Acordei, dia desses, com uma chuva forte
aquela chuva que perturba a madrugada;
apareceu à minha porta, sem dizer nada,
um homem moribundo, quase à morte.
A chuva caía do telhado, o pobre gemia,
perdido na rua, em noite chuvosa...
derramava lágrimas, de forma copiosa:
o clarim da lua escondida percebia...
a chuva forte devastando a madrugada,
trazia na mente notas de esperança...
minha última morada, a sua lembrança
onde a paz da alma jamais resgatada.
Enquanto cai a chuva, aumenta a saudade,
do amor, da vida de outrora, de tudo...
a monotonia para alguns serve de escudo
também devasta a alma no fim da idade.
10.01.2008 - Jairo de Lima Alves
Nenhum comentário:
Postar um comentário