquer natureza. Momentaneamente, o mundo ainda atravessa percalços os mais diversos e desafiantes, a ponto de muitos clamarem pelo fim dos tempos, esquecidos que depois de tudo há a promessa da Jerusalém Celeste. Mas tudo isto é natural. Há tensões, sim, na alma humana, como aquela que ao ferir a lira extrai música e harmonia, e ao fim resulta numa canção agradável. Infelizmente, caros irmãos, cumpre aqui uma ressalva que considero necessária. Como o mundo poderia ser diferente se as pessoas dessem a Deus, que é o Todo, a parte que cabe a Ele , e desse ao mundo, ao poder temporal, a César, como disse em nosso tempo – não mais que a parte que lhe é devida. Não falo dos tributos, dos impostos, das taxas, porque tais são naturalmente necessários para o desenrolar da vida dos cidadãos e das sociedades. Falo do tributo que a esmagadora maioria se apressa em pagar pelo consumismo, pelas novidades, pelos atrativos do mercado, teleguiados pela propaganda que os faz crer carentes de tantas coisas que não precisam, de tantas comodidades inúteis, de tantas futilidades por alto preço. Hoje, se compararmos com aquele tempo em que peregrinávamos pela Terra, o desafio aos modernos apóstolos é sumamente mais expressivo. Quando foi dito que é impossível servir a Deus e a Mamon (as riquezas) – àquele tempo já tínhamos esse desafio, que hoje é muitíssimo maior. Todavia, não há razão plausível para essa consumição incessante de almas e corações em busca das mercadorias e prazeres do mundo. Esses irmãos deveriam lembrar-se que Deus é Tudo. Que o Seu reino abarca desde o invisível ao palpável, sem d’Ele escapar sequer um átomo. Se o ser humano realmente entregar-se a Deus e tributar a Ele, como um Todo, o seu coração, com a fé que já está em si, Deus o proverá até do supérfluo, isentando-o do martírio dos desejos não satisfeitos. Sim, porque se a alma não tiver rédeas, olhará pelo que deseja como quem olha para o horizonte, sempre além de onde se parece ser avistado. A solução, de tão simples que é, se torna complexa e aparentemente irrealizável. Também é de se lastimar que as pessoas acostumam-se a uma visão acanhada de Deus e se contentam com as mazelas, com as misérias da vida, com a pequenez do próprio mundo individual, abortando toda e qualquer esperança. A estes é que compete aos apóstolos de hoje, acordar para a realidade de que Deus é simplesmente TODO PODEROSO. Que provas outras precisa cada pessoa na face da terra para proclamar a bondade e o amor infinito de Deus Pai? Mas, como disse há pouco, o homem levará, inelutavelmente, a centelha divina onde quer que esteja. Ainda que fizesse sua cama no inferno, Deus lá estaria presente. É por isso que a esperança se justifica, e os apóstolos, com isto em mente, nunca desistirão da messe abraçada. Também Deus, em Sua Providência infinita, jamais se fará oculto dos que o buscam, e a ninguém que O procure Ele lançará fora. Porque a evidência de Deus é tão grande que as próprias pedras atestam-lhe a Sua Presença amorosa.


Meus irmãos, finalizemos nossa Páscoa, cônscios da Presença Divina em cada coração humano. Assim visualizando, mesmo o menor entre os seres, estaremos vendo Deus em cada um, e esta é a verdade pela qual terrenamente vivi e morri: O REINO DE DEUS ESTÁ DENTRO DE NÓS MESMOS.